Carreira e Futuro, Concientização, Depressão, Educação, Neurociência, Prevenção, SaudeMental, Sem categoria, Terapia Cognitiva

PROGRAMA MOTIVAÇÃO & RESILIÊNCIA

“Motivação + Auto-eficácia = Agir em direção a uma meta.” O conceito de Motivação está relacionado a necessidades humanas. A auto-eficácia é um conceito fundamental na autoconfiança. Trata-se de uma palavra criada por Bandura para descrever a crença ou confiança que uma pessoa tem na sua própria capacidade para completar uma determinada tarefa ou resolver um problema. A diferença de objetivo e meta, é que a meta é um objetivo com prazos. Para se manter motivado e autoeficaz é muito importante pensamentos e atitudes flexíveis. O poder do pensamento flexível está em sua tremenda força adaptativa e em sua capacidade de autorregulação e crescimento interno. Uma pessoa que desenvolveu uma atitude critica, lúdica, rebelde, justa, integradora e pluralista criou um estilo de vida aberto e altamente saudável. Ela não só viverá melhor, mas também contribuirá para o bem-estar de sua continuidade: uma mente flexível gera menos estresse, mais felicidade e menos violência. Segundo Nietzsche, a mente flexível identifica-se com: “Querer chegar a ser o que somos, seres humanos novos, únicos, incomparáveis, que regulam a si mesmos, criam a si mesmos”. Segundo Cvijetic, destaca: 13 coisas que você deve abandonar se quiser ser bem-sucedido, são: 1. Abandone estilos de vida que não sejam saudáveis 2. Abandone a mentalidade de curto prazo 3. Não pense “pequeno” 4. Abandone suas desculpas 5. Desista da mentalidade fixa 6. Abandone a crença na “Bala Mágica” 7. Desista do perfeccionismo 8. Desista de ser multitarefa 9. Desista da sua necessidade de controlar tudo 10. Desista de dizer SIM para coisas que não levam aos seus objetivos 11. Abandone pessoas tóxicas 12. Abandone sua necessidade de ser apreciado 13. Abandone sua dependência de redes sociais e televisão Organize seus horários conforme as prioridades. Quanto mais controle você exercer sobre os horários, maior será o domínio que terá sobre o rumo de sua vida. Aceite o fato de que provavelmente não será possível fazer tudo o que consta de sua lista de afazeres. Não se aborreça, pois algumas vezes é necessário apenas ser em vez de fazer. Além disso, você sabe que fará as coisas mais importantes. Procure concentrar-se na tarefa do momento. Estudos científicos recentes comprovam que a execução simultânea de múltiplas tarefas não é tão eficiente quanto se imagina. Veja algumas dicas: Use o mesmo calendário ou agenda para trabalho e atividades pessoais, sendo necessário consultar todos os dias. Elabore horários flexíveis. Deixe sempre um intervalo de alguns minutos entre seus compromissos para prevenir problemas criados por eventuais atrasos e acontecimentos imprevistos. Reserve em seu horário diário alguns momentos para relaxar. Seu corpo, sua mente e seu espírito precisam disso. Programe uma hora todos os dias para trabalhar em projetos ou objetivos de longo prazo. Dedique-se uma vez por semana às tarefas administrativas de sua casa: arquivar, pagar contas e comprar suprimentos, entre outras coisas. Programe tarefas mais difíceis – aquelas que exigem criatividade e tomada de decisões – para o período do dia em que você está com mais energia e disposição. Programe as tarefas de rotina, como limpeza da casa, em intervalos regulares. Isso ajudará você a manter os afazeres domésticos bem organizados sem ficar sobrecarregado. Poupe seu tempo agrupando tarefas semelhantes. Verificar o que precisa de manutenção periodicamente para evitar imprevistos e reparos de ultima hora. Quando marcar compromissos em sua agenda, anote também um numero de telefone para avisar ou confirmar alguém em caso de necessidade. Monitore horários para compromissos e eventos da família. Elabore uma lista geral de compromissos e reduza lista de tarefas por dias. Adote o princípio “80 por 20”, sendo 20% das tarefas de sua lista diária representam prioridade (urgente) e concentre energia na execução destas tarefas. Categorize tarefas conforme suas metas a curto, médio e longo prazo de acordo com a prioridade entre urgente, muito importante e importante. Reduza as possibilidades de distração enquanto você trabalha. Deixe as chamadas com a secretaria ou peça ajuda em casa. Feche o programa de emails ou abaixe o volume dos aparelhos para não ouvir o aviso de entradas de mensagens. Se você tem dificuldade de “dizer não”, peça algum tempo para pensar. Talvez uma recusa se torne mais fácil quando não existe pressão para dar uma resposta imediata. Delegue para outros as tarefas que não cabe a você, exceto em situação de cooperação para fortalecer atividades em equipe. Cuidado com papeis lembrete de tarefas a realizar. Organize ao longo do ano os documentos para declaração de imposto de renda. Não fique sobrecarregado pensando em todo o trabalho que você precisa fazer. Simplesmente faça o que puder hoje. Para atingir as metas depende do planejamento, flexibilidade e da organização sobre os aspectos da vida que queira alcançar. Vamos aplicar? Analise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades. A psicoterapia cognitivo comportamental colabora com sua autoanálise e a Supere Psicologia estará sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br Riso, Walter. A arte de ser flexível: de uma mente rígida a uma mente livre e aberta à mudança. Porto Alegre, L&PM, 2013. p. 171. Smallin, Donna. Organize-se num minuto: 500 dicas para pôr ordem em sua vida. São Paulo: Editora Gente, 2005. Zdravko Cvijetic & Malagueta Criativa. 13 coisas que você deve abandonar se quiser ser bem-sucedido. Link https://awebic.com/humanidade/bem-sucedido/. Acessado em 06/01/2018.

