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AUTOESTIMA

“Cada escolha, uma oportunidade. Cada queda, um aprendizado. Cada atitude, uma consequência.” (Tawane Soares) Além de problemas biológicos, não consigo pensar em uma única dificuldade psicológica –da ansiedade e depressão ao medo da intimidade ou do sucesso, ao abuso de álcool ou drogas, às deficiências na escola ou no trabalho, ao espancamento de companheiros e filhos, às disfunções sexuais ou à imaturidade emocional, ao suicídio ou aos crimes violentos – que não esteja relacionada com uma autoestima negativa. De todos os julgamentos que fazemos, nenhum é tão importante quanto o que fazemos sobre nós mesmos. A autoestima positiva é requisito importante para uma vida satisfatória. Assim, a autoestima é a chave para o sucesso ou para o fracasso. É também a chave para entendermos a nós mesmos e aos outros.   O que é autoestima?  Ela tem dois componentes: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. Em outras palavras, a autoestima é a soma da autoconfiança com o auto-respeito.  Ela reflete o julgamento implícito da nossa capacidade de lidar com os desafios da vida (entender e dominaros  problemas)  e  o  direito  de  ser  feliz  (respeitar  e  defender  os  próprios  interesses  e necessidades). Ter uma autoestima elevada é sentir-se confiantemente adequado à vida, isto é, competente e merecedor. Ter uma autoestima baixa é sentir-se inadequado à vida, errado, não sobre este ou aquele assunto, mas errado como pessoa.  Ter uma autoestima média é flutuar entre sentir-se adequado ou inadequado, certo ou errado como pessoa e manifestar essa inconsistência no comportamento – às vezes agindo com sabedoria, às vezes como tolo – reforçando, portanto, a incerteza. A capacidade de desenvolver uma autoconfiança e um auto-respeito saudáveis é inerente à nossa natureza, pois a capacidade de pensar é a fonte básica da nossa competência, e o fato de que estamos vivos é nosso direito de lutar pela felicidade. Idealmente falando, todos deveriam desfrutar um alto nível de autoestima, vivenciando tanto a autoconfiança intelectual como a forte sensação de que a felicidade é adequada.  Entretanto, infelizmente, uma grande quantidade de pessoas não se sente assim. Muitas sofrem de sentimentos de inadequação, insegurança, dúvida, culpa e medo de uma participação plena na vida – um sentimento vago de “eu não sou suficiente”. Esses sentimentos nem sempre são reconhecidos e confirmados de imediato, mas eles existem. Poderemos nunca chegar a uma visão feliz de nós mesmos devido a informações negativas vindas dos outros, ou porque falhamos em nossa própria honestidade, integridade, responsabilidade e autoafirmação, ou porque julgamos nossas próprias ações com uma compreensão e uma compaixão inadequada. Entretanto, a autoestima é sempre uma questão de grau. Não conheço ninguém que seja totalmente carente de autoestima positiva, nem que seja incapaz de desenvolver autoestima. Desenvolver a autoestima é desenvolver a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade e, portanto, capazesde  enfrentar  a  vida  com  mais  confiança,  boa  vontade  e otimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados. Desenvolver a autoestima é expandir nossa capacidade de ser feliz. Quanto maior a nossa autoestima, mais bem equipados estaremos para lidar com as adversidades da vida; quanto mais flexíveis formos, mais resistiremos à pressão de sucumbir ao desespero ou à derrota. Quanto maior a nossa autoestima, maior a probabilidade de sermos criativos em nosso trabalho, ou seja, maior a probabilidade de obtermos sucesso. Quanto maior a nossa autoestima, maioresserão  as  nossas  possibilidades  de  manter  relações saudáveis, em vez de destrutivas, pois, assim como o amor atrai o amor, a saúde atrai a saúde, e a vitalidade e a comunicabilidade atraem mais do que o vazio e o oportunismo. Quanto maior a nossa autoestima, mais alegria teremos pelo simples fato de ser, de despertar pela manhã, de viver dentro dos nossos próprios corpos. São essas as recompensas que a nossa autoconfiança e o nosso auto-respeito