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REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM IDOSO

A velhice é universal e progressiva, sendo um conjunto de transformação biopsicossocial. Segundo Erminda, envelhecer é um “processo de diminuição orgânica e funcional, não decorrente de doença, e que acontece inevitavelmente com o passar do tempo” Erminda (1999 p.43). A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. É importante considerar, que muito mais do que a idade cronológica, essa fase marca de forma precisa, todo o processo de conclusão do desenvolvimento no ser humano. Assim, vários elementos como alimentação, predisposição genética, prática regular de atividades físicas, relacionamento familiar, educação e outros são fatores que influenciarão nesse processo. É fundamental estimular a participação do idoso na sociedade e em diferentes contextos sociais. De acordo com o estatuto do idoso, é garantido “todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.” No entanto, dependendo de como foi a vida do idoso o processo de envelhecimento pode favorecer diversos tipos de doença. O cérebro do idoso segundo Fechine  e Trompieri (2012), relatam que a capacidade intelectual do indivíduo idoso pode ser mantida sem dano cerebral até os 80 anos de idade porém o declínio gradual nas funções cognitivas é considerado como envelhecimento normal. Portanto é comum aparecerem algumas doenças degenerativas, diminuição da capacidade auditiva e visual, diminuição dos reflexos, perda das habilidades e funções neurológicas entre outras. Além das doenças emocionais como a perda de um ente querido, a chegada da aposentadoria, a perda da sua própria identidade, dificuldade em lidar com alguma doença, a chegada dos netos, a síndrome do ninho vazio (quando os filhos saem de casa). A família, por sua vez, tem um papel de grande importância para ajudar a promover condições favoráveis e assim minimizar as perdas apresentadas pelo individuo idoso. Quando é percebido a diminuição de algumas capacidades neurológicas é importante que a família, junto com o médico, solicitem uma reabilitação neuropsicológica. Esse processo é realizado por equipe interdisciplinar que vão obter informações sobre o desempenho do paciente em diversos aspectos; físicos, cognitivos, comportamental, emocional, social etc O resultado dessa observação vão levar a equipe a construção do perfil do paciente com seus pontos fortes e fracos para serem construídos as intervenções e estratégias para a realização da reabilitação neuropsicológica Para Wilson (2002), o tratamento de doenças e da incapacidade em idades avançadas afetam as pessoas idosas e a reabilitação é de grande importância no déficit cognitivo se mostrando eficaz no tratamento do idoso. Em síntese, a reabilitação é um conjunto de técnicas práticas como estratégias compensatórias onde os profissionais vão atuar para reduzir os efeitos e déficits cognitivos, comportamentais, emocionais entre outras disfunções do sistema nervoso central, que se tornaram obstáculos para o indivíduo na sua rotina diária. Sabe-se que o cérebro é plástico, e a reabilitação pode ajudar a novas células crescerem, e outras partes do cérebro vão assumir as funções perdidas compensando e diminuindo o déficits e melhorando de forma gradual. Todo esse processo de desafios constantes, muitas vezes influência de forma negativa o emocional do paciente com pensamentos e crenças disfuncionais, dificultando a evolução do tratamento. Assim a Reabilitação Neuropsicológica, precisa do suporte da Terapia Cognitivo Comportamental. São duas ciências que se unem podendo inter-relacionarem entre si para superar as demandas do dia-a-dia. Isso ocorre porque algumas técnicas da terapia cognitivo comportamental, como a psicoeducação, resolução de problemas, reestruturação cognitivas, questionamento socrático entre outras pode facilitar o processo ajudando em comorbidades, causadas por quadros psicológicos complicados após um acontecimento cerebral. Acredita-se que os nossos sentimentos afetam a maneira como nos comportamos e pensamos, dessa forma é importante traçar metas terapêuticas que ajudam na reabilitação pois readquirir as habilidades sociais, controlar a ansiedade e se motivar pra continuar o tratamento, ajuda a formação de uma nova identidade pós lesão. A Supere Psicologia está sempre do seu lado! Patrícia  Brito Psicóloga Clinica com formação em Terapia Cognitivo Comportamental. Especialista em Neuropsicologia pelo ESUDA e Saúde Mental pela UFPE patriciabritorh@hotmail.com ESTATUTO DO IDOSO. Ministério da Saúde. 3º edição. 2013. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso_3edicao.pdf acessado em 05/08/2018 ERMINDA, J.G. Os idosos: Problemas e realidades. Coimbra: Editora Formasau, 1999. FECHINE, B.; TROMPIERI, N. O processo de envelhecimento: As principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. Revista Científica Internacional, v. 20, n. 1,p. 106 – 194. 2012. FERREIRA, H. G., Lima, D. M. X. de, & Zerbinatti, R. (2012). Atendimento psicoterapêutico cognitivo-comportamental em grupo para idosos depressivos: um relato de experiência. Revista da SPAGESP, 13(2), 86-101. Recuperado em 01 março, 2015, de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rspagesp/v13n2/v13n2a10.pdf. WILSON, B.Towards a comprehensive model of cognitive rehabilitation Neuropsychological rehabilitation, 2002  

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14 de Julho – DIA DA LIBERDADE DE PENSAMENTO

