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Feliz dia das mães

Feliz dia das mães Mãe São três letras apenas, As desse nome bendito: Três letrinhas, nada mais… E nelas cabe o infinito E palavra tão pequena Confessam mesmo os ateus És do tamanho do céu E apenas menor do que Deus! Mario Quintana Para Badenter (op. Cit) o amor materno é essencialmente adquirido ao longo da evolução social no ocidente um sentimento não inerente à condição da mulher.   O ideal da mãe perfeita construído por cada sociedade em geral e por cada família, em particular, tem influências que podem ser positivas ou negativas para mulher e para a criança, assim como para todos de seus convívios íntimos. Muitas mulheres se sentem atormentadas por pensamentos acerca de estarem, ou não, sendo boas mães: ao mesmo tempo em que a sociedade lhe cobra amarem seus filhos incondicionalmente, muitas vezes elas não vivem dessa maneira. Em alguns momentos sentem raiva de seus filhos, dúvidas e se culpam. Atualmente a maternidade é encarada de forma diferente pelos especialistas e pelas mulheres, especialmente nos centros urbanos ocidentais: socialmente construída, a maternidade é apropriada como elemento determinante para seu reconhecimento como indivíduo, não mais tomada como decorrente da ação de algum instinto. Valores morais e sociais são determinantes sobre o desejo e o dever de ser mãe. “Os valores de uma sociedade são por vezes tão imperiosos que têm um peso incalculável sobre os nossos desejos (BADINTER, 1985, P.16). A família representa o espaço de socialização, de busca coletiva de estratégias de sobrevivência, o local para o exercício da cidadania, possibilidade para o desenvolvimento individual e grupal de seus membros, independentemente dos arranjos apresentados ou das novas estruturas que vêm se formando. Sua dinâmica é própria, afetada tanto pelo desenvolvimento de seu ciclo vital, como pelas políticas econômicas e sociais (CARTER & MC GOLDRINCK 1995, FERRARI & KALOUSTIAN, 2004). A terapia cognitiva comportamental vem realizando acolhimento a mulher para que desenvolva estratégias, fazendo com que você entre em contato com suas emoções e tenha uma melhor qualidade de vida familiar.   Nadja Lúcia Guimarães Psicóloga Clínica, Psicopedagoga CRP: 02/12491   BADINTER.E Um amor conquistado: O Mito do Amor Materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985. CARTER, B; Mc Goldrick (col). As mudanças no ciclo de vida familiar: Uma estrutura para a Terapia familiar. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas – p.7-29, 1995 FERRARI, M; KALOUSTIAN, S.M. Introdução. In: KALOUSTIAN S.M (ORG) Família Brasileira, a base de tudo). 6.ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF, UNICEF, p. 11-5, 2004.