nos oferecem. Autoestima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima; reside no cerne do nosso ser. É o que EU penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim. Quando crianças, nossa autoconfiança e nosso auto-respeito  podem  ser  alimentados ou  destruídos pelos adultos –  conforme  tenhamos sido  respeitados, amados, valorizados e encorajados a  confiar em nós mesmos. Mas, em nossos primeiros anos de vida, nossas escolhas e decisões são muito importantes para o desenvolvimento futuro de nossa autoestima. Nosso AUTOCONCEITO é quem e o que consciente e inconscientementeachamos  que  somos  – nossas  características  físicas  e  psicológicas,  nossos  pontos  positivos  e  negativos  e,  acima  de  tudo,  nossa autoestima.  A autoestima é o componente AVALIADOR do autoconceito. Os tipos de questões envolvidas em viver conscientemente VERSUS viver inconscientemente: Pensar, mesmo quando é difícil, VERSUS não pensar. Tomar consciência, mesmo quando isso é um desafio, VERSUS manter-se inconsciente. Clareza, venha ou não facilmente, VERSUS obscuridade e imprecisão. Respeito pela realidade, seja agradável ou dolorosa, VERSUS fuga da realidade. Respeito pela verdade VERSUS rejeição da verdade. Independência VERSUS dependência. Orientação ativa VERSUS orientação passiva. Vontade de assumir os riscos adequados, mesmo perante o medo, VERSUS falta de vontade. Honestidade VERSUS desonestidade. Viver no presente e ser responsável por ele VERSUS fugir para a fantasia. Autoconfrontação VERSUS auto-evitação. Vontade de ver e corrigir enganos VERSUS perseverança no erro. Razão VERSUS irracionalidade. Mais de um cliente em terapia protestou: “Se eu aceitar ofato de que gosto de mim,  terei de me comportar  de  forma  diferente!”.  Ou: “Se euaceitar  o  fato  de  que  gosto  de  mim,  terei  de  permanecer demasiado consciente!”. Nossa autoconsciência nos faz agir diferente em prol de si mesmo e dos outros de maneira justa e adequada e para isso requer o investimento em si conhecer, seja nas reflexões pessoais ou na psicoterapia. As mudanças de comportamento ocorrem na medida em que aplicamos a auto-responsabilidade. A auto-responsabilidade leva a percepções como as seguintes: Sou responsável por minhas escolhas e atos. Sou responsável pela maneira como estruturo o meu tempo. Sou responsável pelo cuidado, ou pela falta de cuidado, com que trato meu corpo. Sou responsável pelas relações

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DOR

“Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.” (W. Shakespeare) A busca por um alívio para esse fenômeno é uma das causas do desenvolvimento da Medicina. Da prática dos curandeiros aos sacerdotes, nos primórdios da civilização, passando pela medicina grega, romana, medieval e moderna, verificamos as tentativas que retratam a constante procura do homem por soluções que diminuíssem a dor emorações, chás, emplastros, massagens, cirurgias em odernos analgésicos. O conceito de dor sugere,atualmente, uma“sensação desagradável, variável em intensidade e extensão de localização, produzida pela estimulação de terminações nervosas especializadas em sua recepção”. É uma experiência que,em sua forma funcional,integra os conceitos definidos pornocicepção, sofrimento e conduta dolorosa. Pornocicepção entende-se o processo neurofisiológico de detecção e sinalização de um estímulo nocivo.Sofrimento seria o conjunto de reações afetivas que surgem como resposta ao estímulo nociceptivo e aconduta dolorosa é definida como o grupo de atividades que realiza um paciente como resposta à presença de dor. A conduta dolorosa constitui o únicoíndice clínico observável da dor. Manifesta-se pormeiodas alterações fisiológicas (suores, batimentoscardíacos, alteração da respiração) e na expressãofacial do indivíduo.A dor pode ser classificada em dois grupos: Dor aguda: este tipo é uma respostaimediata ao dano no tecido. Tem umcomponente imediato, que faz, porexemplo, uma pessoa retirar a mão daponta de uma agulha que a fere; Dor crônica: é mais difusa, persiste pelo menos seis meses e inclui um comportamentoaprendido por