“Penso, Logo Existo!” (R. Descartes) “Penso, logo existo” é uma frase icônica dita pelo filósofo francês René Descartes, que marcou a visão do movimento Iluminista, colocando a razão humana como única forma de existência. O filósofo e matemático desejava obter o conhecimento absoluto, irrefutável e inquestionável. Descartes achava que não tinha aprendido nada de substancial (com exceção da matemática) em seus estudos. Todas as teorias científicas acabavam por ser refutáveis e substituídas por outras, não havia nenhuma certeza verdadeira além da dúvida. Descartes, então, passou a duvidar de tudo, inclusive da sua própria existência e do mundo que o rodeava.   No entanto, Descartes encontrou algo que não poderia duvidar: da dúvida. De acordo com o pensamento do filósofo, ao duvidar de algo já estaria pensando e, por estar duvidando, logo pensando, estaria existindo. Descartes entendeu que ao duvidar, estava pensando, e por estar pensando, ele existia. Desta forma, a sua existência foi a primeira verdade irrefutável que ele encontrou. Pensamentos coexistem com outros pensamentos, espontâneos, não são baseados na reflexão, passam geralmente desapercebidos, são breves, telegráficos, aceitos geralmente como verdadeiros, sem reflexão ou avaliação, pode-se aprender a identificar e checar sua validade e utilidade. Através da expressão dos pensamentos mostramos quem somos. O termo cognitivo significa “processos de conhecimento” bem como “pensamento” ou “percepção”. O terapeuta cognitivo dá ênfase ao exame dos pensamentos e crenças relacionadas ao nosso estado de humor, comportamentos, reações físicas e aos acontecimentos em nossas vidas. Sempre que você experimenta um estado de humor, existe um pensamento relacionado a ele que ajuda a definir o humor. Nossos pensamentos e comportamentos encontram-se geralmente intimamente relacionados. Esta é uma razão pela qual é difícil se fazer mais de duas coisas ao mesmo tempo. Durante o dia estamos repetindo constantemente comportamentos bem treinados. Não nos apercebemos dos pensamentos que direcionam nosso comportamento, porque nossas ações tornam-se rotina. Entretanto, quando decidimos mudar ou aprender um novo comportamento, os pensamentos podem determinar se e como essas mudanças ocorrerão. Nossas expectativas afetam nosso comportamento. Temos mais chance de fazer algo e de ser bem-sucedidos se acreditamos que isso é possível. Pensar não é o mesmo que fazer. Mas quanto mais acreditamos que algo é possível, mais provavelmente tentaremos realizar a coisa e mais chance teremos de ser bem-sucedidos em nossas tentativas. Além dos pensamentos automáticos temos profundas crenças arraigadas, que influenciam tanto nosso pensamento automático quanto nossos padrões de comportamento. Essas crenças primárias dizem respeito a nós mesmos (Ex.: Sou inteligente / Sou fraco), a outras pessoas (Ex.: As pessoas não são confiáveis  / As mulheres são fortes), e à vida em geral (Ex.: Depois da tempestade vem a calmaria / Mudança sempre vem para melhor). Os pensamentos também afetam nossas reações físicas. Pense na última vez que você leu um livro ou artigo de revista envolvente. Enquanto sua mente imaginava as cenas descritas, seu corpo também reagia. Imaginar uma cena assustadora pode fazer que sua frequência cardíaca aumente. Imaginar uma cena romântica pode excitá-lo sexualmente.  Os atletas usam essa poderosa relação entre pensamento e reações físicas. Os treinadores dizem frases de incentivo para seus times, para “incendiar” os membros do time e liberar adrenalina. Os nadadores olímpicos e estrelas do atletismo são com frequência, treinados a imaginar em detalhes seus desempenhos numa competição. Pesquisas demonstram que os atletas que fazem esse exercício ativo da imaginação experimentam pequenas contrações musculares que refletem os maiores movimentos musculares feitos por eles em um desempenho real. Algumas características dos pensamentos: Pequenas mudanças em qualquer outra área podem acarretar mudanças na maneira de pensar. A forma como compreendemos nossos problemas tem um efeito em como lidamos com eles. Os pensamentos ajudam a definir os estados de humor que experimentamos. Os pensamentos influenciam o modo como nos comportamos, o que escolhemos fazer e não fazer e a qualidade de nosso desempenho. Os pensamentos e as crenças afetam nossas respostas biológicas. Veja que, até hoje, 380 anos mais tarde, o funcionamento do cérebro e as artimanhas da mente continuam a desafiar os estudiosos. Você já se deu conta que o cérebro e a mente estão intimamente ligados? Estudando mais a fundo, o cérebro, um órgão que pesa pouco mais de 1 kg, é responsável pelo controle de tudo o que fazemos. A mente é onde acontecem as atividades psíquicas conscientes e não conscientes como emoções, pensamentos, vontades e sentimentos. O cérebro e a mente estão inter-relacionados influenciando-se mutuamente apresentando uma relação de interdependência. Exemplifico com a famosa metáfora do hardware (cérebro) e do software (mente). Sem o hardware o software de um computador não existe e, sem o cérebro, a mente não existe. Ao longo de nossas vidas, as experiência e o meio onde vivemos condicionam o nosso hardware, nosso cérebro. Quando aprendemos coisas novas como tocar um instrumento ou um novo idioma podemos modificar a estrutura do cérebro. É como se pudéssemos adestrar nosso modo de pensar. Então, se o pensamento influencia o desenvolvimento do nosso cérebro. Se pensamos durante todo o tempo, logo podemos “ensinar” nosso cérebro e projetar situações que são boas para nós. Você já deve ter ouvido seus avós dizerem que fazer palavras cruzadas é “ginástica para o cérebro”. Fazer palavras cruzadas é uma tarefa recomendada por neuropsiquiatras e terapeutas como “ginástica cerebral”, no tratamento da Doença de Alzheimer e demais casos em que há perda de memória. O objetivo é estimular o funcionamento do cérebro e a extensão da memória de longa duração. Funciona assim: quanto mais informações os neurônios recebem, mais sedentos de novos dados eles ficam, criando novas ligações – as sinapses – entre eles. Construir nossa realidade e o que desejamos para nós é possível dependendo do modo como estimulamos nosso cérebro e como desenvolvemos nossa mente. A construção da mente e das novas realidades é, portanto, relativa e o melhor de tudo e que está ao nosso alcance. No entanto, existem armadilhas de pensamentos elaboradas por processamentos de informações disfuncionais que influenciam em nossa vida e a maneira que percebemos a realidade. Gostaria de destacar duas dessas armadilhas: Vejo os acontecimentos e as pessoas em termos de pensamentos

