TRICOTILOMANIA

TRICOTILOMANIA

Impulso de arrancar os próprios cabelos.

Calma! Tem tratamento.

Tricotilomania (TTM), transtorno do controle dos impulsos. Refere-se ao ato súbito e irresistível de arrancar fios de cabelo ou pelos de qualquer parte do corpo em busca de prazer ou alívio. Além do ato de arrancar, pode haver outros rituais associados, como brincar com os fios arrancados, observar a polpa branca das raízes e até mesmo a ingestão das polpas ou os fios inteiros.

Fora a presença do comportamento de arrancar cabelos ou pelos, há a associação com incômodo significativo pelos sintomas ou quando impedido de realiza-los e a existência de prejuízo no funcionamento decorrente do tempo perdido com os sintomas ou das consequências sociais das falhas no couro cabeludo ou em outros regiões do corpo.

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Em geral, o início deste quadro ocorre na infância ou na adolescência, sendo mais comum o aparecimento dos sintomas em pessoas do sexo feminino. E, ao longo da vida, associa-se a outros transtornos psiquiátricos com grande frequência. As principais comorbidades psiquiátricas incluem os transtornos de ansiedade, humor, abuso de substâncias, alimentares e de personalidade.

Pouco se conhece sobre a etiologia da TTM, mas alguns estudos apontam para a existência de agregação familiar e associação com vulnerabilidade genética.

Em crianças nas quais o comportamento de arrancar cabelos ou pelos aparece isolado, sem outras alterações do comportamento, e sem associação com ingestão dos fios, os pais podem ser orientados a observar o comportamento, mas não reagir a ele, pois existem chances significativas dos sintomas remitirem espontaneamente. Caso os sintomas persistam e se associem a incômodo significativo e prejuízos do funcionamento, existem intervenções psicoterápicas e farmacológicas para seu controle.

Entre as intervenções farmacológicas, a de uso mais antigo é a clomipramina, um antidepressivo tricíclico com alta afinidade pelo transportador de serotonina. O tamanho do efeito dessa intervenção, entretanto, é significativamente menor do que aquele produzido por intervenções comportamentais .

Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), embora sejam atualmente os mais estudados, isoladamente não parecem ser eficientes na redução do comportamento de arrancar os cabelos ou pelos, mas sim no tratamento dos sintomas ansiosos e depressivos comumente associados.

Recentemente a n-acetilcisteína (NAC), um agente capaz de restaurar a concentração extracelular de glutamato, foi avaliada em ensaio clínico e tem se mostrado promissora por promover melhora significativa do quadro e boa tolerabilidade e baixa toxicidade. Estudos com período mais longo de acompanhamento, todavia, são essenciais para estabelecer a utilidade dessa intervenção.

Em relação às intervenções psicoterápicas, as mais estudadas são aquelas que envolvem treinamento comportamental, que visa à melhora da discriminação das sensações que precedem o comportamento de puxar cabelos ou pelos e ao aumento do autocontrole sobre esse comportamento.

Uma técnica específica, a reversão de hábito, treina o indivíduo a realizar um comportamento incompatível com aquele de arrancar cabelos ou pelos ao se deparar com as sensações que precedem tais comportamentos.

Técnicas de relaxamento e técnicas cognitivas direcionadas para pensamentos disfuncionais são associadas ao treinamento comportamental , o que tem sido apontado para se obter maior tamanho de efeito terapêutico do que as alternativas farmacológicas de tratamento. No entanto, igualmente ao que se encontrado na intervenção farmacológica, a possibilidade de recaídas também é grande após melhora inicial obtida com essas técnicas.

Como qualquer alteração da saúde mental, a TTM exige muita resiliência por parte do paciente, mas nós da Supere estamos sempre a postos para oferecer o melhor apoio. Supere Psicologia está sempre ao seu lado.

Dr. André Aquino

Médico Psiquiatra

andredeaquino@gmail.com

Forlenza, Orestes Vicente e Constantino Miguel, Euripedes. Compêndio de clínica psiquiátrica. Manole Editora.

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.