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CIÚME

CIÚME EXCESSIVO #janeirobranco “Você deixou de fazer coisas que gostava por conta de seu relacionamento amoroso?” O ciúme excessivo é uma característica comportamental de cuidar e prestar atenção ao parceiro amado de forma repetitiva e controladora além do esperado em uma relação amorosa, diferente do ciúme “normal”, que é aquele baseado em fatos (SOPHIA; TAVARES; ZILBERMAN, 2007). O ciúme “normal” ocorre em função de uma ameaça real que possa surgir no relacionamento, já o ciúme excessivo/patológico, persiste devido ausência de qualquer ameaça real (Pines, 1992). O ciúme excessivo é um sintoma muitas vezes herdado de outros transtornos, como o transtorno obsessivo convulsivo (TOC) onde o sujeito possui pensamentos obsessivos ou compulsões. Como também pode ser herdado devido o transtorno de personalidade delirante, onde a pessoa possui a idéia fixa de que o outro está fazendo algo de ruim contra ele(a). Geralmente se caracteriza em ver coisas com recorrência na relação amorosa achando que o parceiro(a) esteja traindo. Esses comportamentos podem ser aprendidos de acordo com identificação dos pais, como também pode ser de herança genética ou até mesmo experiências dolorosas de outros relacionamentos. A pessoa que tem o ciúme excessivo possui um medo de perder a pessoa amada e tem uma ligação ao campo afetivo e emocional na relação. Ocorre de acordo com a intensidade de emoções alteradas podendo ter idéias fixas e delirantes de forma fantasiosa. Algumas características no ciúme excessivo são bastante importantes a serem identificados e geralmente quando o parceiro(a) se distancia ou quando estão brigados, o sujeito que possui o ciúme excessivo costuma sentir sensação de abstinência, angustia, taquicardia ou grande quantidade de suor sempre que surge a mesma situação ou evento. Existe também um padrão de preocupação de maneira excessiva sem conseguir diminuir a atenção e o cuidado que presta ao seu(sua) parceiro(a). Tira a vítima do convívio de familiares e amigos, controla a forma de seu(sua) parceiro(a) se vestir, regula o horário quando ele(a) sai, e chega até gastar muito tempo para controlar/monitorar as atividades mantendo a senha das redes sociais do facebook ewhatsApp, como também chega até fazer ligações para o telefone para ver onde ele(a) está. Muitas vezes ele(a) deixa de fazer as coisas de que gostava de fazer devido o tempo que gasta com o controle excessivo do relacionamento e trazendo problemas para sua vida pessoal, do parceiro e familiar (ABREU; TAVARES; ATHANÁSSIOS, 2008). Fatores familiares podem ser associados a esse comportamento, como abuso de substâncias de álcool e outras drogas. Embora o ciúme excessivo venha crescendo cada dia na sociedade, ainda não existe dados confiáveis sobre a freqüência na população no âmbito do controle estatísticos dos eventos relacionados com saúde (SOPHIA; TAVARES; ZILBERMAN, 2007). Os fatores cognitivos, comportamentais e afetivos na relação amorosa entre o casal estão relacionados aos vínculos quando na infância, se caracterizam de forma singular através das experiências emocionais registradas quando criança. Essas experiências iniciais são: Necessidades de ser amada e querida Apego ansioso/ambivalente Medo de rejeição, abandono, perda, frustração (angustia) Internalização dos vínculos (mãe bebê) Ausência de instabilidade ou amor Situações estressantes De acordo com a literatura, é na fase da adolescência onde surge o ciúme excessivo e ele se desenvolve como um padrão no relacionamento proporcionando alívio da sensação de angustia movida pela ausência ou carência afetiva. Estudo da neurobiologia vem crescendo após os avanços da neurociência onde o sistema dopaminérgico cortiço-estrial apontam as regiões específicas do cérebro na sensação de estar apaixonado (ROBINSON, 1993). Atualmente, a terapia cognitiva comportamental (TCC) é a mais indicada para o tratamento, pois existem evidências científicas com resultados satisfatórios com foco na relação terapêutica voltada para acolher o paciente em sua singularidade e ajudando a identificar suas emoções e sentimentos dolorosos com a reparação de padrões de pensamento disfuncional através da psicoeducação, pois muitas vezes o sintoma costuma evoluir e o paciente pode chegar ao desespero ao rompimento do relacionamento. Os antidepressivos e os estabilizadores de humor também é uma forma de conter o ciúme quando passado pelo psiquiatra. Para esse caso, a vítima do ciúme também precisará ter o acompanhamento do profissional de saúde para melhoria do processo. Na análise do Comportamento, os eventos de privação e controle na relação amorosa no ciúme excessivo, estão relacionados ao condicionamento reflexo e operante descrito por Skinner, (1989/1991). O condicionamento reflexo é capaz de provocar respostas que podem ter reações fisiológicas quando o indivíduo descreve quando estiver com ciúme, como sudorese, taquicardia, aperto no peito e na garganta ou perda de controle. Já o condicionamento operante contribui para o entendimento de forma como se estabelece/ocorre essa fisiologia e o que esse sujeito faz diante dessa sensação e porque faz. Sendo assim, sempre que houver privação e controle na relação sem que o parceiro(a) sinta-se à-vontade, a relação passa a fazer parte de uma dependência entre os eventos de acordo com as contingências. Existe uma grande diferença na comunicação entre cônjuges que fere os sentimentos um do outro durante uma conversação (Gottman, et al., 1976). E é na interação/comunicação do casal que existem alguns comportamentos que causam conflitos que servem de gatilhos emocionais causando desavenças e exigências injustas (Christensen; Jacobson, 2000). O treinamento em resolução de problemas ensina aos casais estratégias concretas para lidar com esses problemas, que invariavelmente afloram durante o relacionamento do casal (VANDENBERGHE, 2008). Segundo Falcone (2001 a, p. 202), “As habilidades sociais têm sido relacionadas à melhor qualidade de vida, a relações interpessoais mais gratificantes, à maior realização pessoal e ao sucesso profissional”. Sendo assim, o papel do THS, como uma estratégia de intervenção complementar, também pode auxiliar nos casos de ciúme excessivo como também na dinâmica interpessoal de cada indivíduo em seu sofrimento. A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado! Flávio Minervino flaviosilva2403@hotmail.com Estudante de Psicologia FAFIRE Referências ROBINSON, T. The neural basis of drug craving: An incentive-sensitization theory of addiction. Brain Research Reviews, v. 18, n. 3, p. 247–291, dez. 1993.  SOPHIA, E. C.; TAVARES, H.; ZILBERMAN, M. L. [Pathological love: is it a new psychiatric disorder?]. Revista brasileira de psiquiatria (Sao Paulo,