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Transtorno Desafiador de Oposição

Falta de limites ou recusa de responsabilidades? Cada dia mais preocupados com o comportamento dos filhos, os pais lotam consultórios de médicos e psicólogos em busca de ajuda para questões que vão desde desobediência constante e birra a comportamentos violentos. A internet é uma ferramenta que pode ajudar bastante, mas em muitos casos pode ser grande geradora de estresse por oferecer falsos diagnósticos para pais procurando explicações a respeito do comportamento inadequado dos filhos. O Transtorno Desafiador de Oposição – TOD é um desses problemas que faz com que os pais procurem ajuda para os comportamentos disruptivos de seus filhos. O TOD está englobado na categoria dos transtornos diagnosticados pela primeira vez na infância e adolescência (American Psychiatric Association [APA], 2002), esse quadro psicológico da infância tem uma das maiores prevalências na população em geral e a maior dessa faixa etária que procura por serviços de saúde mental. Os comportamentos desafiadores e oposicionistas são comuns em crianças pré-escolares e adolescentes, como características transitórias do desenvolvimento. Assim sendo, é preciso ter atenção ao fazer tal diagnóstico nessas faixas etárias. Por isso, o TOD só pode ser diagnosticado de acordo com a frequência e persistência dos comportamentos comparados com outras crianças do mesmo gênero, no mesmo estágio evolutivo, social, cultural e ocupacional. Para um diagnóstico deste transtorno, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos mentais – DSM-5, os principais critérios são: Um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com duração de pelo menos seis meses, como evidenciado por pelo menos quatro sintomas de qualquer das categorias seguintes e exibido na interação com pelo menos um indivíduo que não seja um irmão. Humor Raivoso/Irritável: Com frequência perde a calma; Com frequência é sensível ou facilmente incomodado; Com frequência é raivoso e ressentido. Comportamento Questionador/Desafiante: Frequentemente questiona figuras de autoridade ou adultos; Frequentemente desafia acintosamente ou se recusa a obedecer a regras ou pedidos de figuras de autoridade; Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas; Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau comportamento. Índole Vingativa: Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses. Embora os critérios sejam bem definidos, mais uma vez, devemos ter atenção a persistência e a frequência desses comportamentos pois servirá para distinguir entre um comportamento dentro dos limites normais e um comportamento sintomático. No caso de crianças com idade abaixo de 5 anos, o comportamento deve ocorrer na maioria dos dias durante um período mínimo de seis meses, nas crianças maiores de 5 anos o comportamento deve ocorrer pelo menos uma vez por semana, também por no mínimo seis meses. A gravidade varia de acordo com os ambientes em que os sintomas se apresentam, porém não é raro crianças com transtorno de oposição desafiante apresentarem sintomas somente em casa e apenas com membros da família. No entanto, a difusão dos sintomas a outros ambientes é um indicador da gravidade do transtorno. Procurar ajuda para o Transtorno de Oposição Desafiante é essencial não apenas para melhorar a convivência familiar e social da criança ou do adolescente. Os sintomas quando não tratados adequadamente ou insuficientes está relacionado ao desenvolvimento em quase 80% dos transtornos mentais na vida adulta, sendo a maior parte voltado para transtornos depressivos graves e transtornos de ansioso. Há também um relevante aumento do uso abusivo de álcool e outras drogas por jovens com TOD (Caminha, 2011). Acompanhamento psicológico é essencial para administração e remissão dos sintomas. A Terapia Cognitivo-comportamental faz uso de estratégias como (Caballo, 2010): Treinamento de controle da raiva e impulsividade; Métodos comportamentais que auxiliam na organização da rotina, criação de limites e adequação social; Psicoeducação sobre habilidade social, etc. A participação dos pais, responsáveis e familiares próximos, é imprescindível no processo de tratamento. A terapia familiar e o treinamento de pais é essencial para a mudança definitiva desses comportamentos disfuncionais apresentados pela criança ou adolescente com este transtorno. Quaisquer dúvidas sobre o Transtorno Opositor Desafiador e seu tratamento, a equipe da Supere Psicologia está sempre do seu lado.   Renata Allain Psicóloga Especialista em Terapia Cognitivo-comportamental renatallain@hotmail.com American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. Caballo, V.E. & Simón, M.A. (Orgs.). Manual de psicologia clínica infantil e do adolescente: transtorno específicos. São Paulo: livraria Santos, 2010. Caminha, R.M. & Caminha, M.G. (Orgs.). Intervenções e treinamentos de pais na clínica infantil. Porto Alegre: Sinopsys Editora, 2011. Friedberg, R.D. & McClure, J.M. Pratica clinica de terapia cognitiva com crianças e adolescentes. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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Mentoring e Desenvolvimento Profissional