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COMPULSÃO POR COMPRAS

COMPULSÃO POR COMPRAS Preciso realmente disto? Comprar compulsivo, ou oniomania (do grego oné – comprar; mania – loucura), caracteriza-se por um excesso de preocupações e desejos relacionados com a aquisição de objetos e por um comportamento caracterizado pela incapacidade de controlar compras e gastos financeiros (Abreu, 2008). A escolha do comportamento compulsivo se deu em função dos impactos dessa patologia na vida das pessoas. Não tem controle sobre o seu comportamento, aspectos emocionais, sociais e financeiros de sua vida são afetados. O comprador compulsivo, muitas vezes, possui dívidas, emoções negativas, como a culpa, e dificuldade nas relações sociais. Já o consumismo é relevante porque o consumidor passa a orientar toda a sua vida a partir do interesse no consumo (da Silva Schuster, 2016). Dar menos atenção para o futuro é outra característica da compulsão, além de revelar uma falta de capacidade reflexiva e uma tendência a agir sem pensar. Quando essa impulsividade se repete de forma crônica, pode caracterizar um comportamento orientado para a compulsão. Algumas perguntas importantes que não podem faltar na investigação psicológica são (Abreu, 2008): Você tem preocupação excessiva com compras? Muitas vezes acaba perdendo o controle e comprando mais do que deveria ou poderia? Já tentou e não conseguiu reduzir ou controlar as compras? Você percebe se faz compras como uma forma de aliviar a angustia, tristeza ou outra emoção negativa? Mente para encobrir o descontrole e as quantias que gastou com compras? Tem problemas financeiros causados por compras? Escala utilizada para mensurar o comportamento compulsivo de compra (da Silva Schuster, 2016): Quando eu tenho dinheiro, não consigo deixar de gastar parte ou todo ele. Costumo comprar algo que eu vejo em uma loja sem planejamento, só porque eu tenho que ter. Comprar é uma maneira de relaxar e esquecer os meus problemas. Sinto que algo me empurra para fazer compras. Tenho um forte desejo de comprar roupas, joias e outros objetos. Eu me sinto culpado(a) depois de comprar algo. Eu compro algumas coisas que eu não mostro a ninguém, porque as pessoas podem pensar que eu desperdicei o meu dinheiro. Eu sempre comprei coisas que eu não preciso, mesmo quando eu sei que tenho muito pouco dinheiro. Assim que entro em um centro comercial ou shopping, eu quero ir em uma loja e comprar alguma coisa. Eu gosto de gastar dinheiro. Os delírios de consumo de Becky Bloom é o primeiro romance da inglesa Sophie Kinsella. É a história de uma jornalista financeira que durante o dia, ensina às pessoas como administrar seu dinheiro e no fim-de-semana, transforma-se em uma consumidora compulsiva, fugindo do gerente do seu banco e com muitas dívidas. Rebecca Bloom não resiste uma liquidação! Quanto mais inútil, melhor! Para ela, o mundo todo enxerga os detalhes da alça de seu sutiã, combinando com as cores de seus sapatos. Mas seu salário nunca é suficiente para pagar suas extravagâncias. Endividada até a alma, Rebecca, ou Becky, vive fugindo do seu gerente de banco e procurando fórmulas mirabolantes para pagar a fatura do cartão de crédito. Rebecca é sensível, carinhosa e extremamente otimista. Com essas qualidades, ela vai fazer de tudo para resolver seu problema. Primeiro, tenta reduzir seus gastos a zero, o que logicamente, não funciona. Diante disso, ela resolve que precisa ganhar mais dinheiro, mesmo sabendo que seu emprego está ameaçado. Nos delírios de consumo de Becky, todos os seus problemas se resolveriam de imediato ao ganhar na loteria, ou se um completo estranho pagasse sua conta do visa – por engano, claro. Como se não bastasse, em meio a tanta confusão (Hogan, 2009). A proposta psicoterapêutica da abordagem cognitivo comportamental para compradores compulsivos tem os seguintes objetivos (Abreu, 2008): Identificar e mudar padrões de pensamento que influenciam o desejo de comprar. Provocar mudança de comportamento, evitando situações de alto risco que podem provocar o desejo de comprar e lidando com tais situações. Um dos achados em pesquisa teve como objetivo de avaliar duas medidas de mensuração, uma de comportamento compulsivo e, outra, de consumismo e, posteriormente, verificar a relação entre elas. A metodologia incluiu a aplicação de uma survey online para 319 pessoas e análise por meio de equações estruturais multigrupo. Verificou-se que o comportamento compulsivo de compra não possui relação de causalidade com o consumismo. O pressuposto de que o comportamento compulsivo é maior nas mulheres não se confirmou nessa amostra e o consumismo é igual para homens e mulheres (da Silva Schuster, 2016). Um segundo achado em pesquisa foi um estudo de caso sistemático que examinou o processo e os resultados da terapia cognitivo-comportamental (TCC) de uma compradora compulsiva. A duração do tratamento foi pré-definida em 12 sessões. Todas as sessões foram codificadas com o Psychotherapy Process Q-Set (PQS), um método empírico de avaliação do processo terapêutico. Medidas de resultados incluíram a avaliação de sintomas de depressão, ansiedade e compras compulsivas, bem como do ajustamento social. Houve mudança clinicamente significativa e confiável nos sintomas e no ajustamento social, após o tratamento. A análise do processo indicou que fatores da terapeuta (empatia e responsividade), fatores da paciente (colaboração), fatores da relação (aliança terapêutica) e fatores técnicos (apoio e tarefas de casa) contribuíram para as mudanças observadas (Brandtner, 2016). Um terceiro e último achado em pesquisa deste texto, destaca que o comprar compulsivo pode ser caracterizado por preocupações mal-adaptativas em relação às compras e incapacidade de resistir ao desejo de comprar. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura dos artigos publicados nos últimos dez anos (2005-2015) sobre tratamento na abordagem cognitivo-comportamental. No total foram analisados 9 artigos com resultados de ensaios clínicos em grupo e individuais. Conclui-se que, considerando a elevada incidência deste transtorno, a literatura sobre o assunto ainda é escassa e todos os artigos apresentam intervenções com resultados satisfatórios. Apresentamos as principais técnicas utilizadas e, a partir delas, sugerem-se novas intervenções relacionadas à terapia cognitivo-comportamental (de Souza, 2016). Abordamos os principais conceitos, indicadores de diagnóstico e indícios comportamentais acerca do transtorno, além do filme que aborda o assunto e alguns achados em pesquisa. Busque e indique a ajuda