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PROGRAMA MOTIVAÇÃO & RESILIÊNCIA

“Motivação + Auto-eficácia = Agir em direção a uma meta.” O conceito de Motivação está relacionado a necessidades humanas. A auto-eficácia é um conceito fundamental na autoconfiança. Trata-se de uma palavra criada por Bandura para descrever a crença ou confiança que uma pessoa tem na sua própria capacidade para completar uma determinada tarefa ou resolver um problema. A diferença de objetivo e meta, é que a meta é um objetivo com prazos. Para se manter motivado e autoeficaz é muito importante pensamentos e atitudes flexíveis. O poder do pensamento flexível está em sua tremenda força adaptativa e em sua capacidade de autorregulação e crescimento interno. Uma pessoa que desenvolveu uma atitude critica, lúdica, rebelde, justa, integradora e pluralista criou um estilo de vida aberto e altamente saudável. Ela não só viverá melhor, mas também contribuirá para o bem-estar de sua continuidade: uma mente flexível gera menos estresse, mais felicidade e menos violência. Segundo Nietzsche, a mente flexível identifica-se com: “Querer chegar a ser o que somos, seres humanos novos, únicos, incomparáveis, que regulam a si mesmos, criam a si mesmos”. Segundo Cvijetic, destaca: 13 coisas que você deve abandonar se quiser ser bem-sucedido, são: 1. Abandone estilos de vida que não sejam saudáveis 2. Abandone a mentalidade de curto prazo 3. Não pense “pequeno” 4. Abandone suas desculpas 5. Desista da mentalidade fixa 6. Abandone a crença na “Bala Mágica” 7. Desista do perfeccionismo 8. Desista de ser multitarefa 9. Desista da sua necessidade de controlar tudo 10. Desista de dizer SIM para coisas que não levam aos seus objetivos 11. Abandone pessoas tóxicas 12. Abandone sua necessidade de ser apreciado 13. Abandone sua dependência de redes sociais e televisão Organize seus horários conforme as prioridades. Quanto mais controle você exercer sobre os horários, maior será o domínio que terá sobre o rumo de sua vida. Aceite o fato de que provavelmente não será possível fazer tudo o que consta de sua lista de afazeres. Não se aborreça, pois algumas vezes é necessário apenas ser em vez de fazer. Além disso, você sabe que fará as coisas mais importantes. Procure concentrar-se na tarefa do momento. Estudos científicos recentes comprovam que a execução simultânea de múltiplas tarefas não é tão eficiente quanto se imagina. Veja algumas dicas: Use o mesmo calendário ou agenda para trabalho e atividades pessoais, sendo necessário consultar todos os dias. Elabore horários flexíveis. Deixe sempre um intervalo de alguns minutos entre seus compromissos para prevenir problemas criados por eventuais atrasos e acontecimentos imprevistos. Reserve em seu horário diário alguns momentos para relaxar. Seu corpo, sua mente e seu espírito precisam disso. Programe uma hora todos os dias para trabalhar em projetos ou objetivos de longo prazo. Dedique-se uma vez por semana às tarefas administrativas de sua casa: arquivar, pagar contas e comprar suprimentos, entre outras coisas. Programe tarefas mais difíceis – aquelas que exigem criatividade e tomada de decisões – para o período do dia em que você está com mais energia e disposição. Programe as tarefas de rotina, como limpeza da casa, em intervalos regulares. Isso ajudará você a manter os afazeres domésticos bem organizados sem ficar sobrecarregado. Poupe seu tempo agrupando tarefas semelhantes. Verificar o que precisa de manutenção periodicamente para evitar imprevistos e reparos de ultima hora. Quando marcar compromissos em sua agenda, anote também um numero de telefone para avisar ou confirmar alguém em caso de necessidade. Monitore horários para compromissos e eventos da família. Elabore uma lista geral de compromissos e reduza lista de tarefas por dias. Adote o princípio “80 por 20”, sendo 20% das tarefas de sua lista diária representam prioridade (urgente) e concentre energia na execução destas tarefas. Categorize tarefas conforme suas metas a curto, médio e longo prazo de acordo com a prioridade entre urgente, muito importante e importante. Reduza as possibilidades de distração enquanto você trabalha. Deixe as chamadas com a secretaria ou peça ajuda em casa. Feche o programa de emails ou abaixe o volume dos aparelhos para não ouvir o aviso de entradas de mensagens. Se você tem dificuldade de “dizer não”, peça algum tempo para pensar. Talvez uma recusa se torne mais fácil quando não existe pressão para dar uma resposta imediata. Delegue para outros as tarefas que não cabe a você, exceto em situação de cooperação para fortalecer atividades em equipe. Cuidado com papeis lembrete de tarefas a realizar. Organize ao longo do ano os documentos para declaração de imposto de renda. Não fique sobrecarregado pensando em todo o trabalho que você precisa fazer. Simplesmente faça o que puder hoje. Para atingir as metas depende do planejamento, flexibilidade e da organização sobre os aspectos da vida que queira alcançar. Vamos aplicar? Analise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades. A psicoterapia cognitivo comportamental colabora com sua autoanálise e a Supere Psicologia estará sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br Riso, Walter. A arte de ser flexível: de uma mente rígida a uma mente livre e aberta à mudança. Porto Alegre, L&PM, 2013. p. 171. Smallin, Donna. Organize-se num minuto: 500 dicas para pôr ordem em sua vida. São Paulo: Editora Gente, 2005. Zdravko Cvijetic & Malagueta Criativa. 13 coisas que você deve abandonar se quiser ser bem-sucedido. Link https://awebic.com/humanidade/bem-sucedido/. Acessado em 06/01/2018.