Mentoring e Desenvolvimento Profissional A experiência da formação profissional, bem como do aperfeiçoamento profissional tem sido cada vez mais objeto de sociedades em desenvolvimento. De acordo com o Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional: na Finlândia, na Áustria e na Alemanha, alunos do ensino técnico representam, respectivamente, 70,4%, 69,8% e 47,8% dessa etapa da educação. (Folha de São Paulo, 2017). Essa experiência pode contar com modelos distintos adotados tanto pelas instituições como pelos indivíduos aos quais nos deparamos ao longo do processo de crescimento e desenvolvimento profissional. Esse processo inclusive, pode ou não ser uma vivência madura e rica em aprendizado mútuo.   O processo de aprendizado, de aquisição de habilidades e competências para atuar em áreas que se pode conhecer através de teorias ou práticas de outros profissionais, apenas será útil se estiver em sintonia com o contexto e a situação propriamente dita a qual o indivíduo esteja disposto a investir. Talvez não tenhamos percebido, mas ao longo da vida todo indivíduo esteve em contato com uma ou mais pessoas que se tornou referência ou figurou como alguém que lhe inspirou, alguém que você escolhendo ou não, também esteve preocupado com o seu desenvolvimento. Profissionais, como seres humanos que somos, carecem de orientação dirigida, qualificada e especializada em alguns momentos de sua vida e/ou de sua carreira. As escolhas contidas nas trilhas e caminhos que tomamos, algumas vezes podem ser mais, ou menos difíceis de lidar. Cada indivíduo será capaz de lidar com essas situações através da sua dinâmica de funcionamento, o que representará experiências únicas e extremamente subjetivas. Neste sentido, a dinâmica do indivíduo, em especial a sua crença e suas características será determinante no processo de aprendizagem. Fatores internos e externos contribuindo ou não para o melhor aprendizado, a melhor troca de experiências, a melhor assimilação e vivências enriquecedoras nesse processo. Observando o que Paulo Erlich (2016) – que é especialista no tema mentoring e formador de mentores – reflete sobre mentoria, percebe-se que através das principais funções do mentoring: função de trabalho e carreira, funções socioemocionais e função modelar, o mentor pode encontrar situações vivenciadas pelo “mentorado” com as quais deverá estar preparado para lidar. A formação em mentoring é uma experiência sólida, enriquecedora e prática, e que tem o compromisso de apresentar ao profissional que deseja atuar como mentor, a teoria, as técnicas e principalmente as competências necessárias ao exercício de mentoring. A Formação em Mentoring será realizada nos dias 20 a 22 de setembro de 2018, sob coordenação dos professores Paulo Erlich e Alessandro Rocha. A Supere Psicologia está sempre do seu lado! Ana Carla Moura Psicóloga Organizacional, Especialista em Dinâmica de Grupo e Gestão de Equipes, Mestre em Gestão com ênfase em Cultura Organizacional mourau@gmail.com

