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TERAPIA DE FAMÍLIA

TERAPIA DE FAMÍLIA Todo sistema familiar requer amor, respeito e união. A compreensão do sistema familiar ocorre a partir da dinâmica grupal de seus membros, desde a forma como interagem até a maneira como trocam afeto e carinho. Nesse processo de interação entre pais e filhos, avós e netos, irmãos e irmãs percebe-se solidariedade e hostilidade, concordância e discordância, tensão e alívio. Com tudo um dos desafios envolve as relações de poder na família. Essa análise contempla estudo científico sobre a dinâmica do grupo familiar, a partir dos fenômenos que surgem nas relações interpessoais. Cada membro da família apresenta na sua própria história de vida, algumas necessidades que podem ter sido supridas ou não durante seu desenvolvimento psicológico e emocional. Em caso dessas necessidades não terem sido supridas, as pessoas podem apresentar comportamentos de busca de satisfação, de incompletude e de superação. Na terapia cognitivo comportamental, o psicoterapeuta avalia esta dinâmica de necessidades e entendimento destes comportamentos mal-adaptativos de cada membro da família, e principalmente da relação afetiva conjugal. O modelo cognitivo de cada membro constitui-se de crenças nucleares, comandos ou regras mentais e pensamentos automáticos. As crenças nucleares são idéias e conceitos mais internalizados acerca de si mesmo, das pessoas e do mundo. Os pressupostos básicos são regras, padrões, premissas e atitudes que guiam as condutas humanas, e os pensamentos automáticos são as cognições mais acessíveis. Esses conceitos são ferramentas fundamentais para o processo terapêutico, tanto individual como para casais. A terapia cognitivo comportamental com casais, com base na premissa de que a inter-relação entre cognição, emoção, comportamento e sintomas estão implicada no funcionamento do ser humano e, consequentemente, em seus relacionamentos, visa identificar e intervir nas situações que causam o desconforto de uma das partes ou de ambas. Na terapia cognitivo comportamental pode ser aplicada em situações de déficits de comunicação, resolução de problemas, disfunções sexuais e reestruturação de crenças, comportamentos e pensamentos que geram uma desarmonia conjugal (Piccoloto et al, 2007). Os esquemas que os cônjuges trazem para a relação fazem com que cada individuo desenvolva pensamentos funcionais ou disfuncionais para o atual relacionamento. Os casais ingressam em seus relacionamentos com crenças e expectativas diversas, sendo estas influenciadas por uma história da cultural pessoal, que pode ser conceitualizada no aspecto racial, social, econômico, religioso e valores do papel sexual (Dattiliio, 2011). Diversos casais buscam terapia por acumularem desavenças relacionadas à ineficácia na solução de seus conflitos diários, acreditando que são incapazes de solucioná-los sozinhos, gerando uma desmotivação (Salkovskis, 1997; Barlow, 1999). Uma das demandas dos casais na busca pela terapia está relacionada às diferenças entre os cônjuges, como a tentativa de transformar o outro, gerando desarmonia na união e insatisfação. Os cônjuges passam a não reconhecer a dedicação do outro, deixando de suprir as novas e diferentes necessidades cotidianas e de reforçar positivamente. A satisfação conjugal está relacionada à frequência e troca de reforços, tanto positivos, negativos e/ou punitivos (Beck, 1995). O terapeuta da TCC dirige sessão para que haja maior tolerância entre o casal e que abandonem a luta reconhecendo as diferenças. A Supere Psicologia estará sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br Piccoloto, Luciane., Piccoloto, Neri Maurício.e Wainer, Ricardo (org.). Tópicos Especiais em terapia cognitivo comportamental: O desafio da escolha e a arte de conviver, algumas considerações sobre terapia cognitivo comportamental com casais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007. P. 259-290. Beck, Aaron T.. Para Além do Amor: como os casais podem superar os desentendimentos, resolver os conflitos e encontrar uma solução para os problemas de relacionamento através da terapia cognitiva. Rio de Janeiro. Record, 1995. Dattilio, Frank M.. Manual de Terapia Cognitivo Comportamental para casais e famílias. São Paulo: Artmed, 2011. Barlow, D. H. Manual clínico dos transtornos psicológicos. Porto Alegre: Artmed, 1999. Salkovskis, Paul M. Terapia cognitivo comportamental para problemas psiquiátricos: um guia prático. Saõ Paulo: Martins Fontes, 1997.

