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Autodisciplina Insuficiente

“Escalar colinas difíceis requer um ritmo lento no inicio”. (William Shakespeare) Na terapia cognitivo comportamental é feita a psicoeducação, trata-se de uma orientação ensinada e guiada para construção de comportamentos adaptativos diante de situações difíceis para o paciente. Autodisciplina é a ação programa e padronizada para atingir um objetivo que deseja. Autodisciplina insuficiente é a ação que não foi programa e nem padronizada que reforça uma crença de incapacidade. Destaco neste texto, que situações difíceis são provenientes de pensamentos disfuncionais que geram assim emoções de desconforto. Cada emoção é liderada por um pensamento, por uma interpretação que fazemos da situação. Imagine uma pessoa apresentando esses pensamentos disfuncionais: “Não sou capaz de me forçar a ter disciplina suficiente para cumprir tarefas rotineiras ou aborrecidas.”, “Se não consegue atingir um objetivo, fico facilmente frustrado(a) e desisto.”, “Tenho muita dificuldade em abdicar de uma recompensa ou prazer imediato em favor de um objetivo em longo prazo.” Essa pessoa acredita que tem autodisciplina insuficiente. Assim sente tristeza e angústia, tem comportamentos procrastinadores e podem apresentar sintomas de desânimo. Imagino o sofrimento dessa pessoa! Sente que a vida segue e não consegue progredir e nem produzir. Ao longo da vida ouvimos falar bastante numa frase: “Nunca deixe para amanhã o que você pode fazer hoje”. Podemos iniciar nossa reflexão com algumas perguntas: Que atividades programou para fazer no dia de hoje? Essas atividades estão adequadas na administração do tempo? Quanto tempo levará para fazer cada atividade? Será que estabeleceu muitas atividades para o dia de hoje? O que seria mais adequado nessa situação? O que seria possível fazer no dia de hoje? O que pode acontecer para não cumprir com o que programou? Seu estado de saúde pode interferir para que não cumpra com essas atividades? Vamos considerar algumas estratégias importantes: Não precisa ser perfeito – o nível de exigência e perfeccionismo não ajuda, sendo necessário rever e questionar o pensamento de exigência que estamos apresentando na situação. O que eu posso fazer de bom agora mesmo? – estabelecer a prioridade e fazer planejamento das atividades diárias, pode ajudar a não ativar sentimentos de angústia e ansiedade. Como posso facilitar as coisas? – não adianta se cobrar um resultado de uma prática ou conhecimento que não foi treinado antes, vamos descomplicar definido todas etapas das atividades antes. Processo e progresso – a partir das etapas das atividades, poderá estabelecer os prazos. Metas é o objetivo com prazos. Faça um acordo favorável que recompensa gostaria de oferecer a você mesmo, após conclusão da tarefa desafiadora. A terapia de esquemas é aplicada na psicoterapia cognitivo comportamental criando alternativas adequadas de comportamentos e experiências. Para isso analisamos a necessidade básica de toda criança sobre limites prejudicados. Se a necessidade básica não for suprida na infância pode haver dificuldades na fase adulta como baixo desempenho profissional, baixa autoestima e dependência. Na vida sempre existe saídas. Sofremos por não as encontrar. A Supere Psicologia sempre está ao seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandro@superepsicologia.com.br