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Desenvolvimento Cognitivo

Desenvolvimento Cognitivo Você em algum momento percebe o seu raciocínio lento ou até de outras pessoas? Atenção, Memória, Comparações, Análise concreta, Análise abstrata, Análise sistêmica, entre outras são parte das funções executivas. Funções executivas são conexões cerebrais responsáveis pela capacidade de organização e planejamento. E nossas emoções são influenciadas quando não conseguimos realizar e desempenhar bem as tarefas e trabalhos pessoais e profissionais. Existem cursos para profissionais obterem recursos terapêuticos para desenvolver a cognição de seus clientes e pacientes. Pode ser aplicado por profissionais de saúde, educação e gestão em geral, recursos humanos, psicólogos, psicopedagogos e mediadores de conflitos. O DCP – Curso de Didática Centrada nos processos cognitivos é um aperfeiçoamento para qualquer tipo de educador, instrutor e mediador de conhecimentos e práticas de forma que busque promover a qualidade da aprendizagem. Muitas das dificuldades para aprender se devem ao fato de não estar presente na relação ensino/aprendizagem a consciência do “por quê”, “para que”, e “como” se aprende. Aprender é um ato solitário, sendo assim, como facilitadores podemos selecionar os meios para aquele que aprende e assim construir seu conhecimento, porém não podemos garantir que os meios selecionados sejam suficientes para todos, uma vez que cada pessoa tem seu estilo para aprender. O Curso Didática Centrada nos Processos de Raciocínio foi elaborado para auxiliar no processo de aprendizagem. Suas ações concentram – se em preparar aquele que ensina com ferramentas e conhecimentos sobre o processo exigido tanto daquele que ensina como aquele que aprende. Neste curso, é utilizado uma modalidade instrucional que entende o processo de aprendizagem associado ao desenvolvimento dos raciocínios, habilidades e estratégias de pensamento. Nesta modalidade instrucional, tanto o conteúdo a ser transmitido quanto os processos cognitivos inerentes à absorção dos mesmos, possuem um duplo papel na aprendizagem. Os conteúdos, além de constituir o objetivo frente às exigências do mercado, são utilizados como um meio para desenvolver os processos do raciocínio do aluno. Ministrar ao professor informação teórica – metodológica acerca da Didática Centrada nos processos que o capacite para compreender e avaliar os benefícios que a mesma provoca no processo ensino – aprendizagem. Destacar o papel do professor como mediador estrategista. Estimular no professor a tomada de consciência, acerca de seus próprios processos de pensamento e estratégias de aprendizagem que utiliza para aprender. Prover o professor com ferramentas que o auxilia a desempenhar seu papel educativo com maior satisfação e menor nível de frustração, tanto para ele como para seus alunos. O PEI – Programa de Enriquecimento Instrumental dos Processos Cognitivos é um aperfeiçoamento para profissionais da área de educação, saúde e gestão que possam desenvolver a inteligência e aspectos do raciocínio em outras pessoas. O PEI centra-se em crenças fundamentais na Teoria de Modificabilidade Cognitiva Estrutural, segundo a qual, é possível desenvolver o potencial de inteligência. Não se trata de modificar, no sentido de mudar um comportamento, mas sim, flexibilizar a estrutura cognitiva do organismo, para devolver-lhe a autonomia de pensar e se desenvolver, mais além do diagnóstico. Foi desenvolvido pelo Prof. Reuven Feuerstein e equipe, em Jerusalém, a partir das experiências com imigrantes após a segunda guerra Mundial. Capacitar profissionais na aplicação do PEI – Nível I – e metodologia da mediação para disporem de ferramentas que favoreçam o processo de aprendizagem dos sujeitos, prevenção das dificuldades e, consequentemente, a identificação e o desenvolvimento de funções cognitivas que são pré-requisitos para o aprender. Participe conosco do curso de formação que acontecerá em Recife no mês de julho! A Supere Psicologia está sempre do seu lado! Teresa Pereira Psicopedagoga, Consultora do PEi (Instituto Feuerstein) maia.pt@hotmail.com   Alessandro Rocha Psicólogo, Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental, Certificado no PEI, Diretor da Supere Psicologia alessandropsi@yahoo.com.br    

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Automutilação

Automutilação A automutilação pode ser definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio. Esse comportamento é repetitivo, chegando, em alguns casos, a mais de 100 vezes em um período de 12 meses. As técnicas empregadas costumam ser de baixa letalidade, pois, do contrário, a repetição freqüente não seria possível (Favazza apud Abreu, 2008). Os pacientes que se utilizam dessa pratica podem, em outros momentos, tentar suicídio com overdoses ou com outros métodos convencionais (Stanley, 2001). As formas mais recorrentes de automutilação são cortar a própria pele (70%), bater em si mesmo (entre 21 e 44%) e queimar-se (entre 15 e 35%) (Briere e Gil apud Abreu, 2008). Alguns indivíduos produzem ferimentos na pele, em geral em braços, pernas e áreas expostas, por meio de cortes ou queimaduras, como forma de “autotatuagem”, sendo esta, também, uma forma de identificação do grupo no qual estão inseridos ou de contestação aos padrões culturais vigentes. Essa prática é predominante em adolescentes e adultos jovens e vem aumentando, provavelmente pela maior divulgação nos meios de comunicação. Esse comportamento, muito semelhante ao que foi a tatuagem ou o piercing no seu início, é chamado de skin cutting. Os fatores de risco associados à automutilação citados na literatura são: abuso emocional, físico ou sexual na infância; viver com apenas um dos pais; conflitos familiares; conhecimento de que algum membro da família ou colega pratica automutilação; abuso de álcool e tabaco ou outras substâncias; ser vítima de bulling na adolescência; presença de sintomas depressivos, ansiosos, impulsividade e baixa auto-estima; ideação ou tentativa de suicídio prévia (Whitlock; Eckenrode; Silverman apud Abreu, 2008; Ystgaard et al. apud Abreu, 2008). Transtorno dissociativo associado ou não com transtorno da personalidade borderline também pode ser um fator de risco (Zlotnick; Mattia; Zimmerman apud Abreu, 2008). Principalmente quando ocorre na adolescência casos de abuso físico ou sexual, abuso de álcool na família e de violência familiar na infância estão associados à presença de automutilação (Walsh; Rosen apud Abreu, 2008). A automutilação distingue-se da tentativa de suicídio por três características básicas: letalidade, repetição e intenção ou ideação. Em geral, a primeira apresenta baixa letalidade, com danos físicos variando de superficiais a moderados. Cortar a pele é a forma mais freqüente, seguida de queimá-la e de “se bater” (Favazza; Conterio apud Abreu, 2008). Uma pessoa que corta os punhos em uma tentativa de suicídio tem como intenção a morte; uma outra que, durante um episódio de automutilação, faz um corte superficial na região dos punhos pensa em obter alívio da raiva, e não em morrer. Ao contrário das tentativas de suicídio, na automutilação são recorrentes os relatos de atos repetitivos, podendo situar-se entre 2 e 100 episódios , com média de 21 episódios ao ano (DiClemente, Ponton; Hartley apud Abreu, 2008). Uma terceira e última diferença entre esses dois comportamentos é que não é a intenção nem a ideação suicida que levam ao ato de se ferir no momento da automutilação (Walsh; Rosen apud Abreu, 2008), mas sim a necessidade de alívio para um grande desconforto emocional. Entre os pacientes que se ferem, 34,2% relataram ter pensado ou tentado suicídio pelo menos uma vez, e essa prevalência foi maior quando comparados aos estudantes que não apresentaram automutilação (Whitlock; Eckenrode; Silverman apud Abreu, 2008) Além dos sintomas depressivos e da ideação suicida que esses pacientes podem exibir em paralelo à automutilação, aqueles que desenvolvem a síndrome apresentam alto risco de suicídio em função de se sentirem desmoralizados pelos fracassos em tentar controlar esse comportamento, bem como tristes por terem cicatrizes por todo o corpo ou por se sentirem isolados (Favazza apud Abreu, 2008). A diferenciação está na intenção presente no momento em que se deu o ferimento. A automutilação tem uma prevalência alta tanto na população clínica quanto na população geral. Muitas vezes ocorre entre indivíduos que nunca procuraram uma terapia e que raramente relatam tal comportamento a alguém. Essa tendência a evitar a revelação até mesmo para um profissional da saúde indica que a automutilação é tida como vergonhosa e leva ao isolamento. Considerando também a forte associação desta com ideação ou tentativas de suicídio, é preciso uma anamnese bem – detalhada a fim de identificar comportamento automutilante e fatores associados para reconhecimento dos pacientes em risco. O desenvolvimento de um modelo exploratório e de programas preventivos é necessário, além de estudos para melhor descrição e definição do comportamento. A partir do melhor entendimento da síndrome, será possível propor alternativas terapêuticas mais específicas e eficazes.   Busque e indique a ajuda profissional diante das necessidades. A Supere Psicologia está sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Terapeuta EMDR Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br   Abreu, Cristiano Nabuco de. Manual clínico dos transtornos do controle dos impulsos. Porto Alegre: Artmed, 2008. Cap. 10