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PROGRAMA MOTIVAÇÃO & RESILIÊNCIA

“A Vitalidade é demonstrada não apenas pela persistência,  mas pela capacidade de começar de novo.” (F. S. Fitzgerald) A Vitalidade e a Persistência são palavras-chave para refletir sobre nossa motivação e analisar sobre as mudanças que precisamos fazer. Sabemos que o processo de mudança não é fácil! Nesta frase provocadora o autor Francis Scott Key Fitzgerald (1896-1940), conhecido como F. S. Fitzgerald, foi um dos mais importantes escritores da chamada Geração Perdida da literatura norte-americana, nos alerta sobre a capacidade de começar de novo, ou de recomeçar. A automotivação requer que reconheçamos os problemas, analisar as preocupações, intenção de mudar e o otimismo, segundo Miller & Rollnick. O processo de mudança pode ser destacado na intenção e no otimismo. Ellis oferecer dicas na adaptação de pensamentos e comportamentos diferenciando a vontade e a força de vontade. Segundo Ellis, os termos vontade e força de vontade parecem semelhantes, mas, na verdade, são diferentes. O principal significado da palavra vontade é escolha ou decisão. Você escolhe fazer ou não fazer alguma coisa, você decide fazer ou não fazer uma coisa. Como ser humano, você possui certo grau de vontade, escolha e decisão. A vontade de mudar significa simplesmente uma escolha – você decide mudar. Depois de tomar a decisão, você se empenha (ou não) em levá-la ao término. Força de vontade é algo diferente e mais complicado. Quando a pessoa tem a força de vontade, ela tem o poder de tomar uma decisão e de colocá-la em prática. Esse processo inclui vários passos: 1- Decisão – exemplo, tornar-se uma pessoa mais ponderada e menos afetável: “Ser uma pessoa menos afetável é uma qualidade valiosa. Farei tudo o que for possível para adquirir essa qualidade!”. 2- Tomar a Resolução – colocar em prática a sua decisão; ou seja, tomar todas as providências necessárias para isso: “Por mais difícil que seja, vou me tornar uma pessoa menos afetável! Estou determinado a não poupar esforços para conseguir isso!”. 3- Aprender – o que fazer e o que não fazer, para efetivamente pôr em prática a decisão: “Para me tornar menos afetável, mudarei minha forma de pensar, de sentir e de agir. Em especial, pararei de reclamar das adversidades com que me defrontar e deixarei de ter expectativas intransigentes e de exigir que isso ou aquilo tenha de acontecer de qualquer maneira ou não possa de jeito nenhum acontecer!”. 4- Começar a Agir – com base em sua determinação e sua consciência: “Em vez de dizer a mim mesmo que certas situações frustrantes não poderiam acontecer na minha vida, e me sentir revoltado e inconformado porque acontecem, convencerei a mim mesmo de que tais situações ocorrem, que posso lidar com elas, que posso tentar mudá-las e que posso aceitá-las, mesmo não gostando, caso não possa mudá-las. Eu consigo fazer isso, vou fazer, e a partir deste instante vou me forçar a fazer. Cada vez que me sentir horrorizado diante das adversidades, reconhecerei que estou sendo exigente, intransigente e implacável e reeducarei a mim mesmo para aceitá-las, em vez de ficar me lamuriando e me modificando. Mudarei o que eu conseguir mudar e aceitarei o que não for possível mudar. Eu sei que consigo, e vou começar já!”. 5- Agindo para Mudar – você continua firme e persistente em sua decisão de mudar, em sua determinação de mudar, em seu constante aprendizado e identificação de como você pode mudar, e na aplicação desse conhecimento, agindo de acordo com ele. “Agora que estou abandonando minhas exigências e transformando-as em preferências, agora que estou aceitando as condições adversas que não modificar, em vez de reclamar delas, vou prosseguir nessa linha para continuar progredindo e cobrindo maneiras melhores de ajudar a mim mesmo, e também vou continuar me esforçando e tomar atitudes para mudar!”. 