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REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM IDOSO

A velhice é universal e progressiva, sendo um conjunto de transformação biopsicossocial. Segundo Erminda, envelhecer é um “processo de diminuição orgânica e funcional, não decorrente de doença, e que acontece inevitavelmente com o passar do tempo” Erminda (1999 p.43). A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. É importante considerar, que muito mais do que a idade cronológica, essa fase marca de forma precisa, todo o processo de conclusão do desenvolvimento no ser humano. Assim, vários elementos como alimentação, predisposição genética, prática regular de atividades físicas, relacionamento familiar, educação e outros são fatores que influenciarão nesse processo. É fundamental estimular a participação do idoso na sociedade e em diferentes contextos sociais. De acordo com o estatuto do idoso, é garantido “todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.” No entanto, dependendo de como foi a vida do idoso o processo de envelhecimento pode favorecer diversos tipos de doença. O cérebro do idoso segundo Fechine  e Trompieri (2012), relatam que a capacidade intelectual do indivíduo idoso pode ser mantida sem dano cerebral até os 80 anos de idade porém o declínio gradual nas funções cognitivas é considerado como envelhecimento normal. Portanto é comum aparecerem algumas doenças degenerativas, diminuição da capacidade auditiva e visual, diminuição dos reflexos, perda das habilidades e funções neurológicas entre outras. Além das doenças emocionais como a perda de um ente querido, a chegada da aposentadoria, a perda da sua própria identidade, dificuldade em lidar com alguma doença, a chegada dos netos, a síndrome do ninho vazio (quando os filhos saem de casa). A família, por sua vez, tem um papel de grande importância para ajudar a promover condições favoráveis e assim minimizar as perdas apresentadas pelo individuo idoso. Quando é percebido a diminuição de algumas capacidades neurológicas é importante que a família, junto com o médico, solicitem uma reabilitação neuropsicológica. Esse processo é realizado por equipe interdisciplinar que vão obter informações sobre o desempenho do paciente em diversos aspectos; físicos, cognitivos, comportamental, emocional, social etc O resultado dessa observação vão levar a equipe a construção do perfil do paciente com seus pontos fortes e fracos para serem construídos as intervenções e estratégias para a realização da reabilitação neuropsicológica Para Wilson (2002), o tratamento de doenças e da incapacidade em idades avançadas afetam as pessoas idosas e a reabilitação é de grande importância no déficit cognitivo se mostrando eficaz no tratamento do idoso. Em síntese, a reabilitação é um conjunto de técnicas práticas como estratégias compensatórias onde os profissionais vão atuar para reduzir os efeitos e déficits cognitivos, comportamentais, emocionais entre outras disfunções do sistema nervoso central, que se tornaram obstáculos para o indivíduo na sua rotina diária. Sabe-se que o cérebro é plástico, e a reabilitação pode ajudar a novas células crescerem, e outras partes do cérebro vão assumir as funções perdidas compensando e diminuindo o déficits e melhorando de forma gradual. Todo esse processo de desafios constantes, muitas vezes influência de forma negativa o emocional do paciente com pensamentos e crenças disfuncionais, dificultando a evolução do tratamento. Assim a Reabilitação Neuropsicológica, precisa do suporte da Terapia Cognitivo Comportamental. São duas ciências que se unem podendo inter-relacionarem entre si para superar as demandas do dia-a-dia. Isso ocorre porque algumas técnicas da terapia cognitivo comportamental, como a psicoeducação, resolução de problemas, reestruturação cognitivas, questionamento socrático entre outras pode facilitar o processo ajudando em comorbidades, causadas por quadros psicológicos complicados após um acontecimento cerebral. Acredita-se que os nossos sentimentos afetam a maneira como nos comportamos e pensamos, dessa forma é importante traçar metas terapêuticas que ajudam na reabilitação pois readquirir as habilidades sociais, controlar a ansiedade e se motivar pra continuar o tratamento, ajuda a formação de uma nova identidade pós lesão. A Supere Psicologia está sempre do seu lado! Patrícia  Brito Psicóloga Clinica com formação em Terapia Cognitivo Comportamental. Especialista em Neuropsicologia pelo ESUDA e Saúde Mental pela UFPE patriciabritorh@hotmail.com ESTATUTO DO IDOSO. Ministério da Saúde. 3º edição. 2013. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso_3edicao.pdf acessado em 05/08/2018 ERMINDA, J.G. Os idosos: Problemas e realidades. Coimbra: Editora Formasau, 1999. FECHINE, B.; TROMPIERI, N. O processo de envelhecimento: As principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. Revista Científica Internacional, v. 20, n. 1,p. 106 – 194. 2012. FERREIRA, H. G., Lima, D. M. X. de, & Zerbinatti, R. (2012). Atendimento psicoterapêutico cognitivo-comportamental em grupo para idosos depressivos: um relato de experiência. Revista da SPAGESP, 13(2), 86-101. Recuperado em 01 março, 2015, de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rspagesp/v13n2/v13n2a10.pdf. WILSON, B.Towards a comprehensive model of cognitive rehabilitation Neuropsychological rehabilitation, 2002  