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PROGRAMA MOTIVAÇÃO & RESILIÊNCIA

“A Vitalidade é demonstrada não apenas pela persistência,  mas pela capacidade de começar de novo.” (F. S. Fitzgerald) A Vitalidade e a Persistência são palavras-chave para refletir sobre nossa motivação e analisar sobre as mudanças que precisamos fazer. Sabemos que o processo de mudança não é fácil! Nesta frase provocadora o autor Francis Scott Key Fitzgerald (1896-1940), conhecido como F. S. Fitzgerald, foi um dos mais importantes escritores da chamada Geração Perdida da literatura norte-americana, nos alerta sobre a capacidade de começar de novo, ou de recomeçar. A automotivação requer que reconheçamos os problemas, analisar as preocupações, intenção de mudar e o otimismo, segundo Miller & Rollnick. O processo de mudança pode ser destacado na intenção e no otimismo. Ellis oferecer dicas na adaptação de pensamentos e comportamentos diferenciando a vontade e a força de vontade. Segundo Ellis, os termos vontade e força de vontade parecem semelhantes, mas, na verdade, são diferentes. O principal significado da palavra vontade é escolha ou decisão. Você escolhe fazer ou não fazer alguma coisa, você decide fazer ou não fazer uma coisa. Como ser humano, você possui certo grau de vontade, escolha e decisão. A vontade de mudar significa simplesmente uma escolha – você decide mudar. Depois de tomar a decisão, você se empenha (ou não) em levá-la ao término. Força de vontade é algo diferente e mais complicado. Quando a pessoa tem a força de vontade, ela tem o poder de tomar uma decisão e de colocá-la em prática. Esse processo inclui vários passos: 1- Decisão – exemplo, tornar-se uma pessoa mais ponderada e menos afetável: “Ser uma pessoa menos afetável é uma qualidade valiosa. Farei tudo o que for possível para adquirir essa qualidade!”. 2- Tomar a Resolução – colocar em prática a sua decisão; ou seja, tomar todas as providências necessárias para isso: “Por mais difícil que seja, vou me tornar uma pessoa menos afetável! Estou determinado a não poupar esforços para conseguir isso!”. 3- Aprender – o que fazer e o que não fazer, para efetivamente pôr em prática a decisão: “Para me tornar menos afetável, mudarei minha forma de pensar, de sentir e de agir. Em especial, pararei de reclamar das adversidades com que me defrontar e deixarei de ter expectativas intransigentes e de exigir que isso ou aquilo tenha de acontecer de qualquer maneira ou não possa de jeito nenhum acontecer!”. 4- Começar a Agir – com base em sua determinação e sua consciência: “Em vez de dizer a mim mesmo que certas situações frustrantes não poderiam acontecer na minha vida, e me sentir revoltado e inconformado porque acontecem, convencerei a mim mesmo de que tais situações ocorrem, que posso lidar com elas, que posso tentar mudá-las e que posso aceitá-las, mesmo não gostando, caso não possa mudá-las. Eu consigo fazer isso, vou fazer, e a partir deste instante vou me forçar a fazer. Cada vez que me sentir horrorizado diante das adversidades, reconhecerei que estou sendo exigente, intransigente e implacável e reeducarei a mim mesmo para aceitá-las, em vez de ficar me lamuriando e me modificando. Mudarei o que eu conseguir mudar e aceitarei o que não for possível mudar. Eu sei que consigo, e vou começar já!”. 5- Agindo para Mudar – você continua firme e persistente em sua decisão de mudar, em sua determinação de mudar, em seu constante aprendizado e identificação de como você pode mudar, e na aplicação desse conhecimento, agindo de acordo com ele. “Agora que estou abandonando minhas exigências e transformando-as em preferências, agora que estou aceitando as condições adversas que não modificar, em vez de reclamar delas, vou prosseguir nessa linha para continuar progredindo e cobrindo maneiras melhores de ajudar a mim mesmo, e também vou continuar me esforçando e tomar atitudes para mudar!”. 6- E se tiver Recaída – você pode decidir, outra vez, enveredar por um caminho mais positivo e produtivo. Pode rever as maneiras de mudar, recupera a determinação e o conhecimento de como chegar lá. Recomece seu fortalecimento para ter menos recaída e trabalhar a fim de SUPERAR qualquer eventualidade no futuro. A força de vontade significa ação, o trabalho que você realiza para acrescentar pode à sua vontade. Talvez haja outras maneiras de obter força de vontade, sem sempre com trabalho e esforço, mas lembre-se a vida raramente oferece atalhos. Analise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades. A psicoterapia cognitivo comportamental colabora com sua autoanálise e a Supere Psicologia estará sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br Miller & Rollnick. Entrevista motivacional. Porto Alegre: Artmed, 2001. Cap. 6. Ellis. Como conquistar sua própria felicidade. Ed. Best Seller. Cap. 5

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Cleptomania: prazer ou sofrimento?