6- E se tiver Recaída – você pode decidir, outra vez, enveredar por um caminho mais positivo e produtivo. Pode rever as maneiras de mudar, recupera a determinação e o conhecimento de como chegar lá. Recomece seu fortalecimento para ter menos recaída e trabalhar a fim de SUPERAR qualquer eventualidade no futuro. A força de vontade significa ação, o trabalho que você realiza para acrescentar pode à sua vontade. Talvez haja outras maneiras de obter força de vontade, sem sempre com trabalho e esforço, mas lembre-se a vida raramente oferece atalhos. Analise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades. A psicoterapia cognitivo comportamental colabora com sua autoanálise e a Supere Psicologia estará sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br Miller & Rollnick. Entrevista motivacional. Porto Alegre: Artmed, 2001. Cap. 6. Ellis. Como conquistar sua própria felicidade. Ed. Best Seller. Cap. 5

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Cleptomania: prazer ou sofrimento?

A cleptomania é um tipo de transtorno psiquiátrico caracterizado pela necessidade de roubar objetos (Ey, 1969). No DSM – V, ou a CID-10, a cleptomania é classificada como o transtorno do controle dos impulsos e de conduta, onde a pessoa apresenta dificuldade em gerir o seu autocontrole das emoções e do comportamento. É considerada também, uma impulsividade diferente da compulsão e uma diferença entre o roubo intencional. Indivíduos que possuem o transtorno psiquiátrico de cleptomania se comportam no ato do roubo sem conseguir controlar a impulsividade causando perigo ou dano, com sentimento prazeroso durante o ato como também na realização após o evento. Esse transtorno psiquiátrico é raro e ocorre em aproximadamente 0,3-0,6% da população. Sinais podem ser identificados na fase entre a infância mediante as experiências iniciais e a adolescência como também por fatores genéticos. A cleptomania também tem sido associada a uma menor qualidade de vida e atinge pessoas independente de classe social causando de forma negativa propensão a conseqüências bastante constrangedoras. Após o ato de roubar, o sujeito descarta o produto, presenteia alguém ou chega até acumular o produto sem necessidade de utilizá-lo com sentimento angustiante de vergonha ou culpa. Pessoas que possuem a cleptomania, também passa pela angustia de não ser compreendida pela família e a sociedade, pois ainda existem vários preconceitos pela intolerância em conhecer e identificar o transtorno e que muitas vezes se sentem inibidas no campo da afetividade. O roubo patológico se apresenta muitas vezes na adolescência tanto no homem quanto na mulher. Muito embora, na mulher também apresenta de forma mais clara na fase adulta.  A literatura científica ainda não possui relatos de aprovação de medicamento específicos para a cleptomania. Muito embora, artigos apontam uma variedade de medicamentos farmacológicos como antidepressivos com ação serotoninérgica ou estabilizadores de humor que contribui para a resposta do paciente mantendo o controle da impulsividade quando passado pelo psiquiatra. A terapia cognitiva comportamental também é indicada para melhora do paciente através do acolhimento empático e colaborativo através da psicoeducação e fazendo que a pessoa entre em contato de suas próprias emoções com mais qualidade de vida.  A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado!   Flávio Minervino flaviosilva2403@hotmail.com Estudante de Psicologia FAFIRE Referências Abreu, C., Tavares, H. & Cordas, T. (2007). Manual clínico dos Transtornos do Controle dos Impulsos. Porto Alegre: Artmed. American PsychiatricAssociation. Manual Diagnóstico e Estatísticodos Transtornos Mentais (DSM-IV). 4 ed. Porto Alegre: ArtesMédicas; 1994. EY, H.; P. BERNARD, P.; BRISSET, C. Tratado de psiquiatría. Barcelona: Toray-Masson, 1969. P. 362. RIBEIRO, Otacílio José. Cleptomania: quem roubou o meu afeto. Reverso, Belo Horizonte , v. 38, n. 72, p. 39-44, dez. 2016 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952016000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 nov. 2017. Grant JE, Kim SW. Quality of life in kleptomania and pathological gambling. Compr Psychiatry. 2005;46:34-7. KIM, Hyoun S. et al . Impairments of kleptomania: what are they?. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 39, n. 3, p. 279-280, Sept. 2017 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462017000300020&lng=en&nrm=iso>.access on 08 Nov. 2017.

