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Transtorno Desafiador de Oposição

Falta de limites ou recusa de responsabilidades? Cada dia mais preocupados com o comportamento dos filhos, os pais lotam consultórios de médicos e psicólogos em busca de ajuda para questões que vão desde desobediência constante e birra a comportamentos violentos. A internet é uma ferramenta que pode ajudar bastante, mas em muitos casos pode ser grande geradora de estresse por oferecer falsos diagnósticos para pais procurando explicações a respeito do comportamento inadequado dos filhos. O Transtorno Desafiador de Oposição – TOD é um desses problemas que faz com que os pais procurem ajuda para os comportamentos disruptivos de seus filhos. O TOD está englobado na categoria dos transtornos diagnosticados pela primeira vez na infância e adolescência (American Psychiatric Association [APA], 2002), esse quadro psicológico da infância tem uma das maiores prevalências na população em geral e a maior dessa faixa etária que procura por serviços de saúde mental. Os comportamentos desafiadores e oposicionistas são comuns em crianças pré-escolares e adolescentes, como características transitórias do desenvolvimento. Assim sendo, é preciso ter atenção ao fazer tal diagnóstico nessas faixas etárias. Por isso, o TOD só pode ser diagnosticado de acordo com a frequência e persistência dos comportamentos comparados com outras crianças do mesmo gênero, no mesmo estágio evolutivo, social, cultural e ocupacional. Para um diagnóstico deste transtorno, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos mentais – DSM-5, os principais critérios são: Um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com duração de pelo menos seis meses, como evidenciado por pelo menos quatro sintomas de qualquer das categorias seguintes e exibido na interação com pelo menos um indivíduo que não seja um irmão. Humor Raivoso/Irritável: Com frequência perde a calma; Com frequência é sensível ou facilmente incomodado; Com frequência é raivoso e ressentido. Comportamento Questionador/Desafiante: Frequentemente questiona figuras de autoridade ou adultos; Frequentemente desafia acintosamente ou se recusa a obedecer a regras ou pedidos de figuras de autoridade; Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas; Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau comportamento. Índole Vingativa: Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses. Embora os critérios sejam bem definidos, mais uma vez, devemos ter atenção a persistência e a frequência desses comportamentos pois servirá para distinguir entre um comportamento dentro dos limites normais e um comportamento sintomático. No caso de crianças com idade abaixo de 5 anos, o comportamento deve ocorrer na maioria dos dias durante um período mínimo de seis meses, nas crianças maiores de 5 anos o comportamento deve ocorrer pelo menos uma vez por semana, também por no mínimo seis meses. A gravidade varia de acordo com os ambientes em que os sintomas se apresentam, porém não é raro crianças com transtorno de oposição desafiante apresentarem sintomas somente em casa e apenas com membros da família. No entanto, a difusão dos sintomas a outros ambientes é um indicador da gravidade do transtorno. Procurar ajuda para o Transtorno de Oposição Desafiante é essencial não apenas para melhorar a convivência familiar e social da criança ou do adolescente. Os sintomas quando não tratados adequadamente ou insuficientes está relacionado ao desenvolvimento em quase 80% dos transtornos mentais na vida adulta, sendo a maior parte voltado para transtornos depressivos graves e transtornos de ansioso. Há também um relevante aumento do uso abusivo de álcool e outras drogas por jovens com TOD (Caminha, 2011). Acompanhamento psicológico é essencial para administração e remissão dos sintomas. A Terapia Cognitivo-comportamental faz uso de estratégias como (Caballo, 2010): Treinamento de controle da raiva e impulsividade; Métodos comportamentais que auxiliam na organização da rotina, criação de limites e adequação social; Psicoeducação sobre habilidade social, etc. A participação dos pais, responsáveis e familiares próximos, é imprescindível no processo de tratamento. A terapia familiar e o treinamento de pais é essencial para a mudança definitiva desses comportamentos disfuncionais apresentados pela criança ou adolescente com este transtorno. Quaisquer dúvidas sobre o Transtorno Opositor Desafiador e seu tratamento, a equipe da Supere Psicologia está sempre do seu lado.   Renata Allain Psicóloga Especialista em Terapia Cognitivo-comportamental renatallain@hotmail.com American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. Caballo, V.E. & Simón, M.A. (Orgs.). Manual de psicologia clínica infantil e do adolescente: transtorno específicos. São Paulo: livraria Santos, 2010. Caminha, R.M. & Caminha, M.G. (Orgs.). Intervenções e treinamentos de pais na clínica infantil. Porto Alegre: Sinopsys Editora, 2011. Friedberg, R.D. & McClure, J.M. Pratica clinica de terapia cognitiva com crianças e adolescentes. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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Automutilação