Carreira e Futuro

Um Caminho para a Independência Financeira

Olá, minha gente! Tudo bem com vocês? Dando continuidade à série de artigos sobre finanças, hoje, no Estratégias Financeiras, falaremos a respeito de um caminho para atingimento da Independência Financeira. Este caminho é formado por etapas que falaremos, em maiores detalhes, a seguir. Bons estudos!     Conforme visto no último texto[1], o grande objetivo de um investimento é promover a Independência Financeira (IF). Entretanto, por motivos didáticos, não foi mencionado que nem todos nós estão aptos a investir. Sim, prezado leitor, ser um investidor não é para todos. Mas calma! Não quero excluir ninguém do melhor da festa! É que, na minha opinião, investir depende da prévia existência de alguns fatores que pretendo abordar ao longo deste texto. Por enquanto, você precisa saber apenas que investir é uma fase, de um longo processo. Na realidade, investir é a última das três fases de uma longa caminhada cujo destino é a IF. As outras duas fases anteriores à fase investidor são: as fases Inadimplente e Poupador. Ainda não ficou claro? Não tem problema! Eu fiz um esquema, logo abaixo, para você visualizar a ideia geral desse processo: Para cada fase, temos objetivos (secundários) a serem conquistados, para que a pessoa consiga mudar de fase (como a passagem de fase em um jogo de vídeo game). E assim, percorra essa longa caminhada em busca da IF com mais segurança, tranquilidade e efetividade. Tais fases estão interligadas, pois: 1) Não tem sentido querer investir sem ter uma poupança; assim como, 2) Não tem sentido poupar se você não paga suas dívidas em dia (inadimplente). Sendo assim, é preciso paciência e controle emocional, a fim de lidar com a ansiedade que te faz querer pular etapas necessárias para começar a operar no mercado. Portanto, é preciso convencer-se, o quanto antes, que trata-se de um processo cujas etapas precisam ser respeitadas. A partir deste momento, teremos dois desafios para resolvermos: 1) Identificar em qual fase, desse processo, encontra-se cada um de nós ( 1º, 2º ou 3º fase)? 2) Como avançar de fase? Diante disso, o objetivo deste artigo é mostrar estratégias que possam te ajudar na conquista das fases, para chegar a IF. Mas antes de prosseguirmos, duas considerações: 1) Uma vez a pessoa percebendo que se encontra ou na 2º ou na 3º fase, é evidente que o caminho para a IF será encurtado, já que não faz sentido passar por uma fase já conquistada, capiche? 2) Por motivos dos mais variados as pessoas podem regredir de fase. Por isso, para vocês não terem recaídas, é preciso ficar atento as dicas abaixo, ok?😉 Primeira Fase: O Inadimplente De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC),[2] até maio do presente ano, o número de consumidores inadimplentes atingiu a marca de 63,29 milhões. Tomando-se a população brasileira como ao redor 208,5 milhões de habitantes, [3]chegamos a constatação que 30% da população do nosso país está inadimplente! Ou seja, 30 em cada 100 pessoas, que você vê na rua, encontram-se com dificuldades de honrar seus compromissos financeiros. Se deixarmos, nesta análise, apenas a parcela da População com Idade Ativa (PIA),[4] (afinal de contas, criança não paga!😉) esse percentual salta para incríveis 40%! São inúmeros os motivos que levam as pessoas à inadimplência. Porém, em todos os casos, existe sempre um denominador em comum: Por falta de um planejamento financeiro, em um determinado momento, passaram a gastar mais do que ganhavam. Frequentemente, comportamentos indisciplinados, impulsivos, imediatistas e consumistas são observados em pessoas nesta situação. Exemplo: Um cidadão financia um carro em 5 anos sem qualquer tipo de reserva financeira. Em seguida, perde o emprego. Uma vez de posse das indenizações trabalhistas, não consegue gerenciar esses recursos adequadamente, e acaba por deixar de pagar as parcelas do veículo. E o resto da histórias vocês já sabem: o credor toma o carro e ainda fica com o que foi pago do veículo até o momento! Percebam que, no exemplo acima, o cidadão comete dois erros: 1) Efetuar uma compra parcelada sem ter ao menos um plano B para quitar o carro, caso algum um imprevisto aconteça (como foi o da perda do emprego). 2) De posse da indenização, não se preocupou em quitar o (endividamento do) carro imediatamente. Daí, o dinheiro “evaporou” e a dívida não foi quitada. Logo, dívida não paga = inadimplência. “- Sim, mas agora que foi feita a lambança, como posso resolvê-la?”. Resposta: Uma vez diagnosticado que a situação financeira se trata de uma inadimplência, é preciso esterilizar a dívida por meio do aumento da renda e a diminuição das despesas. Ok, eu sei: “- É fácil falar, mas difícil de se pôr em prática”. De fato, o hábito de reduzir despesas para quem sempre foi gastador(a) soa quase como uma “heresia”, pois o estilo de vida gastador traz muitas recompensas prazerosas imediatas, mantendo o cidadão preso ao ciclo dos hábitos destrutivos.[5] Tais hábitos fazem mal não apenas ao inadimplente, mas para quem está em sua volta. Ninguém é poupado – esposa, filhos, pais, tios, amigos – todos ficam envolvidos, de alguma forma, no problema. E a depender da gravidade e da duração desse problema, famílias podem se desfazerem. Só lembrando que problemas financeiros são uma das maiores causas de separação entre os casais. Ou seja, cuidar das finanças é também cuidar da família. Um acompanhamento terapêutico para o inadimplente pode ser útil, a fim de facilitar a compreensão do mal que tal situação está causando a si mesmo e as pessoas próximas. Ademais, o acompanhamento de um profissional dessa área permite um fortalecimento do controle emocional para que a pessoa suporte as dificuldades e não desista, no meio do processo, da quitação das dívidas. Sob o ponto de vista financeiro, alguns hábitos podem ajudar no enfrentamento da inadimplência: 1) Controlar receitas e despesas através do uso de planilhas eletrônicas. 2) Fazer compras somente à vista, evitando o uso do cartão de crédito. 3) Trocar as dívidas com taxas de juros mais altas por aquelas com menores taxas de juros. 4)

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Morte e Vida de cada dia

Acordar, Respirar, Pensar, Existir, Morrer e Viver são processos de vida. Dependendo da forma como vivemos podemos estar em risco de adoecimento e de morte. Com isso, precisamos cuidar dia-a-dia da nossa própria vida, seja com atividade física, alimentação adequada, boa qualidade do sono, dar e receber elogios, boa conversa com um(a) amigo(a), entre outros. O que será a morte além da falta da existência? Morremos ao nascer ou deixamos de morrer ao nascermos, há que diga que podemos morrer um pouco a cada dia com uma despedida, um fechamento de ciclo, a cada desafio que nos arranque da zona de conforto e nos coloque no centro da vida.   Usamos de rituais que simbolizam momentos finais com entes queridos através do velório e do sepultamento. E esse momento é carregado de dor, que nos faz aprender e refletir sobre o que representa cada pessoa que tivemos algum vínculo e laço afetivo. Representação essa que nos faz pensar sobre a aproximação e afastamento que temos com as pessoas, lembramos saudosos de momentos marcantes e compadecemos dessa perda com a família. Estamos falando de vida ou morte? De força, luta, energia, resiliência, e tudo que possa nos mover e nos manter vivos diante da finitude que a morte ou limitação na vida. Acaba nos proporcionando uma separação abrupta, um choro sem fim, um coração espremido no peito, uma dor melancólica da lembrança de um sorriso, uma gargalhada que não escutamos mais. Estudos apontam a importante de cuidados paliativos em idosos ou pacientes terminais para que tenham o direito de ter uma qualidade de morte através do amor, do carinho, menos dor física, assistência médica periódica. Destaco duas poesias da médica geriatra e escritora Ana Claudia Quintana Arantes que faz um belíssimo trabalho na Casa do Cuidar, são eles: – Por um instante – Por um instante duvido Sem o mar eu não existiria A ausência me preenche e sufoca Preciso respirar suas águas Mas entre meus espaços desce a lágrima Que se perde em minha face branca numa vertigem e encontra em minha boca sua segurança E sinto seu gosto de sal O mar existe e mora agora nos meus olhos E suas ondas transcorrem minha face branca de areia e matam essa sede de sal da minha alma. – Caminhar – Cada relógio tem uma duração diferente entre um minuto e o seguinte. Cada espaço tem uma distância diferente ente o primeiro passo e a chegada. Cada um no seu tempo, cada um no seu passo. Cada caminho, uma vida. Pensamos nos instantes de vida que nos bate a porta com o sal que nos oferece o sabor das coisas. E nos caminhos da vida que nos leva por altos e baixos que tanto nos coloca na posição de aprendiz. Os mais antigos costumam nos dizer que a morte é a única certeza existencial. Por isso podemos cuidar mais e melhor da nossa vida, buscando se melhorar enquanto pessoa, valorizar-se, desenvolver a autoestima, realizar algo que nos deixa felizes. A Supere Psicologia está sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde Diretor da Supere Psicologia alessandro@superepsicologia.com.br Patrícia Portugal Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Psicóloga do Programa Atitude portugal.patricia@hotmail.com