A cleptomania é um tipo de transtorno psiquiátrico caracterizado pela necessidade de roubar objetos (Ey, 1969). No DSM – V, ou a CID-10, a cleptomania é classificada como o transtorno do controle dos impulsos e de conduta, onde a pessoa apresenta dificuldade em gerir o seu autocontrole das emoções e do comportamento. É considerada também, uma impulsividade diferente da compulsão e uma diferença entre o roubo intencional. Indivíduos que possuem o transtorno psiquiátrico de cleptomania se comportam no ato do roubo sem conseguir controlar a impulsividade causando perigo ou dano, com sentimento prazeroso durante o ato como também na realização após o evento. Esse transtorno psiquiátrico é raro e ocorre em aproximadamente 0,3-0,6% da população. Sinais podem ser identificados na fase entre a infância mediante as experiências iniciais e a adolescência como também por fatores genéticos. A cleptomania também tem sido associada a uma menor qualidade de vida e atinge pessoas independente de classe social causando de forma negativa propensão a conseqüências bastante constrangedoras. Após o ato de roubar, o sujeito descarta o produto, presenteia alguém ou chega até acumular o produto sem necessidade de utilizá-lo com sentimento angustiante de vergonha ou culpa. Pessoas que possuem a cleptomania, também passa pela angustia de não ser compreendida pela família e a sociedade, pois ainda existem vários preconceitos pela intolerância em conhecer e identificar o transtorno e que muitas vezes se sentem inibidas no campo da afetividade. O roubo patológico se apresenta muitas vezes na adolescência tanto no homem quanto na mulher. Muito embora, na mulher também apresenta de forma mais clara na fase adulta.  A literatura científica ainda não possui relatos de aprovação de medicamento específicos para a cleptomania. Muito embora, artigos apontam uma variedade de medicamentos farmacológicos como antidepressivos com ação serotoninérgica ou estabilizadores de humor que contribui para a resposta do paciente mantendo o controle da impulsividade quando passado pelo psiquiatra. A terapia cognitiva comportamental também é indicada para melhora do paciente através do acolhimento empático e colaborativo através da psicoeducação e fazendo que a pessoa entre em contato de suas próprias emoções com mais qualidade de vida.  A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado!   Flávio Minervino flaviosilva2403@hotmail.com Estudante de Psicologia FAFIRE Referências Abreu, C., Tavares, H. & Cordas, T. (2007). Manual clínico dos Transtornos do Controle dos Impulsos. Porto Alegre: Artmed. American PsychiatricAssociation. Manual Diagnóstico e Estatísticodos Transtornos Mentais (DSM-IV). 4 ed. Porto Alegre: ArtesMédicas; 1994. EY, H.; P. BERNARD, P.; BRISSET, C. Tratado de psiquiatría. Barcelona: Toray-Masson, 1969. P. 362. RIBEIRO, Otacílio José. Cleptomania: quem roubou o meu afeto. Reverso, Belo Horizonte , v. 38, n. 72, p. 39-44, dez. 2016 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952016000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 nov. 2017. Grant JE, Kim SW. Quality of life in kleptomania and pathological gambling. Compr Psychiatry. 2005;46:34-7. KIM, Hyoun S. et al . Impairments of kleptomania: what are they?. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 39, n. 3, p. 279-280, Sept. 2017 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462017000300020&lng=en&nrm=iso>.access on 08 Nov. 2017.

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Quando o Jogo se torna um vício

Jogo Patológico Jogo patológico é um transtorno psiquiátrico advindo de fatores da personalidade. Existe uma relação no campo de pesquisas com dependência de substancias, onde as sensações são descritas como similares ao uso de pessoas com dependência de droga (Holden, 2001).  Na literatura, alguns autores consideram como uma relação com o transtorno obsessivo compulsivo. Na área da neuropsicologia, existe uma grande relação com a alteração da atenção. Para o DSM-IV, esse transtorno psiquiátrico está classificado a transtornos de controle de impulsos.  Para entendimento de forma clara, trazemos a diferença entre o normal e o patológico sobre esse transtorno. Existe uma grande diferença para um jogador social e um jogador que seja de ordem patológica. O jogador social mantem um controle ao parar de jogar independentemente se estiver ganhando ou perdendo, como também não há influencias em sua auto-estima quando deposita suas esperanças no jogo. Diferente do jogador social, o jogador de ordem patológica possui uma impulsividade de forma alterada para jogar de forma compensatória onde muitas vezes a depender do resultado do jogo eles acabam se sentindo superiores e importantes sem dar conta das suas emoções. Para Tavares, 2000 esta forma compulsiva de jogar está relacionada à fuga de sentir sensações e emoções desagradáveis ao longo do desenvolvimento na construção da personalidade e de cada pessoa, as vezes mantendo uma angustia e sintomas de ansiedade. Mediante os problemas que esse transtorno pode causar, Shaffer, Hall e Vander Bilt (1999), criaram uma classificação do impacto que o jogo poderia causar: Nível 0: pessoas que não praticam qualquer tipo de aposta. Nível 1: pessoas que praticam alguma forma de apostar com freqüência variada, mais não apresentam problemas decorrentes do jogos de azar. Nível 2: pessoas que jogam e apresentam problemas decorrentes da apostas, mas que ainda não preenchem todos os critérios para a formulação do diagnóstico de jogo patológico. Nível 3: engloba jogadores patológicos, sendo o nível mais grave quanto á ocorrência de problemas decorrentes do jogo. CANTILINO & MONTEIRO (2017) destacam que em nossa sociedade, existe uma grande oscilação ao longo do tempo entre os níveis 2 e 3, o que traz prejuízo recorrente para vida pessoal, econômica familiar e socialdevido a realização da aposta e o seu resultado que influencia também o uso de álcool. Os tipos de jogos destinam-se a: Máquinas de bingo, jogos de cassino, loterias e jogo do bicho. Sendo assim, a dificuldade de lidar com as emoções negativas ou frustrantes, gera no jogador compulsivo a busca de chegar a vitória. Muitas vezes esses jogadores chegam a busca de tratamento na clinica devido a orientação da família, muito embora quando chega ao estado crítico de socorro, faz-se necessário a família ter conhecimento do caso para identificar a problemática e prevenir ou promover um prognóstico favorável através da psicoeducação e tratamento estabelecido pelo psicólogo na perspectiva cognitivo comportamental. A Supere Psicologia desenvolve habilidades e ensina meios de regulação emocional. A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado! Flávio Minervino flaviosilva2403@hotmail.com Estudante de Psicologia FAFIRE   Referências Abreu, C., Tavares, H. & Cordas, T. (2007). Manual clínico dos Transtornos do Controle dos Impulsos. Porto Alegre: Artmed. American PsychiatricAssociation. Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-IV). 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 1994. CANTILINO, Amaury; MONTEIRO, Dennison Carreiro. Psiquiatria clínica: Um Guia para Médicos e Professores de saúde Mental. 1 ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2017. 496 p. Holden, C. (2001). “Behavioral” addictions: do they exist? Science, 294(5544), 980-982. Tavares H. Jogo patológico e suas correlações com o espectro impulsivocompulsivo. Tese de Doutorado. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2000.