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Dia Internacional da Mulher

08 de março – Dia Internacional da Mulher “Toda mulher é uma fada que vive entre a fantasia e a realidade. Algumas carregam o mundo nas costas, outras o englobam e com sua magia, transforma tudo o que tocam. Trazendo vida, beleza e cor.… liberdade e amor! (Carolina Salcides) A figura da mulher, de elemento secundário, passou a ser algo extremamente importante na sociedade atual, onde ela exerce cada vez mais um papel de protagonista, embora ainda sofra com as heranças históricas do sistema social. Segundo Beavoir (1980, p.9) “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. A ser mulher é uma construção social, consolidada a partir das relações interpessoais realizadas no tempo, espaço e contexto social no qual a mulher está inserida. A construção dessas relações com outro se dá por meio da compreensão de cada pessoa, com base na aceitação do outro tal qual ele é. Lipovestsky (2007, p 255). Anuncia que a mulher, quando concebe a possibilidade de se perceber na condição de ser mãe, e em ser profissional, chama para si as responsabilidades que são peculiares a cada papel desempenhado, implicando diretamente nas consequências advindas desse processo das escolhas de vida. Enquanto a mulher-mãe tende a esmerar-se em dar o melhor de si, como tentativa de superar a condição de ter sido subjugada na comparação ao outro e ter se visto restrito ao lar. Na vida profissional a mulher também tende a buscar atividade se referenciando nos papeis de forças atribuídos ao homem da mesma maneira que estes buscam definir e inventar sua própria vida. A educação é essencial para realização plena da igualdade entre mulheres e homens, para que tenhamos uma sociedade mais justa e mais humana. A Supere Psicologia está sempre ao seu lado, atendendo na abordagem cognitiva comportamental: crianças, adultos e dando assistência no âmbito emocional, psicológico e social. Nadja Lúcia Guimarães Psicóloga clínica e Psicopedagoga Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental nadjaguimaraes62@hotmail.com Referências: BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo: A experiência vivida. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1980 LIPOVETSKY, Gilles. A terceira mulher: permanência e revolução do feminino. São Paulo: Companhia da Letras, 2007

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Mindfulness

Mindfulness Respire. Perceba seu corpo. E esteja presente. Em um mundo cada vez mais acelerado, com tantas informações ao mesmo tempo e estímulos, sejam visuais ou sonoros, é crescente o número de pessoas que têm dificuldade de se concentrar e manter a atenção voltada para uma atividade só, o que tem diminuído o rendimento e a qualidade nos afazeres cotidianos, do trabalho à vida pessoal. Com a percepção desta insatisfação, pesquisadores e estudiosos do mundo ocidental têm se dedicado a desenvolver técnicas para ensinar o nosso cérebro a disciplinar os pensamentos e manter a atenção voltada à atividade a que estejamos nos dedicando no momento. E nada melhor do que beber da fonte de quem já o faz há milhares de anos, como a cultura budista com suas técnicas de meditação. Na tradição espiritual budista, há referência ao caminho que conduz ao fim do sofrimento, e uma das formas de se percorrer este caminho é através de Samadhi, meditação ou concentração, que proporciona a disciplina necessária para se obter o controle sobre a própria mente, e assim, o fim do sofrimento. A disciplina meditativa engloba três seções: o esforço correto (Samma Vayamo) para se melhorar; a atenção plena correta (Samma Sati) e a meditação correta (Samma Samadhi). A atenção plena designa estar atento ao momento presente e implica em suspender temporariamente todos os conceitos, imagens , juízos de valor, interpretações, comentários mentais e opiniões  conduzindo a mente a uma maior precisão, compreensão, equilíbrio e organização. Neste contexto, a técnica meditativa de Mindfulness (atenção plena), vai fazer com que, através da integração mente-corpo, seja alcançado o reordenamento e a desaceleração do pensamento, para produzir, de forma mais duradoura, uma sensação de se estar mais presente e consciente naquilo em que se propôs fazer, e não estar com o pensamento distante nas tantas preocupações diárias. Desta forma, alcança-se autoconhecimento, maior satisfação na relação consigo e com o mundo ao redor, maior consciência corporal e maior capacidade de concentração para se obter melhor rendimento. Estar confortável e perceber o contato do corpo com o solo ou assento da cadeira; prestar atenção aos sons e cheiros ao seu redor; deixar-se levar pelo ritmo, inicialmente profundo e lento da respiração, e, em seguida, respirar normalmente; permitir de forma gentil que os pensamentos venham e vão, sem tentar força-los ou proibi-los de surgirem; estar presente neste momento e consciente de seus objetivos em meditar, faz com que seja criado um ambiente mental mais tranquilo e ordenado, em que se deixe permanecer uma sensação de se ter mais espaço para o que realmente importa. Como toda mudança no padrão de comportamento, é preciso disciplina e esforço, mas há vários cursos de meditação mindfulness disponíveis e até aplicativos de celular, como o Headspace, que podem auxiliar o iniciante a adentrar nesta jornada por uma melhor qualidade de pensamento e de vida. A Supere Psicologia estará sempre do seu lado. André Aquino Médico Psiquiatra andredeaquino@gmail.com www.superepsicologia.com.br Williams, Mark; Penman, Danny. Atenção Plena – Mindfulness – Como Encontrar A Paz Em Um Mundo Frenético. Sextante, 2015. Nova, Iago Souza Vila, and Gustavo Luiz de Abreu Pinheiro. “A DIREÇÃO DE ARTE NA CONCEPÇÃO DO APLICATIVO MÓVEL HEADSPACE.” Encontros Universitários da UFC 2.1: 2202.