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O DESPERTAR DA LEITURA

O DESPERTAR DA LEITURA 23 de abril – Dia Mundial do Livro Não há tecnologia que possa substituir o prazer de tocar nas páginas de um livro e encontrar nelas um mundo repleto de encantamentos. Atualmente os meios de comunicação estão cada vez mais rápidos e podem servir como ferramentas adicionais no processo da aprendizagem, entretanto, tais recursos não substituem os benefícios de se ler um bom livro. Dentre tantos, cabe citar o favorecimento do desenvolvimento da imaginação e o conhecimento de outras realidades distintas de quem pratica o hábito de ler. Sendo assim, faz-se importante salientar que a aproximação de forma afetiva e significativa dos livros, torna possível o gosto pela leitura. Esta por sua vez, proporciona importantes reflexões e pode despertar para discussões e interações enriquecedoras acerca dos acontecimentos ao redor do leitor. A leitura é parte fundamental da construção do saber de cada indivíduo de modo a alicerçar suas interpretações particulares, com vistas a viabilizar as suas próprias construções do outro e do mundo. A criança que escuta histórias desde cedo, que tem contato direto com livros e que é estimulada nesse sentido, terá a facilidade necessária para ler. Isso proporcionará também um desenvolvimento bastante favorável do seu vocabulário ao longo do tempo. A capacidade de ler está intimamente ligada à motivação. Desta forma, faz-se necessário que o sujeito seja estimulado a ler desde a infância. Isso deve acontecer não apenas na escola com o professor como também com seus pais e cuidadores. Nesse sentido é preciso que se oferte uma certa variedade de livros de literatura como: contos, fábulas e poesias, observando-se e respeitando-se a idade cronológica de cada criança e principalmente o estágio de desenvolvimento de leitura em que a mesma se encontra. Dicas de incentivo ao interesse em leitura na infância: Frequentar livrarias, feiras de livros e bibliotecas junto com os filhos; Ler na frente da criança, para a criança e com a criança à medida que esta vai passando a ter mais propriedade de habilidade da leitura. Possibilitar que a criança possa entrar em contato com livros. A criança pequena precisa brincar, manusear e tocar os livros. Atualmente existe uma variedade de livros com formas e texturas que estimulam a criança a ter interesse em fazer este contato. Os livros devem ser organizados em local de fácil acesso para as crianças, a fim de que seja possibilitada a sua busca sempre quando quiserem, como estantes, prateleiras baixas ou baús. É importante conversar com a criança sobre a história lida. Perguntar a respeito do que ela entendeu, qual personagem gostaria de ser, se a criança pensaria num final diferente para a história. Ler é construir sentido e encontrar significados. Ao conversar com a criança sobre o que ela mesma leu, é possibilitada a oportunidade de pensar, refletir e treinar sua capacidade de compressão. No caso dos adolescentes algumas dicas podem ajudá-los a despertar o interesse para a leitura: Não colocar a leitura de forma impositiva, permitir que os jovens escolham temas do seu interesse; Dar o exemplo, ser um bom leitor; Despertar a curiosidade da leitura oferecendo maior número de formatos, gêneros e autores de livros, tornando fácil o acesso a essas opções. Inicie pensando em quais temas de livros chamam mais sua atenção, visite livrarias, sem pressa. Comece por livros mais finos, reserve um espaço na sua casa para se dedicar a leitura todos os dias. Comece lendo 15 minutos diariamente e vá aumentando o tempo gradativamente. Aproveite o mundo fascinante do livro! Viva o Dia do Livro! Dicas de Livros: Para Crianças: Coleção: Agora Eu Consigo Ler, Letras Grandes. Editora Todolivro. 2014. Blumenau/SC. Brow Watson. Descobrindo Valores. Editora Todolivro. 2014. Blumenau SC. Cristina Klein. Para Adolescentes e Adultos: O Poder do Hábito. Editora Objetiva. 2012. Rio de Janeiro. Charles Duhigg. Renata Patrícia Tavares de Lucena. Psicóloga Clínica e Organizacional Psicoterapeuta Cognitivo-comportamental. renapatl@yahoo.com.br AGUIAR, Vanda T. O leitor competente à luz da teoria da literatura. Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 124, v. 5/6, p.23-34, jan./mar. 1996. AGUIAR, Vera Teixeira de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura, a formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1998. BRASIL. Secretaria da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais – 1ª a 4ª série do ensino fundamental. Língua Portuguesa, 1997. DELMANTO, Dileta. A leitura em sala de aula. Construir Notícias, Recife, ano 08, n. 45, p. 24- 26, mar./abril. 2009. FRANTZ, Maria Helena Zancan. O ensino da leitura nas séries iniciais. 3 ed. Ijui:Unijui, 2001.P.15 e 16; 27-40. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 29. Ed. São Paulo: Cortez, 1994. GRAZIOLI, Fabiano T.; COENGA, Rosemar E. Literatura Infanto juvenil e leitura: novas dimensões e configurações. Erechim: Habilis, 2014. KOCH, Ingdore V.; ELIAS, Maria V. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2008. LAJOLO, Marisa. A formação do leitor no Brasil. São Paulo: Ática, 1996. MANGUEL, Alberto. No bosque do espelho: ensaios sobre as palavras e o mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. ORLANDI, Eni Pulcinelli. A linguagem e seu funcionamento. São Paulo, Brasiliense, 1995. ______. Discurso e Leitura. Campinas: Editora da UNICAMP, 1995. Projetos de Trabalho. 5 ed. Artmed, 1998. – KRIEGL, Maria de Lourdes de Sousa. Leitura: um desafio sempre atual. Revista PEC, Curitiba. V.2, n.1, p.1-12, jul. 2001-jul.2002. – LINARDI, F. O X da questão. Revista Nova escola, São Paulo. Edição Especial nº 18, 2009. – ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 10 ed. SP. Global,1998. PULLIN, Elsa M. M.P.; MOREIRA, Lucinéia de S. G. Prescrição de leitura na escola e formação de leitores. Revista Ciências & Cognição,2008. SOARES, Magda. Letramento: como definir, como avaliar, como medir. In: SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. 13 SOLÉ, Isabel. Ler, leitura, compreensão: “sempre falamos da mesma coisa?” Porto Alegre: Artmed, 2003. ZILBERMAN, Regina. Leitura: Perspectivas Interdisciplinares. São Paulo: Ática, 1995.

