Depressão na Terapia Cognitivo-Comportamental

A depressão é um dos transtornos psiquiátrico mais comuns e constitui um grande problema de saúde pública que priva a vida de significado e alegria e pode até matar.(Knapp,2004).

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Ela é uma constelação de diferentes pensamentos,sentimentos,comportamentos e experiências. Apresenta sintomas de sentimentos de inutilidade,dificuldade de concentração, fadiga,insônia, falta de apetite, etc.

A maioria das pessoas deprimidas pode ser ajudada com a terapia cognitiva comportamental, que auxilia a mudar a forma como você pensa (suas cognições) e o que faz (seu comportamento).

Desta forma, essa abordagem tem se mostrado eficaz a ensinar às pessoas a como testar seus pensamentos negativos através da revisão de todas as informações em suas vidas – positivas e neutras, bem como as negativas.

As distorções cognitivas, compreendidas como erros sistemáticos na percepção e no processamento de informações, ocupam lugar central na depressão. As pessoas com depressão tendem a estruturar suas experiências de forma absolutista e inflexível, o que resulta em erros de interpretação quanto ao desempenho pessoal e ao julgamento das situações externas.As distorções cognitivas mais comuns nos pacientes deprimidos foram observadas por Beck et al. como um sistema tipológico e, dentre elas, encontram-se a inferência arbitrária (conclusão antecipada e com poucas evidências), abstração seletiva (tendência da pessoa a escolher evidências de seu mau desempenho), supergeneralização (tendência a considerar que um evento ou desempenho negativo ocorrerá outras vezes) e personalização (atribuição pessoal geralmente de caráter negativo). Uma série maior de distorções é descrita por Beck e outros. As distorções decorrem de regras e pressupostos, que são padrões estáveis adquiridos ao longo da vida do indivíduo com depressão. Essas regras e crenças são sensíveis à ativação de fontes primárias como o estresse e frequentemente levam a estratégias interpessoais ineficazes.

Aplicação da terapia cognitiva da depressão é um processo de tratamento que ajuda os pacientes a modificarem crenças e comportamentos que produzem certos estados de humor. As estratégias terapêuticas da abordagem cognitivo-comportamental da depressão envolvem trabalhar três fases: 1) foco nos pensamentos automáticos e esquemas depressogênicos; 2) foco no estilo da pessoa relacionar-se com outros; e 3) mudança de comportamentos a fim de obter melhor enfrentamento da situação problema.

As sessões iniciais são também dirigidas à definição dos problemas dos pacientes, elaborando-se a conceituação cognitiva ou formulação do caso. Nessas sessões, o terapeuta ajudará o paciente a identificar:

1) as crenças disfuncionais específicas associadas à depressão;

2) as distorções cognitivas mais comuns e a caracterização dos pensamentos automáticos;

3) as reações fisiológicas, emocionais e comportamentais consequentes aos pensamentos;

4) que comportamentos foram desenvolvidos para enfrentar as crenças disfuncionais; e

5) como as experiências anteriores têm contribuído na manutenção das crenças do paciente.

A seguir, uma vez que o paciente tenha conhecimento sobre os fatores mantenedores do comportamento depressivo, serão aplicadas nas sessões intermediárias técnicas que auxiliem o paciente no manejo dos sintomas.

As sessões finais de terapia são destinadas à avaliação dos ganhos na terapia e à prevenção de recaída. A melhora do paciente pode ser fornecida como recurso para o enfrentamento de novas situações que incluam perdas e adaptações a novas situações-problema. Desde o início, destacar que a terapia tem tempo limitado, desmistificar o processo terapêutico relacionando-o com a identificação dos pensamentos, seus questionamento e reestruturação, aumentar a confiança do paciente a partir de seus ganhos e solicitar progressivamente o papel ativo do paciente são recursos que facilitam também o processo para finalização da terapia e gerar confiança no paciente para dar prosseguimento à vida.


Nadja Lúcia Guimarães
Psicoterapeuta Cognitiva Comportamental
contato@superepsicologia.com.br

POWELL, Vania Bitencourt et al. Terapia cognitivo-comportamental da depressão. 2008.

KNAPP, Paulo. Princípios fundamentais da terapia cognitiva. Terapia cognitivo-comportamental na prática psiquiátrica, p. 19-41, 2004.

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.