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Autoaceitação

A Aceitação como Instrumento no Processo Psicoterapêutico Cognitivo-Comportamental  Os conteúdos psicológicos de cada indivíduo são elaborações construídas ao logo de suas histórias de vida. Sendo assim, melhor que buscar extinguir ou modificar vivências emocionalmente perturbadoras, é um trabalho terapêutico que objetive continuamente o estímulo a aceitação em relação às emoções desagradáveis sentidas por cada paciente, pois estas fazem parte da condição humana legítima de existir, enquanto ser pensante e ator social. O modelo de psicopatologia em que se apóia a Terapia da Aceitação e Compromisso – ACT, umas das abordagens cognitivo-comportamental contemporânea, leva em consideração que a hesitação no que se refere às situações internas que causam angústias, contribui para o surgimento de transtorno de ansiedade e do humor. Para desencorajar este tipo de atitude, o trabalho em terapia visa mostrar ao paciente que pensamentos e emoções são produtos de suas aprendizagens e reflexos da sua condição atual de vida. Uma alternativa melhor em relação à eliminação de sentimentos que causam sofrimento é trabalhar com os pacientes o acolhimento de tais sentimentos, revisá-los e buscar abordá-los sobre outro ângulo. Mas afinal, o que deve ser aceito? Na ACT, a aceitação enfoca principalmente o relacionamento do sujeito com suas dores interiores e é sempre umprocesso em evolução. Baseia-se na opção de buscar relacionar-se de forma mais tolerante com seus conteúdos psicológicos, sem tentar evitar o que lhe é desagradável e simultaneamente, lembrar que seus pensamentos e sentimentos são na verdade produções próprias do seu contexto. O intuito é de auxiliar o paciente a reduzir a energia investida na luta contra suas emoções disfuncionais, focando sua energia em um redirecionamento mais saudável emocionalmente, uma vez que deste modo, é possível que o paciente consiga deixar de se permitir ser refém de suas próprias emoções negativas. Aceitação não quer dizer que o sujeito tem que se submeter à lógica de suas respostas internas, mas que as entende. Quando se observa os pensamentos e sentimentos a partir de um certo distanciamento psicológico, a pessoa se mostra aberta a receber e a considerar as dicas que as respostas internas elucidam a respeito do que ocorre em sua vida. Um exemplo disso, é o sentimento de tristeza em determinada circunstância. Neste caso, aceitar tem o significado de se acolher a emoção e entende-la como um sinal, uma oportunidade de aprendizado sobre o que se vive, representa assumir uma perspectiva sem julgamentos. É possível entender a postura de aceitação como o ato de tomar um tempo para que cada indivíduo possa sentir o que esta acontecendo internamente a si. A aceitação de sentimentos e sensações angustiantes proporciona mais liberdade no sentido de se poder interagir num mundo onde nem sempre se pode ter controle das variáveis, mas no qual é possível se envolver de forma mais ativa e saudável em relação aos nossos pensamentos e emoções. Vamos nos posicionar de forma mais ativa e saudável em relação aos nossos pensamentos e emoções? A Supere está sempre ao seu lado para lhe oferecer todo o suporte necessário para que possa viver de forma mais plena.   Renata Patrícia Tavares de Lucena Psicóloga Clinica e Organizacional Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental renapatl@yahoo.com.br   Referências VANDENBERGHE, Luc; VALADAO, Valquíria César. Aceitação, validação e mindfulness na psicoterapia cognitivo-comportamental contemporânea. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 9, n. 2, p. 126-135, dez.  2013 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872013000200008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em  18  fev.  2018.  http://dx.doi.org/10.5935/1808-5687.20130017.

