AUTONOMIA DO IDOSO

AUTONOMIA DO IDOSO

caminhos da saúde integral

 

A população idosa, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para países em desenvolvimento as pessoas com 60 anos ou mais, está aumentando em um ritmo acelerado. Segundo o IBGE, em 2017, os idosos passaram a representar mais de 30 milhões de pessoas no Brasil, fato que representa um acréscimo de 18% dessa população em 5 anos. Explicita-se, então, a importância de estudos e intervenções voltadas para essa população.

Alguns fatores psicossociais presentes no envelhecimento podem interferir na qualidade de vida, tais como a perda da posição social, comum após a aposentadoria, limitação na participação de eventos sociais, a solidão, problemas financeiros, incapacidade física e a perda de amigos, parentes ou cônjuges. A somatória desses fatores tende a deixar o idoso em uma situação de vulnerabilidade psicossocial.

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O meio influencia a maneira como o idoso vivencia esta fase da vida. Portanto, envelhecer de forma saudável envolve não apenas os cuidados com a saúde física, mas também um cuidado psicossocial. Nesse contexto, existe a necessidade de sentir-se ativo e autônomo em sua comunidade expressando livremente seus sentimentos, emoções, interesses, opiniões e experiências. Assim, ratifica BALTES, M. & SILVERBERG (1995): “a segurança propiciada por um ambiente acolhedor, assim como a autonomia permitida por um ambiente estimulador são ambas, necessárias ao bem-estar do idoso.”

Desta forma, observam-se os possíveis benefícios de uma psicoterapia em idosos. SADOCK, SADOCK & RUIZ (2016) defendem que a psicoterapia ajuda os idosos a lidarem com os problemas emocionais que os circundam e a compreenderem seu comportamento e os efeitos causados nas outras pessoas com as quais interagem. Além disso, afirmam que a psicoterapia pode melhorar as relações interpessoais, aumentar a autoestima e a autoconfiança, diminuindo os sentimentos de desamparo e raiva, além de melhorar a qualidade de vida. Em pacientes idosos com o nível cognitivo prejudicado, a psicoterapia também pode apresentar efeitos positivos. Esses mesmos autores mostram que “em um estudo conduzido em um lar para idosos, 43% dos pacientes que faziam psicoterapia apresentaram menos incontinência urinária, melhora na marcha, maior prontidão mental, melhor memória e melhor audição.”

Preocupada com o aumento populacional da população idosa, a OMS adotou a expressão “envelhecimento ativo” com o objetivo de evidenciar que o envelhecimento pode ser acompanhado de uma experiência positiva. Essa expressão é definida como “o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas”, ou seja, o envelhecimento com participação em atividades laborais, atividades na comunidade ou no lar em busca de manter-se ativo.

Visto todo exposto a cima, deve-se concluir que a busca de uma boa qualidade de vida para os idosos requer também mudanças culturais sobre a visão da velhice. Entretanto, sendo a cultura o resultado de interações humanas, é necessário o idoso colocar-se como agente autônomo e ativo de sua realidade, cabendo ao psicólogo realizar acolhimento e, através das técnicas cabíveis, conduzir o processo de seu paciente em busca dessa autonomia considerando a integralidade do indivíduo.

A Supere Psicologia está sempre do seu lado.

Eduardo Falcão Felisberto

Administrador de empresas. Graduando em Psicologia. Pesquisador.

eduardofalcaofelisberto@gmail.com

 

SADOCK, Benjamin J.; SADOCK, Virginia A.; RUIZ, Pedro. Compêndio de Psiquiatria-: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. Artmed Editora, 2016.

BALTES, M. & SILVERBERG, S., 1995. “A dinâmica dependência-autonomia no curso de vida”. In: Psicologia do Envelhecimento (Neri, A org.),São Paulo: Papirus.

BARROSO, M. (2018). IBGE – Agência de Notícias. [online] IBGE – Agência de Notícias. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em-2017.html [Accessed 17 Jul. 2018].

DA SILVA SÁ, Cláudia Maria, et al. O idoso no mundo do trabalho: configurações atuais. Cogitare Enfermagem, 2011, 16.3.

WORLD HEALTH ORGANIZATION, et al. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. 2005.

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.