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CRENÇAS EXAGERADAS

Vocês sabem o que são crenças exageradas?  Segundo Beck (1997), há uma inter-relação entre cognição, emoção e comportamento implicada no funcionamento normal do ser humano e, em especial, na psicopatologia. Não é o evento em si que gera as emoções e os comportamentos, mas sim o que nós pensamos sobre os eventos. Há, portanto, uma interação recíproca entre pensamentos, sentimentos, comportamentos, fisiologia e ambiente, em que a mudança em qualquer um dos componentes pode iniciar modificações nos demais. O Terapeuta na Terapia Cognitivo Comportamental procura ajudar o indivíduo a identificar os pensamentos que são disfuncionais, ou seja, os que distorcem a realidade, que causam aflição e/ou interferem no seu comportamento. Com a ativação, o processamento de informações torna-se tendencioso, pois o indivíduo extraí da realidade, apenas as informações que confirmam a crença disfuncional, negligenciando ou minimizando as evidências contrárias. Essa forma distorcida de interpretação das vivências, são chamadas de distorções cognitivas ou de pensamento, e são bastante prevalentes na forma do indivíduo avaliar a si mesmo, ao mundo e ao futuro. Um dos objetivos da TCC é corrigir as distorções cognitivas, promovendo a reestruturação cognitiva (flexibilidade cognitiva). No modelo cognitivo de Beck (1997), as crenças nucleares ou centrais, são as ideias e conceitos mais enraizados e fundamentais acerca de nós mesmos, das pessoas e do mundo. É só uma ideia, não necessariamente uma verdade, são incondicionais e se constroem através de experiências na infância e se fortalecem ao longo da vida, modelando nosso funcionamento psicológico. As crenças nucleares disfuncionais podem permanecer latentes, sendo ativadas nos transtornos emocionais, tornando tendencioso o processamento de informações. Araújo (et al., 2013), definiu o termo “Transtornos do exagero”  para definir aquelas disfunções em que os indivíduos tem uma relação exagerada com  drogas, comida, sexo, jogo, internet. Segundo Araújo (2016), as crenças centrais e aditivas/exageradas se encaixavam uma na outra como peças de um quebra-cabeça. Essa combinação de crenças seria a grande responsável por desencadear a fissura e o comportamento aditivo/exagerado. Muitos pacientes dizem, por exemplo, que “sentem-se vulneráveis” (crença central), que seus comportamentos exagerados os “deixam mais fortes” (crença exagerada) e que, por isso, exageram. Trabalhar essas crenças é fundamental para que consigam realizar algum tipo de mudança. Foi com o objetivo de analisar as crenças centrais, as crenças aditivas (exageradas), as emoções desencadeadas e elaborar possíveis crenças de controle, que Araújo (20013) desenvolveu o Quebra-Cabeça das Crenças Exageradas, visando demonstrar que a combinação entre crenças centrais e exageradas, no final, podem trazer um grande prejuízo aos indivíduos, possibilitando aos pacientes o entendimento do comportamento exagerado, a partir da diminuição da força de suas crenças, para assim modificar esse comportamento disfuncional.

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CUIDADO DOS PAIS NA PRIMEIRA INFÂNCIA