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FLEXIBILIDADE

“O cérebro é como um paraquedas. Só funciona quando está aberto.” (James Dewar) Albert Einstein disse que “a mente que se abre a uma nova ideia nunca retorna ao seu tamanho original.” No entanto, abrir a mente é um exercício complicado, muito mais do que gostaríamos de admitir. Na verdade, a rigidez mental já começamos a construir a partir do nascimento. Cada aprendizagem abre novas portas, mas também fecha outras. Na verdade, uma das características principais das pessoas que têm certa flexibilidade mental consiste precisamente em ser capazes de dar-se conta de que decisões erradas não são “más decisões”. Qualquer decisão é boa se a ela segue outra decisão da qual podemos tirar proveito. A flexibilidade mental consiste exatamente em saber qual seja a decisão que tomarmos sempre se abrirá para nós um mundo de possibilidades. Portanto, a flexibilidade mental é estar disposto a assumir o risco de nos enganar sem medo dos erros. É saudável abraçar e tentar compreender as coisas novas ou os pontos de vista diferentes dos nossos. Segundo Raul Seixas em uma música, diz “Veja! Não diga que a canção está perdida. Tenha fé em Deus! Tenha fé na vida! Tente outra vez! Se é de batalhas que se vive a vida… Han! Tente outra vez!”. Temos uma tendência a não perceber todo um processo de caminhada e de construção que fazemos em nossa vida, pois buscamos de forma ansiosa o resultado final. Manter a esperança diante das batalhas e desafios gera uma força interior que chamamos de flexibilidade e resiliência. A flexibilidade mental é uma habilidade que pode ser desenvolvida e aprendida. Segue dicas: Concentre-se em suas emoções. Quando você está tentado a rejeitar completamente uma ideia, observe como você se sente. Se você se sentir desconfortável com o que você ouve, é provável que a rigidez em sua maneira de pensar, provavelmente esconde uma resistência relativa a alguma memória difícil do passado. Pergunte a si mesmo o que tem medo. Se você responder honestamente, irá descobrir muitas coisas. Alimente o desejo de crescer. A curiosidade continua sendo uma das ferramentas mais poderosas que temos à nossa disposição para crescer como pessoas. Em vez de aceitar as velhas idéias, pergunta-se “por que”. Se começar a questionar tudo que você sempre deu como certo, não só encontrará respostas novas como também descobrirá um novo mundo, muito mais amplo. Desenvolver empatia. Em alguns casos, você provavelmente não concorde com as idéias, às formas de pensar e atitudes dos outros. No entanto, em vez de rejeitá-los de imediato, tente se colocar no lugar deles para entender de onde vem esse ponto de vista. Se você rejeitar o que não sabe ou não gosta, você será a mesma pessoa de antes. Se você tentar entender o outro, terá caminhado do crescimento. Abrace os erros. Ter certa flexibilidade mental significa não ter medo dos erros, significa estar disposto a aproveitar as novas oportunidades. Se compreender a vida como um contínuo aprendizado, onde cada erro não é um passo atrás, mas sim um passo a frente em nossa evolução, pois nos permite desfazermos velhos padrões já enraizados. Não busque a verdade absoluta. Toda vez que assumimos uma verdade como um fato imutável, significa que paramos de olhar nessa direção e, portanto, começamos a perder pouco a pouco todos os dias. Assim, é importante não se prender a uma única maneira de ver as coisas e manter uma mente aberta. O mais importante para se livrar da rigidez mental é não buscar a verdade absoluta, simplesmente, porque ela não existe.   Perfil da Mente Flexível Não sou dono da verdade. Posso estar equivocado(a) em minha maneira de pensar. A mudança justificada é saudável. Não posso ter tudo sob controle. Abandonar uma idéia não é necessariamente um sintoma de fraqueza. É melhor enfrentar os fatos como são, embora não se esteja de acordo com eles. A novidade é um desafio. A autocrítica construtiva é o motor do crescimento e um antídoto contra o dogmatismo, o autoritarismo e a teimosia. Explorar a realidade. Manter-se atualizado. Investigar e aprofundar diversos temas. Ter experiências novas. Escutar as pessoas que se opõem a nós. Discutir com argumentos e não atacar as pessoas. Promover atitudes democráticas. Flexibilidade não significa abandonar o objetivo e sim buscar seguir de forma adaptativa diante das circunstâncias da vida. Segundo a frase do Fernando Angelo, que diz “Ser flexível não é se curvar diante do problema, mas sim ter jogo de cintura pra sair dançando dele”. É possível encontrar acordo nas relações interpessoais? Adaptar-se é preciso? Vamos refletir um pouco mais? A Supere Psicologia estará sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br   DUARTE, Tales Luciano. Rigidez Mental: Quando Sua Forma De Pensar Te Impede De Crescer. Link: http://yogui.co/rigidez-mental-quando-sua-forma-de-pensar-te-impede-de-crescer. Acessado em: 03/02/2018. RISO, Walter. A arte de ser flexível: De uma mente rígida a uma mente livre e aberta á mudança. 1 ed. Porto Alegre: L, 2013. 183 p.