experiências passadas. Diferentemente da dor aguda, que é autolimitada, controlável por analgésicos, tem sua origem patogênica e pode servir como um sistemade alarme avisando que algo nele está em desarmonia; a dor crônica é autoperpetuada e raramente controlada por analgésicos. A percepção da dorcrônica seria efeito da perpetuação da “memóriade dor”. Estímulos, lembranças e associações, relacionando ao estímulo patológico qualquer fator social ou ambiental. Nessa linha de raciocínio, na dor crônica,haveria uma forte evidência de ter sido aprendidauma característica importante de sua manifestaçãoseja a pobre correlação entre os fatores patológicose a percepção da dor pelo indivíduo. Frequentemente, os processos patológicos têm uma remissão e a pessoa ainda apresenta uma disfunçãopsicossomática progressiva. A isto se chamasíndrome da dor aprendida. Compreensão psicológica da dor.A dor é umsintoma e, como tal, permite identificar uma doença ou lesão no corpo a fim de que sejam tomadas as devidas providências para o tratamento.Sempre que os indivíduos contêm raiva,angústia e toda sorte de sentimentos negativos,estão aumentando as possibilidades de sofrer dores,principalmente musculares. Tal contenção pode serconsequência de regras ou convenções sociais.Quando essas dores ocorrem, torna-se necessárioque as pessoas compreendam que são sinais de umcorpo que precisa ser “ouvido”; um corpo queultrapassou sua capacidade de adaptação diantedas tensões a que foi diariamente exposto (estresse). Os problemas surgem quando as demandasexternas e internas são maiores que esta capacidadea qual varia de pessoa para pessoa.Se esta é uma forma da pessoa ignorar afragilidade de seu organismo, no extremo oposto,observa-se uma ingênua idolatria do corpo, tãoprejudicial quanto a sua negação. Assim, práticasesportivas, quando mal orientadas, torna opostulado “sem sofrimento não há prêmio” oretrato daqueles frequentadores de academia embusca de um modelo de beleza plástica a todo custo.Percebemos, assim, que a dor é, às vezes, procurada. Por outro lado, tornar-se doente pode ounão ser uma escolha consciente, mas em nenhummomento se afirma que as dores não sejam reais.Oadoecer pode refletir a dificuldade de umapessoa de manifestar, de forma livre, seus descontentamentos; porém, somente evitando ouaprendendo a lidar com as situações que desencadeiam o desequilíbrio do organismo é que opaciente procurará o bem-estar, algo que nemsempre se torna uma tarefa fácil. Este fenômeno chama-se disfunção psicossomática. Segundo J. McDougall apud Souza (2000), é umsintoma no qual o psiquismo se utiliza de recursosprimitivos e intraverbais que busca enviar mensagens que serão interpretadas somaticamente. Éuma resposta a conflitos de vários tipos que sãopercebidos como ameaçadores ao funcionamentodo psiquismo. Tais alterações, ainda que possamcolocar a vida das pessoas em perigo, se destinama protegê-las de um dano que poderia ser bastantegrave, caso chegasse à consciência. É como se ocorpo reagisse de modo imediato a substânciastóxicas. Ansiedade é a reação ao perigo ou à ameaça. Cientificamente, ansiedades imediatas ou de curto período são definidas como reações de luta-e-fuga. São assim denominadas porque todos os seus efeitos estão diretamente voltados para lutar ou fugir de um perigo. Assim, o objetivo número um da ansiedade é o de proteger o organismo. Quando nossos ancestrais viviam em cavernas, era-lhes vital uma reação automática para que, quando estivessem defrontados com um perigo, fossem capazes de uma ação imediata (atacar ou fugir). Mas mesmo nos dias agitados de hoje, este é um mecanismo necessário. A função da ansiedade é proteger o organismo, não prejudicá-lo. Seria totalmente ridículo da parte da natureza desenvolver um mecanismo cuja função primordial fosse a de proteger o organismo e, por assim fazer, o prejudicar. A melhor forma de pensar sobre todos os sistemas de resposta de luta-e-fuga (ansiedade) é lembrar que todos estão voltados para deixar o organismo preparado para uma ação imediata e que seu objetivo primordial é protegê-lo.     