Os cuidados recebidos pela criança na primeira infância são fundamentais para um desenvolvimento saudável, pautando as relações sociais que desempenhará posteriormente, na adolescência e na vida adulta.     Nesse contexto, podemos falar no papel central desenvolvido pelo apego nas relações sociais. Mas o que seria o apego, afinal? A teoria do apego  foi desenvolvida por John Bowlby (1907-1990), psiquiatra e psicanalista inglês. Seu estudo a partir de crianças órfãs em sérias dificuldades, no período pós- Segunda Guerra Mundial, consistiu em avaliar a importância dos vínculos , especialmente aquele desenvolvido entre mães e filhos. Para Bowlby, a qualidade do primeiro relacionamento da criança afeta todo o curso do seu desenvolvimento. Sua teoria propõe que os bebês vem ao mundo pré-programados biologicamente para formar vínculos, correspondendo a uma necessidade primordial da busca por proteção, segurança, conforto e alimentação, garantindo, portanto, sua sobrevivência. Ele verificou ainda, que “o comportamento do apego não é herdado, o que se herda é o seu potencial, ou tipo de código genético, que permite à espécie desenvolver melhores resultados adaptativos”, e com isso favorecer a evolução e crescimento. A proposição da teoria do apego é que as crianças se apegam instintivamente a quem cuida delas, com a finalidade de sobreviver e desenvolver o aspecto físico, social e emocional. Posteriormente, a teoria do apego foi complementada com os estudos da psicanalista Mary Ainsworth, que realizou pesquisas com bebês e suas mães, os quais foram separados e reunidos de forma controlada em eventos chamados de “Experimento da Situação Estranha”, dando origem à classificação dos padrões de apego.   AS QUATRO CLASSIFICAÇÕES DOS PADRÕES DE APEGO NA INFÂNCIA   1 – Padrão Seguro – crianças seguras apresentam-se confiantes para explorar o mundo ao seu redor com a certeza de que seus cuidadores estarão por perto, principalmente quando em situações estressantes, conferindo-as proteção.  Incomodam-se quando separadas de seus cuidadores, mas não se abalam de forma exagerada, sendo capazes de regular a aflição.   2 -Padrão Inseguro – as crianças exploram pouco o ambiente e a interação com os pais ou cuidadores são extremas: excessivas ou precárias. Esse padrão está relacionado à não contemplação da segurança e das necessidades básicas da criança no início da vida; a base de segurança  comprometida causa o estabelecimento de uma vinculação entre eles de maneira distorcida. A criança pode tornar-se emocionalmente distante, excessivamente dependente dos outros, ansiosa e insegura, pelo fato de não acreditar que alguém possa tranquilizá-la quando houver necessidade.   3 – Estilo de apego inseguro ansioso evitativo – as crianças apresentam sinais fisiológicos de sofrimento quando os pais ou cuidadores se afastam, demonstrando pouca emoção no retorno delas. Aqui a insegurança frente aos cuidados esperados dos pais vai se repetindo, sendo reforçada dia após dia, a criança pode, como defesa e antecipação ao afastamento se desligar emocionalmente, na tentativa de evitar a dor do abandono. As crianças que são exigidas além de sua maturidade, tendem a desenvolver esse estilo de apego. Não são atendidas em suas necessidades, sentem a incapacidade do cuidador de supri-las e por isso amadurecem mais rápido. Tendem a ser mais obedientes, a não reclamar e não incomodar. Também mostram-se mais ansiosas, atentas ao ambiente, na  tentativa de antecipar possíveis perigos.   4 – Estilo de apego inseguro ansioso ambivalente – a criança agarra-se ao cuidador com muita ansiedade, com medo da perdê-lo. Neste caso, as crianças vivem experiências conflitantes com seus cuidadores que em alguns momentos mostram-se disponíveis e inesperadamente tornam-se inacessíveis;  pode, ainda, estar relacionado à atuação com negligência e abuso. Caracteriza-se por cuidadores que se preocupam mais consigo mesmo, com dificuldade para centrar-se nas necessidades da criança. A criança não tem condições de reagir às duas condutas do cuidador, ela então dissocia de si mesmo, à maneira de seu cuidador, e cada parte irá se relacionar com uma parte do cuidador. Um outro estilo surgiu a partir da pesquisa de Main, no experimento da “Situação Estranha” de Ainsworth.   5 – Apego desorganizado – ocorre na criança que vive situação de negligência emocional, por falta de cuidados, nos seus momentos de maior tensão. Está relacionado à situações de maus tratos emocionais e abuso sexual, os quais ativam circuitos emocionais que não funcionam juntos: quando há ameaça o impulso é de fuga, luta ou paralisia, como reação para a sobrevivência, ao mesmo tempo é ativado o sistema de apego, procurando proteção na figura de apego. Ao ativar os dois sistemas, a criança possivelmente irá dissociar, lidando com as duas figuras que se apresentam. As ligações de apego são firmadas na infância e funcionam como um modelo para os relacionamentos, os quais ficam registados no cérebro e podem ser ativados de acordo com as situações vividas. É certo que podemos desenvolver mais de um estilo de apego proveniente da interação com diferentes cuidadores. Os estilos de apego podem se modificar, principalmente na adolescência e nos relacionamentos íntimos ao longo da vida, pois são relacionais e moldáveis. Contudo, a primeira forma de ligação permanece como uma matriz.     Com a psicoterapia é possível ajudar ao paciente que sofre de transtorno de apego a compreender os modelos internos individuais. Ao visualizar a si mesmo e as suas figuras de apego, sejam elas do passado ou o do presente, a psicoterapia possibilita que as interações e ligações em relacionamentos sejam desenvolvidas de maneira saudável, afetiva e harmoniosa. A Supere Psicologia está sempre do seu lado!   Eryka Paulino Serur Psicóloga Clínica – CRP: 02/10.780 Terapia Cognitiva Comportamental Terapia EMDR Terapia de Casal Terapia individual adultos BOWLBY J. Apego. São Paulo: Martins Fontes, 2ª edição, 1990. DALBEM, J. X.; DELL’AGLIO, D. D. Teoria do apego: bases conceituais e desenvolvimento dos modelos internos de funcionamento. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 57, n. 1, p. 12-24, 2005. Retirado do World Wide Web http://www.psicologia.ufrj.br/abp/ 12. RICCI SALOMONI, Silvana. Casal em Foco: Um Olhar Clínico, Abrangente e Integrativo (Locais do Kindle 905-923). TraumaClinic Edições. Edição do Kindle.

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REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM IDOSO