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TRICOTILOMANIA

TRICOTILOMANIA Impulso de arrancar os próprios cabelos. Calma! Tem tratamento. Tricotilomania (TTM), transtorno do controle dos impulsos. Refere-se ao ato súbito e irresistível de arrancar fios de cabelo ou pelos de qualquer parte do corpo em busca de prazer ou alívio. Além do ato de arrancar, pode haver outros rituais associados, como brincar com os fios arrancados, observar a polpa branca das raízes e até mesmo a ingestão das polpas ou os fios inteiros. Fora a presença do comportamento de arrancar cabelos ou pelos, há a associação com incômodo significativo pelos sintomas ou quando impedido de realiza-los e a existência de prejuízo no funcionamento decorrente do tempo perdido com os sintomas ou das consequências sociais das falhas no couro cabeludo ou em outros regiões do corpo. Em geral, o início deste quadro ocorre na infância ou na adolescência, sendo mais comum o aparecimento dos sintomas em pessoas do sexo feminino. E, ao longo da vida, associa-se a outros transtornos psiquiátricos com grande frequência. As principais comorbidades psiquiátricas incluem os transtornos de ansiedade, humor, abuso de substâncias, alimentares e de personalidade. Pouco se conhece sobre a etiologia da TTM, mas alguns estudos apontam para a existência de agregação familiar e associação com vulnerabilidade genética. Em crianças nas quais o comportamento de arrancar cabelos ou pelos aparece isolado, sem outras alterações do comportamento, e sem associação com ingestão dos fios, os pais podem ser orientados a observar o comportamento, mas não reagir a ele, pois existem chances significativas dos sintomas remitirem espontaneamente. Caso os sintomas persistam e se associem a incômodo significativo e prejuízos do funcionamento, existem intervenções psicoterápicas e farmacológicas para seu controle. Entre as intervenções farmacológicas, a de uso mais antigo é a clomipramina, um antidepressivo tricíclico com alta afinidade pelo transportador de serotonina. O tamanho do efeito dessa intervenção, entretanto, é significativamente menor do que aquele produzido por intervenções comportamentais . Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), embora sejam atualmente os mais estudados, isoladamente não parecem ser eficientes na redução do comportamento de arrancar os cabelos ou pelos, mas sim no tratamento dos sintomas ansiosos e depressivos comumente associados. Recentemente a n-acetilcisteína (NAC), um agente capaz de restaurar a concentração extracelular de glutamato, foi avaliada em ensaio clínico e tem se mostrado promissora por promover melhora significativa do quadro e boa tolerabilidade e baixa toxicidade. Estudos com período mais longo de acompanhamento, todavia, são essenciais para estabelecer a utilidade dessa intervenção. Em relação às intervenções psicoterápicas, as mais estudadas são aquelas que envolvem treinamento comportamental, que visa à melhora da discriminação das sensações que precedem o comportamento de puxar cabelos ou pelos e ao aumento do autocontrole sobre esse comportamento. Uma técnica específica, a reversão de hábito, treina o indivíduo a realizar um comportamento incompatível com aquele de arrancar cabelos ou pelos ao se deparar com as sensações que precedem tais comportamentos. Técnicas de relaxamento e técnicas cognitivas direcionadas para pensamentos disfuncionais são associadas ao treinamento comportamental , o que tem sido apontado para se obter maior tamanho de efeito terapêutico do que as alternativas farmacológicas de tratamento. No entanto, igualmente ao que se encontrado na intervenção farmacológica, a possibilidade de recaídas também é grande após melhora inicial obtida com essas técnicas. Como qualquer alteração da saúde mental, a TTM exige muita resiliência por parte do paciente, mas nós da Supere estamos sempre a postos para oferecer o melhor apoio. Supere Psicologia está sempre ao seu lado. Dr. André Aquino Médico Psiquiatra andredeaquino@gmail.com Forlenza, Orestes Vicente e Constantino Miguel, Euripedes. Compêndio de clínica psiquiátrica. Manole Editora.

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SER JOVEM

SER JOVEM 13 de abril – Dia do Jovem Ser jovem é viver o momento presente com intensidade, realizando várias atividades e não perder um segundo do seu tempo. Curtir festas, cantar, dançar, fazer esportes e exercícios físicos em academias, ler livros diversificados, assistir a filmes e seriados, estar na companhia de amigos e namorados (as). Ser jovem é estar sintonizado em um ritmo acelerado. Ficando atento as suas emoções e atitudes, para não se envolver em situações constrangedoras. É necessário saber lidar com as diferenças individuais de cada um, assim como as suas opiniões e valores favorecendo uma boa convivência e comunicação com outros jovens. Atualmente, os jovens não têm a paciência de esperar o momento mais adequado de falar e agir. E no relacionamento íntimo com o companheiro(a), não se permite conhecer melhor o outro e deixar fluir naturalmente o namoro. Preferem agir por impulso e ficar com pessoas que não tem nenhuma afinidade, fazendo sexo pelo prazer imediato e sem pensar nas consequências. Ser jovem é também ser independente, pensar e agir com sabedoria e responsabilidade. Pois, a liberdade tem limites, para que não se invada o espaço do outro. Por isso, é necessário respeitar e aceitar o outro da mesma maneira que desejaria ser tratado. A adolescência é um período de incertezas, dúvidas, sofrimentos internos e existenciais quanto a sua identidade como pessoa, inserida numa família e em uma sociedade, em busca o seu significado no espaço que ocupa e nas relações afetivas estabelecidas nestes grupos. É uma fase de grandes sonhos, anseios e paixões secretas, de consciência social, sentimentos inconstantes e ambivalentes. É uma luta interna contra os seus instintos e impulsos, pois suas necessidades são urgentes e inquietantes, buscam a solidão, mudam de humor com facilidade e em outros momentos querem estar no meio da multidão. O fundamental de ser jovem é ser um humano mais humanizado, de caráter íntegro diante de seus valores, lutando com força e coragem, enfrentando os desafios que a vida lhe oferece, tendo como foco a busca da realização do sonho mais importante, mas tendo atitudes solidárias, com compaixão e empatia em suas relações interpessoais, criando de fato vínculos afetivos que sejam profundos, saudáveis e façam bem a essência do seu ser. A terapia cognitivo comportamental contribui com entendimento amplo sobre a reestruturação cognitiva, desenvolvimento de habilidades e da capacidade de resolver problemas juntamente com os jovens e a família. Desenvolva você também! A Supere Psicologia está sempre do seu lado. Silvana Maria Milet silvanamilet@hotmail.com Psicóloga Clinica e Escolar Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental

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SUPERE PSICOLOGIA E CONSULTORIA & INSTITUTO NORA CAVACO

SUPERE PSICOLOGIA E CONSULTORIA & INSTITUTO NORA CAVACO “O resultado mais sublime da educação é a tolerância.” (Helen Keller) Com grande Honra e Alegria, que a Supere Psicologia e Consultoria neste ano de 2018 passa a representar o Instituto Nora Cavaco em Pernambuco – Brasil. Seus representantes com larga experiência em desenvolvimento humano promovem atividades para profissionais da área de saúde e educação, pais e professores. A Supere Psicologia e Consultoria, representada pelo psicólogo Alessandro Rocha (CRP 02/11894) que possui Mestrado em Educação para Ensino em Saúde, Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental, Formação em Dinâmica de Grupo, Aprendizagem Organizacional e Mediação da Aprendizagem. Certificado como Terapeuta EMDR – Reprocessamento e Dessensibilização de memórias traumáticas pelo EMDR Institute. Certificado como Terapeuta Racional Emotivo Comportamental pelo Albert Ellis Institute. Certificado no Programa de Enriquecimento Instrumental do Processo Cognitivo – PEI pelo ICELP – Israel. Professor de Pós graduação no ESUDA. Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e família. Tem experiência de 19 anos de atuação na área de psicologia e 11 anos de atendimento psicológico. O Instituto Nora Cavaco, com sede em Portugal – Europa, representada pela própria Nora Cavaco, Psicóloga, Mestre em Psicologia da Educação e Reabilitação, Pós graduada em Neuropsicologia e Demências, Doutora em Educação Infantil e Familiar, Investigação e Desenvolvimento Psicopedagógico. Professora do Instituto de Psiquiatria da USP, Diretora Clínica do Centro Clínico Al Gharb. Oferece formação de profissionais em diversos países. Possui larga experiência clínica e pesquisadora na área de Autismo e Desenvolvimento Infantil. Acreditamos firmemente no desenvolvimento humano e por isso utilizamos a frase de Helen Keller neste breve texto, que diz “o resultado mais sublime da educação é a tolerância”. Recomendamos o filme “O Milagre de Anne Sullivan” que deu destaque a história verídica de Helen Keller. O profissional que oferece serviço de atendimento em saúde precisa desenvolver habilidades técnicas, éticas e emocionais para saber lidar com as demandas específicas dos pacientes no consultório. E consideramos as virtudes como um aspecto profissional importante, sendo este destacado a tolerância. A capacidade de ter no manejo clínico os meios necessários de tolerar e agir com resiliência a cada passo para lidar com a criança, os pais e os professores em prol do desenvolvimento. Em parceria, conforme nossos valores de aprendizagem, justiça e competência, pretendemos promover cursos, palestras e atividades em Recife e outras cidades. A Supere Psicologia está sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br