Quando alguma forma de perigo é percebida ou antecipada, o cérebro envia mensagens à uma seção de nervos chamados de sistema nervoso autônomo. Este sistema possui duas subsecções ou ramos: o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático.  São exatamente estas duas subsecções que estão diretamente relacionadas no controle dos níveis de energia do corpo e de sua preparação para a ação. Colocado de uma forma mais simples, o sistema nervoso simpático é o sistema da reação de luta-e-fuga que libera energia e coloca o corpo pronto para ação; enquanto que o parassimpático, é o sistema de restauração que traz o corpo a seu estado normal. É importante perceber que, em algum momento, o corpo cansará da reação de luta-ou-fuga e ele próprio ativará o sistema nervoso parassimpático para restaurar um estado de relaxamento. Em outras palavras, a ansiedade não pode continuar sempre aumentando e entrar numa espiral sempre crescente que conduza a níveis possivelmente prejudiciais. O sistema nervoso parassimpático é um protetor “embutido” que impede o sistema nervoso simpático de

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Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), segundo CALZANS (2017), configura-se por episódios fracassados de resistir a impulsos agressivos, resultando em agressões sérias e destruição de propriedades. De acordo com GALVÃO, PEREIRA e FORTI (2015), para que seja configurado o TEI, as explosões de raiva devem ocorrer pelo menos duas vezes por semana e no caso de destruição de propriedade ou danos físicos a terceiros a frequência deve ser de pelo menos três vezes ao ano. O diagnóstico é feito por exclusão, pois, outras desordens mentais como os Transtornos de Personalidade Bordeline e o Antissocial, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, o Transtorno de Conduta, O Transtorno Pssicótico e o Transporto Afetivo Bipolar, por exemplo, também têm como características episódios de comportamento agressivo. (BARRETO, ZANIN e DOMIGOS, 2009) Alguns fatores contribuem para o desenvolvimento deste transtorno como os ambientais. Neste caso, cabem citar ocasiões vividas por estes indivíduos no período da infância como exposição à violência e dificuldades dos seus cuidadores em controlar seus impulsos violentos, além de situações de estresse como, por exemplo, perda de emprego.(GALVÃO, PEREIRA e FORTI, 2015) É possível inferir que nesse tipo de transtorno geralmente indivíduos agem dessa forma baseados em suas concepções sobre justiça, por se sentirem injustiçados. A Terapia Cognitiva Comportamental tem se mostrado eficiente para ajudar pacientes com (TEI).  Nesse caso, cabem destacar a análise de erros lógicos ou de pensamentos, além de ferramentas como o registro de pensamentos disfuncionais e técnicas de controle da raiva por meio de exercícios de relaxamento, treino de habilidade sociais e técnicas de resolução de problemas e prevenção de recaídas. Por meio de uma relação terapêutica colaborativa baseada na confiança. A Supere Psicologia desenvolve habilidades e ensina meios de regulação emocional. A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado! Renta Patrícia Tavares de Lucena. Psicóloga Clínica Cognitivo-comportamental e Organizacional. renapatl@yahoo.com.br Referências BARRETO, Tania Maria da Cunha Doutel; ZANIN, Carla Rodrigues; DOMINGOS, Neide Aparecida Micelli. Intervenção cognitivo-comportamental em transtorno explosivo intermitente: relato de caso. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 5, n. 1, p. 62-76, jun.  2009 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872009000100006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  16  out.  2017. GALVÃO, Dennyse Oliveira; PEREIRA, Carlos Ticiano Duarte; FORTI, Maria do Carmo Pagan. Transtorno explosivo intemitente: revisão de literatura. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2015 Maio/Ago;19(2):130-145. Disponível em <o/Ago;19(2): 130-145. http://www.revneuropsiq.com.br>. acessos em  16  out.  2017. CALAZANS, Vânia. Mente Impulsiva, Comportamento Explosivo, Transtorno Explosivo Intermitente. 1.ed. Novo Hamburgo:  Sinopisys, 2017. v. 1, 14p.