A velhice é universal e progressiva, sendo um conjunto de transformação biopsicossocial. Segundo Erminda, envelhecer é um “processo de diminuição orgânica e funcional, não decorrente de doença, e que acontece inevitavelmente com o passar do tempo” Erminda (1999 p.43). A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. É importante considerar, que muito mais do que a idade cronológica, essa fase marca de forma precisa, todo o processo de conclusão do desenvolvimento no ser humano. Assim, vários elementos como alimentação, predisposição genética, prática regular de atividades físicas, relacionamento familiar, educação e outros são fatores que influenciarão nesse processo. É fundamental estimular a participação do idoso na sociedade e em diferentes contextos sociais. De acordo com o estatuto do idoso, é garantido “todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.” No entanto, dependendo de como foi a vida do idoso o processo de envelhecimento pode favorecer diversos tipos de doença. O cérebro do idoso segundo Fechine  e Trompieri (2012), relatam que a capacidade intelectual do indivíduo idoso pode ser mantida sem dano cerebral até os 80 anos de idade porém o declínio gradual nas funções cognitivas é considerado como envelhecimento normal. Portanto é comum aparecerem algumas doenças degenerativas, diminuição da capacidade auditiva e visual, diminuição dos reflexos, perda das habilidades e funções neurológicas entre outras. Além das doenças emocionais como a perda de um ente querido, a chegada da aposentadoria, a perda da sua própria identidade, dificuldade em lidar com alguma doença, a chegada dos netos, a síndrome do ninho vazio (quando os filhos saem de casa). A família, por sua vez, tem um papel de grande importância para ajudar a promover condições favoráveis e assim minimizar as perdas apresentadas pelo individuo idoso. Quando é percebido a diminuição de algumas capacidades neurológicas é importante que a família, junto com o médico, solicitem uma reabilitação neuropsicológica. Esse processo é realizado por equipe interdisciplinar que vão obter informações sobre o desempenho do paciente em diversos aspectos; físicos, cognitivos, comportamental, emocional, social etc O resultado dessa observação vão levar a equipe a construção do perfil do paciente com seus pontos fortes e fracos para serem construídos as intervenções e estratégias para a realização da reabilitação neuropsicológica Para Wilson (2002), o tratamento de doenças e da incapacidade em idades avançadas afetam as pessoas idosas e a reabilitação é de grande importância no déficit cognitivo se mostrando eficaz no tratamento do idoso. Em síntese, a reabilitação é um conjunto de técnicas práticas como estratégias compensatórias onde os profissionais vão atuar para reduzir os efeitos e déficits cognitivos, comportamentais, emocionais entre outras disfunções do sistema nervoso central, que se tornaram obstáculos para o indivíduo na sua rotina diária. Sabe-se que o cérebro é plástico, e a reabilitação pode ajudar a novas células crescerem, e outras partes do cérebro vão assumir as funções perdidas compensando e diminuindo o déficits e melhorando de forma gradual. Todo esse processo de desafios constantes, muitas vezes influência de forma negativa o emocional do paciente com pensamentos e crenças disfuncionais, dificultando a evolução do tratamento. Assim a Reabilitação Neuropsicológica, precisa do suporte da Terapia Cognitivo Comportamental. São duas ciências que se unem podendo inter-relacionarem entre si para superar as demandas do dia-a-dia. Isso ocorre porque algumas técnicas da terapia cognitivo comportamental, como a psicoeducação, resolução de problemas, reestruturação cognitivas, questionamento socrático entre outras pode facilitar o processo ajudando em comorbidades, causadas por quadros psicológicos complicados após um acontecimento cerebral. Acredita-se que os nossos sentimentos afetam a maneira como nos comportamos e pensamos, dessa forma é importante traçar metas terapêuticas que ajudam na reabilitação pois readquirir as habilidades sociais, controlar a ansiedade e se motivar pra continuar o tratamento, ajuda a formação de uma nova identidade pós lesão. A Supere Psicologia está sempre do seu lado! Patrícia  Brito Psicóloga Clinica com formação em Terapia Cognitivo Comportamental. Especialista em Neuropsicologia pelo ESUDA e Saúde Mental pela UFPE patriciabritorh@hotmail.com ESTATUTO DO IDOSO. Ministério da Saúde. 3º edição. 2013. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso_3edicao.pdf acessado em 05/08/2018 ERMINDA, J.G. Os idosos: Problemas e realidades. Coimbra: Editora Formasau, 1999. FECHINE, B.; TROMPIERI, N. O processo de envelhecimento: As principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. Revista Científica Internacional, v. 20, n. 1,p. 106 – 194. 2012. FERREIRA, H. G., Lima, D. M. X. de, & Zerbinatti, R. (2012). Atendimento psicoterapêutico cognitivo-comportamental em grupo para idosos depressivos: um relato de experiência. Revista da SPAGESP, 13(2), 86-101. Recuperado em 01 março, 2015, de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rspagesp/v13n2/v13n2a10.pdf. WILSON, B.Towards a comprehensive model of cognitive rehabilitation Neuropsychological rehabilitation, 2002  