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RIGIDEZ MENTAL

A rigidez mental nos faz prisioneiros e perdemos nossa capacidade de adaptação.” A rigidez mental implica numa maneira limitante de pensar sobre as situações que acontecer na vida. A dificuldade com isso de resolver dificuldades pode provocar uma sensação de prisão. Segundo Augusto Cury no pensamento: “Seja um sábio. Reconheça seus erros e não se esconda atrás da sua rigidez e de seus julgamentos.”, nos provoca reflexão sobre a importância de compreender nossos próprios erros ou equívocos. Os erros podem acontecer com qualquer aprendiz na vida. Diante dos fatos podemos corrigir o que possamos ter feito e podemos também esclarecer os conflitos nas relações interpessoais. Porém algumas pessoas apresentam mais dificuldade de abrir mão do próprio ponto de vista para entender a visão de outras pessoas. A rigidez mental nos faz prisioneiros e perdemos nossa capacidade de adaptação, criatividade, espontaneidade e positivismo. Prendemo-nos a velhos padrões que nos impedem de crescer em um plano intelectual e emocional.Não podemos crescer, nem podemos assimilar um novo conhecimento, mesmo que seja somente intelectual ou emocional, se antes não compreendermos que sabíamos ou acreditávamos que estávamos errados. Ou, ao menos, que fomos insuficientes naquela tarefa. À medida que crescemos e formamos nossa própria imagem do mundo, estamos cheios de estereótipos, preconceitos e crenças que são muito difíceis de remover. No entanto, a rigidez mental não se refere apenas às ideias, mas, acima de tudo, a maneira de pensar. As pessoas rígidas mentalmente são aquelas que: – Pensam que só existe um “modo adequado” de fazer as coisas. – Assumem que sua perspectiva é a única correta e que os demais são equivocados. –Não estão abertas às mudanças porque estas lhes assustam. – Se prendem ao passado e se recusam a avançar. As exigências e cobranças pessoais geram um sofrimento quando os erros são insuportáveis de serem cometidos. A pessoa que desenvolve uma forma de pensar muito rígida, de certa forma, está protegendo a si mesma. Em verdade, na rigidez mental também se mede como uma resistência psicológica. Em certo ponto, quando uma ideia vai de encontro aos teus próprios pensamentos, ocorre possivelmente uma sensação ou impressão de confusão que pode paralisar e nem sempre tem sentido racional ou lógico porque pode não está sendo baseado em fatos. Assim, muitas pessoas simplesmente rejeitam o argumento, sem analisar. No entanto, a pessoa percebe que há um problema, algo precisa ser resolvido, embora o processo seja doloroso.De fato, em muitos casos, perceber que algo que você acreditava cegamente por anos não é verdade, ou pelo menos não é toda a verdade, pode causar uma dor enorme que pode dar lugar a uma crise existencial. Perfil da Mente Rígida A verdade é uma e sou eu quem a detém. Minha verdade é A VERDADE, e devo defendê-la por todos os meios. A mudança, a dúvida e a revisão são processos perigosos. Devo ter tudo sob controle. A mudança é debilidade (confundem autocrítica com moleza). É melhor evitar os fatos, se estes estão em desacordo com o que se pensa (confundem covardia com astúcia). É preciso insistir no que se pensa, sente ou faz, embora a evidencia mostre o contrário (confundem empenho com obstinação). Medo de estar equivocado ou descobrir que a vida pessoal estava sustentada em uma falsa crença (necessidade de ter certeza). Medo de perder o status e a autoestima. Ou, dito de outro modo, de perder o sinal de segurança que implica sentir-se o ungido, o bom, o salvador, o líder, o sábio, o lúcido. (necessidade de autoestima). Medo de não ser capaz ou de não estar preparado para enfrentar as exigências que implicam a mudança e caducar frente ao novo. Esse medo sempre anda junto com o medo do desconhecido (necessidade á estabilidade ou ao antigo). A evasiva (não é preciso aprofundar, não é preciso escutar os opositores). Segundo Victor Prates, destaca-se este pensamento: “Minha força não está na rigidez que coloco para suportar pressão, mas na resiliência. Ou seja, o quanto sou flexível para voltar o estado de origem depois de ser pressionado”. O que pode estar sendo útil em nossos pensamentos e comportamentos? Podemos voltar atrás em alguns posicionamentos e escolhas? Até quando seguir com sofrimento mantendo algumas atitudes? O que justifica manter-se desta maneira? Vamos avaliar e rever alguns pontos de vista! A Supere Psicologia estará sempre do seu lado. Alessandro Rocha Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre em Educação para Ensino em Saúde alessandropsi@yahoo.com.br / alessandro@superepsicologia.com.br www.superepsicologia.com.br   DUARTE,Tales Luciano. Rigidez Mental: Quando Sua Forma De Pensar Te Impede De Crescer. Link: http://yogui.co/rigidez-mental-quando-sua-forma-de-pensar-te-impede-de-crescer. Acessado em: 03/02/2018. RISO, Walter. A arte de ser flexível: De uma mente rígida a uma mente livre e aberta á mudança. 1 ed. Porto Alegre: L, 2013. 183 p.  