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Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), segundo CALZANS (2017), configura-se por episódios fracassados de resistir a impulsos agressivos, resultando em agressões sérias e destruição de propriedades. De acordo com GALVÃO, PEREIRA e FORTI (2015), para que seja configurado o TEI, as explosões de raiva devem ocorrer pelo menos duas vezes por semana e no caso de destruição de propriedade ou danos físicos a terceiros a frequência deve ser de pelo menos três vezes ao ano. O diagnóstico é feito por exclusão, pois, outras desordens mentais como os Transtornos de Personalidade Bordeline e o Antissocial, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, o Transtorno de Conduta, O Transtorno Pssicótico e o Transporto Afetivo Bipolar, por exemplo, também têm como características episódios de comportamento agressivo. (BARRETO, ZANIN e DOMIGOS, 2009) Alguns fatores contribuem para o desenvolvimento deste transtorno como os ambientais. Neste caso, cabem citar ocasiões vividas por estes indivíduos no período da infância como exposição à violência e dificuldades dos seus cuidadores em controlar seus impulsos violentos, além de situações de estresse como, por exemplo, perda de emprego.(GALVÃO, PEREIRA e FORTI, 2015) É possível inferir que nesse tipo de transtorno geralmente indivíduos agem dessa forma baseados em suas concepções sobre justiça, por se sentirem injustiçados. A Terapia Cognitiva Comportamental tem se mostrado eficiente para ajudar pacientes com (TEI).  Nesse caso, cabem destacar a análise de erros lógicos ou de pensamentos, além de ferramentas como o registro de pensamentos disfuncionais e técnicas de controle da raiva por meio de exercícios de relaxamento, treino de habilidade sociais e técnicas de resolução de problemas e prevenção de recaídas. Por meio de uma relação terapêutica colaborativa baseada na confiança. A Supere Psicologia desenvolve habilidades e ensina meios de regulação emocional. A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado! Renta Patrícia Tavares de Lucena. Psicóloga Clínica Cognitivo-comportamental e Organizacional. renapatl@yahoo.com.br Referências BARRETO, Tania Maria da Cunha Doutel; ZANIN, Carla Rodrigues; DOMINGOS, Neide Aparecida Micelli. Intervenção cognitivo-comportamental em transtorno explosivo intermitente: relato de caso. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 5, n. 1, p. 62-76, jun.  2009 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872009000100006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  16  out.  2017. GALVÃO, Dennyse Oliveira; PEREIRA, Carlos Ticiano Duarte; FORTI, Maria do Carmo Pagan. Transtorno explosivo intemitente: revisão de literatura. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2015 Maio/Ago;19(2):130-145. Disponível em <o/Ago;19(2): 130-145. http://www.revneuropsiq.com.br>. acessos em  16  out.  2017. CALAZANS, Vânia. Mente Impulsiva, Comportamento Explosivo, Transtorno Explosivo Intermitente. 1.ed. Novo Hamburgo:  Sinopisys, 2017. v. 1, 14p.

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Compaixão

O amor e a compaixão são necessidades. Sem eles a Humanidade não pode Sobreviver. Não podemos controlar todas as nossas sensações e sentimentos. Quando queremos evitar sentir certas sensações e sentimentos, passamos a restringir ou evitar determinados comportamentos. Na medida em que não podemos controlar o que acontece, percebemos que necessitamos aceitar e focar a nossa atenção no que podemos fazer. Afinal, o comportamento não é determinado pelos sentimentos.   Uma pessoa pode sentir tristeza e agir. Vivendo mais no presente e aceitando a presença de sensações físicas não muito agradáveis, veremos que as sensações são transitórias. Elas passam e por isso deixar de agir por não querer sentir um pouquinho isso ou aquilo vai limitar em muito o nosso campo de ações e os nossos resultados. A autocrítica é um processo complexo com diferentes formas e funções. Uma das funções objetiva a autocorreção como, por exemplo, impedir uma pessoa decometer erros ou manter a pessoa “na linha”, alertando-a para os erros e fazendo com que se esforce para alcançar os seus objetivos. Outra função é a de se prejudicar ou se vingar, por raiva ou desprezo de si mesmo, ou tentar se livrar dos aspectos ruins ou maus de si mesmo. Estas formas de autocrítica estão altamente associadas com a vergonha e o humor depressivo. Para as pessoas propensas a sentir muita vergonha, a se autoatacar, a se autoculpar ou a se autocriticar, esses comportamentos podem ser vistos como estratégias de segurança ou de autorre- gulação, o que requer do terapeuta muito cuidado na abordagem das suas origens e funções antes de trabalhar com elas. Ao invés de tentar identificar esses processos como comportamentos / pensamentos distorcidos ou mal-adaptativos, eles podem ser entendidos como “comportamentos de segurança”, em que a pessoa está fazendo o melhor que pode para lidar com as situações dolorosas, memórias e emoções. Pontua-se o fato de que os sentimentos e pensamentos são reações automáticas e que podem surgir como resultado do nosso sistema evolutivo de emoções e condicionamentos passados e, por isso, não seria “nossa culpa” (Gilbert, 2010). O que é compaixão e em que é diferente da empatia ou do altruísmo? A definição de compaixão é muitas vezes confundida com a da empatia. Empatia, conforme definido pelos pesquisadores, é a experiência visceral e emocional dos sentimentos de outra pessoa. É, em certo sentido, um espelhamento automático da emoção do outro. O altruísmo é uma ação que beneficia alguém, que pode ou não ser acompanhada por empatia ou compaixão, como por exemplo, no caso de se fazer uma doação com benefícios fiscais. Embora estes termos estejam relacionados com compaixão, eles não são idênticos. A compaixão muitas vezes, é claro, envolve uma resposta empática e um comportamento altruísta. No entanto, a compaixão é definida como a resposta emocional ao perceber o sofrimento e envolve um desejo autêntico de ajudar. Embora os economistas tenham argumentado o contrário, um crescente corpo de evidências sugere que, em nosso núcleo, os animais e os seres humanos têm o que DacherKeltner, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, chamou de um “instinto de compaixão.” Em outras palavras, compaixão é uma resposta natural e automática que tem garantido a nossa sobrevivência. Jean Decety, da Universidade de Chicago, mostrou que até mesmo os ratos são levados a simpatizar com outro rato em sofrimento, e sair de seu caminho para ajudá-lo. Estudos com chimpanzés e bebês humanos, jovens demais para terem aprendido as regras da boa educação, também reforçam essas alegações. Michael Tomasello e outros cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, descobriram que as crianças e os chimpanzés espontaneamente engajam-se em um comportamento prestativo, e até mesmo superam obstáculos para fazê-lo. Eles aparentemente fazem isso com uma motivação intrínseca, sem expectativa de recompensa. Um estudo recente indica os diâmetros da pupila dos bebês (uma medida de atenção) diminuem tanto quando eles ajudam como quando vêem alguém prestando ajuda, sugerindo que não estão simplesmente ajudando por serem gratificados. Parece ser o alívio do sofrimento que traz a recompensa – quer se engajem diretamente ou não na ajuda. Uma pesquisa recente de David Rand, da Universidade de Harvard, mostra que, em adultos e crianças, o primeiro impulso é o de ajudar os outros. Dale Miller, da Universidade de Stanford, sugere que este é também o caso dos adultos; no entanto, esse impulso de ajudar pode ser suprimido, por se preocuparem com a opinião de outros quanto a estarem agindo por auto-interesse. Não é de surpreender que a compaixão seja uma tendência natural, uma vez que é essencial para a sobrevivência humana. O termo “sobrevivência do mais apto”, muitas vezes atribuída a Charles Darwin, foi realmente criado por Herbert Spencer e darwinistas sociais que queriam justificar a superioridade da raça e da classe. Um fato menos conhecido é que a obra de Darwin é melhor descrita com a frase “sobrevivência do mais bondoso.” Na verdade, em The Descentof Man and Selection In Relationto Sex, Darwin defendeu “a maior força dos instintos sociais ou maternos do que a de qualquer outro instinto ou motivo”. Em outra passagem, ele comenta que “as comunidades, que incluíram o maior número de membros mais simpáticos, floresceram melhor, e geraram maior número de descendentes”. A compaixão pode ser, de fato, um traço adaptativo e de evolução natural. Sem ele, a sobrevivência e o florescimento de nossa espécie teria sido improvável. A construção de um compromisso afetivo, a aceitação do momento presente e convicção dos próprios valores pessoais contribuem para o enfrentamento dos desafios e obstáculos na dinâmica da vida. Através do autoconhecimento vamos descobrir os seus valores mais importantes e encontrar o seu porquê, o que motiva a continuar em busca de seus próprios objetivos. A Supere Psicologia avalia e contribui na mudança de comportamento e ensinando recursos e habilidades para adaptar as condições. A Equipe da Supere Psicologia está a disposição e estima sua melhor qualidade de vida!   Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Email alessandro@superepsicologia.com.br   Capítulo: O que é Terapia de Aceitação e Compromisso. Autora: Michaele Terena Saban. Livro: Terapias Comportamentais de Terceira Geração. Guia