Automutilação A automutilação pode ser definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio. Esse comportamento é repetitivo, chegando, em alguns casos, a mais de 100 vezes em um período de 12 meses. As técnicas empregadas costumam ser de baixa letalidade, pois, do contrário, a repetição freqüente não seria possível (Favazza apud Abreu, 2008). Os pacientes que se utilizam dessa pratica podem, em outros momentos, tentar suicídio com overdoses ou com outros métodos convencionais (Stanley, 2001). As formas mais recorrentes de automutilação são cortar a própria pele (70%), bater em si mesmo (entre 21 e 44%) e queimar-se (entre 15 e 35%) (Briere e Gil apud Abreu, 2008). Alguns indivíduos produzem ferimentos na pele, em geral em braços, pernas e áreas expostas, por meio de cortes ou queimaduras, como forma de “autotatuagem”, sendo esta, também, uma forma de identificação do grupo no qual estão inseridos ou de contestação aos padrões culturais vigentes. Essa prática é predominante em adolescentes e adultos jovens e vem aumentando, provavelmente pela maior divulgação nos meios de comunicação. Esse comportamento, muito semelhante ao que foi a tatuagem ou o piercing no seu início, é chamado de skin cutting. Os fatores de risco associados à automutilação citados na literatura são: abuso emocional, físico ou sexual na infância; viver com apenas um dos pais; conflitos familiares; conhecimento de que algum membro da família ou colega pratica automutilação; abuso de álcool e tabaco ou outras substâncias; ser vítima de bulling na adolescência; presença de sintomas depressivos, ansiosos, impulsividade e baixa auto-estima; ideação ou tentativa de suicídio prévia (Whitlock; Eckenrode; Silverman apud Abreu, 2008; Ystgaard et al. apud Abreu, 2008). Transtorno dissociativo associado ou não com transtorno da personalidade borderline também pode ser um fator de risco (Zlotnick; Mattia; Zimmerman apud Abreu, 2008). Principalmente quando ocorre na adolescência casos de abuso físico ou sexual, abuso de álcool na família e de violência familiar na infância estão associados à presença de automutilação (Walsh; Rosen apud Abreu, 2008). A automutilação distingue-se da tentativa de suicídio por três características básicas: letalidade, repetição e intenção ou ideação. Em geral, a primeira apresenta baixa letalidade, com danos físicos variando de superficiais a moderados. Cortar a pele é a forma mais freqüente, seguida de queimá-la e de “se bater” (Favazza; Conterio apud Abreu, 2008). Uma pessoa que corta os punhos em uma tentativa de suicídio tem como intenção a morte; uma outra que, durante um episódio de automutilação, faz um corte superficial na região dos punhos pensa em obter alívio da raiva, e não em morrer. Ao contrário das tentativas de suicídio, na automutilação são recorrentes os relatos de atos repetitivos, podendo situar-se entre 2 e 100 episódios , com média de 21 episódios ao ano (DiClemente, Ponton; Hartley apud Abreu, 2008). Uma terceira e última diferença entre esses dois comportamentos é que não é a intenção nem a ideação suicida que levam ao ato de se ferir no momento da automutilação (Walsh; Rosen apud Abreu, 2008), mas sim a necessidade de alívio para um grande desconforto emocional. Entre os pacientes que se ferem, 34,2% relataram ter pensado ou tentado suicídio pelo menos uma vez, e essa prevalência foi maior quando comparados aos estudantes que não apresentaram automutilação (Whitlock; Eckenrode; Silverman apud Abreu, 2008) Além dos sintomas depressivos e da ideação suicida que esses pacientes podem exibir em paralelo à automutilação, aqueles que desenvolvem a síndrome apresentam alto risco de suicídio em função de se sentirem desmoralizados pelos fracassos em tentar controlar esse comportamento, bem como tristes por terem cicatrizes por todo o corpo ou por se sentirem isolados (Favazza apud Abreu, 2008). A diferenciação está na intenção presente no momento em que se deu o ferimento. A automutilação tem uma prevalência alta tanto na população clínica quanto na população geral. Muitas vezes ocorre entre indivíduos que nunca procuraram uma terapia e que raramente relatam tal comportamento a alguém. Essa tendência a evitar a revelação até mesmo para um profissional da saúde indica que a automutilação é tida como vergonhosa e leva ao isolamento. Considerando também a forte associação desta com ideação ou tentativas de suicídio, é preciso uma anamnese bem – detalhada a fim de identificar comportamento automutilante e fatores associados para reconhecimento dos pacientes em risco. O desenvolvimento de um modelo exploratório e de programas preventivos é necessário, além de estudos para melhor descrição e definição do comportamento. A partir do melhor entendimento da síndrome, será possível propor alternativas terapêuticas mais específicas e eficazes.   Busque e indique a ajuda profissional diante das necessidades. A Supere Psicologia está sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Terapeuta EMDR Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br   Abreu, Cristiano Nabuco de. Manual clínico dos transtornos do controle dos impulsos. Porto Alegre: Artmed, 2008. Cap. 10

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Feliz dia das mães

Feliz dia das mães Mãe São três letras apenas, As desse nome bendito: Três letrinhas, nada mais… E nelas cabe o infinito E palavra tão pequena Confessam mesmo os ateus És do tamanho do céu E apenas menor do que Deus! Mario Quintana Para Badenter (op. Cit) o amor materno é essencialmente adquirido ao longo da evolução social no ocidente um sentimento não inerente à condição da mulher.   O ideal da mãe perfeita construído por cada sociedade em geral e por cada família, em particular, tem influências que podem ser positivas ou negativas para mulher e para a criança, assim como para todos de seus convívios íntimos. Muitas mulheres se sentem atormentadas por pensamentos acerca de estarem, ou não, sendo boas mães: ao mesmo tempo em que a sociedade lhe cobra amarem seus filhos incondicionalmente, muitas vezes elas não vivem dessa maneira. Em alguns momentos sentem raiva de seus filhos, dúvidas e se culpam. Atualmente a maternidade é encarada de forma diferente pelos especialistas e pelas mulheres, especialmente nos centros urbanos ocidentais: socialmente construída, a maternidade é apropriada como elemento determinante para seu reconhecimento como indivíduo, não mais tomada como decorrente da ação de algum instinto. Valores morais e sociais são determinantes sobre o desejo e o dever de ser mãe. “Os valores de uma sociedade são por vezes tão imperiosos que têm um peso incalculável sobre os nossos desejos (BADINTER, 1985, P.16). A família representa o espaço de socialização, de busca coletiva de estratégias de sobrevivência, o local para o exercício da cidadania, possibilidade para o desenvolvimento individual e grupal de seus membros, independentemente dos arranjos apresentados ou das novas estruturas que vêm se formando. Sua dinâmica é própria, afetada tanto pelo desenvolvimento de seu ciclo vital, como pelas políticas econômicas e sociais (CARTER & MC GOLDRINCK 1995, FERRARI & KALOUSTIAN, 2004). A terapia cognitiva comportamental vem realizando acolhimento a mulher para que desenvolva estratégias, fazendo com que você entre em contato com suas emoções e tenha uma melhor qualidade de vida familiar.   Nadja Lúcia Guimarães Psicóloga Clínica, Psicopedagoga CRP: 02/12491   BADINTER.E Um amor conquistado: O Mito do Amor Materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985. CARTER, B; Mc Goldrick (col). As mudanças no ciclo de vida familiar: Uma estrutura para a Terapia familiar. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas – p.7-29, 1995 FERRARI, M; KALOUSTIAN, S.M. Introdução. In: KALOUSTIAN S.M (ORG) Família Brasileira, a base de tudo). 6.ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF, UNICEF, p. 11-5, 2004.

