Feliz dia das mães
Mãe
São três letras apenas,
As desse nome bendito:
Três letrinhas, nada mais…
E nelas cabe o infinito
E palavra tão pequena
Confessam mesmo os ateus
És do tamanho do céu
E apenas menor do que Deus!
Mario Quintana
Para Badenter (op. Cit) o amor materno é essencialmente adquirido ao longo da evolução social no ocidente um sentimento não inerente à condição da mulher.
O ideal da mãe perfeita construído por cada sociedade em geral e por cada família, em particular, tem influências que podem ser positivas ou negativas para mulher e para a criança, assim como para todos de seus convívios íntimos. Muitas mulheres se sentem atormentadas por pensamentos acerca de estarem, ou não, sendo boas mães: ao mesmo tempo em que a sociedade lhe cobra amarem seus filhos incondicionalmente, muitas vezes elas não vivem dessa maneira. Em alguns momentos sentem raiva de seus filhos, dúvidas e se culpam.
Atualmente a maternidade é encarada de forma diferente pelos especialistas e pelas mulheres, especialmente nos centros urbanos ocidentais: socialmente construída, a maternidade é apropriada como elemento determinante para seu reconhecimento como indivíduo, não mais tomada como decorrente da ação de algum instinto. Valores morais e sociais são determinantes sobre o desejo e o dever de ser mãe.
“Os valores de uma sociedade são por vezes tão imperiosos que têm um peso incalculável sobre os nossos desejos (BADINTER, 1985, P.16).
A família representa o espaço de socialização, de busca coletiva de estratégias de sobrevivência, o local para o exercício da cidadania, possibilidade para o desenvolvimento individual e grupal de seus membros, independentemente dos arranjos apresentados ou das novas estruturas que vêm se formando. Sua dinâmica é própria, afetada tanto pelo desenvolvimento de seu ciclo vital, como pelas políticas econômicas e sociais (CARTER & MC GOLDRINCK 1995, FERRARI & KALOUSTIAN, 2004).
A terapia cognitiva comportamental vem realizando acolhimento a mulher para que desenvolva estratégias, fazendo com que você entre em contato com suas emoções e tenha uma melhor qualidade de vida familiar.
Nadja Lúcia Guimarães
Psicóloga Clínica, Psicopedagoga
CRP: 02/12491
BADINTER.E Um amor conquistado: O Mito do Amor Materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
CARTER, B; Mc Goldrick (col). As mudanças no ciclo de vida familiar: Uma estrutura para a Terapia familiar. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas – p.7-29, 1995
FERRARI, M; KALOUSTIAN, S.M. Introdução. In: KALOUSTIAN S.M (ORG) Família Brasileira, a base de tudo). 6.ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF, UNICEF, p. 11-5, 2004.