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Autoaceitação

A Aceitação como Instrumento no Processo Psicoterapêutico Cognitivo-Comportamental  Os conteúdos psicológicos de cada indivíduo são elaborações construídas ao logo de suas histórias de vida. Sendo assim, melhor que buscar extinguir ou modificar vivências emocionalmente perturbadoras, é um trabalho terapêutico que objetive continuamente o estímulo a aceitação em relação às emoções desagradáveis sentidas por cada paciente, pois estas fazem parte da condição humana legítima de existir, enquanto ser pensante e ator social. O modelo de psicopatologia em que se apóia a Terapia da Aceitação e Compromisso – ACT, umas das abordagens cognitivo-comportamental contemporânea, leva em consideração que a hesitação no que se refere às situações internas que causam angústias, contribui para o surgimento de transtorno de ansiedade e do humor. Para desencorajar este tipo de atitude, o trabalho em terapia visa mostrar ao paciente que pensamentos e emoções são produtos de suas aprendizagens e reflexos da sua condição atual de vida. Uma alternativa melhor em relação à eliminação de sentimentos que causam sofrimento é trabalhar com os pacientes o acolhimento de tais sentimentos, revisá-los e buscar abordá-los sobre outro ângulo. Mas afinal, o que deve ser aceito? Na ACT, a aceitação enfoca principalmente o relacionamento do sujeito com suas dores interiores e é sempre umprocesso em evolução. Baseia-se na opção de buscar relacionar-se de forma mais tolerante com seus conteúdos psicológicos, sem tentar evitar o que lhe é desagradável e simultaneamente, lembrar que seus pensamentos e sentimentos são na verdade produções próprias do seu contexto. O intuito é de auxiliar o paciente a reduzir a energia investida na luta contra suas emoções disfuncionais, focando sua energia em um redirecionamento mais saudável emocionalmente, uma vez que deste modo, é possível que o paciente consiga deixar de se permitir ser refém de suas próprias emoções negativas. Aceitação não quer dizer que o sujeito tem que se submeter à lógica de suas respostas internas, mas que as entende. Quando se observa os pensamentos e sentimentos a partir de um certo distanciamento psicológico, a pessoa se mostra aberta a receber e a considerar as dicas que as respostas internas elucidam a respeito do que ocorre em sua vida. Um exemplo disso, é o sentimento de tristeza em determinada circunstância. Neste caso, aceitar tem o significado de se acolher a emoção e entende-la como um sinal, uma oportunidade de aprendizado sobre o que se vive, representa assumir uma perspectiva sem julgamentos. É possível entender a postura de aceitação como o ato de tomar um tempo para que cada indivíduo possa sentir o que esta acontecendo internamente a si. A aceitação de sentimentos e sensações angustiantes proporciona mais liberdade no sentido de se poder interagir num mundo onde nem sempre se pode ter controle das variáveis, mas no qual é possível se envolver de forma mais ativa e saudável em relação aos nossos pensamentos e emoções. Vamos nos posicionar de forma mais ativa e saudável em relação aos nossos pensamentos e emoções? A Supere está sempre ao seu lado para lhe oferecer todo o suporte necessário para que possa viver de forma mais plena.   Renata Patrícia Tavares de Lucena Psicóloga Clinica e Organizacional Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental renapatl@yahoo.com.br   Referências VANDENBERGHE, Luc; VALADAO, Valquíria César. Aceitação, validação e mindfulness na psicoterapia cognitivo-comportamental contemporânea. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 9, n. 2, p. 126-135, dez.  2013 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872013000200008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em  18  fev.  2018.  http://dx.doi.org/10.5935/1808-5687.20130017.