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COMPULSÃO POR COMPRAS

COMPULSÃO POR COMPRAS Preciso realmente disto? Comprar compulsivo, ou oniomania (do grego oné – comprar; mania – loucura), caracteriza-se por um excesso de preocupações e desejos relacionados com a aquisição de objetos e por um comportamento caracterizado pela incapacidade de controlar compras e gastos financeiros (Abreu, 2008). A escolha do comportamento compulsivo se deu em função dos impactos dessa patologia na vida das pessoas. Não tem controle sobre o seu comportamento, aspectos emocionais, sociais e financeiros de sua vida são afetados. O comprador compulsivo, muitas vezes, possui dívidas, emoções negativas, como a culpa, e dificuldade nas relações sociais. Já o consumismo é relevante porque o consumidor passa a orientar toda a sua vida a partir do interesse no consumo (da Silva Schuster, 2016). Dar menos atenção para o futuro é outra característica da compulsão, além de revelar uma falta de capacidade reflexiva e uma tendência a agir sem pensar. Quando essa impulsividade se repete de forma crônica, pode caracterizar um comportamento orientado para a compulsão. Algumas perguntas importantes que não podem faltar na investigação psicológica são (Abreu, 2008): Você tem preocupação excessiva com compras? Muitas vezes acaba perdendo o controle e comprando mais do que deveria ou poderia? Já tentou e não conseguiu reduzir ou controlar as compras? Você percebe se faz compras como uma forma de aliviar a angustia, tristeza ou outra emoção negativa? Mente para encobrir o descontrole e as quantias que gastou com compras? Tem problemas financeiros causados por compras? Escala utilizada para mensurar o comportamento compulsivo de compra (da Silva Schuster, 2016): Quando eu tenho dinheiro, não consigo deixar de gastar parte ou todo ele. Costumo comprar algo que eu vejo em uma loja sem planejamento, só porque eu tenho que ter. Comprar é uma maneira de relaxar e esquecer os meus problemas. Sinto que algo me empurra para fazer compras. Tenho um forte desejo de comprar roupas, joias e outros objetos. Eu me sinto culpado(a) depois de comprar algo. Eu compro algumas coisas que eu não mostro a ninguém, porque as pessoas podem pensar que eu desperdicei o meu dinheiro. Eu sempre comprei coisas que eu não preciso, mesmo quando eu sei que tenho muito pouco dinheiro. Assim que entro em um centro comercial ou shopping, eu quero ir em uma loja e comprar alguma coisa. Eu gosto de gastar dinheiro. Os delírios de consumo de Becky Bloom é o primeiro romance da inglesa Sophie Kinsella. É a história de uma jornalista financeira que durante o dia, ensina às pessoas como administrar seu dinheiro e no fim-de-semana, transforma-se em uma consumidora compulsiva, fugindo do gerente do seu banco e com muitas dívidas. Rebecca Bloom não resiste uma liquidação! Quanto mais inútil, melhor! Para ela, o mundo todo enxerga os detalhes da alça de seu sutiã, combinando com as cores de seus sapatos. Mas seu salário nunca é suficiente para pagar suas extravagâncias. Endividada até a alma, Rebecca, ou Becky, vive fugindo do seu gerente de banco e procurando fórmulas mirabolantes para pagar a fatura do cartão de crédito. Rebecca é sensível, carinhosa e extremamente otimista. Com essas qualidades, ela vai fazer de tudo para resolver seu problema. Primeiro, tenta reduzir seus gastos a zero, o que logicamente, não funciona. Diante disso, ela resolve que precisa ganhar mais dinheiro, mesmo sabendo que seu emprego está ameaçado. Nos delírios de consumo de Becky, todos os seus problemas se resolveriam de imediato ao ganhar na loteria, ou se um completo estranho pagasse sua conta do visa – por engano, claro. Como se não bastasse, em meio a tanta confusão (Hogan, 2009). A proposta psicoterapêutica da abordagem cognitivo comportamental para compradores compulsivos tem os seguintes objetivos (Abreu, 2008): Identificar e mudar padrões de pensamento que influenciam o desejo de comprar. Provocar mudança de comportamento, evitando situações de alto risco que podem provocar o desejo de comprar e lidando com tais situações. Um dos achados em pesquisa teve como objetivo de avaliar duas medidas de mensuração, uma de comportamento compulsivo e, outra, de consumismo e, posteriormente, verificar a relação entre elas. A metodologia incluiu a aplicação de uma survey online para 319 pessoas e análise por meio de equações estruturais multigrupo. Verificou-se que o comportamento compulsivo de compra não possui relação de causalidade com o consumismo. O pressuposto de que o comportamento compulsivo é maior nas mulheres não se confirmou nessa amostra e o consumismo é igual para homens e mulheres (da Silva Schuster, 2016). Um segundo achado em pesquisa foi um estudo de caso sistemático que examinou o processo e os resultados da terapia cognitivo-comportamental (TCC) de uma compradora compulsiva. A duração do tratamento foi pré-definida em 12 sessões. Todas as sessões foram codificadas com o Psychotherapy Process Q-Set (PQS), um método empírico de avaliação do processo terapêutico. Medidas de resultados incluíram a avaliação de sintomas de depressão, ansiedade e compras compulsivas, bem como do ajustamento social. Houve mudança clinicamente significativa e confiável nos sintomas e no ajustamento social, após o tratamento. A análise do processo indicou que fatores da terapeuta (empatia e responsividade), fatores da paciente (colaboração), fatores da relação (aliança terapêutica) e fatores técnicos (apoio e tarefas de casa) contribuíram para as mudanças observadas (Brandtner, 2016). Um terceiro e último achado em pesquisa deste texto, destaca que o comprar compulsivo pode ser caracterizado por preocupações mal-adaptativas em relação às compras e incapacidade de resistir ao desejo de comprar. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura dos artigos publicados nos últimos dez anos (2005-2015) sobre tratamento na abordagem cognitivo-comportamental. No total foram analisados 9 artigos com resultados de ensaios clínicos em grupo e individuais. Conclui-se que, considerando a elevada incidência deste transtorno, a literatura sobre o assunto ainda é escassa e todos os artigos apresentam intervenções com resultados satisfatórios. Apresentamos as principais técnicas utilizadas e, a partir delas, sugerem-se novas intervenções relacionadas à terapia cognitivo-comportamental (de Souza, 2016). Abordamos os principais conceitos, indicadores de diagnóstico e indícios comportamentais acerca do transtorno, além do filme que aborda o assunto e alguns achados em pesquisa. Busque e indique a ajuda