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Feliz dia das mães

Feliz dia das mães Mãe São três letras apenas, As desse nome bendito: Três letrinhas, nada mais… E nelas cabe o infinito E palavra tão pequena Confessam mesmo os ateus És do tamanho do céu E apenas menor do que Deus! Mario Quintana Para Badenter (op. Cit) o amor materno é essencialmente adquirido ao longo da evolução social no ocidente um sentimento não inerente à condição da mulher.   O ideal da mãe perfeita construído por cada sociedade em geral e por cada família, em particular, tem influências que podem ser positivas ou negativas para mulher e para a criança, assim como para todos de seus convívios íntimos. Muitas mulheres se sentem atormentadas por pensamentos acerca de estarem, ou não, sendo boas mães: ao mesmo tempo em que a sociedade lhe cobra amarem seus filhos incondicionalmente, muitas vezes elas não vivem dessa maneira. Em alguns momentos sentem raiva de seus filhos, dúvidas e se culpam. Atualmente a maternidade é encarada de forma diferente pelos especialistas e pelas mulheres, especialmente nos centros urbanos ocidentais: socialmente construída, a maternidade é apropriada como elemento determinante para seu reconhecimento como indivíduo, não mais tomada como decorrente da ação de algum instinto. Valores morais e sociais são determinantes sobre o desejo e o dever de ser mãe. “Os valores de uma sociedade são por vezes tão imperiosos que têm um peso incalculável sobre os nossos desejos (BADINTER, 1985, P.16). A família representa o espaço de socialização, de busca coletiva de estratégias de sobrevivência, o local para o exercício da cidadania, possibilidade para o desenvolvimento individual e grupal de seus membros, independentemente dos arranjos apresentados ou das novas estruturas que vêm se formando. Sua dinâmica é própria, afetada tanto pelo desenvolvimento de seu ciclo vital, como pelas políticas econômicas e sociais (CARTER & MC GOLDRINCK 1995, FERRARI & KALOUSTIAN, 2004). A terapia cognitiva comportamental vem realizando acolhimento a mulher para que desenvolva estratégias, fazendo com que você entre em contato com suas emoções e tenha uma melhor qualidade de vida familiar.   Nadja Lúcia Guimarães Psicóloga Clínica, Psicopedagoga CRP: 02/12491   BADINTER.E Um amor conquistado: O Mito do Amor Materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985. CARTER, B; Mc Goldrick (col). As mudanças no ciclo de vida familiar: Uma estrutura para a Terapia familiar. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas – p.7-29, 1995 FERRARI, M; KALOUSTIAN, S.M. Introdução. In: KALOUSTIAN S.M (ORG) Família Brasileira, a base de tudo). 6.ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF, UNICEF, p. 11-5, 2004.