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Compaixão

O amor e a compaixão são necessidades. Sem eles a Humanidade não pode Sobreviver. Não podemos controlar todas as nossas sensações e sentimentos. Quando queremos evitar sentir certas sensações e sentimentos, passamos a restringir ou evitar determinados comportamentos. Na medida em que não podemos controlar o que acontece, percebemos que necessitamos aceitar e focar a nossa atenção no que podemos fazer. Afinal, o comportamento não é determinado pelos sentimentos.   Uma pessoa pode sentir tristeza e agir. Vivendo mais no presente e aceitando a presença de sensações físicas não muito agradáveis, veremos que as sensações são transitórias. Elas passam e por isso deixar de agir por não querer sentir um pouquinho isso ou aquilo vai limitar em muito o nosso campo de ações e os nossos resultados. A autocrítica é um processo complexo com diferentes formas e funções. Uma das funções objetiva a autocorreção como, por exemplo, impedir uma pessoa decometer erros ou manter a pessoa “na linha”, alertando-a para os erros e fazendo com que se esforce para alcançar os seus objetivos. Outra função é a de se prejudicar ou se vingar, por raiva ou desprezo de si mesmo, ou tentar se livrar dos aspectos ruins ou maus de si mesmo. Estas formas de autocrítica estão altamente associadas com a vergonha e o humor depressivo. Para as pessoas propensas a sentir muita vergonha, a se autoatacar, a se autoculpar ou a se autocriticar, esses comportamentos podem ser vistos como estratégias de segurança ou de autorre- gulação, o que requer do terapeuta muito cuidado na abordagem das suas origens e funções antes de trabalhar com elas. Ao invés de tentar identificar esses processos como comportamentos / pensamentos distorcidos ou mal-adaptativos, eles podem ser entendidos como “comportamentos de segurança”, em que a pessoa está fazendo o melhor que pode para lidar com as situações dolorosas, memórias e emoções. Pontua-se o fato de que os sentimentos e pensamentos são reações automáticas e que podem surgir como resultado do nosso sistema evolutivo de emoções e condicionamentos passados e, por isso, não seria “nossa culpa” (Gilbert, 2010). O que é compaixão e em que é diferente da empatia ou do altruísmo? A definição de compaixão é muitas vezes confundida com a da empatia. Empatia, conforme definido pelos pesquisadores, é a experiência visceral e emocional dos sentimentos de outra pessoa. É, em certo sentido, um espelhamento automático da emoção do outro. O altruísmo é uma ação que beneficia alguém, que pode ou não ser acompanhada por empatia ou compaixão, como por exemplo, no caso de se fazer uma doação com benefícios fiscais. Embora estes termos estejam relacionados com compaixão, eles não são idênticos. A compaixão muitas vezes, é claro, envolve uma resposta empática e um comportamento altruísta. No entanto, a compaixão é definida como a resposta emocional ao perceber o sofrimento e envolve um desejo autêntico de ajudar. Embora os economistas tenham argumentado o contrário, um crescente corpo de evidências sugere que, em nosso núcleo, os animais e os seres humanos têm o que DacherKeltner, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, chamou de um “instinto de compaixão.” Em outras palavras, compaixão é uma resposta natural e automática que tem garantido a nossa sobrevivência. Jean Decety, da Universidade de Chicago, mostrou que até mesmo os ratos são levados a simpatizar com outro rato em sofrimento, e sair de seu caminho para ajudá-lo. Estudos com chimpanzés e bebês humanos, jovens demais para terem aprendido