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Dependência Tecnológica

  Você tem Autonomia ou Vício? A partir da evolução tecnológica, a internet e o uso de suas inúmeras ferramentas (celulares, /jogos/ smartphones; mídias sociais) tem se tornado um hábito no cotidiano das pessoas. Embora o uso da internet apresente benefícios e traga satisfação, seu uso excessivo pode levar o usuário a uma condição de dependência e uso compulsivo, acarretando danos biopsicossociais. Do ponto de vista clínico, considera-se Dependência de Tecnologia (do inglês “technological addiction”) quando o indivíduo não consegue controlar o próprio uso da internet/jogos/smartphones, ocasionando sofrimento intenso e/ou prejuízo significativo em diversas áreas da vida. Entre os tipos de distúrbios relativos ao uso das tecnologias, é necessário diferenciar o uso abusivo, da dependência. O uso abusivo consiste no prejuízo social e na compulsão para o consumo da tecnologia. Já a dependência é o uso abusivo junto ao fenômeno de tolerância e da abstinência. Também pode ocorrer, como agravante de outros transtornos psiquiátricos, transtornos psicóticos que têm seus sintomas amplificados pela relação que o indivíduo desenvolve com a tecnologia, incluindo delírios de perseguição com conteúdo de monitorização, ou vigilância tecnológica, ou piora de funcionamentos de personalidade, em que a pessoa tende a ficar mais retraída socialmente. A dependência tecnológica pode ser comparada a uma dependência de substância ou a transtornos compulsivos, a partir de quatro fatores relevantes, segundo (YOUNG, 2011, p. 171): “a) Um comportamento que produz intoxicação/prazer com a intenção de alterar o humor e a consciência; b) um padrão de uso excessivo; c) um impacto negativo ou prejudicial em uma esfera importante da vida; d) a presença de aspectos de tolerância e abstinência”. Mas como é possível identificar, realmente, quando uma pessoa precisa de tratamento no que tange o uso dos eletrônicos? Quando o uso da tecnologia se torna algo patológico. Ou seja, o indivíduo passa a utilizar a tecnologia (o uso de internet, jogos eletrônico e de smartphones) de forma compulsiva e repetitiva para além das necessidades do trabalho, ou do entretenimento. Alguns sintomas que devem ser vistos com atenção. Há uma queda no rendimento escolar, ou no trabalho, isolamento social e conflitos familiares. Além disso, observam-se, também, elementos de tolerância e abstinência, caracterizados, principalmente, por alterações de humor, como irritabilidade, ou exacerbação ansiosa quando não se está em uso tecnológico. Além desses sintomas, há a necessidade de aumentar o tempo de conexão para obter a mesma satisfação; o descumprimento das horas de sono e das refeições; além do comprometimento da vida familiar, social, escolar e profissional, refletindo negativamente no desempenho das tarefas, podendo ocasionar depressão e outros problemas de saúde. O tratamento é realizado de forma individualizada, por meio da análise do padrão de uso da tecnologia feito pelo paciente, buscando sensibilizar o indivíduo sobre o problema, que muitas vezes só é claro para os familiares. Mostra-se ao paciente o prejuízo social, a desregulação do ciclo do sono, a má alimentação, a ansiedade social desenvolvida e os sintomas de abstinência. A partir daí, o jovem, faixa etária mais comumente acometida, é motivado a se engajar no tratamento por meio de entrevistas motivacionais e de sensibilização, ressaltando que o envolvimento da família é fundamental no tratamento. A terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é a abordagem mais indicada para esse tipo de transtorno, com evidências científicas comprovadas. Na etapa preliminar da avaliação clínica, o médico psiquiatra avaliará a necessidade de terapêutica medicamentosa. Com relação à cura da dependência da tecnologia, esse conceito ainda é controverso. Estudos comprovam que as taxas de sucesso terapêutico são baseadas no tempo de abstinência do uso da tecnologia e no número de recaídas, havendo, então, controle do problema. Com o enfoque na tecnologia, tratando-se de uma população predominantemente jovem e com a personalidade em desenvolvimento, a partir do momento em que se consegue o reestabelecimento de um uso moderado e saudável, e isso passa a constituir um comportamento duradouro, vislumbra-se a perspectiva de cura. É importante ressaltar, que a nova edição do Manual da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, CID-11, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que será lançada este ano, já contempla a dependência dos videojogos como uma doença do foro mental. Após uma monitorização deste transtorno feita ao longo de dez anos, a OMS decidiu que o vício do jogo pode ser considerado um problema de saúde mental. Embora ainda não tenha sido lançada a definição final, sabe-se que este se caracteriza por um padrão de comportamento de jogo “contínuo ou recorrente”, no qual o jogador não consegue controlar, por exemplo, o início, a freqüência, a intensidade, a duração e o contexto em que joga. Quanto aos benefícios dessa decisão, é muito significativo, porque cria a oportunidade de termos atendimentos mais especializados. Na psicoterapia cognitivo comportamental é feita uma análise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades em relação à dependência tecnológica. A Supere Psicologia estará sempre do seu lado! Profª Dra Ana Paula Ferreira Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre e Doutora em Psicologia Cognitiva Email: psianapaulaferreira@gmail.com AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION: Manual Diagnóstico e Estatístico de transtornos Mentais. 5 ed. Porto Alegre, 2014; YOUNG, S.K. Dependência de internet: manual e guia de avaliação e tratamento. Porto Alegre: Artemed, 2011.