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Quando o Jogo se torna um vício

Jogo Patológico Jogo patológico é um transtorno psiquiátrico advindo de fatores da personalidade. Existe uma relação no campo de pesquisas com dependência de substancias, onde as sensações são descritas como similares ao uso de pessoas com dependência de droga (Holden, 2001).  Na literatura, alguns autores consideram como uma relação com o transtorno obsessivo compulsivo. Na área da neuropsicologia, existe uma grande relação com a alteração da atenção. Para o DSM-IV, esse transtorno psiquiátrico está classificado a transtornos de controle de impulsos.  Para entendimento de forma clara, trazemos a diferença entre o normal e o patológico sobre esse transtorno. Existe uma grande diferença para um jogador social e um jogador que seja de ordem patológica. O jogador social mantem um controle ao parar de jogar independentemente se estiver ganhando ou perdendo, como também não há influencias em sua auto-estima quando deposita suas esperanças no jogo. Diferente do jogador social, o jogador de ordem patológica possui uma impulsividade de forma alterada para jogar de forma compensatória onde muitas vezes a depender do resultado do jogo eles acabam se sentindo superiores e importantes sem dar conta das suas emoções. Para Tavares, 2000 esta forma compulsiva de jogar está relacionada à fuga de sentir sensações e emoções desagradáveis ao longo do desenvolvimento na construção da personalidade e de cada pessoa, as vezes mantendo uma angustia e sintomas de ansiedade. Mediante os problemas que esse transtorno pode causar, Shaffer, Hall e Vander Bilt (1999), criaram uma classificação do impacto que o jogo poderia causar: Nível 0: pessoas que não praticam qualquer tipo de aposta. Nível 1: pessoas que praticam alguma forma de apostar com freqüência variada, mais não apresentam problemas decorrentes do jogos de azar. Nível 2: pessoas que jogam e apresentam problemas decorrentes da apostas, mas que ainda não preenchem todos os critérios para a formulação do diagnóstico de jogo patológico. Nível 3: engloba jogadores patológicos, sendo o nível mais grave quanto á ocorrência de problemas decorrentes do jogo. CANTILINO & MONTEIRO (2017) destacam que em nossa sociedade, existe uma grande oscilação ao longo do tempo entre os níveis 2 e 3, o que traz prejuízo recorrente para vida pessoal, econômica familiar e socialdevido a realização da aposta e o seu resultado que influencia também o uso de álcool. Os tipos de jogos destinam-se a: Máquinas de bingo, jogos de cassino, loterias e jogo do bicho. Sendo assim, a dificuldade de lidar com as emoções negativas ou frustrantes, gera no jogador compulsivo a busca de chegar a vitória. Muitas vezes esses jogadores chegam a busca de tratamento na clinica devido a orientação da família, muito embora quando chega ao estado crítico de socorro, faz-se necessário a família ter conhecimento do caso para identificar a problemática e prevenir ou promover um prognóstico favorável através da psicoeducação e tratamento estabelecido pelo psicólogo na perspectiva cognitivo comportamental. A Supere Psicologia desenvolve habilidades e ensina meios de regulação emocional. A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado! Flávio Minervino flaviosilva2403@hotmail.com Estudante de Psicologia FAFIRE   Referências Abreu, C., Tavares, H. & Cordas, T. (2007). Manual clínico dos Transtornos do Controle dos Impulsos. Porto Alegre: Artmed. American PsychiatricAssociation. Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-IV). 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 1994. CANTILINO, Amaury; MONTEIRO, Dennison Carreiro. Psiquiatria clínica: Um Guia para Médicos e Professores de saúde Mental. 1 ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2017. 496 p. Holden, C. (2001). “Behavioral” addictions: do they exist? Science, 294(5544), 980-982. Tavares H. Jogo patológico e suas correlações com o espectro impulsivocompulsivo. Tese de Doutorado. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2000.