as regras da boa educação, também reforçam essas alegações. Michael Tomasello e outros cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, descobriram que as crianças e os chimpanzés espontaneamente engajam-se em um comportamento prestativo, e até mesmo superam obstáculos para fazê-lo. Eles aparentemente fazem isso com uma motivação intrínseca, sem expectativa de recompensa. Um estudo recente indica os diâmetros da pupila dos bebês (uma medida de atenção) diminuem tanto quando eles ajudam como quando vêem alguém prestando ajuda, sugerindo que não estão simplesmente ajudando por serem gratificados. Parece ser o alívio do sofrimento que traz a recompensa – quer se engajem diretamente ou não na ajuda. Uma pesquisa recente de David Rand, da Universidade de Harvard, mostra que, em adultos e crianças, o primeiro impulso é o de ajudar os outros. Dale Miller, da Universidade de Stanford, sugere que este é também o caso dos adultos; no entanto, esse impulso de ajudar pode ser suprimido, por se preocuparem com a opinião de outros quanto a estarem agindo por auto-interesse. Não é de surpreender que a compaixão seja uma tendência natural, uma vez que é essencial para a sobrevivência humana. O termo “sobrevivência do mais apto”, muitas vezes atribuída a Charles Darwin, foi realmente criado por Herbert Spencer e darwinistas sociais que queriam justificar a superioridade da raça e da classe. Um fato menos conhecido é que a obra de Darwin é melhor descrita com a frase “sobrevivência do mais bondoso.” Na verdade, em The Descentof Man and Selection In Relationto Sex, Darwin defendeu “a maior força dos instintos sociais ou maternos do que a de qualquer outro instinto ou motivo”. Em outra passagem, ele comenta que “as comunidades, que incluíram o maior número de membros mais simpáticos, floresceram melhor, e geraram maior número de descendentes”. A compaixão pode ser, de fato, um traço adaptativo e de evolução natural. Sem ele, a sobrevivência e o florescimento de nossa espécie teria sido improvável. A construção de um compromisso afetivo, a aceitação do momento presente e convicção dos próprios valores pessoais contribuem para o enfrentamento dos desafios e obstáculos na dinâmica da vida. Através do autoconhecimento vamos descobrir os seus valores mais importantes e encontrar o seu porquê, o que motiva a continuar em busca de seus próprios objetivos. A Supere Psicologia avalia e contribui na mudança de comportamento e ensinando recursos e habilidades para adaptar as condições. A Equipe da Supere Psicologia está a disposição e estima sua melhor qualidade de vida!   Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Email alessandro@superepsicologia.com.br   Capítulo: O que é Terapia de Aceitação e Compromisso. Autora: Michaele Terena Saban. Livro: Terapias Comportamentais de Terceira Geração. Guia

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Depressão na Terapia Cognitivo-Comportamental

A depressão é um dos transtornos psiquiátrico mais comuns e constitui um grande problema de saúde pública que priva a vida de significado e alegria e pode até matar.