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Depressão na Terapia Cognitivo-Comportamental

A depressão é um dos transtornos psiquiátrico mais comuns e constitui um grande problema de saúde pública que priva a vida de significado e alegria e pode até matar.(Knapp,2004). Ela é uma constelação de diferentes pensamentos,sentimentos,comportamentos e experiências. Apresenta sintomas de sentimentos de inutilidade,dificuldade de concentração, fadiga,insônia, falta de apetite, etc. A maioria das pessoas deprimidas pode ser ajudada com a terapia cognitiva comportamental, que auxilia a mudar a forma como você pensa (suas cognições) e o que faz (seu comportamento). Desta forma, essa abordagem tem se mostrado eficaz a ensinar às pessoas a como testar seus pensamentos negativos através da revisão de todas as informações em suas vidas – positivas e neutras, bem como as negativas. As distorções cognitivas, compreendidas como erros sistemáticos na percepção e no processamento de informações, ocupam lugar central na depressão. As pessoas com depressão tendem a estruturar suas experiências de forma absolutista e inflexível, o que resulta em erros de interpretação quanto ao desempenho pessoal e ao julgamento das situações externas.As distorções cognitivas mais comuns nos pacientes deprimidos foram observadas por Beck et al. como um sistema tipológico e, dentre elas, encontram-se a inferência arbitrária (conclusão antecipada e com poucas evidências), abstração seletiva (tendência da pessoa a escolher evidências de seu mau desempenho), supergeneralização (tendência a considerar que um evento ou desempenho negativo ocorrerá outras vezes) e personalização (atribuição pessoal geralmente de caráter negativo). Uma série maior de distorções é descrita por Beck e outros. As distorções decorrem de regras e pressupostos, que são padrões estáveis adquiridos ao longo da vida do indivíduo com depressão. Essas regras e crenças são sensíveis à ativação de fontes primárias como o estresse e frequentemente levam a estratégias interpessoais ineficazes. Aplicação da terapia cognitiva da depressão é um processo de tratamento que ajuda os pacientes a modificarem crenças e comportamentos que produzem certos estados de humor. As estratégias terapêuticas da abordagem cognitivo-comportamental da depressão envolvem trabalhar três fases: 1) foco nos pensamentos automáticos e esquemas depressogênicos; 2) foco no estilo da pessoa relacionar-se com outros; e 3) mudança de comportamentos a fim de obter melhor enfrentamento da situação problema. As sessões iniciais são também dirigidas à definição dos problemas dos pacientes, elaborando-se a conceituação cognitiva ou formulação do caso. Nessas sessões, o terapeuta ajudará o paciente a identificar: 1) as crenças disfuncionais específicas associadas à depressão; 2) as distorções cognitivas mais comuns e a caracterização dos pensamentos automáticos; 3) as reações fisiológicas, emocionais e comportamentais consequentes aos pensamentos; 4) que comportamentos foram desenvolvidos para enfrentar as crenças disfuncionais; e 5) como as experiências anteriores têm contribuído na manutenção das crenças do paciente. A seguir, uma vez que o paciente tenha conhecimento sobre os fatores mantenedores do comportamento depressivo, serão aplicadas nas sessões intermediárias técnicas que auxiliem o paciente no manejo dos sintomas. As sessões finais de terapia são destinadas à avaliação dos ganhos na terapia e à prevenção de recaída. A melhora do paciente pode ser fornecida como recurso para o enfrentamento de novas situações que incluam perdas e adaptações a novas situações-problema. Desde o início, destacar que a terapia tem tempo limitado, desmistificar o processo terapêutico relacionando-o com a identificação dos pensamentos, seus questionamento e reestruturação, aumentar a confiança do paciente a partir de seus ganhos e solicitar progressivamente o papel ativo do paciente são recursos que facilitam também o processo para finalização da terapia e gerar confiança no paciente para dar prosseguimento à vida. Nadja Lúcia Guimarães Psicoterapeuta Cognitiva Comportamental contato@superepsicologia.com.br POWELL, Vania Bitencourt et al. Terapia cognitivo-comportamental da depressão. 2008. KNAPP, Paulo. Princípios fundamentais da terapia cognitiva. Terapia cognitivo-comportamental na prática psiquiátrica, p. 19-41, 2004.