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EDUCAÇÃO FÍSICA E BEM-ESTAR

Primeiramente gostaria de falar sobre “DADRF”, sigla na qual criei ao falarmos sobre determinação, autoestima,  disciplina e resistencia à frustração. Não quero falar dos efeitos neurais adivindos da atividade física, sensação de alivio de tensões, aumento de neurotransmissão, sensação de bem estar. E sim como teu cerebro se desenvolve em paralelo aos seus musculos. Os verdadeiros efeitos psicológicos são sentidos a partir do momento em que enchergamos um atleta de corrida, em seu sprint final, mesmo com toda dor e desconforto, consegue levar seu corpo ao final da prova. Corredores de automobilismo que passam horas concentrados e sempre com frieza nas utrapassangens, um cirurgião em uma cirurgia. Como essas pessoas teem essa capacidade de testar e por a prova seus proprios limites? As respostas estão na mente dessas pessoas, no que aprendem e alimentam através do exercício. Tudo isso representa o que podemos adiquirir quando fazemos alguma atividade física. Com isso, vamos falar um pouco sobre esses fatores nos quais fazem com que seja possivel tais feitos: Determinação: Muitas vezes a nossa rotina diária tende a nos colocar em situações que nos deixam, a cada dia, atarefados. Acarretando numa falta de “tempo” para a pratica da atividade física. O exercício físico não é remédio, mais ajuda a seguir em frente, buscar objetivos novos, querer sempre melhorar pra seguir adiante. Autoestima: Quando nos vemos como capazes de nos por à prova, de dizer “não” para as coisas que realmente não queremos, como vencedores de medos, ansiedades e angústias; quando nosso corpo e saúde caminham e/ou atingem nossos objetivos, nossa autoestima se fortalece. A atividade física, o treino pode ser usado de diversas formas: podemos esquecer os problemas enquanto nadamos; ou é possível que vejamos nossos adversários e obstáculos caindo por terra enquanto levantamos peso repetidas vezes; também podemos pensar na vida e organizar os pensamentos durante uma caminhada. Que sentido você dá para o seu exercício? Como ele está fortalecendo sua autoestima, ajudando você a gostar e dar mais valor a si mesmo? Disciplina: O simples fato de nos habituarmos a acordar cedo para fazer determinada atividade. Nesse ato simples, você está fortalecendo sua capacidade de escolher o que quer, renunciando a outros prazeres, como a tentadora saidinha com os amigos; está exercendo suas habilidades de planejamento, definindo aonde quer chegar, suas metas de peso e saúde; está assumindo o controle sobre suas emoções, ao vencer a vontade de ficar em casa, ao derrubar seu medo de não conseguir dar “duas voltas no parque”. Todas essas habilidades cognitivas, comportamentais e emocionais vão refletir diretamente no seu dia-a-dia, no seu trabalho e relacionamentos. Resistencia a frustração: Palavra mais conhecida como garra, que em seu sentido figurado tem o sentido de determinação, força de vontade. A determinação, a disciplina nos ajuda a não desistir diante dos obstaculos negativos. Está chovendo, corpo dolorido, fiquei sem carro pra ir pra academia ou correr, não perdeu o peso almejado ou não esta mais forte. Da pra perceber como o exercício físico é um exercício que requer um psicológico poderoso? Da pra perceber o quanto você precisa ser firme para suportar as adversidades que a vida nos propõe? Quando decidimos, somos orientados ou obrigados a iniciar atividades físicas regulares, iniciamos ao mesmo tempo, uma luta contra hábitos, crenças e pensamentos antigos. Tudo isso vai influenciar nossa resistência à frustração, contribuindo para o abandono dos exercícios. Hábitos antigos se referem aos nossos costumes: a cervejinha diária, a vida excessivamente voltada ao trabalho, o namoro com o sofá e a tv, a badalação, etc. As crenças são esquemas mentais que funcionam como regras para nossa relação com mundo ou com nós mesmos. Os benefícios psicológicos da atividade fisica vão além de saúde do corpo, ficar forte ou emagrecer. Procure ao máximo trazer essa realidade para sua vida, mudança de hábitos não só fará bem pro corpo, como trará outra realidade e perspectiva para seguir em frente. Algumas dicas se fazem importantes para melhorar a saúde mental e consequentemente conseguir evoluir ficamente, independente do seu objetivo: busque novos estímulos (pessoas que lhe ajudem a trilhar novos caminhos, personal novo, nutricionista nova), tire 30 minutos do seu dia para fazer uma leitura, ao invés de asstisr TV, quando tiver se sentindo triste, vá a academia ou sair pra correr, para sentir os benefícios da serotonina no seu bem estar.   Desenvolva o bem-estar: 1) Melhora a autoestima Um dos principais benefícios psicológicos da atividade física é melhorar a autoestima. Pacientes com depressão, transtorno bordedeline, ansiedade, transtornos de imagem podem ter o tratamento favorecido com a prática de atividades físicas. 2) Reduz o estresse A redução do estresse é também um dos principais benefícios psicológicos da atividade física. A atenção requerida e desviada para o controle do corpo, faz que com preocupações muitas vezes provocadas por ansiedade ou transtornos sociais sejam reduzidas a medida que se realiza práticas físicas. 3) Protege o sistema cognitivo, prevenindo doenças degenerativas Ao estimular a oxigenação do cérebro, as neurotransmissões são favorecidas. Também estimula a memória e afasta pensamentos ruins. Com isso o organismo reduz a produção de cortisol que é descarregado no sangue. Também proporciona a melhora o sistema cognitivo, reduz o envelhecimento precoce das células e promove a longevidade. 4) Reforça o sistema imunológico, severamente prejudicado por doenças mentais O sistema imunológico costuma ser severamente prejudicado por transtornos psicológicos, facilitando doenças ocasionais, como resfriados, dores de cabeça e problemas do trato intestinal. Ao praticar exercícios, os hormônios da felicidade — serotonina, endorfina e dopamina — se encarregam de reforçar nossos sistemas de defesa. Esses hormônios são produzidos em maiores quantidades pelo corpo graças as atividades físicas. 5) Aumenta a disposição, garantindo mais produtividade O cansaço e a falta de motivação afeta pessoas que sofrem com diversos transtornos psicológicos. Obviamente a prática esportiva fará com o corpo passe a receber hormônios que garantem nossa disposição e bem-estar. Também favorece a qualidade do sono, e após uma noite bem dormida a chance de ter um dia com mais qualidade é muito maior.   A Supere Psicologia

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26 de julho – Dia dos Avós

Inicio esse texto, com uma frase de um sábio autor desconhecido, que diz:  “O paciente não é só o paciente. Ele é o amor de alguém“. Dentro desse contexto, aproveito esse dia 26 de julho, “Dia dos Avós”, para falar um pouco sobre a importância de cuidar dos nossos idosos, e cuidarmos com amor, oferecendo dignidade, respeito e, acima de tudo, retribuir toda dedicação e doação de uma vida inteira. E foi baseado na palavra Amor que surgiu o Llar D’Avis, para desmistificar um passado sombrio, transformando Amor em forma de residência geriátrica.   Dada a complexidade e o ser multidimensional que o idoso é, o llar D’Avis entende que um só profissional é incapaz de abarcar, e por isso montamos a nossa equipe interdisciplinar gerontológica composta de geriatras, fonoaudióloga, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, enfermeira e nutricionista.  Aqui cada idoso é visto em sua individualidade, respeitando sua história e valorizando toda experiência vivida. Não existem restrições ou horários de visita, os ambientes são personalizados de acordo com à vontade do idoso e de sua família. Dessa forma, familiares têm a segurança que o Llar é a verdadeira extensão de sua casa, visitando-os diariamente e desfrutando do seu convívio, fortalecendo laços afetivos e tendo a certeza que o amor é o principal pilar do cuidado. Oferecemos as modalidades day-use, curta e longa permanência. Paulo Coelho escreveu um texto chamado “A história do lápis” que retrata a visão dos avós sobre os netos em alguns momentos da vida. Vamos refletir? Segue: “O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou: – Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim? A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto: – Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse. O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. – Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida! – Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo. Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade. Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas lhe farão ser uma pessoa melhor. Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça. Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.” Para finalizar, gostaria de deixar uma pergunta para que norteasse nosso dia-a-dia: O que fizemos pelo outro hoje? A Supere Psicologia está sempre do seu lado! Nara Moura Fonoaudióloga. Atuação na Enfermaria de Cuidados Paliativos – IMIP e no Llar D’Avis – Residência Geriátrica Especialista em Fonoaudiologia Hospitalar, Motricidade Orofacial e Gerontologia com ênfase em Cuidados Paliativos. Mestre em Educação para profissionais de saúde nara_moura@hotmail.com