(Knapp,2004). Ela é uma constelação de diferentes pensamentos,sentimentos,comportamentos e experiências. Apresenta sintomas de sentimentos de inutilidade,dificuldade de concentração, fadiga,insônia, falta de apetite, etc. A maioria das pessoas deprimidas pode ser ajudada com a terapia cognitiva comportamental, que auxilia a mudar a forma como você pensa (suas cognições) e o que faz (seu comportamento). Desta forma, essa abordagem tem se mostrado eficaz a ensinar às pessoas a como testar seus pensamentos negativos através da revisão de todas as informações em suas vidas – positivas e neutras, bem como as negativas. As distorções cognitivas, compreendidas como erros sistemáticos na percepção e no processamento de informações, ocupam lugar central na depressão. As pessoas com depressão tendem a estruturar suas experiências de forma absolutista e inflexível, o que resulta em erros de interpretação quanto ao desempenho pessoal e ao julgamento das situações externas.As distorções cognitivas mais comuns nos pacientes deprimidos foram observadas por Beck et al. como um sistema tipológico e, dentre elas, encontram-se a inferência arbitrária (conclusão antecipada e com poucas evidências), abstração seletiva (tendência da pessoa a escolher evidências de seu mau desempenho), supergeneralização (tendência a considerar que um evento ou desempenho negativo ocorrerá outras vezes) e personalização (atribuição pessoal geralmente de caráter negativo). Uma série maior de distorções é descrita por Beck e outros. As distorções decorrem de regras e pressupostos, que são padrões estáveis adquiridos ao longo da vida do indivíduo com depressão. Essas regras e crenças são sensíveis à ativação de fontes primárias como o estresse e frequentemente levam a estratégias interpessoais ineficazes. Aplicação da terapia cognitiva da depressão é um processo de tratamento que ajuda os pacientes a modificarem crenças e comportamentos que produzem certos estados de humor. As estratégias terapêuticas da abordagem cognitivo-comportamental da depressão envolvem trabalhar três fases: 1) foco nos pensamentos automáticos e esquemas depressogênicos; 2) foco no estilo da pessoa relacionar-se com outros; e 3) mudança de comportamentos a fim de obter melhor enfrentamento da situação problema. As sessões iniciais são também dirigidas à definição dos problemas dos pacientes, elaborando-se a conceituação cognitiva ou formulação do caso. Nessas sessões, o terapeuta ajudará o paciente a identificar: 1) as crenças disfuncionais específicas associadas à depressão; 2) as distorções cognitivas mais comuns e a caracterização dos pensamentos automáticos; 3) as reações fisiológicas, emocionais e comportamentais consequentes aos pensamentos; 4) que comportamentos foram desenvolvidos para enfrentar as crenças disfuncionais; e 5) como as experiências anteriores têm contribuído na manutenção das crenças do paciente. A seguir, uma vez que o paciente tenha conhecimento sobre os fatores mantenedores do comportamento depressivo, serão aplicadas nas sessões intermediárias técnicas que auxiliem o paciente no manejo dos sintomas. As sessões finais de terapia são destinadas à avaliação dos ganhos na terapia e à prevenção de recaída. A melhora do paciente pode ser fornecida como recurso para o enfrentamento de novas situações que incluam perdas e adaptações a novas situações-problema. Desde o início, destacar que a terapia tem tempo limitado, desmistificar o processo terapêutico relacionando-o com a identificação dos pensamentos, seus questionamento e reestruturação, aumentar a confiança do paciente a partir de seus ganhos e solicitar progressivamente o papel ativo do paciente são recursos que facilitam também o processo para finalização da terapia e gerar confiança no paciente para dar prosseguimento à vida. Nadja Lúcia Guimarães Psicoterapeuta Cognitiva Comportamental contato@superepsicologia.com.br POWELL, Vania Bitencourt et al. Terapia cognitivo-comportamental da depressão. 2008. KNAPP, Paulo. Princípios fundamentais da terapia cognitiva. Terapia cognitivo-comportamental na prática psiquiátrica, p. 19-41, 2004.