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EDUCAÇÃO FÍSICA E BEM-ESTAR

Primeiramente gostaria de falar sobre “DADRF”, sigla na qual criei ao falarmos sobre determinação, autoestima,  disciplina e resistencia à frustração. Não quero falar dos efeitos neurais adivindos da atividade física, sensação de alivio de tensões, aumento de neurotransmissão, sensação de bem estar. E sim como teu cerebro se desenvolve em paralelo aos seus musculos. Os verdadeiros efeitos psicológicos são sentidos a partir do momento em que enchergamos um atleta de corrida, em seu sprint final, mesmo com toda dor e desconforto, consegue levar seu corpo ao final da prova. Corredores de automobilismo que passam horas concentrados e sempre com frieza nas utrapassangens, um cirurgião em uma cirurgia. Como essas pessoas teem essa capacidade de testar e por a prova seus proprios limites? As respostas estão na mente dessas pessoas, no que aprendem e alimentam através do exercício. Tudo isso representa o que podemos adiquirir quando fazemos alguma atividade física. Com isso, vamos falar um pouco sobre esses fatores nos quais fazem com que seja possivel tais feitos: Determinação: Muitas vezes a nossa rotina diária tende a nos colocar em situações que nos deixam, a cada dia, atarefados. Acarretando numa falta de “tempo” para a pratica da atividade física. O exercício físico não é remédio, mais ajuda a seguir em frente, buscar objetivos novos, querer sempre melhorar pra seguir adiante. Autoestima: Quando nos vemos como capazes de nos por à prova, de dizer “não” para as coisas que realmente não queremos, como vencedores de medos, ansiedades e angústias; quando nosso corpo e saúde caminham e/ou atingem nossos objetivos, nossa autoestima se fortalece. A atividade física, o treino pode ser usado de diversas formas: podemos esquecer os problemas enquanto nadamos; ou é possível que vejamos nossos adversários e obstáculos caindo por terra enquanto levantamos peso repetidas vezes; também podemos pensar na vida e organizar os pensamentos durante uma caminhada. Que sentido você dá para o seu exercício? Como ele está fortalecendo sua autoestima, ajudando você a gostar e dar mais valor a si mesmo? Disciplina: O simples fato de nos habituarmos a acordar cedo para fazer determinada atividade. Nesse ato simples, você está fortalecendo sua capacidade de escolher o que quer, renunciando a outros prazeres, como a tentadora saidinha com os amigos; está exercendo suas habilidades de planejamento, definindo aonde quer chegar, suas metas de peso e saúde; está assumindo o controle sobre suas emoções, ao vencer a vontade de ficar em casa, ao derrubar seu medo de não conseguir dar “duas voltas no parque”. Todas essas habilidades cognitivas, comportamentais e emocionais vão refletir diretamente no seu dia-a-dia, no seu trabalho e relacionamentos. Resistencia a frustração: Palavra mais conhecida como garra, que em seu sentido figurado tem o sentido de determinação, força de vontade. A determinação, a disciplina nos ajuda a não desistir diante dos obstaculos negativos. Está chovendo, corpo dolorido, fiquei sem carro pra ir pra academia ou correr, não perdeu o peso almejado ou não esta mais forte. Da pra perceber como o exercício físico é um exercício que requer um psicológico poderoso? Da pra perceber o quanto você precisa ser firme para suportar as adversidades que a vida nos propõe? Quando decidimos, somos orientados ou obrigados a iniciar atividades físicas regulares, iniciamos ao mesmo tempo, uma luta contra hábitos, crenças e pensamentos antigos. Tudo isso vai influenciar nossa resistência à frustração, contribuindo para o abandono dos exercícios. Hábitos antigos se referem aos nossos costumes: a cervejinha diária, a vida excessivamente voltada ao trabalho, o namoro com o sofá e a tv, a badalação, etc. As crenças são esquemas mentais que funcionam como regras para nossa relação com mundo ou com nós mesmos. Os benefícios psicológicos da atividade fisica vão além de saúde do corpo, ficar forte ou emagrecer. Procure ao máximo trazer essa realidade para sua vida, mudança de hábitos não só fará bem pro corpo, como trará outra realidade e perspectiva para seguir em frente. Algumas dicas se fazem importantes para melhorar a saúde mental e consequentemente conseguir evoluir ficamente, independente do seu objetivo: busque novos estímulos (pessoas que lhe ajudem a trilhar novos caminhos, personal novo, nutricionista nova), tire 30 minutos do seu dia para fazer uma leitura, ao invés de asstisr TV, quando tiver se sentindo triste, vá a academia ou sair pra correr, para sentir os benefícios da serotonina no seu bem estar.   Desenvolva o bem-estar: 1) Melhora a autoestima Um dos principais benefícios psicológicos da atividade física é melhorar a autoestima. Pacientes com depressão, transtorno bordedeline, ansiedade, transtornos de imagem podem ter o tratamento favorecido com a prática de atividades físicas. 2) Reduz o estresse A redução do estresse é também um dos principais benefícios psicológicos da atividade física. A atenção requerida e desviada para o controle do corpo, faz que com preocupações muitas vezes provocadas por ansiedade ou transtornos sociais sejam reduzidas a medida que se realiza práticas físicas. 3) Protege o sistema cognitivo, prevenindo doenças degenerativas Ao estimular a oxigenação do cérebro, as neurotransmissões são favorecidas. Também estimula a memória e afasta pensamentos ruins. Com isso o organismo reduz a produção de cortisol que é descarregado no sangue. Também proporciona a melhora o sistema cognitivo, reduz o envelhecimento precoce das células e promove a longevidade. 4) Reforça o sistema imunológico, severamente prejudicado por doenças mentais O sistema imunológico costuma ser severamente prejudicado por transtornos psicológicos, facilitando doenças ocasionais, como resfriados, dores de cabeça e problemas do trato intestinal. Ao praticar exercícios, os hormônios da felicidade — serotonina, endorfina e dopamina — se encarregam de reforçar nossos sistemas de defesa. Esses hormônios são produzidos em maiores quantidades pelo corpo graças as atividades físicas. 5) Aumenta a disposição, garantindo mais produtividade O cansaço e a falta de motivação afeta pessoas que sofrem com diversos transtornos psicológicos. Obviamente a prática esportiva fará com o corpo passe a receber hormônios que garantem nossa disposição e bem-estar. Também favorece a qualidade do sono, e após uma noite bem dormida a chance de ter um dia com mais qualidade é muito maior.   A Supere Psicologia