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RIGIDEZ MENTAL

A rigidez mental nos faz prisioneiros e perdemos nossa capacidade de adaptação.” A rigidez mental implica numa maneira limitante de pensar sobre as situações que acontecer na vida. A dificuldade com isso de resolver dificuldades pode provocar uma sensação de prisão. Segundo Augusto Cury no pensamento: “Seja um sábio. Reconheça seus erros e não se esconda atrás da sua rigidez e de seus julgamentos.”, nos provoca reflexão sobre a importância de compreender nossos próprios erros ou equívocos. Os erros podem acontecer com qualquer aprendiz na vida. Diante dos fatos podemos corrigir o que possamos ter feito e podemos também esclarecer os conflitos nas relações interpessoais. Porém algumas pessoas apresentam mais dificuldade de abrir mão do próprio ponto de vista para entender a visão de outras pessoas. A rigidez mental nos faz prisioneiros e perdemos nossa capacidade de adaptação, criatividade, espontaneidade e positivismo. Prendemo-nos a velhos padrões que nos impedem de crescer em um plano intelectual e emocional.Não podemos crescer, nem podemos assimilar um novo conhecimento, mesmo que seja somente intelectual ou emocional, se antes não compreendermos que sabíamos ou acreditávamos que estávamos errados. Ou, ao menos, que fomos insuficientes naquela tarefa. À medida que crescemos e formamos nossa própria imagem do mundo, estamos cheios de estereótipos, preconceitos e crenças que são muito difíceis de remover. No entanto, a rigidez mental não se refere apenas às ideias, mas, acima de tudo, a maneira de pensar. As pessoas rígidas mentalmente são aquelas que: – Pensam que só existe um “modo adequado” de fazer as coisas. – Assumem que sua perspectiva é a única correta e que os demais são equivocados. –Não estão abertas às mudanças porque estas lhes assustam. – Se prendem ao passado e se recusam a avançar. As exigências e cobranças pessoais geram um sofrimento quando os erros são insuportáveis de serem cometidos. A pessoa que desenvolve uma forma de pensar muito rígida, de certa forma, está protegendo a si mesma. Em verdade, na rigidez mental também se mede como uma resistência psicológica. Em certo ponto, quando uma ideia vai de encontro aos teus próprios pensamentos, ocorre possivelmente uma sensação ou impressão de confusão que pode paralisar e nem sempre tem sentido racional ou lógico porque pode não está sendo baseado em fatos. Assim, muitas pessoas simplesmente rejeitam o argumento, sem analisar. No entanto, a pessoa percebe que há um problema, algo precisa ser resolvido, embora o processo seja doloroso.De fato, em muitos casos, perceber que algo que você acreditava cegamente por anos não é verdade, ou pelo menos não é toda a verdade, pode causar uma dor enorme que pode dar lugar a uma crise existencial. Perfil da Mente Rígida A verdade é uma e sou eu quem a detém. Minha verdade é A VERDADE, e devo defendê-la por todos os meios. A mudança, a dúvida e a revisão são processos perigosos. Devo ter tudo sob controle. A mudança é debilidade (confundem autocrítica com moleza). É melhor evitar os fatos, se estes estão em desacordo com o que se pensa (confundem covardia com astúcia). É preciso insistir no que se pensa, sente ou faz, embora a evidencia mostre o contrário (confundem empenho com obstinação). Medo de estar equivocado ou descobrir que a vida pessoal estava sustentada em uma falsa crença (necessidade de ter certeza). Medo de perder o status e a autoestima. Ou, dito de outro modo, de perder o sinal de segurança que implica sentir-se o ungido, o bom, o salvador, o líder, o sábio, o lúcido. (necessidade de autoestima). Medo de não ser capaz ou de não estar preparado para enfrentar as exigências que implicam a mudança e caducar frente ao novo. Esse medo sempre anda junto com o medo do desconhecido (necessidade á estabilidade ou ao antigo). A evasiva (não é preciso aprofundar, não é preciso escutar os opositores). Segundo Victor Prates, destaca-se este pensamento: “Minha força não está na rigidez que coloco para suportar pressão, mas na resiliência. Ou seja, o quanto sou flexível para voltar o estado de origem depois de ser pressionado”. O que pode estar sendo útil em nossos pensamentos e comportamentos? Podemos voltar atrás em alguns posicionamentos e escolhas? Até quando seguir com sofrimento mantendo algumas atitudes? O que justifica manter-se desta maneira? Vamos avaliar e rever alguns pontos de vista! A Supere Psicologia estará sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br   DUARTE,Tales Luciano. Rigidez Mental: Quando Sua Forma De Pensar Te Impede De Crescer. Link: http://yogui.co/rigidez-mental-quando-sua-forma-de-pensar-te-impede-de-crescer. Acessado em: 03/02/2018. RISO, Walter. A arte de ser flexível: De uma mente rígida a uma mente livre e aberta á mudança. 1 ed. Porto Alegre: L, 2013. 183 p.  