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COMPULSÃO POR COMPRAS

COMPULSÃO POR COMPRAS Preciso realmente disto? Comprar compulsivo, ou oniomania (do grego oné – comprar; mania – loucura), caracteriza-se por um excesso de preocupações e desejos relacionados com a aquisição de objetos e por um comportamento caracterizado pela incapacidade de controlar compras e gastos financeiros (Abreu, 2008). A escolha do comportamento compulsivo se deu em função dos impactos dessa patologia na vida das pessoas. Não tem controle sobre o seu comportamento, aspectos emocionais, sociais e financeiros de sua vida são afetados. O comprador compulsivo, muitas vezes, possui dívidas, emoções negativas, como a culpa, e dificuldade nas relações sociais. Já o consumismo é relevante porque o consumidor passa a orientar toda a sua vida a partir do interesse no consumo (da Silva Schuster, 2016). Dar menos atenção para o futuro é outra característica da compulsão, além de revelar uma falta de capacidade reflexiva e uma tendência a agir sem pensar. Quando essa impulsividade se repete de forma crônica, pode caracterizar um comportamento orientado para a compulsão. Algumas perguntas importantes que não podem faltar na investigação psicológica são (Abreu, 2008): Você tem preocupação excessiva com compras? Muitas vezes acaba perdendo o controle e comprando mais do que deveria ou poderia? Já tentou e não conseguiu reduzir ou controlar as compras? Você percebe se faz compras como uma forma de aliviar a angustia, tristeza ou outra emoção negativa? Mente para encobrir o descontrole e as quantias que gastou com compras? Tem problemas financeiros causados por compras? Escala utilizada para mensurar o comportamento compulsivo de compra (da Silva Schuster, 2016): Quando eu tenho dinheiro, não consigo deixar de gastar parte ou todo ele. Costumo comprar algo que eu vejo em uma loja sem planejamento, só porque eu tenho que ter. Comprar é uma maneira de relaxar e esquecer os meus problemas. Sinto que algo me empurra para fazer compras. Tenho um forte desejo de comprar roupas, joias e outros objetos. Eu me sinto culpado(a) depois de comprar algo. Eu compro algumas coisas que eu não mostro a ninguém, porque as pessoas podem pensar que eu desperdicei o meu dinheiro. Eu sempre comprei coisas que eu não preciso, mesmo quando eu sei que tenho muito pouco dinheiro. Assim que entro em um centro comercial ou shopping, eu quero ir em uma loja e comprar alguma coisa. Eu gosto de gastar dinheiro. Os delírios de consumo de Becky Bloom é o primeiro romance da inglesa Sophie Kinsella. É a história de uma jornalista financeira que durante o dia, ensina às pessoas como administrar seu dinheiro e no fim-de-semana, transforma-se em uma consumidora compulsiva, fugindo do gerente do seu banco e com muitas dívidas. Rebecca Bloom não resiste uma liquidação! Quanto mais inútil, melhor! Para ela, o mundo todo enxerga os detalhes da alça de seu sutiã, combinando com as cores de seus sapatos. Mas seu salário nunca é suficiente para pagar suas extravagâncias. Endividada até a alma, Rebecca, ou Becky, vive fugindo do seu gerente de banco e procurando fórmulas mirabolantes para pagar a fatura do cartão de crédito. Rebecca é sensível, carinhosa e extremamente otimista. Com essas qualidades, ela vai fazer de tudo para resolver seu problema. Primeiro, tenta reduzir seus gastos a zero, o que logicamente, não funciona. Diante disso, ela resolve que precisa ganhar mais dinheiro, mesmo sabendo que seu emprego está ameaçado. Nos delírios de consumo de Becky, todos os seus problemas se resolveriam de imediato ao ganhar na loteria, ou se um completo estranho pagasse sua conta do visa – por engano, claro. Como se não bastasse, em meio a tanta confusão (Hogan, 2009). A proposta psicoterapêutica da abordagem cognitivo comportamental para compradores compulsivos tem os seguintes objetivos (Abreu, 2008): Identificar e mudar padrões de pensamento que influenciam o desejo de comprar. Provocar mudança de comportamento, evitando situações de alto risco que podem provocar o desejo de comprar e lidando com tais situações. Um dos achados em pesquisa teve como objetivo de avaliar duas medidas de mensuração, uma de comportamento compulsivo e, outra, de consumismo e, posteriormente, verificar a relação entre elas. A metodologia incluiu a aplicação de uma survey online para 319 pessoas e análise por meio de equações estruturais multigrupo. Verificou-se que o comportamento compulsivo de compra não possui relação de causalidade com o consumismo. O pressuposto de que o comportamento compulsivo é maior nas mulheres não se confirmou nessa amostra e o consumismo é igual para homens e mulheres (da Silva Schuster, 2016). Um segundo achado em pesquisa foi um estudo de caso sistemático que examinou o processo e os resultados da terapia cognitivo-comportamental (TCC) de uma compradora compulsiva. A duração do tratamento foi pré-definida em 12 sessões. Todas as sessões foram codificadas com o Psychotherapy Process Q-Set (PQS), um método empírico de avaliação do processo terapêutico. Medidas de resultados incluíram a avaliação de sintomas de depressão, ansiedade e compras compulsivas, bem como do ajustamento social. Houve mudança clinicamente significativa e confiável nos sintomas e no ajustamento social, após o tratamento. A análise do processo indicou que fatores da terapeuta (empatia e responsividade), fatores da paciente (colaboração), fatores da relação (aliança terapêutica) e fatores técnicos (apoio e tarefas de casa) contribuíram para as mudanças observadas (Brandtner, 2016). Um terceiro e último achado em pesquisa deste texto, destaca que o comprar compulsivo pode ser caracterizado por preocupações mal-adaptativas em relação às compras e incapacidade de resistir ao desejo de comprar. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura dos artigos publicados nos últimos dez anos (2005-2015) sobre tratamento na abordagem cognitivo-comportamental. No total foram analisados 9 artigos com resultados de ensaios clínicos em grupo e individuais. Conclui-se que, considerando a elevada incidência deste transtorno, a literatura sobre o assunto ainda é escassa e todos os artigos apresentam intervenções com resultados satisfatórios. Apresentamos as principais técnicas utilizadas e, a partir delas, sugerem-se novas intervenções relacionadas à terapia cognitivo-comportamental (de Souza, 2016). Abordamos os principais conceitos, indicadores de diagnóstico e indícios comportamentais acerca do transtorno, além do filme que aborda o assunto e alguns achados em pesquisa. Busque e indique a ajuda