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26 de julho – Dia dos Avós

Inicio esse texto, com uma frase de um sábio autor desconhecido, que diz:  “O paciente não é só o paciente. Ele é o amor de alguém“. Dentro desse contexto, aproveito esse dia 26 de julho, “Dia dos Avós”, para falar um pouco sobre a importância de cuidar dos nossos idosos, e cuidarmos com amor, oferecendo dignidade, respeito e, acima de tudo, retribuir toda dedicação e doação de uma vida inteira. E foi baseado na palavra Amor que surgiu o Llar D’Avis, para desmistificar um passado sombrio, transformando Amor em forma de residência geriátrica.   Dada a complexidade e o ser multidimensional que o idoso é, o llar D’Avis entende que um só profissional é incapaz de abarcar, e por isso montamos a nossa equipe interdisciplinar gerontológica composta de geriatras, fonoaudióloga, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, enfermeira e nutricionista.  Aqui cada idoso é visto em sua individualidade, respeitando sua história e valorizando toda experiência vivida. Não existem restrições ou horários de visita, os ambientes são personalizados de acordo com à vontade do idoso e de sua família. Dessa forma, familiares têm a segurança que o Llar é a verdadeira extensão de sua casa, visitando-os diariamente e desfrutando do seu convívio, fortalecendo laços afetivos e tendo a certeza que o amor é o principal pilar do cuidado. Oferecemos as modalidades day-use, curta e longa permanência. Paulo Coelho escreveu um texto chamado “A história do lápis” que retrata a visão dos avós sobre os netos em alguns momentos da vida. Vamos refletir? Segue: “O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou: – Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim? A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto: – Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse. O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. – Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida! – Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo. Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade. Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas lhe farão ser uma pessoa melhor. Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça. Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.” Para finalizar, gostaria de deixar uma pergunta para que norteasse nosso dia-a-dia: O que fizemos pelo outro hoje? A Supere Psicologia está sempre do seu lado! Nara Moura Fonoaudióloga. Atuação na Enfermaria de Cuidados Paliativos – IMIP e no Llar D’Avis – Residência Geriátrica Especialista em Fonoaudiologia Hospitalar, Motricidade Orofacial e Gerontologia com ênfase em Cuidados Paliativos. Mestre em Educação para profissionais de saúde nara_moura@hotmail.com

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AUTONOMIA DO IDOSO

AUTONOMIA DO IDOSO caminhos da saúde integral   A população idosa, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para países em desenvolvimento as pessoas com 60 anos ou mais, está aumentando em um ritmo acelerado. Segundo o IBGE, em 2017, os idosos passaram a representar mais de 30 milhões de pessoas no Brasil, fato que representa um acréscimo de 18% dessa população em 5 anos. Explicita-se, então, a importância de estudos e intervenções voltadas para essa população. Alguns fatores psicossociais presentes no envelhecimento podem interferir na qualidade de vida, tais como a perda da posição social, comum após a aposentadoria, limitação na participação de eventos sociais, a solidão, problemas financeiros, incapacidade física e a perda de amigos, parentes ou cônjuges. A somatória desses fatores tende a deixar o idoso em uma situação de vulnerabilidade psicossocial. O meio influencia a maneira como o idoso vivencia esta fase da vida. Portanto, envelhecer de forma saudável envolve não apenas os cuidados com a saúde física, mas também um cuidado psicossocial. Nesse contexto, existe a necessidade de sentir-se ativo e autônomo em sua comunidade expressando livremente seus sentimentos, emoções, interesses, opiniões e experiências. Assim, ratifica BALTES, M. & SILVERBERG (1995): “a segurança propiciada por um ambiente acolhedor, assim como a autonomia permitida por um ambiente estimulador são ambas, necessárias ao bem-estar do idoso.” Desta forma, observam-se os possíveis benefícios de uma psicoterapia em idosos. SADOCK, SADOCK & RUIZ (2016) defendem que a psicoterapia ajuda os idosos a lidarem com os problemas emocionais que os circundam e a compreenderem seu comportamento e os efeitos causados nas outras pessoas com as quais interagem. Além disso, afirmam que a psicoterapia pode melhorar as relações interpessoais, aumentar a autoestima e a autoconfiança, diminuindo os sentimentos de desamparo e raiva, além de melhorar a qualidade de vida. Em pacientes idosos com o nível cognitivo prejudicado, a psicoterapia também pode apresentar efeitos positivos. Esses mesmos autores mostram que “em um estudo conduzido em um lar para idosos, 43% dos pacientes que faziam psicoterapia apresentaram menos incontinência urinária, melhora na marcha, maior prontidão mental, melhor memória e melhor audição.” Preocupada com o aumento populacional da população idosa, a OMS adotou a expressão “envelhecimento ativo” com o objetivo de evidenciar que o envelhecimento pode ser acompanhado de uma experiência positiva. Essa expressão é definida como “o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas”, ou seja, o envelhecimento com participação em atividades laborais, atividades na comunidade ou no lar em busca de manter-se ativo. Visto todo exposto a cima, deve-se concluir que a busca de uma boa qualidade de vida para os idosos requer também mudanças culturais sobre a visão da velhice. Entretanto, sendo a cultura o resultado de interações humanas, é necessário o idoso colocar-se como agente autônomo e ativo de sua realidade, cabendo ao psicólogo realizar acolhimento e, através das técnicas cabíveis, conduzir o processo de seu paciente em busca dessa autonomia considerando a integralidade do indivíduo. A Supere Psicologia está sempre do seu lado. Eduardo Falcão Felisberto Administrador de empresas. Graduando em Psicologia. Pesquisador. eduardofalcaofelisberto@gmail.com   SADOCK, Benjamin J.; SADOCK, Virginia A.; RUIZ, Pedro. Compêndio de Psiquiatria-: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. Artmed Editora, 2016. BALTES, M. & SILVERBERG, S., 1995. “A dinâmica dependência-autonomia no curso de vida”. In: Psicologia do Envelhecimento (Neri, A org.),São Paulo: Papirus. BARROSO, M. (2018). IBGE – Agência de Notícias. [online] IBGE – Agência de Notícias. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em-2017.html [Accessed 17 Jul. 2018]. DA SILVA SÁ, Cláudia Maria, et al. O idoso no mundo do trabalho: configurações atuais. Cogitare Enfermagem, 2011, 16.3. WORLD HEALTH ORGANIZATION, et al. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. 2005.