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AUTOESTIMA

“Cada escolha, uma oportunidade. Cada queda, um aprendizado. Cada atitude, uma consequência.” (Tawane Soares) Além de problemas biológicos, não consigo pensar em uma única dificuldade psicológica –da ansiedade e depressão ao medo da intimidade ou do sucesso, ao abuso de álcool ou drogas, às deficiências na escola ou no trabalho, ao espancamento de companheiros e filhos, às disfunções sexuais ou à imaturidade emocional, ao suicídio ou aos crimes violentos – que não esteja relacionada com uma autoestima negativa. De todos os julgamentos que fazemos, nenhum é tão importante quanto o que fazemos sobre nós mesmos. A autoestima positiva é requisito importante para uma vida satisfatória. Assim, a autoestima é a chave para o sucesso ou para o fracasso. É também a chave para entendermos a nós mesmos e aos outros.   O que é autoestima?  Ela tem dois componentes: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. Em outras palavras, a autoestima é a soma da autoconfiança com o auto-respeito.  Ela reflete o julgamento implícito da nossa capacidade de lidar com os desafios da vida (entender e dominaros  problemas)  e  o  direito  de  ser  feliz  (respeitar  e  defender  os  próprios  interesses  e necessidades). Ter uma autoestima elevada é sentir-se confiantemente adequado à vida, isto é, competente e merecedor. Ter uma autoestima baixa é sentir-se inadequado à vida, errado, não sobre este ou aquele assunto, mas errado como pessoa.  Ter uma autoestima média é flutuar entre sentir-se adequado ou inadequado, certo ou errado como pessoa e manifestar essa inconsistência no comportamento – às vezes agindo com sabedoria, às vezes como tolo – reforçando, portanto, a incerteza. A capacidade de desenvolver uma autoconfiança e um auto-respeito saudáveis é inerente à nossa natureza, pois a capacidade de pensar é a fonte básica da nossa competência, e o fato de que estamos vivos é nosso direito de lutar pela felicidade. Idealmente falando, todos deveriam desfrutar um alto nível de autoestima, vivenciando tanto a autoconfiança intelectual como a forte sensação de que a felicidade é adequada.  Entretanto, infelizmente, uma grande quantidade de pessoas não se sente assim. Muitas sofrem de sentimentos de inadequação, insegurança, dúvida, culpa e medo de uma participação plena na vida – um sentimento vago de “eu não sou suficiente”. Esses sentimentos nem sempre são reconhecidos e confirmados de imediato, mas eles existem. Poderemos nunca chegar a uma visão feliz de nós mesmos devido a informações negativas vindas dos outros, ou porque falhamos em nossa própria honestidade, integridade, responsabilidade e autoafirmação, ou porque julgamos nossas próprias ações com uma compreensão e uma compaixão inadequada. Entretanto, a autoestima é sempre uma questão de grau. Não conheço ninguém que seja totalmente carente de autoestima positiva, nem que seja incapaz de desenvolver autoestima. Desenvolver a autoestima é desenvolver a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade e, portanto, capazesde  enfrentar  a  vida  com  mais  confiança,  boa  vontade  e otimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados. Desenvolver a autoestima é expandir nossa capacidade de ser feliz. Quanto maior a nossa autoestima, mais bem equipados estaremos para lidar com as adversidades da vida; quanto mais flexíveis formos, mais resistiremos à pressão de sucumbir ao desespero ou à derrota. Quanto maior a nossa autoestima, maior a probabilidade de sermos criativos em nosso trabalho, ou seja, maior a probabilidade de obtermos sucesso. Quanto maior a nossa autoestima, maioresserão  as  nossas  possibilidades  de  manter  relações saudáveis, em vez de destrutivas, pois, assim como o amor atrai o amor, a saúde atrai a saúde, e a vitalidade e a comunicabilidade atraem mais do que o vazio e o oportunismo. Quanto maior a nossa autoestima, mais alegria teremos pelo simples fato de ser, de despertar pela manhã, de viver dentro dos nossos próprios corpos. São essas as recompensas que a nossa autoconfiança e o nosso auto-respeito nos oferecem. Autoestima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima; reside no cerne do nosso ser. É o que EU penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim. Quando crianças, nossa autoconfiança e nosso auto-respeito  podem  ser  alimentados ou  destruídos pelos adultos –  conforme  tenhamos sido  respeitados, amados, valorizados e encorajados a  confiar em nós mesmos. Mas, em nossos primeiros anos de vida, nossas escolhas e decisões são muito importantes para o desenvolvimento futuro de nossa autoestima. Nosso AUTOCONCEITO é quem e o que consciente e inconscientementeachamos  que  somos  – nossas  características  físicas  e  psicológicas,  nossos  pontos  positivos  e  negativos  e,  acima  de  tudo,  nossa autoestima.  A autoestima é o componente AVALIADOR do autoconceito. Os tipos de questões envolvidas em viver conscientemente VERSUS viver inconscientemente: Pensar, mesmo quando é difícil, VERSUS não pensar. Tomar consciência, mesmo quando isso é um desafio, VERSUS manter-se inconsciente. Clareza, venha ou não facilmente, VERSUS obscuridade e imprecisão. Respeito pela realidade, seja agradável ou dolorosa, VERSUS fuga da realidade. Respeito pela verdade VERSUS rejeição da verdade. Independência VERSUS dependência. Orientação ativa VERSUS orientação passiva. Vontade de assumir os riscos adequados, mesmo perante o medo, VERSUS falta de vontade. Honestidade VERSUS desonestidade. Viver no presente e ser responsável por ele VERSUS fugir para a fantasia. Autoconfrontação VERSUS auto-evitação. Vontade de ver e corrigir enganos VERSUS perseverança no erro. Razão VERSUS irracionalidade. Mais de um cliente em terapia protestou: “Se eu aceitar ofato de que gosto de mim,  terei de me comportar  de  forma  diferente!”.  Ou: “Se euaceitar  o  fato  de  que  gosto  de  mim,  terei  de  permanecer demasiado consciente!”. Nossa autoconsciência nos faz agir diferente em prol de si mesmo e dos outros de maneira justa e adequada e para isso requer o investimento em si conhecer, seja nas reflexões pessoais ou na psicoterapia. As mudanças de comportamento ocorrem na medida em que aplicamos a auto-responsabilidade. A auto-responsabilidade leva a percepções como as seguintes: Sou responsável por minhas escolhas e atos. Sou responsável pela maneira como estruturo o meu tempo. Sou responsável pelo cuidado, ou pela falta de cuidado, com que trato meu corpo. Sou responsável pelas relações