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PÁSCOA

PÁSCOA É Preciso Transforma-se! Páscoa é um período em que as pessoas fazem reflexões em favor de uma vida melhor. Na perspectiva religiosa, o Novo Testamento ensina que a ressurreição de Jesus, celebrada pela Páscoa, é o fundamento da Fé Cristã. A ressurreição estabeleceu Jesus como sendo Filho de Deus e é citada como prova de que Deus irá julgar o mundo com justiça. Busquemos as melhorias de vida para todos com justiça, amor e caridade! É preciso olhar para dentro de si. Às vezes as tentativas de lidar com as situações difíceis vão além das capacidades de suportar. Nessas ocasiões, procurar um auxílio externo como a psicoterapia pode ser de grande valia. O trabalho psicoterápico não se ocupa apenas com a redução sintomática, porém também e possivelmente de maneira mais central, com as transformações necessárias de significados pessoais do sujeito possibilitando a potencialização das capacidades individuais, restabelecendo o sentimento de esperança necessário para que a possibilidade de novos aprendizados possa ser efetivada e traga benefícios a vida pratica de cada sujeito. Alguns esquemas internos construídos e mantidos ao longo das histórias de vida através das interações sociais e que trazem sofrimento emocional tinham sentido na época em que se desenvolviam. Por isso, mudar pode implicar em alguns momentos, na necessidade de se modificar círculos sociais, confrontar pessoas do passado e mesmo enfrentar a rejeição dos outros quando estes percebem as mudanças. Tal processo talvez ocasione alguma desestabilização de identidade e pode em curto prazo aumentar mais do que diminuir o sofrimento, mas por meio de estratégias para se buscar combater os pensamentos negativos ao longo do processo psicoterapêutico, os padrões cognitivos vão se tornando cada vez mais claros. Através da psicoterapia cognitivo-comportamental algumas estratégias podem ser utilizadas objetivando ajudar neste processo de autoconhecimento e transformação pessoal que se faz importante para uma vida mentalmente mais saudável dentre as quais cabem citar: O estabelecimento de metas pessoais claras, especificas e manejáveis, identificando-se e anotando-se as principais influencias motivadoras e desmotivadoras; Adoção de medidas de gerenciamento do tempo no intuito de se buscar romper com comportamentos de procrastinação; Auto monitoramento dos comportamentos; Elaboração de tarefas graduais, ou seja, dividir uma tarefa grande ou intimidadora em pequenas partes, “dar um passo de cada vez”; Técnicas de soluções de problemas expressados e claramente definidos. A partir disso os indivíduos tornam-se mais fortalecido para aprender a lidar mais diretamente com tais padrões. É importante aprender a superar padrões perfeccionistas, aprendendo a tolerar a imperfeição em si e nos outros. Toda transformação envolve riscos com resultados que podem ser bastante positivos. É preciso que se reflita sobre as experiências de vida e a forma de se abordar as diferentes situações vivenciadas, tomando-se uma postura de se assumir a responsabilidade pelas escolhas que impactam nas diversas situações de vida. Com tudo, é preciso persistir apesar das adversidades no caminho. Os problemas no decorrer do processo podem ser utilizados como excelentes oportunidades de aprendizados. Faz-se necessário mudar para crescer e poder se tornar uma pessoa melhor com o passar do tempo. A Supere estará ao seu lado para ajudá-lo nesta trajetória de autoconhecimento e transformação rumo a novas possibilidades e enriquecedoras experiências de vida. Renata Patrícia Tavares de Lucena Psicóloga Clinica e Organizacional Psicoterapeuta Cognitivo-comportamental

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Dependência Tecnológica

  Você tem Autonomia ou Vício? A partir da evolução tecnológica, a internet e o uso de suas inúmeras ferramentas (celulares, /jogos/ smartphones; mídias sociais) tem se tornado um hábito no cotidiano das pessoas. Embora o uso da internet apresente benefícios e traga satisfação, seu uso excessivo pode levar o usuário a uma condição de dependência e uso compulsivo, acarretando danos biopsicossociais. Do ponto de vista clínico, considera-se Dependência de Tecnologia (do inglês “technological addiction”) quando o indivíduo não consegue controlar o próprio uso da internet/jogos/smartphones, ocasionando sofrimento intenso e/ou prejuízo significativo em diversas áreas da vida. Entre os tipos de distúrbios relativos ao uso das tecnologias, é necessário diferenciar o uso abusivo, da dependência. O uso abusivo consiste no prejuízo social e na compulsão para o consumo da tecnologia. Já a dependência é o uso abusivo junto ao fenômeno de tolerância e da abstinência. Também pode ocorrer, como agravante de outros transtornos psiquiátricos, transtornos psicóticos que têm seus sintomas amplificados pela relação que o indivíduo desenvolve com a tecnologia, incluindo delírios de perseguição com conteúdo de monitorização, ou vigilância tecnológica, ou piora de funcionamentos de personalidade, em que a pessoa tende a ficar mais retraída socialmente. A dependência tecnológica pode ser comparada a uma dependência de substância ou a transtornos compulsivos, a partir de quatro fatores relevantes, segundo (YOUNG, 2011, p. 171): “a) Um comportamento que produz intoxicação/prazer com a intenção de alterar o humor e a consciência; b) um padrão de uso excessivo; c) um impacto negativo ou prejudicial em uma esfera importante da vida; d) a presença de aspectos de tolerância e abstinência”. Mas como é possível identificar, realmente, quando uma pessoa precisa de tratamento no que tange o uso dos eletrônicos? Quando o uso da tecnologia se torna algo patológico. Ou seja, o indivíduo passa a utilizar a tecnologia (o uso de internet, jogos eletrônico e de smartphones) de forma compulsiva e repetitiva para além das necessidades do trabalho, ou do entretenimento. Alguns sintomas que devem ser vistos com atenção. Há uma queda no rendimento escolar, ou no trabalho, isolamento social e conflitos familiares. Além disso, observam-se, também, elementos de tolerância e abstinência, caracterizados, principalmente, por alterações de humor, como irritabilidade, ou exacerbação ansiosa quando não se está em uso tecnológico. Além desses sintomas, há a necessidade de aumentar o tempo de conexão para obter a mesma satisfação; o descumprimento das horas de sono e das refeições; além do comprometimento da vida familiar, social, escolar e profissional, refletindo negativamente no desempenho das tarefas, podendo ocasionar depressão e outros problemas de saúde. O tratamento é realizado de forma individualizada, por meio da análise do padrão de uso da tecnologia feito pelo paciente, buscando sensibilizar o indivíduo sobre o problema, que muitas vezes só é claro para os familiares. Mostra-se ao paciente o prejuízo social, a desregulação do ciclo do sono, a má alimentação, a ansiedade social desenvolvida e os sintomas de abstinência. A partir daí, o jovem, faixa etária mais comumente acometida, é motivado a se engajar no tratamento por meio de entrevistas motivacionais e de sensibilização, ressaltando que o envolvimento da família é fundamental no tratamento. A terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é a abordagem mais indicada para esse tipo de transtorno, com evidências científicas comprovadas. Na etapa preliminar da avaliação clínica, o médico psiquiatra avaliará a necessidade de terapêutica medicamentosa. Com relação à cura da dependência da tecnologia, esse conceito ainda é controverso. Estudos comprovam que as taxas de sucesso terapêutico são baseadas no tempo de abstinência do uso da tecnologia e no número de recaídas, havendo, então, controle do problema. Com o enfoque na tecnologia, tratando-se de uma população predominantemente jovem e com a personalidade em desenvolvimento, a partir do momento em que se consegue o reestabelecimento de um uso moderado e saudável, e isso passa a constituir um comportamento duradouro, vislumbra-se a perspectiva de cura. É importante ressaltar, que a nova edição do Manual da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, CID-11, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que será lançada este ano, já contempla a dependência dos videojogos como uma doença do foro mental. Após uma monitorização deste transtorno feita ao longo de dez anos, a OMS decidiu que o vício do jogo pode ser considerado um problema de saúde mental. Embora ainda não tenha sido lançada a definição final, sabe-se que este se caracteriza por um padrão de comportamento de jogo “contínuo ou recorrente”, no qual o jogador não consegue controlar, por exemplo, o início, a freqüência, a intensidade, a duração e o contexto em que joga. Quanto aos benefícios dessa decisão, é muito significativo, porque cria a oportunidade de termos atendimentos mais especializados. Na psicoterapia cognitivo comportamental é feita uma análise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades em relação à dependência tecnológica. A Supere Psicologia estará sempre do seu lado! Profª Dra Ana Paula Ferreira Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre e Doutora em Psicologia Cognitiva Email: psianapaulaferreira@gmail.com AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION: Manual Diagnóstico e Estatístico de transtornos Mentais. 5 ed. Porto Alegre, 2014; YOUNG, S.K. Dependência de internet: manual e guia de avaliação e tratamento. Porto Alegre: Artemed, 2011.