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AUTONOMIA DO IDOSO

AUTONOMIA DO IDOSO caminhos da saúde integral   A população idosa, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para países em desenvolvimento as pessoas com 60 anos ou mais, está aumentando em um ritmo acelerado. Segundo o IBGE, em 2017, os idosos passaram a representar mais de 30 milhões de pessoas no Brasil, fato que representa um acréscimo de 18% dessa população em 5 anos. Explicita-se, então, a importância de estudos e intervenções voltadas para essa população. Alguns fatores psicossociais presentes no envelhecimento podem interferir na qualidade de vida, tais como a perda da posição social, comum após a aposentadoria, limitação na participação de eventos sociais, a solidão, problemas financeiros, incapacidade física e a perda de amigos, parentes ou cônjuges. A somatória desses fatores tende a deixar o idoso em uma situação de vulnerabilidade psicossocial. O meio influencia a maneira como o idoso vivencia esta fase da vida. Portanto, envelhecer de forma saudável envolve não apenas os cuidados com a saúde física, mas também um cuidado psicossocial. Nesse contexto, existe a necessidade de sentir-se ativo e autônomo em sua comunidade expressando livremente seus sentimentos, emoções, interesses, opiniões e experiências. Assim, ratifica BALTES, M. & SILVERBERG (1995): “a segurança propiciada por um ambiente acolhedor, assim como a autonomia permitida por um ambiente estimulador são ambas, necessárias ao bem-estar do idoso.” Desta forma, observam-se os possíveis benefícios de uma psicoterapia em idosos. SADOCK, SADOCK & RUIZ (2016) defendem que a psicoterapia ajuda os idosos a lidarem com os problemas emocionais que os circundam e a compreenderem seu comportamento e os efeitos causados nas outras pessoas com as quais interagem. Além disso, afirmam que a psicoterapia pode melhorar as relações interpessoais, aumentar a autoestima e a autoconfiança, diminuindo os sentimentos de desamparo e raiva, além de melhorar a qualidade de vida. Em pacientes idosos com o nível cognitivo prejudicado, a psicoterapia também pode apresentar efeitos positivos. Esses mesmos autores mostram que “em um estudo conduzido em um lar para idosos, 43% dos pacientes que faziam psicoterapia apresentaram menos incontinência urinária, melhora na marcha, maior prontidão mental, melhor memória e melhor audição.” Preocupada com o aumento populacional da população idosa, a OMS adotou a expressão “envelhecimento ativo” com o objetivo de evidenciar que o envelhecimento pode ser acompanhado de uma experiência positiva. Essa expressão é definida como “o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas”, ou seja, o envelhecimento com participação em atividades laborais, atividades na comunidade ou no lar em busca de manter-se ativo. Visto todo exposto a cima, deve-se concluir que a busca de uma boa qualidade de vida para os idosos requer também mudanças culturais sobre a visão da velhice. Entretanto, sendo a cultura o resultado de interações humanas, é necessário o idoso colocar-se como agente autônomo e ativo de sua realidade, cabendo ao psicólogo realizar acolhimento e, através das técnicas cabíveis, conduzir o processo de seu paciente em busca dessa autonomia considerando a integralidade do indivíduo. A Supere Psicologia está sempre do seu lado. Eduardo Falcão Felisberto Administrador de empresas. Graduando em Psicologia. Pesquisador. eduardofalcaofelisberto@gmail.com   SADOCK, Benjamin J.; SADOCK, Virginia A.; RUIZ, Pedro. Compêndio de Psiquiatria-: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. Artmed Editora, 2016. BALTES, M. & SILVERBERG, S., 1995. “A dinâmica dependência-autonomia no curso de vida”. In: Psicologia do Envelhecimento (Neri, A org.),São Paulo: Papirus. BARROSO, M. (2018). IBGE – Agência de Notícias. [online] IBGE – Agência de Notícias. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em-2017.html [Accessed 17 Jul. 2018]. DA SILVA SÁ, Cláudia Maria, et al. O idoso no mundo do trabalho: configurações atuais. Cogitare Enfermagem, 2011, 16.3. WORLD HEALTH ORGANIZATION, et al. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. 2005.