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DOR

“Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.” (W. Shakespeare) A busca por um alívio para esse fenômeno é uma das causas do desenvolvimento da Medicina. Da prática dos curandeiros aos sacerdotes, nos primórdios da civilização, passando pela medicina grega, romana, medieval e moderna, verificamos as tentativas que retratam a constante procura do homem por soluções que diminuíssem a dor emorações, chás, emplastros, massagens, cirurgias em odernos analgésicos. O conceito de dor sugere,atualmente, uma“sensação desagradável, variável em intensidade e extensão de localização, produzida pela estimulação de terminações nervosas especializadas em sua recepção”. É uma experiência que,em sua forma funcional,integra os conceitos definidos pornocicepção, sofrimento e conduta dolorosa. Pornocicepção entende-se o processo neurofisiológico de detecção e sinalização de um estímulo nocivo.Sofrimento seria o conjunto de reações afetivas que surgem como resposta ao estímulo nociceptivo e aconduta dolorosa é definida como o grupo de atividades que realiza um paciente como resposta à presença de dor. A conduta dolorosa constitui o únicoíndice clínico observável da dor. Manifesta-se pormeiodas alterações fisiológicas (suores, batimentoscardíacos, alteração da respiração) e na expressãofacial do indivíduo.A dor pode ser classificada em dois grupos: Dor aguda: este tipo é uma respostaimediata ao dano no tecido. Tem umcomponente imediato, que faz, porexemplo, uma pessoa retirar a mão daponta de uma agulha que a fere; Dor crônica: é mais difusa, persiste pelo menos seis meses e inclui um comportamentoaprendido por experiências passadas. Diferentemente da dor aguda, que é autolimitada, controlável por analgésicos, tem sua origem patogênica e pode servir como um sistemade alarme avisando que algo nele está em desarmonia; a dor crônica é autoperpetuada e raramente controlada por analgésicos. A percepção da dorcrônica seria efeito da perpetuação da “memóriade dor”. Estímulos, lembranças e associações, relacionando ao estímulo patológico qualquer fator social ou ambiental. Nessa linha de raciocínio, na dor crônica,haveria uma forte evidência de ter sido aprendidauma característica importante de sua manifestaçãoseja a pobre correlação entre os fatores patológicose a percepção da dor pelo indivíduo. Frequentemente, os processos patológicos têm uma remissão e a pessoa ainda apresenta uma disfunçãopsicossomática progressiva. A isto se chamasíndrome da dor aprendida. Compreensão psicológica da dor.A dor é umsintoma e, como tal, permite identificar uma doença ou lesão no corpo a fim de que sejam tomadas as devidas providências para o tratamento.Sempre que os indivíduos contêm raiva,angústia e toda sorte de sentimentos negativos,estão aumentando as possibilidades de sofrer dores,principalmente musculares. Tal contenção pode serconsequência de regras ou convenções sociais.Quando essas dores ocorrem, torna-se necessárioque as pessoas compreendam que são sinais de umcorpo que precisa ser “ouvido”; um corpo queultrapassou sua capacidade de adaptação diantedas tensões a que foi diariamente exposto (estresse). Os problemas surgem quando as demandasexternas e internas são maiores que esta capacidadea qual varia de pessoa para pessoa.Se esta é uma forma da pessoa ignorar afragilidade de seu organismo, no extremo oposto,observa-se uma ingênua idolatria do corpo, tãoprejudicial quanto a sua negação. Assim, práticasesportivas, quando mal orientadas, torna opostulado “sem sofrimento não há prêmio” oretrato daqueles frequentadores de academia embusca de um modelo de beleza plástica a todo custo.Percebemos, assim, que a dor é, às vezes, procurada. Por outro lado, tornar-se doente pode ounão ser uma escolha consciente, mas em nenhummomento se afirma que as dores não sejam reais.Oadoecer pode refletir a dificuldade de umapessoa de manifestar, de forma livre, seus descontentamentos; porém, somente evitando ouaprendendo a lidar com as situações que desencadeiam o desequilíbrio do organismo é que opaciente procurará o bem-estar, algo que nemsempre se torna uma tarefa fácil. Este fenômeno chama-se disfunção psicossomática. Segundo J. McDougall apud Souza (2000), é umsintoma no qual o psiquismo se utiliza de recursosprimitivos e intraverbais que busca enviar mensagens que serão interpretadas somaticamente. Éuma resposta a conflitos de vários tipos que sãopercebidos como ameaçadores ao funcionamentodo psiquismo. Tais alterações, ainda que possamcolocar a vida das pessoas em perigo, se destinama protegê-las de um dano que poderia ser bastantegrave, caso chegasse à consciência. É como se ocorpo reagisse de modo imediato a substânciastóxicas. Ansiedade é a reação ao perigo ou à ameaça. Cientificamente, ansiedades imediatas ou de curto período são definidas como reações de luta-e-fuga. São assim denominadas porque todos os seus efeitos estão diretamente voltados para lutar ou fugir de um perigo. Assim, o objetivo número um da ansiedade é o de proteger o organismo. Quando nossos ancestrais viviam em cavernas, era-lhes vital uma reação automática para que, quando estivessem defrontados com um perigo, fossem capazes de uma ação imediata (atacar ou fugir). Mas mesmo nos dias agitados de hoje, este é um mecanismo necessário. A função da ansiedade é proteger o organismo, não prejudicá-lo. Seria totalmente ridículo da parte da natureza desenvolver um mecanismo cuja função primordial fosse a de proteger o organismo e, por assim fazer, o prejudicar. A melhor forma de pensar sobre todos os sistemas de resposta de luta-e-fuga (ansiedade) é lembrar que todos estão voltados para deixar o organismo preparado para uma ação imediata e que seu objetivo primordial é protegê-lo.     Quando alguma forma de perigo é percebida ou antecipada, o cérebro envia mensagens à uma seção de nervos chamados de sistema nervoso autônomo. Este sistema possui duas subsecções ou ramos: o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático.  São exatamente estas duas subsecções que estão diretamente relacionadas no controle dos níveis de energia do corpo e de sua preparação para a ação. Colocado de uma forma mais simples, o sistema nervoso simpático é o sistema da reação de luta-e-fuga que libera energia e coloca o corpo pronto para ação; enquanto que o parassimpático, é o sistema de restauração que traz o corpo a seu estado normal. É importante perceber que, em algum momento, o corpo cansará da reação de luta-ou-fuga e ele próprio ativará o sistema nervoso parassimpático para restaurar um estado de relaxamento. Em outras palavras, a ansiedade não pode continuar sempre aumentando e entrar numa espiral sempre crescente que conduza a níveis possivelmente prejudiciais. O sistema nervoso parassimpático é um protetor “embutido” que impede o sistema nervoso simpático de