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O DESPERTAR DA LEITURA

O DESPERTAR DA LEITURA 23 de abril – Dia Mundial do Livro Não há tecnologia que possa substituir o prazer de tocar nas páginas de um livro e encontrar nelas um mundo repleto de encantamentos. Atualmente os meios de comunicação estão cada vez mais rápidos e podem servir como ferramentas adicionais no processo da aprendizagem, entretanto, tais recursos não substituem os benefícios de se ler um bom livro. Dentre tantos, cabe citar o favorecimento do desenvolvimento da imaginação e o conhecimento de outras realidades distintas de quem pratica o hábito de ler. Sendo assim, faz-se importante salientar que a aproximação de forma afetiva e significativa dos livros, torna possível o gosto pela leitura. Esta por sua vez, proporciona importantes reflexões e pode despertar para discussões e interações enriquecedoras acerca dos acontecimentos ao redor do leitor. A leitura é parte fundamental da construção do saber de cada indivíduo de modo a alicerçar suas interpretações particulares, com vistas a viabilizar as suas próprias construções do outro e do mundo. A criança que escuta histórias desde cedo, que tem contato direto com livros e que é estimulada nesse sentido, terá a facilidade necessária para ler. Isso proporcionará também um desenvolvimento bastante favorável do seu vocabulário ao longo do tempo. A capacidade de ler está intimamente ligada à motivação. Desta forma, faz-se necessário que o sujeito seja estimulado a ler desde a infância. Isso deve acontecer não apenas na escola com o professor como também com seus pais e cuidadores. Nesse sentido é preciso que se oferte uma certa variedade de livros de literatura como: contos, fábulas e poesias, observando-se e respeitando-se a idade cronológica de cada criança e principalmente o estágio de desenvolvimento de leitura em que a mesma se encontra. Dicas de incentivo ao interesse em leitura na infância: Frequentar livrarias, feiras de livros e bibliotecas junto com os filhos; Ler na frente da criança, para a criança e com a criança à medida que esta vai passando a ter mais propriedade de habilidade da leitura. Possibilitar que a criança possa entrar em contato com livros. A criança pequena precisa brincar, manusear e tocar os livros. Atualmente existe uma variedade de livros com formas e texturas que estimulam a criança a ter interesse em fazer este contato. Os livros devem ser organizados em local de fácil acesso para as crianças, a fim de que seja possibilitada a sua busca sempre quando quiserem, como estantes, prateleiras baixas ou baús. É importante conversar com a criança sobre a história lida. Perguntar a respeito do que ela entendeu, qual personagem gostaria de ser, se a criança pensaria num final diferente para a história. Ler é construir sentido e encontrar significados. Ao conversar com a criança sobre o que ela mesma leu, é possibilitada a oportunidade de pensar, refletir e treinar sua capacidade de compressão. No caso dos adolescentes algumas dicas podem ajudá-los a despertar o interesse para a leitura: Não colocar a leitura de forma impositiva, permitir que os jovens escolham temas do seu interesse; Dar o exemplo, ser um bom leitor; Despertar a curiosidade da leitura oferecendo maior número de formatos, gêneros e autores de livros, tornando fácil o acesso a essas opções. Inicie pensando em quais temas de livros chamam mais sua atenção, visite livrarias, sem pressa. Comece por livros mais finos, reserve um espaço na sua casa para se dedicar a leitura todos os dias. Comece lendo 15 minutos diariamente e vá aumentando o tempo gradativamente. Aproveite o mundo fascinante do livro! Viva o Dia do Livro! Dicas de Livros: Para Crianças: Coleção: Agora Eu Consigo Ler, Letras Grandes. Editora Todolivro. 2014. Blumenau/SC. Brow Watson. Descobrindo Valores. Editora Todolivro. 2014. Blumenau SC. Cristina Klein. Para Adolescentes e Adultos: O Poder do Hábito. Editora Objetiva. 2012. Rio de Janeiro. Charles Duhigg. Renata Patrícia Tavares de Lucena. Psicóloga Clínica e Organizacional Psicoterapeuta Cognitivo-comportamental. renapatl@yahoo.com.br AGUIAR, Vanda T. O leitor competente à luz da teoria da literatura. Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 124, v. 5/6, p.23-34, jan./mar. 1996. AGUIAR, Vera Teixeira de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura, a formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1998. BRASIL. Secretaria da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais – 1ª a 4ª série do ensino fundamental. Língua Portuguesa, 1997. DELMANTO, Dileta. A leitura em sala de aula. Construir Notícias, Recife, ano 08, n. 45, p. 24- 26, mar./abril. 2009. FRANTZ, Maria Helena Zancan. O ensino da leitura nas séries iniciais. 3 ed. Ijui:Unijui, 2001.P.15 e 16; 27-40. FREIRE, Paulo. 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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

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Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

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Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

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Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.