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14 de Julho – DIA DA LIBERDADE DE PENSAMENTO

“Penso, Logo Existo!” (R. Descartes) “Penso, logo existo” é uma frase icônica dita pelo filósofo francês René Descartes, que marcou a visão do movimento Iluminista, colocando a razão humana como única forma de existência. O filósofo e matemático desejava obter o conhecimento absoluto, irrefutável e inquestionável. Descartes achava que não tinha aprendido nada de substancial (com exceção da matemática) em seus estudos. Todas as teorias científicas acabavam por ser refutáveis e substituídas por outras, não havia nenhuma certeza verdadeira além da dúvida. Descartes, então, passou a duvidar de tudo, inclusive da sua própria existência e do mundo que o rodeava.   No entanto, Descartes encontrou algo que não poderia duvidar: da dúvida. De acordo com o pensamento do filósofo, ao duvidar de algo já estaria pensando e, por estar duvidando, logo pensando, estaria existindo. Descartes entendeu que ao duvidar, estava pensando, e por estar pensando, ele existia. Desta forma, a sua existência foi a primeira verdade irrefutável que ele encontrou. Pensamentos coexistem com outros pensamentos, espontâneos, não são baseados na reflexão, passam geralmente desapercebidos, são breves, telegráficos, aceitos geralmente como verdadeiros, sem reflexão ou avaliação, pode-se aprender a identificar e checar sua validade e utilidade. Através da expressão dos pensamentos mostramos quem somos. O termo cognitivo significa “processos de conhecimento” bem como “pensamento” ou “percepção”. O terapeuta cognitivo dá ênfase ao exame dos pensamentos e crenças relacionadas ao nosso estado de humor, comportamentos, reações físicas e aos acontecimentos em nossas vidas. Sempre que você experimenta um estado de humor, existe um pensamento relacionado a ele que ajuda a definir o humor. Nossos pensamentos e comportamentos encontram-se geralmente intimamente relacionados. Esta é uma razão pela qual é difícil se fazer mais de duas coisas ao mesmo tempo. Durante o dia estamos repetindo constantemente comportamentos bem treinados. Não nos apercebemos dos pensamentos que direcionam nosso comportamento, porque nossas ações tornam-se rotina. Entretanto, quando decidimos mudar ou aprender um novo comportamento, os pensamentos podem determinar se e como essas mudanças ocorrerão. Nossas expectativas afetam nosso comportamento. Temos mais chance de fazer algo e de ser bem-sucedidos se acreditamos que isso é possível. Pensar não é o mesmo que fazer. Mas quanto mais acreditamos que algo é possível, mais provavelmente tentaremos realizar a coisa e mais chance teremos de ser bem-sucedidos em nossas tentativas. Além dos pensamentos automáticos temos profundas crenças arraigadas, que influenciam tanto nosso pensamento automático quanto nossos padrões de comportamento. Essas crenças primárias dizem respeito a nós mesmos (Ex.: Sou inteligente / Sou fraco), a outras pessoas (Ex.: As pessoas não são confiáveis  / As mulheres são fortes), e à vida em geral (Ex.: Depois da tempestade vem a calmaria / Mudança sempre vem para melhor). Os pensamentos também afetam nossas reações físicas. Pense na última vez que você leu um livro ou artigo de revista envolvente. Enquanto sua mente imaginava as cenas descritas, seu corpo também reagia. Imaginar uma cena assustadora pode fazer que sua frequência cardíaca aumente. Imaginar uma cena romântica pode excitá-lo sexualmente.  Os atletas usam essa poderosa relação entre pensamento e reações físicas. Os treinadores dizem frases de incentivo para seus times, para “incendiar” os membros do time e liberar adrenalina. Os nadadores olímpicos e estrelas do atletismo são com frequência, treinados a imaginar em detalhes seus desempenhos numa competição. Pesquisas demonstram que os atletas que fazem esse exercício ativo da imaginação experimentam pequenas contrações musculares que refletem os maiores movimentos musculares feitos por eles em um desempenho real. Algumas características dos pensamentos: Pequenas mudanças em qualquer outra área podem acarretar mudanças na maneira de pensar. A forma como compreendemos nossos problemas tem um efeito em como lidamos com eles. Os pensamentos ajudam a definir os estados de humor que experimentamos. Os pensamentos influenciam o modo como nos comportamos, o que escolhemos fazer e não fazer e a qualidade de nosso desempenho. Os pensamentos e as crenças afetam nossas respostas biológicas. Veja que, até hoje, 380 anos mais tarde, o funcionamento do cérebro e as artimanhas da mente continuam a desafiar os estudiosos. Você já se deu conta que o cérebro e a mente estão intimamente ligados? Estudando mais a fundo, o cérebro, um órgão que pesa pouco mais de 1 kg, é responsável pelo controle de tudo o que fazemos. A mente é onde acontecem as atividades psíquicas conscientes e não conscientes como emoções, pensamentos, vontades e sentimentos. O cérebro e a mente estão inter-relacionados influenciando-se mutuamente apresentando uma relação de interdependência. Exemplifico com a famosa metáfora do hardware (cérebro) e do software (mente). Sem o hardware o software de um computador não existe e, sem o cérebro, a mente não existe. Ao longo de nossas vidas, as experiência e o meio onde vivemos condicionam o nosso hardware, nosso cérebro. Quando aprendemos coisas novas como tocar um instrumento ou um novo idioma podemos modificar a estrutura do cérebro. É como se pudéssemos adestrar nosso modo de pensar. Então, se o pensamento influencia o desenvolvimento do nosso cérebro. Se pensamos durante todo o tempo, logo podemos “ensinar” nosso cérebro e projetar situações que são boas para nós. Você já deve ter ouvido seus avós dizerem que fazer palavras cruzadas é “ginástica para o cérebro”. Fazer palavras cruzadas é uma tarefa recomendada por neuropsiquiatras e terapeutas como “ginástica cerebral”, no tratamento da Doença de Alzheimer e demais casos em que há perda de memória. O objetivo é estimular o funcionamento do cérebro e a extensão da memória de longa duração. Funciona assim: quanto mais informações os neurônios recebem, mais sedentos de novos dados eles ficam, criando novas ligações – as sinapses – entre eles. Construir nossa realidade e o que desejamos para nós é possível dependendo do modo como estimulamos nosso cérebro e como desenvolvemos nossa mente. A construção da mente e das novas realidades é, portanto, relativa e o melhor de tudo e que está ao nosso alcance. No entanto, existem armadilhas de pensamentos elaboradas por processamentos de informações disfuncionais que influenciam em nossa vida e a maneira que percebemos a realidade. Gostaria de destacar duas dessas armadilhas: Vejo os acontecimentos e as pessoas em termos de pensamentos