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MITOMANIA

#janeirobranco “ Saiba os prejuízos do mentiroso compulsivo!” A Mitomania ou mentira compulsiva é uma tendência patológica pela mentira. Um mentiroso compulsivo ou mitômano é definido como alguém que mente como um hábito, desde a infância. Os termos mentiroso patológico, mitômano e mentiroso crônico são frequentemente usados para se referir a um mentiroso compulsivo. Qual a diferença entre um o indivíduo que fala uma mentira esporádica e o mentiroso compulsivo? Uma das grandes diferenças do mentiroso esporádico para o mitômano, é que no primeiro caso, o indivíduo não tem resistência em admitir a verdade, enquanto o portador da compulsão por mentir usa a mentira em proveito próprio ou prejuízo de outro sem sentir necessidade de desfazer o engano. Na mitomania o paciente usa a mentira de forma consciente para enganar pessoas e tirar vantagens, ele nunca admite suas mentiras, embora tenha plena consciência de que são histórias imaginárias, e também não se constrange quando suas mentiras são descobertas. A mentira compulsiva interfere no julgamento racional, no relacionamento familiar e especialmente social. A tendência à mentira parece ser perseverante, não é provocada pela situação imediata ou pressão social, mas representa uma característica inata da personalidade. A maior parte dos mentirosos compulsivos não são necessariamente manipuladores, eles sofrem com seu hábito de mentir, tendo as relações sociais sempre sob risco de serem prejudicadas. A literatura aponta que não existe uma causa da mitomania, mas um conjunto de fatores associados: histórico de vida, relacionamentos, padrão de relação parental, genética e experiências. Acredita-se que a baixa autoestima, necessidade de apreço ou atenção e a tentativa de se proteger de situações constrangedoras marquem o início da mitomania. Quais os riscos para o mitômano que não busca tratamento? Há muitas consequências de ser um mentiroso patológico. Devido à falta de confiança, relacionamentos e amizades tendem a ser destruídos. Se a doença continua a progredir, a mentira pode se tornar tão grave que eventualmente pode causar problemas de ordem social, psicológica e até legal. A pessoa geralmente é excluída do grupo que frequenta por vivenciar situações constrangedoras, passar por situações embaraçosas e perder a confiança de todos ao seu redor. Os mitômanos veem que estão sofrendo de um mal e desejam curar-se, mas raramente procuram ajuda por vontade própria. A compreensão dos companheiros ou familiares é muito importante. É preciso fazer uma reinserção social da melhor maneira possível, trazendo o indivíduo positivamente à realidade, nesse contexto, o treino de habilidades sociais é recomendado. Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico da mitomania pode ser feito pelo médico psiquiatra ou psicoterapeuta, após uma avaliação. Trabalha-se a extinção deste hábito disfuncional, através do foco na visão distorcida de si mesmo. O mais importante é que o indivíduo consiga reconhecer os prejuízos que seu comportamento pode trazer para si e para terceiros e que queira mudá-lo. O tratamento geralmente envolve acompanhamento psicológico e, no caso de pessoas que também apresentem outros quadros psiquiátricos (como depressão e ansiedade), tratamento medicamentoso pode ser recomendado. Na psicoterapia cognitivo comportamental é feita uma análise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades. A Supere Psicologia estará sempre do seu lado! Profa Dra Ana Paula Ferreira Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre e Doutora em Psicologia Cognitiva Email: psianapaulaferreira@gmail.com   Dike CC, Baranoski M, Griffith EE (2005). “Pathological lying revisited”. The Journal of the American Academy of Psychiatry and the Law 33 (3): 342?9. Dike, Charles C. (June 1, 2008). Pathological Lying: Symptom or Disease? http://bjp.rcpsych.org/content/189/1/86.1.long http://www.einstein.br/blog/paginas/post.aspx?post=1171 https://www.achievesolutions.net/achievesolutions/en/Content.do?contentId=9704 Yang Y, Raine A, Narr KL, Lencz T, LaCasse L, Colletti P, Toga AW. Localisation of increased prefrontal white matter in pathological liars. Br J Psychiatry. 2007 Feb;190:174-5. CP Fischer, MA Fontes – pdfs.semanticscholar.org

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PROGRAMA MOTIVAÇÃO & RESILIÊNCIA

“Motivação + Auto-eficácia = Agir em direção a uma meta.” O conceito de Motivação está relacionado a necessidades humanas. A auto-eficácia é um conceito fundamental na autoconfiança. Trata-se de uma palavra criada por Bandura para descrever a crença ou confiança que uma pessoa tem na sua própria capacidade para completar uma determinada tarefa ou resolver um problema. A diferença de objetivo e meta, é que a meta é um objetivo com prazos. Para se manter motivado e autoeficaz é muito importante pensamentos e atitudes flexíveis. O poder do pensamento flexível está em sua tremenda força adaptativa e em sua capacidade de autorregulação e crescimento interno. Uma pessoa que desenvolveu uma atitude critica, lúdica, rebelde, justa, integradora e pluralista criou um estilo de vida aberto e altamente saudável. Ela não só viverá melhor, mas também contribuirá para o bem-estar de sua continuidade: uma mente flexível gera menos estresse, mais felicidade e menos violência. Segundo Nietzsche, a mente flexível identifica-se com: “Querer chegar a ser o que somos, seres humanos novos, únicos, incomparáveis, que regulam a si mesmos, criam a si mesmos”. Segundo Cvijetic, destaca: 13 coisas que você deve abandonar se quiser ser bem-sucedido, são: 1. Abandone estilos de vida que não sejam saudáveis 2. Abandone a mentalidade de curto prazo 3. Não pense “pequeno” 4. Abandone suas desculpas 5. Desista da mentalidade fixa 6. Abandone a crença na “Bala Mágica” 7. Desista do perfeccionismo 8. Desista de ser multitarefa 9. Desista da sua necessidade de controlar tudo 10. Desista de dizer SIM para coisas que não levam aos seus objetivos 11. Abandone pessoas tóxicas 12. Abandone sua necessidade de ser apreciado 13. Abandone sua dependência de redes sociais e televisão Organize seus horários conforme as prioridades. Quanto mais controle você exercer sobre os horários, maior será o domínio que terá sobre o rumo de sua vida. Aceite o fato de que provavelmente não será possível fazer tudo o que consta de sua lista de afazeres. Não se aborreça, pois algumas vezes é necessário apenas ser em vez de fazer. Além disso, você sabe que fará as coisas mais importantes. Procure concentrar-se na tarefa do momento. Estudos científicos recentes comprovam que a execução simultânea de múltiplas tarefas não é tão eficiente quanto se imagina. Veja algumas dicas: Use o mesmo calendário ou agenda para trabalho e atividades pessoais, sendo necessário consultar todos os dias. Elabore horários flexíveis. Deixe sempre um intervalo de alguns minutos entre seus compromissos para prevenir problemas criados por eventuais atrasos e acontecimentos imprevistos. Reserve em seu horário diário alguns momentos para relaxar. Seu corpo, sua mente e seu espírito precisam disso. Programe uma hora todos os dias para trabalhar em projetos ou objetivos de longo prazo. Dedique-se uma vez por semana às tarefas administrativas de sua casa: arquivar, pagar contas e comprar suprimentos, entre outras coisas. Programe tarefas mais difíceis – aquelas que exigem criatividade e tomada de decisões – para o período do dia em que você está com mais energia e disposição. Programe as tarefas de rotina, como limpeza da casa, em intervalos regulares. Isso ajudará você a manter os afazeres domésticos bem organizados sem ficar sobrecarregado. Poupe seu tempo agrupando tarefas semelhantes. Verificar o que precisa de manutenção periodicamente para evitar imprevistos e reparos de ultima hora. Quando marcar compromissos em sua agenda, anote também um numero de telefone para avisar ou confirmar alguém em caso de necessidade. Monitore horários para compromissos e eventos da família. Elabore uma lista geral de compromissos e reduza lista de tarefas por dias. Adote o princípio “80 por 20”, sendo 20% das tarefas de sua lista diária representam prioridade (urgente) e concentre energia na execução destas tarefas. Categorize tarefas conforme suas metas a curto, médio e longo prazo de acordo com a prioridade entre urgente, muito importante e importante. Reduza as possibilidades de distração enquanto você trabalha. Deixe as chamadas com a secretaria ou peça ajuda em casa. Feche o programa de emails ou abaixe o volume dos aparelhos para não ouvir o aviso de entradas de mensagens. Se você tem dificuldade de “dizer não”, peça algum tempo para pensar. Talvez uma recusa se torne mais fácil quando não existe pressão para dar uma resposta imediata. Delegue para outros as tarefas que não cabe a você, exceto em situação de cooperação para fortalecer atividades em equipe. Cuidado com papeis lembrete de tarefas a realizar. Organize ao longo do ano os documentos para declaração de imposto de renda. Não fique sobrecarregado pensando em todo o trabalho que você precisa fazer. Simplesmente faça o que puder hoje. Para atingir as metas depende do planejamento, flexibilidade e da organização sobre os aspectos da vida que queira alcançar. Vamos aplicar? Analise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades. A psicoterapia cognitivo comportamental colabora com sua autoanálise e a Supere Psicologia estará sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br Riso, Walter. A arte de ser flexível: de uma mente rígida a uma mente livre e aberta à mudança. Porto Alegre, L&PM, 2013. p. 171. Smallin, Donna. Organize-se num minuto: 500 dicas para pôr ordem em sua vida. São Paulo: Editora Gente, 2005. Zdravko Cvijetic & Malagueta Criativa. 13 coisas que você deve abandonar se quiser ser bem-sucedido. Link https://awebic.com/humanidade/bem-sucedido/. Acessado em 06/01/2018.