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10 de setembro – DIA MUNDIAL DE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

A prevenção do suicídio é um termo usado para as tentativas coletivas de organizações institucionais, psicólogos e pessoas envolvidas com a saúde, para reduzir a incidência de suicídio. Esses esforços englobam medidas preventivas e pró-ativas nos campos da medicina e da saúde mental, bem como da saúde pública, uma vez que o suicídio não é apenas visto como uma questão de saúde física ou mental. Fatores de risco Outros fatores importantes que deveriam ser considerados, pois seriam mais comuns entre aqueles que tentam suicídios. Planejar o suicídio; Acesso ao método de suicídio; Tentativas anteriores (as duas semanas após a tentativa é que tem mais risco); Eventos estressores recentes (como perda do emprego, morte de ente querido, desastres naturais, guerras, diagnóstico de doença e divórcio); Idade entre 13 e 19 anos (35% dos adolescentes brasileiros entre 13 e 19 anos tem ideação suicida) ou depois dos 65; Rede de apoio social restrita (poucos amigos e cuidadores). Nível sócio-econômico e nível educacional baixos; Traumas, tais como abuso físico e sexual; Baixa auto-estima e desesperança; Questões de orientação sexual (tais como homossexualidade e transsexuais); Pouco discernimento, falta de controle da impulsividade, e comportamentos auto-destrutivos; Poucos recursos (cognitivos, materiais, funcionais e sociais) para enfrentar problemas; Doença física (como HIV) e dor crônica; Exposição ao suicídio de outras pessoas. Mitos sobre o comportamento suicida Erros e preconceitos vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo para formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida. O estigma resulta de um processo em que pessoas são levadas a se sentirem envergonhadas, excluídas e discriminadas. A tabela abaixo ilustra os mitos sobre o comportamento suicida. O conhecimento pode contribuir para a desconstrução deste estigma em torno do comportamento suicida. Mitos sobre o suicídio Mitos Verdades O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio. FALSO. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio. Após o tratamento da doença mental o desejo de se matar desaparece. Quando uma pessoa pensa em se suicidar terá risco de suicídio para o resto da vida. FALSO. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco. As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar a atenção. FALSO. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. Boa parte dos suicidas expressou, em dias ou semanas anteriores, frequentemente aos profissionais de saúde, seu desejo de se matar. Se uma pessoa que se sentia deprimida e pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, normalmente significa que o problema já passou. FALSO. Se alguém que pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, aliviado, não significa que o problema já passou. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode sentir-se “melhor” ou sentir-se aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar. Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive à uma tentativa de suicídio, está fora de perigo. FALSO. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em alto risco. Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco. FALSO. Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem. É proibido que a mídia aborde o tema suicídio. FALSO. A mídia tem obrigação social de tratar desse importante assunto de saúde pública e abordar esse tema de forma adequada. Isto não aumenta o risco de uma pessoa se matar; ao contrário, é fundamental dar informações à população sobre o problema, onde buscar ajuda etc. Fatores de risco e de proteção: como identificar o paciente suicida O reconhecimento dos fatores de risco e dos fatores protetores é fundamental e pode ajudar o profissional de saúde a determinar clinicamente o risco e, a partir desta determinação, estabelecer estratégias para reduzi-lo. Os médicos ainda não podem prever exatamente quem irá se suicidar, mas podem tentar reduzir os riscos. O detalhado conhecimento dos fatores de risco pode auxiliar os médicos a delimitarem populações nas quais os eventos poderão ocorrer com maior frequência. Os dois principais fatores de risco são: tentativa prévia de suicídio e doença mental. A tentativa prévia de suicídio é o fator preditivo isolado mais importante. Pacientes que tentaram suicídio previamente têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar suicídio novamente. Estima-se que 50% daqueles que se suicidaram já haviam tentado previamente. Sabemos que quase todos os suicidas tinham uma doença mental, muitas vezes não diagnosticada, frequentemente não tratada ou não tratada de forma adequada. Os transtornos psiquiátricos mais comuns incluem depressão, transtorno bipolar, alcoolismo e abuso/dependência de outras drogas e transtornos de personalidade e esquizofrenia. Pacientes com múltiplas comorbidades psiquiátricas têm um risco aumentado, ou seja, quanto mais diagnósticos, maior o risco. A tabela abaixo ilustra os principais fatores de risco associados ao comportamento suicida. Principais fatores de risco associados ao comportamento suicida Doenças mentais Aspectos sociais Depressão; Transtorno bipolar; Transtornos mentais relacionados ao uso de álcool e outras substâncias; Transtornos de personalidade; Esquizofrenia; Aumento do risco com associação de doenças mentais: paciente bipolar que também seja dependente de álcool terá risco maior do que se ele não tiver essa dependência. Gênero masculino; Idade entre 15 e 30 anos e acima de 65 anos; Sem filhos; Moradores de áreas urbanas; Desempregados ou aposentados; Isolamento social; Solteiros, separados ou viúvos; Populações especiais: indígenas, adolescentes e moradores de rua. Aspectos psicológicos Condição de saúde limitante Perdas recentes; Pouca resiliência; Personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável;

Terapia Cognitiva

O que separa você de seus objetivos?