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MITOMANIA

#janeirobranco “ Saiba os prejuízos do mentiroso compulsivo!” A Mitomania ou mentira compulsiva é uma tendência patológica pela mentira. Um mentiroso compulsivo ou mitômano é definido como alguém que mente como um hábito, desde a infância. Os termos mentiroso patológico, mitômano e mentiroso crônico são frequentemente usados para se referir a um mentiroso compulsivo. Qual a diferença entre um o indivíduo que fala uma mentira esporádica e o mentiroso compulsivo? Uma das grandes diferenças do mentiroso esporádico para o mitômano, é que no primeiro caso, o indivíduo não tem resistência em admitir a verdade, enquanto o portador da compulsão por mentir usa a mentira em proveito próprio ou prejuízo de outro sem sentir necessidade de desfazer o engano. Na mitomania o paciente usa a mentira de forma consciente para enganar pessoas e tirar vantagens, ele nunca admite suas mentiras, embora tenha plena consciência de que são histórias imaginárias, e também não se constrange quando suas mentiras são descobertas. A mentira compulsiva interfere no julgamento racional, no relacionamento familiar e especialmente social. A tendência à mentira parece ser perseverante, não é provocada pela situação imediata ou pressão social, mas representa uma característica inata da personalidade. A maior parte dos mentirosos compulsivos não são necessariamente manipuladores, eles sofrem com seu hábito de mentir, tendo as relações sociais sempre sob risco de serem prejudicadas. A literatura aponta que não existe uma causa da mitomania, mas um conjunto de fatores associados: histórico de vida, relacionamentos, padrão de relação parental, genética e experiências. Acredita-se que a baixa autoestima, necessidade de apreço ou atenção e a tentativa de se proteger de situações constrangedoras marquem o início da mitomania. Quais os riscos para o mitômano que não busca tratamento? Há muitas consequências de ser um mentiroso patológico. Devido à falta de confiança, relacionamentos e amizades tendem a ser destruídos. Se a doença continua a progredir, a mentira pode se tornar tão grave que eventualmente pode causar problemas de ordem social, psicológica e até legal. A pessoa geralmente é excluída do grupo que frequenta por vivenciar situações constrangedoras, passar por situações embaraçosas e perder a confiança de todos ao seu redor. Os mitômanos veem que estão sofrendo de um mal e desejam curar-se, mas raramente procuram ajuda por vontade própria. A compreensão dos companheiros ou familiares é muito importante. É preciso fazer uma reinserção social da melhor maneira possível, trazendo o indivíduo positivamente à realidade, nesse contexto, o treino de habilidades sociais é recomendado. Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico da mitomania pode ser feito pelo médico psiquiatra ou psicoterapeuta, após uma avaliação. Trabalha-se a extinção deste hábito disfuncional, através do foco na visão distorcida de si mesmo. O mais importante é que o indivíduo consiga reconhecer os prejuízos que seu comportamento pode trazer para si e para terceiros e que queira mudá-lo. O tratamento geralmente envolve acompanhamento psicológico e, no caso de pessoas que também apresentem outros quadros psiquiátricos (como depressão e ansiedade), tratamento medicamentoso pode ser recomendado. Na psicoterapia cognitivo comportamental é feita uma análise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades. A Supere Psicologia estará sempre do seu lado! Profa Dra Ana Paula Ferreira Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre e Doutora em Psicologia Cognitiva Email: psianapaulaferreira@gmail.com   Dike CC, Baranoski M, Griffith EE (2005). “Pathological lying revisited”. The Journal of the American Academy of Psychiatry and the Law 33 (3): 342?9. Dike, Charles C. (June 1, 2008). Pathological Lying: Symptom or Disease? http://bjp.rcpsych.org/content/189/1/86.1.long http://www.einstein.br/blog/paginas/post.aspx?post=1171 https://www.achievesolutions.net/achievesolutions/en/Content.do?contentId=9704 Yang Y, Raine A, Narr KL, Lencz T, LaCasse L, Colletti P, Toga AW. Localisation of increased prefrontal white matter in pathological liars. Br J Psychiatry. 2007 Feb;190:174-5. CP Fischer, MA Fontes – pdfs.semanticscholar.org

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PROGRAMA MOTIVAÇÃO & RESILIÊNCIA