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PROGRAMA MOTIVAÇÃO & RESILIÊNCIA

“A Vitalidade é demonstrada não apenas pela persistência,  mas pela capacidade de começar de novo.” (F. S. Fitzgerald) A Vitalidade e a Persistência são palavras-chave para refletir sobre nossa motivação e analisar sobre as mudanças que precisamos fazer. Sabemos que o processo de mudança não é fácil! Nesta frase provocadora o autor Francis Scott Key Fitzgerald (1896-1940), conhecido como F. S. Fitzgerald, foi um dos mais importantes escritores da chamada Geração Perdida da literatura norte-americana, nos alerta sobre a capacidade de começar de novo, ou de recomeçar. A automotivação requer que reconheçamos os problemas, analisar as preocupações, intenção de mudar e o otimismo, segundo Miller & Rollnick. O processo de mudança pode ser destacado na intenção e no otimismo. Ellis oferecer dicas na adaptação de pensamentos e comportamentos diferenciando a vontade e a força de vontade. Segundo Ellis, os termos vontade e força de vontade parecem semelhantes, mas, na verdade, são diferentes. O principal significado da palavra vontade é escolha ou decisão. Você escolhe fazer ou não fazer alguma coisa, você decide fazer ou não fazer uma coisa. Como ser humano, você possui certo grau de vontade, escolha e decisão. A vontade de mudar significa simplesmente uma escolha – você decide mudar. Depois de tomar a decisão, você se empenha (ou não) em levá-la ao término. Força de vontade é algo diferente e mais complicado. Quando a pessoa tem a força de vontade, ela tem o poder de tomar uma decisão e de colocá-la em prática. Esse processo inclui vários passos: 1- Decisão – exemplo, tornar-se uma pessoa mais ponderada e menos afetável: “Ser uma pessoa menos afetável é uma qualidade valiosa. Farei tudo o que for possível para adquirir essa qualidade!”. 2- Tomar a Resolução – colocar em prática a sua decisão; ou seja, tomar todas as providências necessárias para isso: “Por mais difícil que seja, vou me tornar uma pessoa menos afetável! Estou determinado a não poupar esforços para conseguir isso!”. 3- Aprender – o que fazer e o que não fazer, para efetivamente pôr em prática a decisão: “Para me tornar menos afetável, mudarei minha forma de pensar, de sentir e de agir. Em especial, pararei de reclamar das adversidades com que me defrontar e deixarei de ter expectativas intransigentes e de exigir que isso ou aquilo tenha de acontecer de qualquer maneira ou não possa de jeito nenhum acontecer!”. 4- Começar a Agir – com base em sua determinação e sua consciência: “Em vez de dizer a mim mesmo que certas situações frustrantes não poderiam acontecer na minha vida, e me sentir revoltado e inconformado porque acontecem, convencerei a mim mesmo de que tais situações ocorrem, que posso lidar com elas, que posso tentar mudá-las e que posso aceitá-las, mesmo não gostando, caso não possa mudá-las. Eu consigo fazer isso, vou fazer, e a partir deste instante vou me forçar a fazer. Cada vez que me sentir horrorizado diante das adversidades, reconhecerei que estou sendo exigente, intransigente e implacável e reeducarei a mim mesmo para aceitá-las, em vez de ficar me lamuriando e me modificando. Mudarei o que eu conseguir mudar e aceitarei o que não for possível mudar. Eu sei que consigo, e vou começar já!”. 5- Agindo para Mudar – você continua firme e persistente em sua decisão de mudar, em sua determinação de mudar, em seu constante aprendizado e identificação de como você pode mudar, e na aplicação desse conhecimento, agindo de acordo com ele. “Agora que estou abandonando minhas exigências e transformando-as em preferências, agora que estou aceitando as condições adversas que não modificar, em vez de reclamar delas, vou prosseguir nessa linha para continuar progredindo e cobrindo maneiras melhores de ajudar a mim mesmo, e também vou continuar me esforçando e tomar atitudes para mudar!”. 6- E se tiver Recaída – você pode decidir, outra vez, enveredar por um caminho mais positivo e produtivo. Pode rever as maneiras de mudar, recupera a determinação e o conhecimento de como chegar lá. Recomece seu fortalecimento para ter menos recaída e trabalhar a fim de SUPERAR qualquer eventualidade no futuro. A força de vontade significa ação, o trabalho que você realiza para acrescentar pode à sua vontade. Talvez haja outras maneiras de obter força de vontade, sem sempre com trabalho e esforço, mas lembre-se a vida raramente oferece atalhos. Analise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades. A psicoterapia cognitivo comportamental colabora com sua autoanálise e a Supere Psicologia estará sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br Miller & Rollnick. Entrevista motivacional. Porto Alegre: Artmed, 2001. Cap. 6. Ellis. Como conquistar sua própria felicidade. Ed. Best Seller. Cap. 5