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Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), segundo CALZANS (2017), configura-se por episódios fracassados de resistir a impulsos agressivos, resultando em agressões sérias e destruição de propriedades. De acordo com GALVÃO, PEREIRA e FORTI (2015), para que seja configurado o TEI, as explosões de raiva devem ocorrer pelo menos duas vezes por semana e no caso de destruição de propriedade ou danos físicos a terceiros a frequência deve ser de pelo menos três vezes ao ano. O diagnóstico é feito por exclusão, pois, outras desordens mentais como os Transtornos de Personalidade Bordeline e o Antissocial, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, o Transtorno de Conduta, O Transtorno Pssicótico e o Transporto Afetivo Bipolar, por exemplo, também têm como características episódios de comportamento agressivo. (BARRETO, ZANIN e DOMIGOS, 2009) Alguns fatores contribuem para o desenvolvimento deste transtorno como os ambientais. Neste caso, cabem citar ocasiões vividas por estes indivíduos no período da infância como exposição à violência e dificuldades dos seus cuidadores em controlar seus impulsos violentos, além de situações de estresse como, por exemplo, perda de emprego.(GALVÃO, PEREIRA e FORTI, 2015) É possível inferir que nesse tipo de transtorno geralmente indivíduos agem dessa forma baseados em suas concepções sobre justiça, por se sentirem injustiçados. A Terapia Cognitiva Comportamental tem se mostrado eficiente para ajudar pacientes com (TEI).  Nesse caso, cabem destacar a análise de erros lógicos ou de pensamentos, além de ferramentas como o registro de pensamentos disfuncionais e técnicas de controle da raiva por meio de exercícios de relaxamento, treino de habilidade sociais e técnicas de resolução de problemas e prevenção de recaídas. Por meio de uma relação terapêutica colaborativa baseada na confiança. A Supere Psicologia desenvolve habilidades e ensina meios de regulação emocional. A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado! Renta Patrícia Tavares de Lucena. Psicóloga Clínica Cognitivo-comportamental e Organizacional. renapatl@yahoo.com.br Referências BARRETO, Tania Maria da Cunha Doutel; ZANIN, Carla Rodrigues; DOMINGOS, Neide Aparecida Micelli. Intervenção cognitivo-comportamental em transtorno explosivo intermitente: relato de caso. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 5, n. 1, p. 62-76, jun.  2009 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872009000100006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  16  out.  2017. GALVÃO, Dennyse Oliveira; PEREIRA, Carlos Ticiano Duarte; FORTI, Maria do Carmo Pagan. Transtorno explosivo intemitente: revisão de literatura. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2015 Maio/Ago;19(2):130-145. Disponível em <o/Ago;19(2): 130-145. http://www.revneuropsiq.com.br>. acessos em  16  out.  2017. CALAZANS, Vânia. Mente Impulsiva, Comportamento Explosivo, Transtorno Explosivo Intermitente. 1.ed. Novo Hamburgo:  Sinopisys, 2017. v. 1, 14p.