“Se os nossos pensamentos forem simples e claros, estaremos melhor preparados para alcançar nossos objetivos.” (Aaron Beck) Um dos principais desafios diante de tantas situações remete a questão: o que você quer de fato? Afinal, até onde vai o seu desejo e onde começa o do outro? É possível pensar nessas questões de várias maneiras e, como tudo está associado a uma escolha, optamos aqui por uma abordagem que leva em conta não apenas o desejo e a direção que seguimos, mas também como podemos usar a dificuldade a nosso favor. É possível considerar que se sair bem de uma situação cotidiana – pessoal ou profissional – depende, em grande parte, de reduzir o que alguns psicólogos chamam de distância psicológica. Ou seja, diminuir quatro tipos de lacunas: entre você e outras pessoas (distância social), entre o presente e o futuro (distância temporal), entre sua localização física e lugares longínquos (distância espacial) e entre imaginar alguma coisa e de fato vivenciá-la (distância experiencial). Cada vez que surgem impasses, é preciso considerar não só os próprios interesses, mas também os das outras partes (o que reduz a distância social). A forma eficiente de lidar com o tempo significa  prever com precisão quais compromissos serão mais prementes no futuro (distância temporal). É preciso levar em conta não só os objetivos das pessoas com quem nos relacionamos em variados níveis, mas também prever como as situações mudarão ao longo do tempo (distância social e temporal). Complicado? A distância temporal permite que a pessoa estabeleça metas mais desafiadoras. Quando alguém sai de casa para ir trabalhar, cria a separação que lhe permite deixar de lado as preocupações domésticas e se concentrar nas profissionais. E a distância experiencial pode levar a um pensamento mais amplo – esse é um dos motivos pelos quais as supervisões de atendimentos clínicos podem ser transformadoras no caso de alguns atendimentos. Esses exemplos deixam claro que não há um grau especifico de distância psicológica que seja sempre mais adequado. Na vida prática, o ideal é procurar estreitar ou ampliar as lacunas conforme for necessário para alcançar a distância psicológica ideal. E, seguindo essa linha de raciocínio, podemos conseguir isso de duas formas: ajustando a distância ou substituindo um tipo de distância por outro. Uma característica que faz grande diferença no desempenho em momentos críticos é a resiliência, definida como “processo de boa adaptação em face de adversidades, traumas, tragédias, ameaças ou motivos significativos de estresse”, pela Associação Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês). Pessoas resilientes não negam dificuldades ou sofrimentos, mas não se apegam exageradamente a eles. Estudos têm mostrado que algumas atividades ajudam a acessar essa capacidade – e a incrementá-la. Uma delas é ter em mente que qualquer desconforto, por maior que seja, é transitório. Parece óbvio, mas nem sempre é fácil nos lembrarmos disso quando estamos irritados, tensos, ansiosos ou sobrecarregados. Segundo: para se aproximar do que quer, permita-se afastar-se. Os efeitos benéficos de pausas para “descansar o cérebro” já haviam sido mostrados, com grande impacto cientifico, há alguns anos pelo neurocientista austríaco Eric Kandel, ganhador do Nobel de Medicina. Mais recentemente, várias outras pesquisas – entre elas uma recente, realizada em conjunto por cientistas das Universidades de Bolonha e Amsterdã – confirmaram que interromper uma atividade mental que exija concentração por várias horas para se dedicar a uma tarefa alternativa não é só prazeroso ou gratificante, também é produtivo, pois aumenta a eficiência no trabalho ou nos estudos, por exemplo. Outra forma de “encurtar distâncias“ – talvez a mais simples e fundamental – é conectar-se consigo mesmo.  E o melhor jeito de fazer isso é prestar atenção à própria respiração, perceber o movimento de inspiração e expiração e, lentamente, levar o ar para o abdômen. O ciclo de respiração profundas ajuda a diminuir a quantidade de cortisol (o hormônio do estresse) na corrente sanguínea, aumenta a oxigenação cerebral e “avisa” o cérebro que está “tudo bem”, que é possível lidar com a situação , qualquer que seja ela – algo muito útil para encurtar distâncias que às vezes parecem intransponíveis e aproximar a pessoa de si mesma. A terapia cognitivo comportamental contribui na construção desses tipos de distanciamentos através da análise de distorções cognitivas que reforçam emoções de desconforto como tristeza, raiva, ansiedade, angústia, medo, culpa. E na medida em que aproxima de uma consciência plena e ampla sobre si mesmo podemos identificar e reconhecer o que nos satisfaz e o que nos deixa feliz. Assim nos deparamos com pensamentos claros e alternativos para adaptar as mudanças da vida e da convivência.A Supere Psicologia desenvolve habilidades e ensina meios de regulação emocional. A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado! Alessandro Rocha alessandro@superepsicologia.com.br Psicólogo Clínico e Organizacional Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental Psicoterapia EMDR   Alvim, Valéria. O que separa você de seus objetivos? Scientific American Mente Cérebro. Ano XI. Nº 283. São Paulo: Editora Segmento, Agosto de 2016. ISSN 1807156-2