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Dia do Contador de Histórias

O DESPERTAR DA CRIATIVIDADE A PARTIR DE UM CONTO DE HISTÓRIAS Criar um conto é algo mágico, é entrar no mundo do faz de conta da criança e descobrir um universo encantado, rico em cores, diversidades e diversão, despertando sentimentos de alegria, leveza, curiosidade e criatividade. O potencial criativo tem um significado singular essencial ao desenvolvimento da criança, pois a sua capacidade criativa lhe permite abrir-se para a sensibilidade e percepção, criando novas ideias e padrões imaginativos, deixando fluir a construção de uma imagem mental que um colorido ao mundo interno do seu ser. Toda criatividade é uma expressão do pensamento, que cria a própria realidade, pois a criança transforma sua imagem do real naquilo que ela deseja e necessita no seu momento presente. A realidade transformada tem experiência de sua criação e que é única para ela, é a realidade de sua fantasia. O pensamento mágico da criança lhe possibilita minimizar o sofrimento psíquico enfrentado em situações de conflito, angústia, estresse, perda, doença e outros, utilizando em sua conversa interior, válvulas de escape, na busca de satisfação e prazer que tornem a sua realidade de vida suportável e confortável. A criança logo aprende brincando com as músicas, as artes, jogos e brinquedos, um caminho mais fácil e suave para ser feliz. Os contos de fada são histórias expressas numa linguagem simbólica e metafórica, cuja essência é a magia e o encantamento com personagens heroicos e fortes, capazes de vencer qualquer desafio e enfrentar o mal, sem medo. Por isso, os contos de fadas tem sido um instrumento utilizado na prática educativa e clinica, contribuindo no desenvolvimento da criança, transformando valores, auxiliando na construção de ideias e criatividade, a partir da liberdade de expressão. Ao identificar-se com o personagem uma história, a criança aprende a lidar de maneira criativa com dormir (sonhos pesadelos), o alimentar-se de maneira mais saudável, o adoecer (enfermidades em geral), problemas enfrentados na família e na escola, e muitos outros conteúdos vivenciais que surgem em sua rotina. Ampliando dessa forma, a consciência de seus pensamentos e sentimentos diante das experiências vividas, pois é na reflexão e na troca de ideias sobre os acontecimentos reais e imaginários que a criança constrói a compreensão e a percepção de si mesma, estabelecendo um novo significado de vida melhorando a comunicação, os vínculos afetivos e a socialização. Os contos de fada tem sido um recurso terapêutico muito importante na intervenção com crianças, ao possibilitar a expressão de suas angustias e conflitos internos, através da brincadeira entre a fantasia e a realidade, utilizando objetos, jogos e atividades que favoreçam a introspecção e projeção, interligando o consciente ao inconsciente, e promovendo mudanças comportamentais, com atitudes mais saudáveis nas suas relações interpessoais. Assim, o deixar fluir o mundo imaginário da criança, o seu potencial criativo. Desperta como algo mágico com uma beleza única de expressão, como um artista que descobre o mundo das cores, formas e texturas. Utilizando-se de seus sentidos a criança encontra o significado das coisas que lhe cercam e cria um mundo de fabulas encantadas, o famoso mundo do faz de conta. A criatividade é uma habilidade que pode ser desenvolvida. As histórias e exemplos são utilizados para facilitar a aprendizagem e desenvolve a memória. Desenvolva você também! A Supere Psicologia está sempre do seu lado. Silvana Maria Milet silvanamilet@hotmail.com Psicóloga Clinica e Escolar Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental