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Transtorno Desafiador de Oposição

Falta de limites ou recusa de responsabilidades? Cada dia mais preocupados com o comportamento dos filhos, os pais lotam consultórios de médicos e psicólogos em busca de ajuda para questões que vão desde desobediência constante e birra a comportamentos violentos. A internet é uma ferramenta que pode ajudar bastante, mas em muitos casos pode ser grande geradora de estresse por oferecer falsos diagnósticos para pais procurando explicações a respeito do comportamento inadequado dos filhos. O Transtorno Desafiador de Oposição – TOD é um desses problemas que faz com que os pais procurem ajuda para os comportamentos disruptivos de seus filhos. O TOD está englobado na categoria dos transtornos diagnosticados pela primeira vez na infância e adolescência (American Psychiatric Association [APA], 2002), esse quadro psicológico da infância tem uma das maiores prevalências na população em geral e a maior dessa faixa etária que procura por serviços de saúde mental. Os comportamentos desafiadores e oposicionistas são comuns em crianças pré-escolares e adolescentes, como características transitórias do desenvolvimento. Assim sendo, é preciso ter atenção ao fazer tal diagnóstico nessas faixas etárias. Por isso, o TOD só pode ser diagnosticado de acordo com a frequência e persistência dos comportamentos comparados com outras crianças do mesmo gênero, no mesmo estágio evolutivo, social, cultural e ocupacional. Para um diagnóstico deste transtorno, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos mentais – DSM-5, os principais critérios são: Um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com duração de pelo menos seis meses, como evidenciado por pelo menos quatro sintomas de qualquer das categorias seguintes e exibido na interação com pelo menos um indivíduo que não seja um irmão. Humor Raivoso/Irritável: Com frequência perde a calma; Com frequência é sensível ou facilmente incomodado; Com frequência é raivoso e ressentido. Comportamento Questionador/Desafiante: Frequentemente questiona figuras de autoridade ou adultos; Frequentemente desafia acintosamente ou se recusa a obedecer a regras ou pedidos de figuras de autoridade; Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas; Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau comportamento. Índole Vingativa: Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses. Embora os critérios sejam bem definidos, mais uma vez, devemos ter atenção a persistência e a frequência desses comportamentos pois servirá para distinguir entre um comportamento dentro dos limites normais e um comportamento sintomático. No caso de crianças com idade abaixo de 5 anos, o comportamento deve ocorrer na maioria dos dias durante um período mínimo de seis meses, nas crianças maiores de 5 anos o comportamento deve ocorrer pelo menos uma vez por semana, também por no mínimo seis meses. A gravidade varia de acordo com os ambientes em que os sintomas se apresentam, porém não é raro crianças com transtorno de oposição desafiante apresentarem sintomas somente em casa e apenas com membros da família. No entanto, a difusão dos sintomas a outros ambientes é um indicador da gravidade do transtorno. Procurar ajuda para o Transtorno de Oposição Desafiante é essencial não apenas para melhorar a convivência familiar e social da criança ou do adolescente. Os sintomas quando não tratados adequadamente ou insuficientes está relacionado ao desenvolvimento em quase 80% dos transtornos mentais na vida adulta, sendo a maior parte voltado para transtornos depressivos graves e transtornos de ansioso. Há também um relevante aumento do uso abusivo de álcool e outras drogas por jovens com TOD (Caminha, 2011). Acompanhamento psicológico é essencial para administração e remissão dos sintomas. A Terapia Cognitivo-comportamental faz uso de estratégias como (Caballo, 2010): Treinamento de controle da raiva e impulsividade; Métodos comportamentais que auxiliam na organização da rotina, criação de limites e adequação social; Psicoeducação sobre habilidade social, etc. A participação dos pais, responsáveis e familiares próximos, é imprescindível no processo de tratamento. A terapia familiar e o treinamento de pais é essencial para a mudança definitiva desses comportamentos disfuncionais apresentados pela criança ou adolescente com este transtorno. Quaisquer dúvidas sobre o Transtorno Opositor Desafiador e seu tratamento, a equipe da Supere Psicologia está sempre do seu lado.   Renata Allain Psicóloga Especialista em Terapia Cognitivo-comportamental renatallain@hotmail.com American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. Caballo, V.E. & Simón, M.A. (Orgs.). Manual de psicologia clínica infantil e do adolescente: transtorno específicos. São Paulo: livraria Santos, 2010. Caminha, R.M. & Caminha, M.G. (Orgs.). Intervenções e treinamentos de pais na clínica infantil. Porto Alegre: Sinopsys Editora, 2011. Friedberg, R.D. & McClure, J.M. Pratica clinica de terapia cognitiva com crianças e adolescentes. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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Mentoring e Desenvolvimento Profissional