Carreira e Futuro, Educação

27 de agosto – DIA DO PSICÓLOGO

“Uma boa terapia pode ser uma arma poderosa para solucionar a maior parte dos problemas psicológicos das pessoas.” (Albert Ellis) O Dia do Psicólogo é comemorado anualmente em 27 de agosto no Brasil. Esta data celebra o profissional da área da saúde responsável por estudar e orientar o comportamento humano, lidando com os sentimentos, traumas e crises das pessoas. A profissão foi regulamentada através da Lei 4.119 em 1962. O Conselho Federal de Psicologia – CFP é uma autarquia de direito público, com autonomia administrativa e financeira, cujos objetivos, além de regulamentar, orientar e fiscalizar o exercício profissional, como previsto na Lei 5766/1971, regulamentada pelo Decreto 79.822, de 17 de junho de 1977, deve promover espaços de discussão sobre os grandes temas da Psicologia que levem à qualificação dos serviços profissionais prestados pela categoria à sociedade. Órgão central do Sistema Conselhos, o CFP tem sede e foro no Distrito Federal e jurisdição em todo o território nacional. O CFP tem site com mais informações sobre a profissão entre outras informações através do www.cfp.org.br. O Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco- 2ª Região (CRP-02) também é uma Autarquia de Direito Público, que tem a finalidade de orientar, disciplinar, fiscalizar e regulamentar o exercício da profissão de psicóloga/o. É também atribuição do Conselho zelar pela fiel observância dos princípios éticos e contribuir para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão. Em Pernambuco, o Conselho Regional também foi instalado em 27 de agosto de 1974, na cidade de Recife, o CRP-02 atualmente possui três sub-sedes nas cidades polos de Petrolina (Sertão do São Francisco), Garanhuns (Agreste Meridional) e Caruaru (Vale do Ipojuca). O conselho tem informações úteis no site: http://www.crppe.org.br. Psicologia é uma ciência que contribui na análise do comportamento e da mente humana em diversas perspectivas teóricas. As atividades e projetos da Supere Psicologia são direcionados na terapia cognitivo comportamental (TCC), uma abordagem sistemática, diretiva, busca resultados, interativa e motivadora. Os princípios são: 1) Reestruturação cognitiva, 2) Desenvolvimento de habilidades, 3) Desenvolvimento da capacidade de resolver problemas. Na perspectiva histórica da abordagem foi dividido em ondas de fundamentação teórica para atender as demandas humanas. A primeira onda, ocorrida nos anos 50, caracteriza-se como a terapia comportamental clássica e a modificação do comportamento. A psicoterapia comportamental nessa época, seguia as bases do modelo pavloviano, com técnicas de exposição à estímulos e dessensibilização sistemática (controle respondente, basicamente), por exemplo. A modificação do comportamento já era feita com base em uma análise de contingências nas quais o sujeito estava envolvido e das quais seus comportamentos eram função, ou seja, já era operada por um sistema de “recompensas” (controle operante, basicamente). A primeira onda recebeu críticas. As principais são as de que a terapia comportamental era ofensiva à liberdade pessoal do homem, que era uma psicoterapia superficial e que só atenderia problemas simples, ou seja, desqualificava o ser humano e a problemática que ele apresentava, além de não contemplar a complexidade das ditas “funções mentais” superiores e da linguagem. A segunda onda se caracteriza pela revolução cognitivista que marcou os anos 60. Há uma abordagem mais racionalista, onde se elucida a reestruturação cognitiva (crenças) e a terapia cognitivo-comportamental se torna forte. A terapia racionalista foi proposta por Beck e Ellis. O paradigma dessa terapia é o seguinte: A -> B -> C, sendo A = Ambiente, B = Crenças, C = Comportamentos, sentimentos, etc. Segundo eles, o modo como o ser humano pensa é que determina como ele se comporta. E, entretanto, a terapia cognitivo-comportamental, assim como a terapia comportamental pura, procura ser uma teoria científica. Na segunda onda, no Brasil, não teve a mesma repercussão vista em outros lugares do mundo. A terapia cognitiva-comportamental teve vários motivos para se instalar com tanta força e uma delas é a crítica à análise do comportamento verbal proposta por Skinner. Devido a essa falta de força dela aqui no Brasil, comparado ao resto do mundo, os analistas do comportamento avançaram em relação aos estudos na área do Comportamento Verbal (que ainda é uma área negligenciada, se me permitem a opinião pessoal) e também da equivalência de estímulos. A terceira onda são as chamadas terapias contextualistas. Isso implica que a terapia depende de contextos. Entre elas destacam-se: ACT: Terapia de Aceitação e Compromisso (proposta por Hayes – Teoria dos Quadros Relacionais). Ela tem como objetivo criar flexibilidade psicológica, ou seja, aceitar eventos privados que são desagradáveis para manter ações que são importantes e valorizadas pelo indivíduo para que ele tenha uma vida mais significativa. FAP: Psicoterapia Analítica Funcional (proposta por Kohlenberg e Tsai) que tem como “base” consciência, coragem, amor e Behaviorismo.O foco principal da FAP é a relação terapêutica, onde são valorizadas as contingências da sessão, onde ocorre a modelagem de comportamentos em sessão e o reforçamento natural de comportamentos assertivos apresentados pelo cliente. DBT (Terapia Comportamental Dialética, proposta por MarshaLinehan). Essa é uma terapia desenvolvida para o tratamento do transtorno Borderline, que é considerado como uma vulnerabilidade em relação ao ambiente invalidante (punitivo/estressor) que o sujeito está inserido. O tratamento se dá através da orientação e compromisso por parte dos envolvidos e muitas estratégias de tratamento podem ser paradoxos, metáforas, a confrontação para conseguir a extinção de padrões rígidos de comportamento, buscando a validação, a análise comportamental, a solução de problemas. Na minha trajetória profissional, sempre busquei a prática para construir meu próprio estilo de atuação diante dos princípios que acredito. Iniciei como estagiário no 4º período de psicologia na Clínica Aplicada da Psicologia ligada ao CEPPA aplicando testes psicológicos para quem precisava da habilitação para dirigir. Uma experiência muito boa com Janeide, Ana Lucia e Francisco. Posteriormente com a psicologia educacional, no setor de psicologia do IFPE na cidade universitária.  Um orgulho ter sido estagiário de Ivalda Marinho, Betânia e Kenio. Oportunidade de colaborar em treinamento, estudo de caso, orientação profissional e de estágio, entre outras. Em seguida comecei a investir na área organizacional com Zenaide Lima, no estágio na consultoria pude dar treinamento de relações humanas num curso para vigilantes, avaliação psicológica para sanidade mental e para o Detran. Já concluindo

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.