Carreira e Futuro, Concientização, DicasSupere, Terapia Cognitiva

LIDERANÇA EFICAZ

LIDERANÇA EFICAZ “Nosso modo de observar o mundo, constitui o limite da nossa capacidade de ação efetiva” (Chris Argyris) A liderança Eficaz e o(s) modelo(s) que carregamos: Quem somos? Como nos vemos? Como a Ciência da Ação nos classifica? Na Ciência da Ação, estudamos 4 modelos de pessoas, digamos assim, sejam líderes ou não. Claro, quando falamos de organizações, tratamos tais modelos enquanto líderes. Temos, então, o Modelo 1, que é aquele líder autoritário, do ‘manda quem pode e obedece quem tem juízo’ (ou, no mundo das empresas, ‘quem tem contas a pagar’), sem permissão para o diálogo, sem a escuta apreciativa, sem trocas nem feedbacks. Em algum momento, este líder é eficaz, como um técnico de futebol, por exemplo, que precisa ser enérgico no comando do seu time. Mas, em longo prazo, a eficácia vai ao chão, e o fracasso é certo. O segundo modelo é chamado de Oposto ao Modelo 1, que é aquele líder (aquela pessoa) fingido, manipulador, que faz de conta que gosta dos seus liderados, que barganha, que protege para ser protegido, que atua pelas costas, digamos assim. É o pior dos modelos, pois, no primeiro caso, mesmo agindo com abuso de autoridade, as pessoas sempre sabem com quem estão lidando, enquanto que este modelo é uma incógnita e nunca se sabe como agir diante dele, pois não inspira confiança. O terceiro modelo é chamado de Modelo 2, que é aquela pessoa (líder) democrática, que escuta apreciativamente, que promove o feedback, que não impõe julgamentos, mas, sim, investiga, testa os pressupostos, que compartilha do diálogo franco, aberto, confiável, que busca os objetivos comuns, que parceiriza com seus liderados, que se preocupa com as pessoas e com o ambiente comportamental, que busca compreender suas escolhas. Pensamos às vezes que este modelo não existe, que é utópico. Mas a história nos revelou muitos deles ao longo do tempo: Jesus, Gandhi, Buda, Madre Tereza de Calcutá, Princesa Diana… E, mais perto de nós, observamos o Padre Cícero, Dom Hélder Câmara, Frei Damião, o Papa Francisco… Além dos anônimos por aí espalhados. Há muitos modelos 2 dentre os mortais, também, graças a Deus. Conheço muitos, convivi e aprendi com eles por mais de vinte anos e sigo aprendendo, não apenas porque seus ensinamentos seguem comigo, mas porque eles seguem se autoavaliando, se melhorando… e me inspirando… Há ainda um quarto modelo, chamado de Modelo Híbrido, que é aquele considerado intermediário, de alguém que está passando por uma mudança, que deseja sair do Modelo 1 ou do Oposto a este, que sente a necessidade de ser uma pessoa melhor, de ser um líder mais democrático, de desenvolver sua escuta e olhar apreciativos, que busca ser mais empático com o outro. Um exemplo deste modelo pode ser observado no filme chamado Um Golpe do Destino (The Doctor), que o aborda perfeitamente e é uma grande lição para quem sente a necessidade de se promover mudanças. A vida nos sinaliza, muitas vezes, a necessidade de mudanças, mas nem sempre estamos atentos aos seus sinais. Em outros momentos, ela nos impõe que mudemos… e dolorosamente, até… E o que rege todos estes modelos? O quê os diferencia? Os valores, as práticas sociais, o mundo comportamental (ou seja, o ambiente no qual estão inseridos), a cultura e conduta humana de cada um. Por que o Modelo 1 tem sucesso, mas não o sustenta por muito tempo? Por que o Oposto ao Modelo 1 se imagina o tempo todo sendo eficaz, enquanto que a sua eficácia dura apenas os instantes de suas ações? O que acontece a estes dois é que eles mudam apenas as suas estratégias de ação, e não os seus valores. E o que pode levar o Modelo Híbrido a ser eficaz e eficiente de modo mais permanente, podendo até se transformar no Modelo 2? A sua vontade de rever e mudar os seus valores. É fato que no mundo em que vivemos está cada vez mais difícil encontrar um Modelo 2 em quem se espelhar, mas eles existem, sim. Se você conhece alguém que tem escuta apreciativa, permite o diálogo, o teste dos pressupostos, gera confiança, promove o feedback, e está sempre se permitindo ser avaliado, esteja certo de que é alguém que age com a mais positiva das virtudes de um bom líder/pessoa, que demonstra humildade e a importância da autorreflexão, que deve ser o nosso exercício diário. Com certeza, é alguém que caminha em direção a um Modelo mais eficaz de pessoa e, consequentemente, de líder. Torçamos para que estes se multipliquem… e nos inspirem a trilhar a mesma direção. A Supere Psicologia estará sempre do seu lado.   Ediane Souza Consultora em Gestão Educacional e Trabalhos Científicos dianemano2004@yahoo.com.br www.superepsicologia.com.br   Valença, Antonio Carlos. Eficácia profissional. Qualitymark Editora Ltda, 1997. Schön, Donald A. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.