Mentoring e Desenvolvimento Profissional A experiência da formação profissional, bem como do aperfeiçoamento profissional tem sido cada vez mais objeto de sociedades em desenvolvimento. De acordo com o Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional: na Finlândia, na Áustria e na Alemanha, alunos do ensino técnico representam, respectivamente, 70,4%, 69,8% e 47,8% dessa etapa da educação. (Folha de São Paulo, 2017). Essa experiência pode contar com modelos distintos adotados tanto pelas instituições como pelos indivíduos aos quais nos deparamos ao longo do processo de crescimento e desenvolvimento profissional. Esse processo inclusive, pode ou não ser uma vivência madura e rica em aprendizado mútuo.   O processo de aprendizado, de aquisição de habilidades e competências para atuar em áreas que se pode conhecer através de teorias ou práticas de outros profissionais, apenas será útil se estiver em sintonia com o contexto e a situação propriamente dita a qual o indivíduo esteja disposto a investir. Talvez não tenhamos percebido, mas ao longo da vida todo indivíduo esteve em contato com uma ou mais pessoas que se tornou referência ou figurou como alguém que lhe inspirou, alguém que você escolhendo ou não, também esteve preocupado com o seu desenvolvimento. Profissionais, como seres humanos que somos, carecem de orientação dirigida, qualificada e especializada em alguns momentos de sua vida e/ou de sua carreira. As escolhas contidas nas trilhas e caminhos que tomamos, algumas vezes podem ser mais, ou menos difíceis de lidar. Cada indivíduo será capaz de lidar com essas situações através da sua dinâmica de funcionamento, o que representará experiências únicas e extremamente subjetivas. Neste sentido, a dinâmica do indivíduo, em especial a sua crença e suas características será determinante no processo de aprendizagem. Fatores internos e externos contribuindo ou não para o melhor aprendizado, a melhor troca de experiências, a melhor assimilação e vivências enriquecedoras nesse processo. Observando o que Paulo Erlich (2016) – que é especialista no tema mentoring e formador de mentores – reflete sobre mentoria, percebe-se que através das principais funções do mentoring: função de trabalho e carreira, funções socioemocionais e função modelar, o mentor pode encontrar situações vivenciadas pelo “mentorado” com as quais deverá estar preparado para lidar. A formação em mentoring é uma experiência sólida, enriquecedora e prática, e que tem o compromisso de apresentar ao profissional que deseja atuar como mentor, a teoria, as técnicas e principalmente as competências necessárias ao exercício de mentoring. A Formação em Mentoring será realizada nos dias 20 a 22 de setembro de 2018, sob coordenação dos professores Paulo Erlich e Alessandro Rocha. A Supere Psicologia está sempre do seu lado! Ana Carla Moura Psicóloga Organizacional, Especialista em Dinâmica de Grupo e Gestão de Equipes, Mestre em Gestão com ênfase em Cultura Organizacional mourau@gmail.com

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Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa

Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a pessoa idosa “Gentileza gera Gentileza!” O dia 15 de junho marca o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. É necessário criar uma consciência mundial, social e política de combate a violência e disseminar a idéia de não aceitá-la como normal. Tipos de violência cometidos contra a pessoa idosa: Violência Física: qualquer comportamento que implique agressão física, por exemplo, crimes de ofensa à integridade física, maus tratos físicos, sequestro, intervenções e tratamentos médicos arbitrários. Violência Psicológica/Verbal: Provocar intencionalmente na pessoa idosa dor, angústia através de ameaças, humilhações ou intimidação de forma verbal ou não verbal, por exemplo, insultos, ameaças, humilhação, intimidação, isolamento social, proibição de atividades. Violência Sexual: Violência na qual o agressor abusa do poder que tem sobre a vítima para obter gratificação sexual, sem o seu consentimento, sendo induzida ou obrigada a práticas sexuais com ou sem violência.   Negligência e Abandono: é o ato de omissão de auxílio do responsável pela pessoa idosa em providenciar as necessidades básicas, necessárias à sua sobrevivência, por exemplo, o crime de omissão de auxílio e não providenciar acesso a cuidados de saúde. Violência Financeira/econômica: qualquer prática que visa a apropriação ilícita do patrimônio de uma pessoa idosa e pode ser realizada por familiares, profissionais e instituições. Violência Doméstica: Infligir, de forma continuada ou não, maus tratos físicos ou psíquicos, a pessoa particularmente indefesa em razão da sua idade ou dependência econômica que consigo coabite, por exemplo, castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais. Seja cidadão. Denuncie! Disque 100 – Violência contra os idosos Recomenda-se leitura do livro Saúde Do Idoso: Uma Abordagem Multidisciplinar dos autores Spencer Junior e Leopoldo Barbosa. Este livro foi pensado e escrito de forma interprofissional por psicólogos, médicos e nutricionistas, e nos lança no universo da saúde do idoso, principalmente, o da saúde mental. Ele aborda os problemas desde a história das doenças no Brasil, passando pela teoria da gerotranscendência e ações preventivas bem como pelo problema dos idosos institucionalizados, e vai até questões da prática diária como a preocupação com as interações medicamentosas e deles com os alimentos. A Supere Psicologia está sempre do seu lado. Mariane Gomes Assistente Social da Perícia Médica do Estado de Pernambuco marianii.gomis@yahoo.com.br

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Desenvolvimento Cognitivo

Desenvolvimento Cognitivo Você em algum momento percebe o seu raciocínio lento ou até de outras pessoas? Atenção, Memória, Comparações, Análise concreta, Análise abstrata, Análise sistêmica, entre outras são parte das funções executivas. Funções executivas são conexões cerebrais responsáveis pela capacidade de organização e planejamento. E nossas emoções são influenciadas quando não conseguimos realizar e desempenhar bem as tarefas e trabalhos pessoais e profissionais. Existem cursos para profissionais obterem recursos terapêuticos para desenvolver a cognição de seus clientes e pacientes. Pode ser aplicado por profissionais de saúde, educação e gestão em geral, recursos humanos, psicólogos, psicopedagogos e mediadores de conflitos. O DCP – Curso de Didática Centrada nos processos cognitivos é um aperfeiçoamento para qualquer tipo de educador, instrutor e mediador de conhecimentos e práticas de forma que busque promover a qualidade da aprendizagem. Muitas das dificuldades para aprender se devem ao fato de não estar presente na relação ensino/aprendizagem a consciência do “por quê”, “para que”, e “como” se aprende. Aprender é um ato solitário, sendo assim, como facilitadores podemos selecionar os meios para aquele que aprende e assim construir seu conhecimento, porém não podemos garantir que os meios selecionados sejam suficientes para todos, uma vez que cada pessoa tem seu estilo para aprender. O Curso Didática Centrada nos Processos de Raciocínio foi elaborado para auxiliar no processo de aprendizagem. Suas ações concentram – se em preparar aquele que ensina com ferramentas e conhecimentos sobre o processo exigido tanto daquele que ensina como aquele que aprende. Neste curso, é utilizado uma modalidade instrucional que entende o processo de aprendizagem associado ao desenvolvimento dos raciocínios, habilidades e estratégias de pensamento. Nesta modalidade instrucional, tanto o conteúdo a ser transmitido quanto os processos cognitivos inerentes à absorção dos mesmos, possuem um duplo papel na aprendizagem. Os conteúdos, além de constituir o objetivo frente às exigências do mercado, são utilizados como um meio para desenvolver os processos do raciocínio do aluno. Ministrar ao professor informação teórica – metodológica acerca da Didática Centrada nos processos que o capacite para compreender e avaliar os benefícios que a mesma provoca no processo ensino – aprendizagem. Destacar o papel do professor como mediador estrategista. Estimular no professor a tomada de consciência, acerca de seus próprios processos de pensamento e estratégias de aprendizagem que utiliza para aprender. Prover o professor com ferramentas que o auxilia a desempenhar seu papel educativo com maior satisfação e menor nível de frustração, tanto para ele como para seus alunos. O PEI – Programa de Enriquecimento Instrumental dos Processos Cognitivos é um aperfeiçoamento para profissionais da área de educação, saúde e gestão que possam desenvolver a inteligência e aspectos do raciocínio em outras pessoas. O PEI centra-se em crenças fundamentais na Teoria de Modificabilidade Cognitiva Estrutural, segundo a qual, é possível desenvolver o potencial de inteligência. Não se trata de modificar, no sentido de mudar um comportamento, mas sim, flexibilizar a estrutura cognitiva do organismo, para devolver-lhe a autonomia de pensar e se desenvolver, mais além do diagnóstico. Foi desenvolvido pelo Prof. Reuven Feuerstein e equipe, em Jerusalém, a partir das experiências com imigrantes após a segunda guerra Mundial. Capacitar profissionais na aplicação do PEI – Nível I – e metodologia da mediação para disporem de ferramentas que favoreçam o processo de aprendizagem dos sujeitos, prevenção das dificuldades e, consequentemente, a identificação e o desenvolvimento de funções cognitivas que são pré-requisitos para o aprender. Participe conosco do curso de formação que acontecerá em Recife no mês de julho! A Supere Psicologia está sempre do seu lado! Teresa Pereira Psicopedagoga, Consultora do PEi (Instituto Feuerstein) maia.pt@hotmail.com   Alessandro Rocha Psicólogo, Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental, Certificado no PEI, Diretor da Supere Psicologia alessandropsi@yahoo.com.br    