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14 de Julho – DIA DA LIBERDADE DE PENSAMENTO

“Penso, Logo Existo!” (R. Descartes) “Penso, logo existo” é uma frase icônica dita pelo filósofo francês René Descartes, que marcou a visão do movimento Iluminista, colocando a razão humana como única forma de existência. O filósofo e matemático desejava obter o conhecimento absoluto, irrefutável e inquestionável. Descartes achava que não tinha aprendido nada de substancial (com exceção da matemática) em seus estudos. Todas as teorias científicas acabavam por ser refutáveis e substituídas por outras, não havia nenhuma certeza verdadeira além da dúvida. Descartes, então, passou a duvidar de tudo, inclusive da sua própria existência e do mundo que o rodeava.   No entanto, Descartes encontrou algo que não poderia duvidar: da dúvida. De acordo com o pensamento do filósofo, ao duvidar de algo já estaria pensando e, por estar duvidando, logo pensando, estaria existindo. Descartes entendeu que ao duvidar, estava pensando, e por estar pensando, ele existia. Desta forma, a sua existência foi a primeira verdade irrefutável que ele encontrou. Pensamentos coexistem com outros pensamentos, espontâneos, não são baseados na reflexão, passam geralmente desapercebidos, são breves, telegráficos, aceitos geralmente como verdadeiros, sem reflexão ou avaliação, pode-se aprender a identificar e checar sua validade e utilidade. Através da expressão dos pensamentos mostramos quem somos. O termo cognitivo significa “processos de conhecimento” bem como “pensamento” ou “percepção”. O terapeuta cognitivo dá ênfase ao exame dos pensamentos e crenças relacionadas ao nosso estado de humor, comportamentos, reações físicas e aos acontecimentos em nossas vidas. Sempre que você experimenta um estado de humor, existe um pensamento relacionado a ele que ajuda a definir o humor. Nossos pensamentos e comportamentos encontram-se geralmente intimamente relacionados. Esta é uma razão pela qual é difícil se fazer mais de duas coisas ao mesmo tempo. Durante o dia estamos repetindo constantemente comportamentos bem treinados. Não nos apercebemos dos pensamentos que direcionam nosso comportamento, porque nossas ações tornam-se rotina. Entretanto, quando decidimos mudar ou aprender um novo comportamento, os pensamentos podem determinar se e como essas mudanças ocorrerão. Nossas expectativas afetam nosso comportamento. Temos mais chance de fazer algo e de ser bem-sucedidos se acreditamos que isso é possível. Pensar não é o mesmo que fazer. Mas quanto mais acreditamos que algo é possível, mais provavelmente tentaremos realizar a coisa e mais chance teremos de ser bem-sucedidos em nossas tentativas. Além dos pensamentos automáticos temos profundas crenças arraigadas, que influenciam tanto nosso pensamento automático quanto nossos padrões de comportamento. Essas crenças primárias dizem respeito a nós mesmos (Ex.: Sou inteligente / Sou fraco), a outras pessoas (Ex.: As pessoas não são confiáveis  / As mulheres são fortes), e à vida em geral (Ex.: Depois da tempestade vem a calmaria / Mudança sempre vem para melhor). Os pensamentos também afetam nossas reações físicas. Pense na última vez que você leu um livro ou artigo de revista envolvente. Enquanto sua mente imaginava as cenas descritas, seu corpo também reagia. Imaginar uma cena assustadora pode fazer que sua frequência cardíaca aumente. Imaginar uma cena romântica pode excitá-lo sexualmente.  Os atletas usam essa poderosa relação entre pensamento e reações físicas. Os treinadores dizem frases de incentivo para seus times, para “incendiar” os membros do time e liberar adrenalina. Os nadadores olímpicos e estrelas do atletismo são com frequência, treinados a imaginar em detalhes seus desempenhos numa competição. Pesquisas demonstram que os atletas que fazem esse exercício ativo da imaginação experimentam pequenas contrações musculares que refletem os maiores movimentos musculares feitos por eles em um desempenho real. Algumas características dos pensamentos: Pequenas mudanças em qualquer outra área podem acarretar mudanças na maneira de pensar. A forma como compreendemos nossos problemas tem um efeito em como lidamos com eles. Os pensamentos ajudam a definir os estados de humor que experimentamos. Os pensamentos influenciam o modo como nos comportamos, o que escolhemos fazer e não fazer e a qualidade de nosso desempenho. Os pensamentos e as crenças afetam nossas respostas biológicas. Veja que, até hoje, 380 anos mais tarde, o funcionamento do cérebro e as artimanhas da mente continuam a desafiar os estudiosos. Você já se deu conta que o cérebro e a mente estão intimamente ligados? Estudando mais a fundo, o cérebro, um órgão que pesa pouco mais de 1 kg, é responsável pelo controle de tudo o que fazemos. A mente é onde acontecem as atividades psíquicas conscientes e não conscientes como emoções, pensamentos, vontades e sentimentos. O cérebro e a mente estão inter-relacionados influenciando-se mutuamente apresentando uma relação de interdependência. Exemplifico com a famosa metáfora do hardware (cérebro) e do software (mente). Sem o hardware o software de um computador não existe e, sem o cérebro, a mente não existe. Ao longo de nossas vidas, as experiência e o meio onde vivemos condicionam o nosso hardware, nosso cérebro. Quando aprendemos coisas novas como tocar um instrumento ou um novo idioma podemos modificar a estrutura do cérebro. É como se pudéssemos adestrar nosso modo de pensar. Então, se o pensamento influencia o desenvolvimento do nosso cérebro. Se pensamos durante todo o tempo, logo podemos “ensinar” nosso cérebro e projetar situações que são boas para nós. Você já deve ter ouvido seus avós dizerem que fazer palavras cruzadas é “ginástica para o cérebro”. Fazer palavras cruzadas é uma tarefa recomendada por neuropsiquiatras e terapeutas como “ginástica cerebral”, no tratamento da Doença de Alzheimer e demais casos em que há perda de memória. O objetivo é estimular o funcionamento do cérebro e a extensão da memória de longa duração. Funciona assim: quanto mais informações os neurônios recebem, mais sedentos de novos dados eles ficam, criando novas ligações – as sinapses – entre eles. Construir nossa realidade e o que desejamos para nós é possível dependendo do modo como estimulamos nosso cérebro e como desenvolvemos nossa mente. A construção da mente e das novas realidades é, portanto, relativa e o melhor de tudo e que está ao nosso alcance. No entanto, existem armadilhas de pensamentos elaboradas por processamentos de informações disfuncionais que influenciam em nossa vida e a maneira que percebemos a realidade. Gostaria de destacar duas dessas armadilhas: Vejo os acontecimentos e as pessoas em termos de pensamentos

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.