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10 de setembro – DIA MUNDIAL DE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

A prevenção do suicídio é um termo usado para as tentativas coletivas de organizações institucionais, psicólogos e pessoas envolvidas com a saúde, para reduzir a incidência de suicídio. Esses esforços englobam medidas preventivas e pró-ativas nos campos da medicina e da saúde mental, bem como da saúde pública, uma vez que o suicídio não é apenas visto como uma questão de saúde física ou mental. Fatores de risco Outros fatores importantes que deveriam ser considerados, pois seriam mais comuns entre aqueles que tentam suicídios. Planejar o suicídio; Acesso ao método de suicídio; Tentativas anteriores (as duas semanas após a tentativa é que tem mais risco); Eventos estressores recentes (como perda do emprego, morte de ente querido, desastres naturais, guerras, diagnóstico de doença e divórcio); Idade entre 13 e 19 anos (35% dos adolescentes brasileiros entre 13 e 19 anos tem ideação suicida) ou depois dos 65; Rede de apoio social restrita (poucos amigos e cuidadores). Nível sócio-econômico e nível educacional baixos; Traumas, tais como abuso físico e sexual; Baixa auto-estima e desesperança; Questões de orientação sexual (tais como homossexualidade e transsexuais); Pouco discernimento, falta de controle da impulsividade, e comportamentos auto-destrutivos; Poucos recursos (cognitivos, materiais, funcionais e sociais) para enfrentar problemas; Doença física (como HIV) e dor crônica; Exposição ao suicídio de outras pessoas. Mitos sobre o comportamento suicida Erros e preconceitos vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo para formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida. O estigma resulta de um processo em que pessoas são levadas a se sentirem envergonhadas, excluídas e discriminadas. A tabela abaixo ilustra os mitos sobre o comportamento suicida. O conhecimento pode contribuir para a desconstrução deste estigma em torno do comportamento suicida. Mitos sobre o suicídio Mitos Verdades O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio. FALSO. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio. Após o tratamento da doença mental o desejo de se matar desaparece. Quando uma pessoa pensa em se suicidar terá risco de suicídio para o resto da vida. FALSO. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco. As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar a atenção. FALSO. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. Boa parte dos suicidas expressou, em dias ou semanas anteriores, frequentemente aos profissionais de saúde, seu desejo de se matar. Se uma pessoa que se sentia deprimida e pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, normalmente significa que o problema já passou. FALSO. Se alguém que pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, aliviado, não significa que o problema já passou. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode sentir-se “melhor” ou sentir-se aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar. Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive à uma tentativa de suicídio, está fora de perigo. FALSO. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em alto risco. Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco. FALSO. Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem. É proibido que a mídia aborde o tema suicídio. FALSO. A mídia tem obrigação social de tratar desse importante assunto de saúde pública e abordar esse tema de forma adequada. Isto não aumenta o risco de uma pessoa se matar; ao contrário, é fundamental dar informações à população sobre o problema, onde buscar ajuda etc. Fatores de risco e de proteção: como identificar o paciente suicida O reconhecimento dos fatores de risco e dos fatores protetores é fundamental e pode ajudar o profissional de saúde a determinar clinicamente o risco e, a partir desta determinação, estabelecer estratégias para reduzi-lo. Os médicos ainda não podem prever exatamente quem irá se suicidar, mas podem tentar reduzir os riscos. O detalhado conhecimento dos fatores de risco pode auxiliar os médicos a delimitarem populações nas quais os eventos poderão ocorrer com maior frequência. Os dois principais fatores de risco são: tentativa prévia de suicídio e doença mental. A tentativa prévia de suicídio é o fator preditivo isolado mais importante. Pacientes que tentaram suicídio previamente têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar suicídio novamente. Estima-se que 50% daqueles que se suicidaram já haviam tentado previamente. Sabemos que quase todos os suicidas tinham uma doença mental, muitas vezes não diagnosticada, frequentemente não tratada ou não tratada de forma adequada. Os transtornos psiquiátricos mais comuns incluem depressão, transtorno bipolar, alcoolismo e abuso/dependência de outras drogas e transtornos de personalidade e esquizofrenia. Pacientes com múltiplas comorbidades psiquiátricas têm um risco aumentado, ou seja, quanto mais diagnósticos, maior o risco. A tabela abaixo ilustra os principais fatores de risco associados ao comportamento suicida. Principais fatores de risco associados ao comportamento suicida Doenças mentais Aspectos sociais Depressão; Transtorno bipolar; Transtornos mentais relacionados ao uso de álcool e outras substâncias; Transtornos de personalidade; Esquizofrenia; Aumento do risco com associação de doenças mentais: paciente bipolar que também seja dependente de álcool terá risco maior do que se ele não tiver essa dependência. Gênero masculino; Idade entre 15 e 30 anos e acima de 65 anos; Sem filhos; Moradores de áreas urbanas; Desempregados ou aposentados; Isolamento social; Solteiros, separados ou viúvos; Populações especiais: indígenas, adolescentes e moradores de rua. Aspectos psicológicos Condição de saúde limitante Perdas recentes; Pouca resiliência; Personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável;

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.