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Automutilação

Automutilação A automutilação pode ser definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio. Esse comportamento é repetitivo, chegando, em alguns casos, a mais de 100 vezes em um período de 12 meses. As técnicas empregadas costumam ser de baixa letalidade, pois, do contrário, a repetição freqüente não seria possível (Favazza apud Abreu, 2008). Os pacientes que se utilizam dessa pratica podem, em outros momentos, tentar suicídio com overdoses ou com outros métodos convencionais (Stanley, 2001). As formas mais recorrentes de automutilação são cortar a própria pele (70%), bater em si mesmo (entre 21 e 44%) e queimar-se (entre 15 e 35%) (Briere e Gil apud Abreu, 2008). Alguns indivíduos produzem ferimentos na pele, em geral em braços, pernas e áreas expostas, por meio de cortes ou queimaduras, como forma de “autotatuagem”, sendo esta, também, uma forma de identificação do grupo no qual estão inseridos ou de contestação aos padrões culturais vigentes. Essa prática é predominante em adolescentes e adultos jovens e vem aumentando, provavelmente pela maior divulgação nos meios de comunicação. Esse comportamento, muito semelhante ao que foi a tatuagem ou o piercing no seu início, é chamado de skin cutting. Os fatores de risco associados à automutilação citados na literatura são: abuso emocional, físico ou sexual na infância; viver com apenas um dos pais; conflitos familiares; conhecimento de que algum membro da família ou colega pratica automutilação; abuso de álcool e tabaco ou outras substâncias; ser vítima de bulling na adolescência; presença de sintomas depressivos, ansiosos, impulsividade e baixa auto-estima; ideação ou tentativa de suicídio prévia (Whitlock; Eckenrode; Silverman apud Abreu, 2008; Ystgaard et al. apud Abreu, 2008). Transtorno dissociativo associado ou não com transtorno da personalidade borderline também pode ser um fator de risco (Zlotnick; Mattia; Zimmerman apud Abreu, 2008). Principalmente quando ocorre na adolescência casos de abuso físico ou sexual, abuso de álcool na família e de violência familiar na infância estão associados à presença de automutilação (Walsh; Rosen apud Abreu, 2008). A automutilação distingue-se da tentativa de suicídio por três características básicas: letalidade, repetição e intenção ou ideação. Em geral, a primeira apresenta baixa letalidade, com danos físicos variando de superficiais a moderados. Cortar a pele é a forma mais freqüente, seguida de queimá-la e de “se bater” (Favazza; Conterio apud Abreu, 2008). Uma pessoa que corta os punhos em uma tentativa de suicídio tem como intenção a morte; uma outra que, durante um episódio de automutilação, faz um corte superficial na região dos punhos pensa em obter alívio da raiva, e não em morrer. Ao contrário das tentativas de suicídio, na automutilação são recorrentes os relatos de atos repetitivos, podendo situar-se entre 2 e 100 episódios , com média de 21 episódios ao ano (DiClemente, Ponton; Hartley apud Abreu, 2008). Uma terceira e última diferença entre esses dois comportamentos é que não é a intenção nem a ideação suicida que levam ao ato de se ferir no momento da automutilação (Walsh; Rosen apud Abreu, 2008), mas sim a necessidade de alívio para um grande desconforto emocional. Entre os pacientes que se ferem, 34,2% relataram ter pensado ou tentado suicídio pelo menos uma vez, e essa prevalência foi maior quando comparados aos estudantes que não apresentaram automutilação (Whitlock; Eckenrode; Silverman apud Abreu, 2008) Além dos sintomas depressivos e da ideação suicida que esses pacientes podem exibir em paralelo à automutilação, aqueles que desenvolvem a síndrome apresentam alto risco de suicídio em função de se sentirem desmoralizados pelos fracassos em tentar controlar esse comportamento, bem como tristes por terem cicatrizes por todo o corpo ou por se sentirem isolados (Favazza apud Abreu, 2008). A diferenciação está na intenção presente no momento em que se deu o ferimento. A automutilação tem uma prevalência alta tanto na população clínica quanto na população geral. Muitas vezes ocorre entre indivíduos que nunca procuraram uma terapia e que raramente relatam tal comportamento a alguém. Essa tendência a evitar a revelação até mesmo para um profissional da saúde indica que a automutilação é tida como vergonhosa e leva ao isolamento. Considerando também a forte associação desta com ideação ou tentativas de suicídio, é preciso uma anamnese bem – detalhada a fim de identificar comportamento automutilante e fatores associados para reconhecimento dos pacientes em risco. O desenvolvimento de um modelo exploratório e de programas preventivos é necessário, além de estudos para melhor descrição e definição do comportamento. A partir do melhor entendimento da síndrome, será possível propor alternativas terapêuticas mais específicas e eficazes.   Busque e indique a ajuda profissional diante das necessidades. A Supere Psicologia está sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Terapeuta EMDR Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br   Abreu, Cristiano Nabuco de. Manual clínico dos transtornos do controle dos impulsos. Porto Alegre: Artmed, 2008. Cap. 10

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.