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Cleptomania: prazer ou sofrimento?

A cleptomania é um tipo de transtorno psiquiátrico caracterizado pela necessidade de roubar objetos (Ey, 1969). No DSM – V, ou a CID-10, a cleptomania é classificada como o transtorno do controle dos impulsos e de conduta, onde a pessoa apresenta dificuldade em gerir o seu autocontrole das emoções e do comportamento. É considerada também, uma impulsividade diferente da compulsão e uma diferença entre o roubo intencional. Indivíduos que possuem o transtorno psiquiátrico de cleptomania se comportam no ato do roubo sem conseguir controlar a impulsividade causando perigo ou dano, com sentimento prazeroso durante o ato como também na realização após o evento. Esse transtorno psiquiátrico é raro e ocorre em aproximadamente 0,3-0,6% da população. Sinais podem ser identificados na fase entre a infância mediante as experiências iniciais e a adolescência como também por fatores genéticos. A cleptomania também tem sido associada a uma menor qualidade de vida e atinge pessoas independente de classe social causando de forma negativa propensão a conseqüências bastante constrangedoras. Após o ato de roubar, o sujeito descarta o produto, presenteia alguém ou chega até acumular o produto sem necessidade de utilizá-lo com sentimento angustiante de vergonha ou culpa. Pessoas que possuem a cleptomania, também passa pela angustia de não ser compreendida pela família e a sociedade, pois ainda existem vários preconceitos pela intolerância em conhecer e identificar o transtorno e que muitas vezes se sentem inibidas no campo da afetividade. O roubo patológico se apresenta muitas vezes na adolescência tanto no homem quanto na mulher. Muito embora, na mulher também apresenta de forma mais clara na fase adulta.  A literatura científica ainda não possui relatos de aprovação de medicamento específicos para a cleptomania. Muito embora, artigos apontam uma variedade de medicamentos farmacológicos como antidepressivos com ação serotoninérgica ou estabilizadores de humor que contribui para a resposta do paciente mantendo o controle da impulsividade quando passado pelo psiquiatra. A terapia cognitiva comportamental também é indicada para melhora do paciente através do acolhimento empático e colaborativo através da psicoeducação e fazendo que a pessoa entre em contato de suas próprias emoções com mais qualidade de vida.  A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado!   Flávio Minervino flaviosilva2403@hotmail.com Estudante de Psicologia FAFIRE Referências Abreu, C., Tavares, H. & Cordas, T. (2007). Manual clínico dos Transtornos do Controle dos Impulsos. Porto Alegre: Artmed. American PsychiatricAssociation. Manual Diagnóstico e Estatísticodos Transtornos Mentais (DSM-IV). 4 ed. Porto Alegre: ArtesMédicas; 1994. EY, H.; P. BERNARD, P.; BRISSET, C. Tratado de psiquiatría. Barcelona: Toray-Masson, 1969. P. 362. RIBEIRO, Otacílio José. Cleptomania: quem roubou o meu afeto. Reverso, Belo Horizonte , v. 38, n. 72, p. 39-44, dez. 2016 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952016000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 nov. 2017. Grant JE, Kim SW. Quality of life in kleptomania and pathological gambling. Compr Psychiatry. 2005;46:34-7. KIM, Hyoun S. et al . Impairments of kleptomania: what are they?. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 39, n. 3, p. 279-280, Sept. 2017 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462017000300020&lng=en&nrm=iso>.access on 08 Nov. 2017.

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Quando o Jogo se torna um vício