“A Vitalidade é demonstrada não apenas pela persistência,  mas pela capacidade de começar de novo.” (F. S. Fitzgerald) A Vitalidade e a Persistência são palavras-chave para refletir sobre nossa motivação e analisar sobre as mudanças que precisamos fazer. Sabemos que o processo de mudança não é fácil! Nesta frase provocadora o autor Francis Scott Key Fitzgerald (1896-1940), conhecido como F. S. Fitzgerald, foi um dos mais importantes escritores da chamada Geração Perdida da literatura norte-americana, nos alerta sobre a capacidade de começar de novo, ou de recomeçar. A automotivação requer que reconheçamos os problemas, analisar as preocupações, intenção de mudar e o otimismo, segundo Miller & Rollnick. O processo de mudança pode ser destacado na intenção e no otimismo. Ellis oferecer dicas na adaptação de pensamentos e comportamentos diferenciando a vontade e a força de vontade. Segundo Ellis, os termos vontade e força de vontade parecem semelhantes, mas, na verdade, são diferentes. O principal significado da palavra vontade é escolha ou decisão. Você escolhe fazer ou não fazer alguma coisa, você decide fazer ou não fazer uma coisa. Como ser humano, você possui certo grau de vontade, escolha e decisão. A vontade de mudar significa simplesmente uma escolha – você decide mudar. Depois de tomar a decisão, você se empenha (ou não) em levá-la ao término. Força de vontade é algo diferente e mais complicado. Quando a pessoa tem a força de vontade, ela tem o poder de tomar uma decisão e de colocá-la em prática. Esse processo inclui vários passos: 1- Decisão – exemplo, tornar-se uma pessoa mais ponderada e menos afetável: “Ser uma pessoa menos afetável é uma qualidade valiosa. Farei tudo o que for possível para adquirir essa qualidade!”. 2- Tomar a Resolução – colocar em prática a sua decisão; ou seja, tomar todas as providências necessárias para isso: “Por mais difícil que seja, vou me tornar uma pessoa menos afetável! Estou determinado a não poupar esforços para conseguir isso!”. 3- Aprender – o que fazer e o que não fazer, para efetivamente pôr em prática a decisão: “Para me tornar menos afetável, mudarei minha forma de pensar, de sentir e de agir. Em especial, pararei de reclamar das adversidades com que me defrontar e deixarei de ter expectativas intransigentes e de exigir que isso ou aquilo tenha de acontecer de qualquer maneira ou não possa de jeito nenhum acontecer!”. 4- Começar a Agir – com base em sua determinação e sua consciência: “Em vez de dizer a mim mesmo que certas situações frustrantes não poderiam acontecer na minha vida, e me sentir revoltado e inconformado porque acontecem, convencerei a mim mesmo de que tais situações ocorrem, que posso lidar com elas, que posso tentar mudá-las e que posso aceitá-las, mesmo não gostando, caso não possa mudá-las. Eu consigo fazer isso, vou fazer, e a partir deste instante vou me forçar a fazer. Cada vez que me sentir horrorizado diante das adversidades, reconhecerei que estou sendo exigente, intransigente e implacável e reeducarei a mim mesmo para aceitá-las, em vez de ficar me lamuriando e me modificando. Mudarei o que eu conseguir mudar e aceitarei o que não for possível mudar. Eu sei que consigo, e vou começar já!”. 5- Agindo para Mudar – você continua firme e persistente em sua decisão de mudar, em sua determinação de mudar, em seu constante aprendizado e identificação de como você pode mudar, e na aplicação desse conhecimento, agindo de acordo com ele. “Agora que estou abandonando minhas exigências e transformando-as em preferências, agora que estou aceitando as condições adversas que não modificar, em vez de reclamar delas, vou prosseguir nessa linha para continuar progredindo e cobrindo maneiras melhores de ajudar a mim mesmo, e também vou continuar me esforçando e tomar atitudes para mudar!”. 6- E se tiver Recaída – você pode decidir, outra vez, enveredar por um caminho mais positivo e produtivo. Pode rever as maneiras de mudar, recupera a determinação e o conhecimento de como chegar lá. Recomece seu fortalecimento para ter menos recaída e trabalhar a fim de SUPERAR qualquer eventualidade no futuro. A força de vontade significa ação, o trabalho que você realiza para acrescentar pode à sua vontade. Talvez haja outras maneiras de obter força de vontade, sem sempre com trabalho e esforço, mas lembre-se a vida raramente oferece atalhos. Analise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades. A psicoterapia cognitivo comportamental colabora com sua autoanálise e a Supere Psicologia estará sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br Miller & Rollnick. Entrevista motivacional. Porto Alegre: Artmed, 2001. Cap. 6. Ellis. Como conquistar sua própria felicidade. Ed. Best Seller. Cap. 5

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Cleptomania: prazer ou sofrimento?