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Compaixão

O amor e a compaixão são necessidades. Sem eles a Humanidade não pode Sobreviver. Não podemos controlar todas as nossas sensações e sentimentos. Quando queremos evitar sentir certas sensações e sentimentos, passamos a restringir ou evitar determinados comportamentos. Na medida em que não podemos controlar o que acontece, percebemos que necessitamos aceitar e focar a nossa atenção no que podemos fazer. Afinal, o comportamento não é determinado pelos sentimentos.   Uma pessoa pode sentir tristeza e agir. Vivendo mais no presente e aceitando a presença de sensações físicas não muito agradáveis, veremos que as sensações são transitórias. Elas passam e por isso deixar de agir por não querer sentir um pouquinho isso ou aquilo vai limitar em muito o nosso campo de ações e os nossos resultados. A autocrítica é um processo complexo com diferentes formas e funções. Uma das funções objetiva a autocorreção como, por exemplo, impedir uma pessoa decometer erros ou manter a pessoa “na linha”, alertando-a para os erros e fazendo com que se esforce para alcançar os seus objetivos. Outra função é a de se prejudicar ou se vingar, por raiva ou desprezo de si mesmo, ou tentar se livrar dos aspectos ruins ou maus de si mesmo. Estas formas de autocrítica estão altamente associadas com a vergonha e o humor depressivo. Para as pessoas propensas a sentir muita vergonha, a se autoatacar, a se autoculpar ou a se autocriticar, esses comportamentos podem ser vistos como estratégias de segurança ou de autorre- gulação, o que requer do terapeuta muito cuidado na abordagem das suas origens e funções antes de trabalhar com elas. Ao invés de tentar identificar esses processos como comportamentos / pensamentos distorcidos ou mal-adaptativos, eles podem ser entendidos como “comportamentos de segurança”, em que a pessoa está fazendo o melhor que pode para lidar com as situações dolorosas, memórias e emoções. Pontua-se o fato de que os sentimentos e pensamentos são reações automáticas e que podem surgir como resultado do nosso sistema evolutivo de emoções e condicionamentos passados e, por isso, não seria “nossa culpa” (Gilbert, 2010). O que é compaixão e em que é diferente da empatia ou do altruísmo? A definição de compaixão é muitas vezes confundida com a da empatia. Empatia, conforme definido pelos pesquisadores, é a experiência visceral e emocional dos sentimentos de outra pessoa. É, em certo sentido, um espelhamento automático da emoção do outro. O altruísmo é uma ação que beneficia alguém, que pode ou não ser acompanhada por empatia ou compaixão, como por exemplo, no caso de se fazer uma doação com benefícios fiscais. Embora estes termos estejam relacionados com compaixão, eles não são idênticos. A compaixão muitas vezes, é claro, envolve uma resposta empática e um comportamento altruísta. No entanto, a compaixão é definida como a resposta emocional ao perceber o sofrimento e envolve um desejo autêntico de ajudar. Embora os economistas tenham argumentado o contrário, um crescente corpo de evidências sugere que, em nosso núcleo, os animais e os seres humanos têm o que DacherKeltner, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, chamou de um “instinto de compaixão.” Em outras palavras, compaixão é uma resposta natural e automática que tem garantido a nossa sobrevivência. Jean Decety, da Universidade de Chicago, mostrou que até mesmo os ratos são levados a simpatizar com outro rato em sofrimento, e sair de seu caminho para ajudá-lo. Estudos com chimpanzés e bebês humanos, jovens demais para terem aprendido as regras da boa educação, também reforçam essas alegações. Michael Tomasello e outros cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, descobriram que as crianças e os chimpanzés espontaneamente engajam-se em um comportamento prestativo, e até mesmo superam obstáculos para fazê-lo. Eles aparentemente fazem isso com uma motivação intrínseca, sem expectativa de recompensa. Um estudo recente indica os diâmetros da pupila dos bebês (uma medida de atenção) diminuem tanto quando eles ajudam como quando vêem alguém prestando ajuda, sugerindo que não estão simplesmente ajudando por serem gratificados. Parece ser o alívio do sofrimento que traz a recompensa – quer se engajem diretamente ou não na ajuda. Uma pesquisa recente de David Rand, da Universidade de Harvard, mostra que, em adultos e crianças, o primeiro impulso é o de ajudar os outros. Dale Miller, da Universidade de Stanford, sugere que este é também o caso dos adultos; no entanto, esse impulso de ajudar pode ser suprimido, por se preocuparem com a opinião de outros quanto a estarem agindo por auto-interesse. Não é de surpreender que a compaixão seja uma tendência natural, uma vez que é essencial para a sobrevivência humana. O termo “sobrevivência do mais apto”, muitas vezes atribuída a Charles Darwin, foi realmente criado por Herbert Spencer e darwinistas sociais que queriam justificar a superioridade da raça e da classe. Um fato menos conhecido é que a obra de Darwin é melhor descrita com a frase “sobrevivência do mais bondoso.” Na verdade, em The Descentof Man and Selection In Relationto Sex, Darwin defendeu “a maior força dos instintos sociais ou maternos do que a de qualquer outro instinto ou motivo”. Em outra passagem, ele comenta que “as comunidades, que incluíram o maior número de membros mais simpáticos, floresceram melhor, e geraram maior número de descendentes”. A compaixão pode ser, de fato, um traço adaptativo e de evolução natural. Sem ele, a sobrevivência e o florescimento de nossa espécie teria sido improvável. A construção de um compromisso afetivo, a aceitação do momento presente e convicção dos próprios valores pessoais contribuem para o enfrentamento dos desafios e obstáculos na dinâmica da vida. Através do autoconhecimento vamos descobrir os seus valores mais importantes e encontrar o seu porquê, o que motiva a continuar em busca de seus próprios objetivos. A Supere Psicologia avalia e contribui na mudança de comportamento e ensinando recursos e habilidades para adaptar as condições. A Equipe da Supere Psicologia está a disposição e estima sua melhor qualidade de vida!   Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Email alessandro@superepsicologia.com.br   Capítulo: O que é Terapia de Aceitação e Compromisso. Autora: Michaele Terena Saban. Livro: Terapias Comportamentais de Terceira Geração. Guia

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10 de setembro – DIA MUNDIAL DE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