Jogo Patológico Jogo patológico é um transtorno psiquiátrico advindo de fatores da personalidade. Existe uma relação no campo de pesquisas com dependência de substancias, onde as sensações são descritas como similares ao uso de pessoas com dependência de droga (Holden, 2001).  Na literatura, alguns autores consideram como uma relação com o transtorno obsessivo compulsivo. Na área da neuropsicologia, existe uma grande relação com a alteração da atenção. Para o DSM-IV, esse transtorno psiquiátrico está classificado a transtornos de controle de impulsos.  Para entendimento de forma clara, trazemos a diferença entre o normal e o patológico sobre esse transtorno. Existe uma grande diferença para um jogador social e um jogador que seja de ordem patológica. O jogador social mantem um controle ao parar de jogar independentemente se estiver ganhando ou perdendo, como também não há influencias em sua auto-estima quando deposita suas esperanças no jogo. Diferente do jogador social, o jogador de ordem patológica possui uma impulsividade de forma alterada para jogar de forma compensatória onde muitas vezes a depender do resultado do jogo eles acabam se sentindo superiores e importantes sem dar conta das suas emoções. Para Tavares, 2000 esta forma compulsiva de jogar está relacionada à fuga de sentir sensações e emoções desagradáveis ao longo do desenvolvimento na construção da personalidade e de cada pessoa, as vezes mantendo uma angustia e sintomas de ansiedade. Mediante os problemas que esse transtorno pode causar, Shaffer, Hall e Vander Bilt (1999), criaram uma classificação do impacto que o jogo poderia causar: Nível 0: pessoas que não praticam qualquer tipo de aposta. Nível 1: pessoas que praticam alguma forma de apostar com freqüência variada, mais não apresentam problemas decorrentes do jogos de azar. Nível 2: pessoas que jogam e apresentam problemas decorrentes da apostas, mas que ainda não preenchem todos os critérios para a formulação do diagnóstico de jogo patológico. Nível 3: engloba jogadores patológicos, sendo o nível mais grave quanto á ocorrência de problemas decorrentes do jogo. CANTILINO & MONTEIRO (2017) destacam que em nossa sociedade, existe uma grande oscilação ao longo do tempo entre os níveis 2 e 3, o que traz prejuízo recorrente para vida pessoal, econômica familiar e socialdevido a realização da aposta e o seu resultado que influencia também o uso de álcool. Os tipos de jogos destinam-se a: Máquinas de bingo, jogos de cassino, loterias e jogo do bicho. Sendo assim, a dificuldade de lidar com as emoções negativas ou frustrantes, gera no jogador compulsivo a busca de chegar a vitória. Muitas vezes esses jogadores chegam a busca de tratamento na clinica devido a orientação da família, muito embora quando chega ao estado crítico de socorro, faz-se necessário a família ter conhecimento do caso para identificar a problemática e prevenir ou promover um prognóstico favorável através da psicoeducação e tratamento estabelecido pelo psicólogo na perspectiva cognitivo comportamental. A Supere Psicologia desenvolve habilidades e ensina meios de regulação emocional. A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado! Flávio Minervino flaviosilva2403@hotmail.com Estudante de Psicologia FAFIRE   Referências Abreu, C., Tavares, H. & Cordas, T. (2007). Manual clínico dos Transtornos do Controle dos Impulsos. Porto Alegre: Artmed. American PsychiatricAssociation. Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-IV). 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 1994. CANTILINO, Amaury; MONTEIRO, Dennison Carreiro. Psiquiatria clínica: Um Guia para Médicos e Professores de saúde Mental. 1 ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2017. 496 p. Holden, C. (2001). “Behavioral” addictions: do they exist? Science, 294(5544), 980-982. Tavares H. Jogo patológico e suas correlações com o espectro impulsivocompulsivo. Tese de Doutorado. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2000.

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Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), segundo CALZANS (2017), configura-se por episódios fracassados de resistir a impulsos agressivos, resultando em agressões sérias e destruição de propriedades. De acordo com GALVÃO, PEREIRA e FORTI (2015), para que seja configurado o TEI, as explosões de raiva devem ocorrer pelo menos duas vezes por semana e no caso de destruição de propriedade ou danos físicos a terceiros a frequência deve ser de pelo menos três vezes ao ano. O diagnóstico é feito por exclusão, pois, outras desordens mentais como os Transtornos de Personalidade Bordeline e o Antissocial, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, o Transtorno de Conduta, O Transtorno Pssicótico e o Transporto Afetivo Bipolar, por exemplo, também têm como características episódios de comportamento agressivo. (BARRETO, ZANIN e DOMIGOS, 2009) Alguns fatores contribuem para o desenvolvimento deste transtorno como os ambientais. Neste caso, cabem citar ocasiões vividas por estes indivíduos no período da infância como exposição à violência e dificuldades dos seus cuidadores em controlar seus impulsos violentos, além de situações de estresse como, por exemplo, perda de emprego.(GALVÃO, PEREIRA e FORTI, 2015) É possível inferir que nesse tipo de transtorno geralmente indivíduos agem dessa forma baseados em suas concepções sobre justiça, por se sentirem injustiçados. A Terapia Cognitiva Comportamental tem se mostrado eficiente para ajudar pacientes com (TEI).  Nesse caso, cabem destacar a análise de erros lógicos ou de pensamentos, além de ferramentas como o registro de pensamentos disfuncionais e técnicas de controle da raiva por meio de exercícios de relaxamento, treino de habilidade sociais e técnicas de resolução de problemas e prevenção de recaídas. Por meio de uma relação terapêutica colaborativa baseada na confiança. A Supere Psicologia desenvolve habilidades e ensina meios de regulação emocional. A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado! Renta Patrícia Tavares de Lucena. Psicóloga Clínica Cognitivo-comportamental e Organizacional. renapatl@yahoo.com.br Referências BARRETO, Tania Maria da Cunha Doutel; ZANIN, Carla Rodrigues; DOMINGOS, Neide Aparecida Micelli. Intervenção cognitivo-comportamental em transtorno explosivo intermitente: relato de caso. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 5, n. 1, p. 62-76, jun.  2009 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872009000100006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  16  out.  2017. GALVÃO, Dennyse Oliveira; PEREIRA, Carlos Ticiano Duarte; FORTI, Maria do Carmo Pagan. Transtorno explosivo intemitente: revisão de literatura. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2015 Maio/Ago;19(2):130-145. Disponível em <o/Ago;19(2): 130-145. http://www.revneuropsiq.com.br>. acessos em  16  out.  2017. CALAZANS, Vânia. Mente Impulsiva, Comportamento Explosivo, Transtorno Explosivo Intermitente. 1.ed. Novo Hamburgo:  Sinopisys, 2017. v. 1, 14p.

