Um Caminho para a Independência Financeira
Olá, minha gente! Tudo bem com vocês? Dando continuidade à série de artigos sobre finanças, hoje, no Estratégias Financeiras, falaremos a respeito de um caminho para atingimento da Independência Financeira. Este caminho é formado por etapas que falaremos, em maiores detalhes, a seguir. Bons estudos! Conforme visto no último texto[1], o grande objetivo de um investimento é promover a Independência Financeira (IF). Entretanto, por motivos didáticos, não foi mencionado que nem todos nós estão aptos a investir. Sim, prezado leitor, ser um investidor não é para todos. Mas calma! Não quero excluir ninguém do melhor da festa! É que, na minha opinião, investir depende da prévia existência de alguns fatores que pretendo abordar ao longo deste texto. Por enquanto, você precisa saber apenas que investir é uma fase, de um longo processo. Na realidade, investir é a última das três fases de uma longa caminhada cujo destino é a IF. As outras duas fases anteriores à fase investidor são: as fases Inadimplente e Poupador. Ainda não ficou claro? Não tem problema! Eu fiz um esquema, logo abaixo, para você visualizar a ideia geral desse processo: Para cada fase, temos objetivos (secundários) a serem conquistados, para que a pessoa consiga mudar de fase (como a passagem de fase em um jogo de vídeo game). E assim, percorra essa longa caminhada em busca da IF com mais segurança, tranquilidade e efetividade. Tais fases estão interligadas, pois: 1) Não tem sentido querer investir sem ter uma poupança; assim como, 2) Não tem sentido poupar se você não paga suas dívidas em dia (inadimplente). Sendo assim, é preciso paciência e controle emocional, a fim de lidar com a ansiedade que te faz querer pular etapas necessárias para começar a operar no mercado. Portanto, é preciso convencer-se, o quanto antes, que trata-se de um processo cujas etapas precisam ser respeitadas. A partir deste momento, teremos dois desafios para resolvermos: 1) Identificar em qual fase, desse processo, encontra-se cada um de nós ( 1º, 2º ou 3º fase)? 2) Como avançar de fase? Diante disso, o objetivo deste artigo é mostrar estratégias que possam te ajudar na conquista das fases, para chegar a IF. Mas antes de prosseguirmos, duas considerações: 1) Uma vez a pessoa percebendo que se encontra ou na 2º ou na 3º fase, é evidente que o caminho para a IF será encurtado, já que não faz sentido passar por uma fase já conquistada, capiche? 2) Por motivos dos mais variados as pessoas podem regredir de fase. Por isso, para vocês não terem recaídas, é preciso ficar atento as dicas abaixo, ok?😉 Primeira Fase: O Inadimplente De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC),[2] até maio do presente ano, o número de consumidores inadimplentes atingiu a marca de 63,29 milhões. Tomando-se a população brasileira como ao redor 208,5 milhões de habitantes, [3]chegamos a constatação que 30% da população do nosso país está inadimplente! Ou seja, 30 em cada 100 pessoas, que você vê na rua, encontram-se com dificuldades de honrar seus compromissos financeiros. Se deixarmos, nesta análise, apenas a parcela da População com Idade Ativa (PIA),[4] (afinal de contas, criança não paga!😉) esse percentual salta para incríveis 40%! São inúmeros os motivos que levam as pessoas à inadimplência. Porém, em todos os casos, existe sempre um denominador em comum: Por falta de um planejamento financeiro, em um determinado momento, passaram a gastar mais do que ganhavam. Frequentemente, comportamentos indisciplinados, impulsivos, imediatistas e consumistas são observados em pessoas nesta situação. Exemplo: Um cidadão financia um carro em 5 anos sem qualquer tipo de reserva financeira. Em seguida, perde o emprego. Uma vez de posse das indenizações trabalhistas, não consegue gerenciar esses recursos adequadamente, e acaba por deixar de pagar as parcelas do veículo. E o resto da histórias vocês já sabem: o credor toma o carro e ainda fica com o que foi pago do veículo até o momento! Percebam que, no exemplo acima, o cidadão comete dois erros: 1) Efetuar uma compra parcelada sem ter ao menos um plano B para quitar o carro, caso algum um imprevisto aconteça (como foi o da perda do emprego). 2) De posse da indenização, não se preocupou em quitar o (endividamento do) carro imediatamente. Daí, o dinheiro “evaporou” e a dívida não foi quitada. Logo, dívida não paga = inadimplência. “- Sim, mas agora que foi feita a lambança, como posso resolvê-la?”. Resposta: Uma vez diagnosticado que a situação financeira se trata de uma inadimplência, é preciso esterilizar a dívida por meio do aumento da renda e a diminuição das despesas. Ok, eu sei: “- É fácil falar, mas difícil de se pôr em prática”. De fato, o hábito de reduzir despesas para quem sempre foi gastador(a) soa quase como uma “heresia”, pois o estilo de vida gastador traz muitas recompensas prazerosas imediatas, mantendo o cidadão preso ao ciclo dos hábitos destrutivos.[5] Tais hábitos fazem mal não apenas ao inadimplente, mas para quem está em sua volta. Ninguém é poupado – esposa, filhos, pais, tios, amigos – todos ficam envolvidos, de alguma forma, no problema. E a depender da gravidade e da duração desse problema, famílias podem se desfazerem. Só lembrando que problemas financeiros são uma das maiores causas de separação entre os casais. Ou seja, cuidar das finanças é também cuidar da família. Um acompanhamento terapêutico para o inadimplente pode ser útil, a fim de facilitar a compreensão do mal que tal situação está causando a si mesmo e as pessoas próximas. Ademais, o acompanhamento de um profissional dessa área permite um fortalecimento do controle emocional para que a pessoa suporte as dificuldades e não desista, no meio do processo, da quitação das dívidas. Sob o ponto de vista financeiro, alguns hábitos podem ajudar no enfrentamento da inadimplência: 1) Controlar receitas e despesas através do uso de planilhas eletrônicas. 2) Fazer compras somente à vista, evitando o uso do cartão de crédito. 3) Trocar as dívidas com taxas de juros mais altas por aquelas com menores taxas de juros. 4)