A prevenção do suicídio é um termo usado para as tentativas coletivas de organizações institucionais, psicólogos e pessoas envolvidas com a saúde, para reduzir a incidência de suicídio. Esses esforços englobam medidas preventivas e pró-ativas nos campos da medicina e da saúde mental, bem como da saúde pública, uma vez que o suicídio não é apenas visto como uma questão de saúde física ou mental. Fatores de risco Outros fatores importantes que deveriam ser considerados, pois seriam mais comuns entre aqueles que tentam suicídios. Planejar o suicídio; Acesso ao método de suicídio; Tentativas anteriores (as duas semanas após a tentativa é que tem mais risco); Eventos estressores recentes (como perda do emprego, morte de ente querido, desastres naturais, guerras, diagnóstico de doença e divórcio); Idade entre 13 e 19 anos (35% dos adolescentes brasileiros entre 13 e 19 anos tem ideação suicida) ou depois dos 65; Rede de apoio social restrita (poucos amigos e cuidadores). Nível sócio-econômico e nível educacional baixos; Traumas, tais como abuso físico e sexual; Baixa auto-estima e desesperança; Questões de orientação sexual (tais como homossexualidade e transsexuais); Pouco discernimento, falta de controle da impulsividade, e comportamentos auto-destrutivos; Poucos recursos (cognitivos, materiais, funcionais e sociais) para enfrentar problemas; Doença física (como HIV) e dor crônica; Exposição ao suicídio de outras pessoas. Mitos sobre o comportamento suicida Erros e preconceitos vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo para formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida. O estigma resulta de um processo em que pessoas são levadas a se sentirem envergonhadas, excluídas e discriminadas. A tabela abaixo ilustra os mitos sobre o comportamento suicida. O conhecimento pode contribuir para a desconstrução deste estigma em torno do comportamento suicida. Mitos sobre o suicídio Mitos Verdades O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio. FALSO. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio. Após o tratamento da doença mental o desejo de se matar desaparece. Quando uma pessoa pensa em se suicidar terá risco de suicídio para o resto da vida. FALSO. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco. As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar a atenção. FALSO. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. Boa parte dos suicidas expressou, em dias ou semanas anteriores, frequentemente aos profissionais de saúde, seu desejo de se matar. Se uma pessoa que se sentia deprimida e pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, normalmente significa que o problema já passou. FALSO. Se alguém que pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, aliviado, não significa que o problema já passou. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode sentir-se “melhor” ou sentir-se aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar. Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive à uma tentativa de suicídio, está fora de perigo. FALSO. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em alto risco. Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco. FALSO. Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem. É proibido que a mídia aborde o tema suicídio. FALSO. A mídia tem obrigação social de tratar desse importante assunto de saúde pública e abordar esse tema de forma adequada. Isto não aumenta o risco de uma pessoa se matar; ao contrário, é fundamental dar informações à população sobre o problema, onde buscar ajuda etc. Fatores de risco e de proteção: como identificar o paciente suicida O reconhecimento dos fatores de risco e dos fatores protetores é fundamental e pode ajudar o profissional de saúde a determinar clinicamente o risco e, a partir desta determinação, estabelecer estratégias para reduzi-lo. Os médicos ainda não podem prever exatamente quem irá se suicidar, mas podem tentar reduzir os riscos. O detalhado conhecimento dos fatores de risco pode auxiliar os médicos a delimitarem populações nas quais os eventos poderão ocorrer com maior frequência. Os dois principais fatores de risco são: tentativa prévia de suicídio e doença mental. A tentativa prévia de suicídio é o fator preditivo isolado mais importante. Pacientes que tentaram suicídio previamente têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar suicídio novamente. Estima-se que 50% daqueles que se suicidaram já haviam tentado previamente. Sabemos que quase todos os suicidas tinham uma doença mental, muitas vezes não diagnosticada, frequentemente não tratada ou não tratada de forma adequada. Os transtornos psiquiátricos mais comuns incluem depressão, transtorno bipolar, alcoolismo e abuso/dependência de outras drogas e transtornos de personalidade e esquizofrenia. Pacientes com múltiplas comorbidades psiquiátricas têm um risco aumentado, ou seja, quanto mais diagnósticos, maior o risco. A tabela abaixo ilustra os principais fatores de risco associados ao comportamento suicida. Principais fatores de risco associados ao comportamento suicida Doenças mentais Aspectos sociais Depressão; Transtorno bipolar; Transtornos mentais relacionados ao uso de álcool e outras substâncias; Transtornos de personalidade; Esquizofrenia; Aumento do risco com associação de doenças mentais: paciente bipolar que também seja dependente de álcool terá risco maior do que se ele não tiver essa dependência. Gênero masculino; Idade entre 15 e 30 anos e acima de 65 anos; Sem filhos; Moradores de áreas urbanas; Desempregados ou aposentados; Isolamento social; Solteiros, separados ou viúvos; Populações especiais: indígenas, adolescentes e moradores de rua. Aspectos psicológicos Condição de saúde limitante Perdas recentes; Pouca resiliência; Personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável;

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.