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Compaixão

O amor e a compaixão são necessidades. Sem eles a Humanidade não pode Sobreviver. Não podemos controlar todas as nossas sensações e sentimentos. Quando queremos evitar sentir certas sensações e sentimentos, passamos a restringir ou evitar determinados comportamentos. Na medida em que não podemos controlar o que acontece, percebemos que necessitamos aceitar e focar a nossa atenção no que podemos fazer. Afinal, o comportamento não é determinado pelos sentimentos.   Uma pessoa pode sentir tristeza e agir. Vivendo mais no presente e aceitando a presença de sensações físicas não muito agradáveis, veremos que as sensações são transitórias. Elas passam e por isso deixar de agir por não querer sentir um pouquinho isso ou aquilo vai limitar em muito o nosso campo de ações e os nossos resultados. A autocrítica é um processo complexo com diferentes formas e funções. Uma das funções objetiva a autocorreção como, por exemplo, impedir uma pessoa decometer erros ou manter a pessoa “na linha”, alertando-a para os erros e fazendo com que se esforce para alcançar os seus objetivos. Outra função é a de se prejudicar ou se vingar, por raiva ou desprezo de si mesmo, ou tentar se livrar dos aspectos ruins ou maus de si mesmo. Estas formas de autocrítica estão altamente associadas com a vergonha e o humor depressivo. Para as pessoas propensas a sentir muita vergonha, a se autoatacar, a se autoculpar ou a se autocriticar, esses comportamentos podem ser vistos como estratégias de segurança ou de autorre- gulação, o que requer do terapeuta muito cuidado na abordagem das suas origens e funções antes de trabalhar com elas. Ao invés de tentar identificar esses processos como comportamentos / pensamentos distorcidos ou mal-adaptativos, eles podem ser entendidos como “comportamentos de segurança”, em que a pessoa está fazendo o melhor que pode para lidar com as situações dolorosas, memórias e emoções. Pontua-se o fato de que os sentimentos e pensamentos são reações automáticas e que podem surgir como resultado do nosso sistema evolutivo de emoções e condicionamentos passados e, por isso, não seria “nossa culpa” (Gilbert, 2010). O que é compaixão e em que é diferente da empatia ou do altruísmo? A definição de compaixão é muitas vezes confundida com a da empatia. Empatia, conforme definido pelos pesquisadores, é a experiência visceral e emocional dos sentimentos de outra pessoa. É, em certo sentido, um espelhamento automático da emoção do outro. O altruísmo é uma ação que beneficia alguém, que pode ou não ser acompanhada por empatia ou compaixão, como por exemplo, no caso de se fazer uma doação com benefícios fiscais. Embora estes termos estejam relacionados com compaixão, eles não são idênticos. A compaixão muitas vezes, é claro, envolve uma resposta empática e um comportamento altruísta. No entanto, a compaixão é definida como a resposta emocional ao perceber o sofrimento e envolve um desejo autêntico de ajudar. Embora os economistas tenham argumentado o contrário, um crescente corpo de evidências sugere que, em nosso núcleo, os animais e os seres humanos têm o que DacherKeltner, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, chamou de um “instinto de compaixão.” Em outras palavras, compaixão é uma resposta natural e automática que tem garantido a nossa sobrevivência. Jean Decety, da Universidade de Chicago, mostrou que até mesmo os ratos são levados a simpatizar com outro rato em sofrimento, e sair de seu caminho para ajudá-lo. Estudos com chimpanzés e bebês humanos, jovens demais para terem aprendido as regras da boa educação, também reforçam essas alegações. Michael Tomasello e outros cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, descobriram que as crianças e os chimpanzés espontaneamente engajam-se em um comportamento prestativo, e até mesmo superam obstáculos para fazê-lo. Eles aparentemente fazem isso com uma motivação intrínseca, sem expectativa de recompensa. Um estudo recente indica os diâmetros da pupila dos bebês (uma medida de atenção) diminuem tanto quando eles ajudam como quando vêem alguém prestando ajuda, sugerindo que não estão simplesmente ajudando por serem gratificados. Parece ser o alívio do sofrimento que traz a recompensa – quer se engajem diretamente ou não na ajuda. Uma pesquisa recente de David Rand, da Universidade de Harvard, mostra que, em adultos e crianças, o primeiro impulso é o de ajudar os outros. Dale Miller, da Universidade de Stanford, sugere que este é também o caso dos adultos; no entanto, esse impulso de ajudar pode ser suprimido, por se preocuparem com a opinião de outros quanto a estarem agindo por auto-interesse. Não é de surpreender que a compaixão seja uma tendência natural, uma vez que é essencial para a sobrevivência humana. O termo “sobrevivência do mais apto”, muitas vezes atribuída a Charles Darwin, foi realmente criado por Herbert Spencer e darwinistas sociais que queriam justificar a superioridade da raça e da classe. Um fato menos conhecido é que a obra de Darwin é melhor descrita com a frase “sobrevivência do mais bondoso.” Na verdade, em The Descentof Man and Selection In Relationto Sex, Darwin defendeu “a maior força dos instintos sociais ou maternos do que a de qualquer outro instinto ou motivo”. Em outra passagem, ele comenta que “as comunidades, que incluíram o maior número de membros mais simpáticos, floresceram melhor, e geraram maior número de descendentes”. A compaixão pode ser, de fato, um traço adaptativo e de evolução natural. Sem ele, a sobrevivência e o florescimento de nossa espécie teria sido improvável. A construção de um compromisso afetivo, a aceitação do momento presente e convicção dos próprios valores pessoais contribuem para o enfrentamento dos desafios e obstáculos na dinâmica da vida. Através do autoconhecimento vamos descobrir os seus valores mais importantes e encontrar o seu porquê, o que motiva a continuar em busca de seus próprios objetivos. A Supere Psicologia avalia e contribui na mudança de comportamento e ensinando recursos e habilidades para adaptar as condições. A Equipe da Supere Psicologia está a disposição e estima sua melhor qualidade de vida!   Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Email alessandro@superepsicologia.com.br   Capítulo: O que é Terapia de Aceitação e Compromisso. Autora: Michaele Terena Saban. Livro: Terapias Comportamentais de Terceira Geração. Guia

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.