A cleptomania é um tipo de transtorno psiquiátrico caracterizado pela necessidade de roubar objetos (Ey, 1969). No DSM – V, ou a CID-10, a cleptomania é classificada como o transtorno do controle dos impulsos e de conduta, onde a pessoa apresenta dificuldade em gerir o seu autocontrole das emoções e do comportamento. É considerada também, uma impulsividade diferente da compulsão e uma diferença entre o roubo intencional. Indivíduos que possuem o transtorno psiquiátrico de cleptomania se comportam no ato do roubo sem conseguir controlar a impulsividade causando perigo ou dano, com sentimento prazeroso durante o ato como também na realização após o evento. Esse transtorno psiquiátrico é raro e ocorre em aproximadamente 0,3-0,6% da população. Sinais podem ser identificados na fase entre a infância mediante as experiências iniciais e a adolescência como também por fatores genéticos. A cleptomania também tem sido associada a uma menor qualidade de vida e atinge pessoas independente de classe social causando de forma negativa propensão a conseqüências bastante constrangedoras. Após o ato de roubar, o sujeito descarta o produto, presenteia alguém ou chega até acumular o produto sem necessidade de utilizá-lo com sentimento angustiante de vergonha ou culpa. Pessoas que possuem a cleptomania, também passa pela angustia de não ser compreendida pela família e a sociedade, pois ainda existem vários preconceitos pela intolerância em conhecer e identificar o transtorno e que muitas vezes se sentem inibidas no campo da afetividade. O roubo patológico se apresenta muitas vezes na adolescência tanto no homem quanto na mulher. Muito embora, na mulher também apresenta de forma mais clara na fase adulta.  A literatura científica ainda não possui relatos de aprovação de medicamento específicos para a cleptomania. Muito embora, artigos apontam uma variedade de medicamentos farmacológicos como antidepressivos com ação serotoninérgica ou estabilizadores de humor que contribui para a resposta do paciente mantendo o controle da impulsividade quando passado pelo psiquiatra. A terapia cognitiva comportamental também é indicada para melhora do paciente através do acolhimento empático e colaborativo através da psicoeducação e fazendo que a pessoa entre em contato de suas próprias emoções com mais qualidade de vida.  A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado!   Flávio Minervino flaviosilva2403@hotmail.com Estudante de Psicologia FAFIRE Referências Abreu, C., Tavares, H. & Cordas, T. (2007). Manual clínico dos Transtornos do Controle dos Impulsos. Porto Alegre: Artmed. American PsychiatricAssociation. Manual Diagnóstico e Estatísticodos Transtornos Mentais (DSM-IV). 4 ed. Porto Alegre: ArtesMédicas; 1994. EY, H.; P. BERNARD, P.; BRISSET, C. Tratado de psiquiatría. Barcelona: Toray-Masson, 1969. P. 362. RIBEIRO, Otacílio José. Cleptomania: quem roubou o meu afeto. Reverso, Belo Horizonte , v. 38, n. 72, p. 39-44, dez. 2016 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952016000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 nov. 2017. Grant JE, Kim SW. Quality of life in kleptomania and pathological gambling. Compr Psychiatry. 2005;46:34-7. KIM, Hyoun S. et al . Impairments of kleptomania: what are they?. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 39, n. 3, p. 279-280, Sept. 2017 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462017000300020&lng=en&nrm=iso>.access on 08 Nov. 2017.

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Quando o Jogo se torna um vício

Jogo Patológico Jogo patológico é um transtorno psiquiátrico advindo de fatores da personalidade. Existe uma relação no campo de pesquisas com dependência de substancias, onde as sensações são descritas como similares ao uso de pessoas com dependência de droga (Holden, 2001).  Na literatura, alguns autores consideram como uma relação com o transtorno obsessivo compulsivo. Na área da neuropsicologia, existe uma grande relação com a alteração da atenção. Para o DSM-IV, esse transtorno psiquiátrico está classificado a transtornos de controle de impulsos.  Para entendimento de forma clara, trazemos a diferença entre o normal e o patológico sobre esse transtorno. Existe uma grande diferença para um jogador social e um jogador que seja de ordem patológica. O jogador social mantem um controle ao parar de jogar independentemente se estiver ganhando ou perdendo, como também não há influencias em sua auto-estima quando deposita suas esperanças no jogo. Diferente do jogador social, o jogador de ordem patológica possui uma impulsividade de forma alterada para jogar de forma compensatória onde muitas vezes a depender do resultado do jogo eles acabam se sentindo superiores e importantes sem dar conta das suas emoções. Para Tavares, 2000 esta forma compulsiva de jogar está relacionada à fuga de sentir sensações e emoções desagradáveis ao longo do desenvolvimento na construção da personalidade e de cada pessoa, as vezes mantendo uma angustia e sintomas de ansiedade. Mediante os problemas que esse transtorno pode causar, Shaffer, Hall e Vander Bilt (1999), criaram uma classificação do impacto que o jogo poderia causar: Nível 0: pessoas que não praticam qualquer tipo de aposta. Nível 1: pessoas que praticam alguma forma de apostar com freqüência variada, mais não apresentam problemas decorrentes do jogos de azar. Nível 2: pessoas que jogam e apresentam problemas decorrentes da apostas, mas que ainda não preenchem todos os critérios para a formulação do diagnóstico de jogo patológico. Nível 3: engloba jogadores patológicos, sendo o nível mais grave quanto á ocorrência de problemas decorrentes do jogo. CANTILINO & MONTEIRO (2017) destacam que em nossa sociedade, existe uma grande oscilação ao longo do tempo entre os níveis 2 e 3, o que traz prejuízo recorrente para vida pessoal, econômica familiar e socialdevido a realização da aposta e o seu resultado que influencia também o uso de álcool. Os tipos de jogos destinam-se a: Máquinas de bingo, jogos de cassino, loterias e jogo do bicho. Sendo assim, a dificuldade de lidar com as emoções negativas ou frustrantes, gera no jogador compulsivo a busca de chegar a vitória. Muitas vezes esses jogadores chegam a busca de tratamento na clinica devido a orientação da família, muito embora quando chega ao estado crítico de socorro, faz-se necessário a família ter conhecimento do caso para identificar a problemática e prevenir ou promover um prognóstico favorável através da psicoeducação e tratamento estabelecido pelo psicólogo na perspectiva cognitivo comportamental. A Supere Psicologia desenvolve habilidades e ensina meios de regulação emocional. A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado! Flávio Minervino flaviosilva2403@hotmail.com Estudante de Psicologia FAFIRE   Referências Abreu, C., Tavares, H. & Cordas, T. (2007). Manual clínico dos Transtornos do Controle dos Impulsos. Porto Alegre: Artmed. American PsychiatricAssociation. Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-IV). 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 1994. CANTILINO, Amaury; MONTEIRO, Dennison Carreiro. Psiquiatria clínica: Um Guia para Médicos e Professores de saúde Mental. 1 ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2017. 496 p. Holden, C. (2001). “Behavioral” addictions: do they exist? Science, 294(5544), 980-982. Tavares H. Jogo patológico e suas correlações com o espectro impulsivocompulsivo. Tese de Doutorado. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2000.

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.