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AUTOESTIMA

“Cada escolha, uma oportunidade. Cada queda, um aprendizado. Cada atitude, uma consequência.” (Tawane Soares) Além de problemas biológicos, não consigo pensar em uma única dificuldade psicológica –da ansiedade e depressão ao medo da intimidade ou do sucesso, ao abuso de álcool ou drogas, às deficiências na escola ou no trabalho, ao espancamento de companheiros e filhos, às disfunções sexuais ou à imaturidade emocional, ao suicídio ou aos crimes violentos – que não esteja relacionada com uma autoestima negativa. De todos os julgamentos que fazemos, nenhum é tão importante quanto o que fazemos sobre nós mesmos. A autoestima positiva é requisito importante para uma vida satisfatória. Assim, a autoestima é a chave para o sucesso ou para o fracasso. É também a chave para entendermos a nós mesmos e aos outros.   O que é autoestima?  Ela tem dois componentes: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. Em outras palavras, a autoestima é a soma da autoconfiança com o auto-respeito.  Ela reflete o julgamento implícito da nossa capacidade de lidar com os desafios da vida (entender e dominaros  problemas)  e  o  direito  de  ser  feliz  (respeitar  e  defender  os  próprios  interesses  e necessidades). Ter uma autoestima elevada é sentir-se confiantemente adequado à vida, isto é, competente e merecedor. Ter uma autoestima baixa é sentir-se inadequado à vida, errado, não sobre este ou aquele assunto, mas errado como pessoa.  Ter uma autoestima média é flutuar entre sentir-se adequado ou inadequado, certo ou errado como pessoa e manifestar essa inconsistência no comportamento – às vezes agindo com sabedoria, às vezes como tolo – reforçando, portanto, a incerteza. A capacidade de desenvolver uma autoconfiança e um auto-respeito saudáveis é inerente à nossa natureza, pois a capacidade de pensar é a fonte básica da nossa competência, e o fato de que estamos vivos é nosso direito de lutar pela felicidade. Idealmente falando, todos deveriam desfrutar um alto nível de autoestima, vivenciando tanto a autoconfiança intelectual como a forte sensação de que a felicidade é adequada.  Entretanto, infelizmente, uma grande quantidade de pessoas não se sente assim. Muitas sofrem de sentimentos de inadequação, insegurança, dúvida, culpa e medo de uma participação plena na vida – um sentimento vago de “eu não sou suficiente”. Esses sentimentos nem sempre são reconhecidos e confirmados de imediato, mas eles existem. Poderemos nunca chegar a uma visão feliz de nós mesmos devido a informações negativas vindas dos outros, ou porque falhamos em nossa própria honestidade, integridade, responsabilidade e autoafirmação, ou porque julgamos nossas próprias ações com uma compreensão e uma compaixão inadequada. Entretanto, a autoestima é sempre uma questão de grau. Não conheço ninguém que seja totalmente carente de autoestima positiva, nem que seja incapaz de desenvolver autoestima. Desenvolver a autoestima é desenvolver a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade e, portanto, capazesde  enfrentar  a  vida  com  mais  confiança,  boa  vontade  e otimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados. Desenvolver a autoestima é expandir nossa capacidade de ser feliz. Quanto maior a nossa autoestima, mais bem equipados estaremos para lidar com as adversidades da vida; quanto mais flexíveis formos, mais resistiremos à pressão de sucumbir ao desespero ou à derrota. Quanto maior a nossa autoestima, maior a probabilidade de sermos criativos em nosso trabalho, ou seja, maior a probabilidade de obtermos sucesso. Quanto maior a nossa autoestima, maioresserão  as  nossas  possibilidades  de  manter  relações saudáveis, em vez de destrutivas, pois, assim como o amor atrai o amor, a saúde atrai a saúde, e a vitalidade e a comunicabilidade atraem mais do que o vazio e o oportunismo. Quanto maior a nossa autoestima, mais alegria teremos pelo simples fato de ser, de despertar pela manhã, de viver dentro dos nossos próprios corpos. São essas as recompensas que a nossa autoconfiança e o nosso auto-respeito nos oferecem. Autoestima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima; reside no cerne do nosso ser. É o que EU penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim. Quando crianças, nossa autoconfiança e nosso auto-respeito  podem  ser  alimentados ou  destruídos pelos adultos –  conforme  tenhamos sido  respeitados, amados, valorizados e encorajados a  confiar em nós mesmos. Mas, em nossos primeiros anos de vida, nossas escolhas e decisões são muito importantes para o desenvolvimento futuro de nossa autoestima. Nosso AUTOCONCEITO é quem e o que consciente e inconscientementeachamos  que  somos  – nossas  características  físicas  e  psicológicas,  nossos  pontos  positivos  e  negativos  e,  acima  de  tudo,  nossa autoestima.  A autoestima é o componente AVALIADOR do autoconceito. Os tipos de questões envolvidas em viver conscientemente VERSUS viver inconscientemente: Pensar, mesmo quando é difícil, VERSUS não pensar. Tomar consciência, mesmo quando isso é um desafio, VERSUS manter-se inconsciente. Clareza, venha ou não facilmente, VERSUS obscuridade e imprecisão. Respeito pela realidade, seja agradável ou dolorosa, VERSUS fuga da realidade. Respeito pela verdade VERSUS rejeição da verdade. Independência VERSUS dependência. Orientação ativa VERSUS orientação passiva. Vontade de assumir os riscos adequados, mesmo perante o medo, VERSUS falta de vontade. Honestidade VERSUS desonestidade. Viver no presente e ser responsável por ele VERSUS fugir para a fantasia. Autoconfrontação VERSUS auto-evitação. Vontade de ver e corrigir enganos VERSUS perseverança no erro. Razão VERSUS irracionalidade. Mais de um cliente em terapia protestou: “Se eu aceitar ofato de que gosto de mim,  terei de me comportar  de  forma  diferente!”.  Ou: “Se euaceitar  o  fato  de  que  gosto  de  mim,  terei  de  permanecer demasiado consciente!”. Nossa autoconsciência nos faz agir diferente em prol de si mesmo e dos outros de maneira justa e adequada e para isso requer o investimento em si conhecer, seja nas reflexões pessoais ou na psicoterapia. As mudanças de comportamento ocorrem na medida em que aplicamos a auto-responsabilidade. A auto-responsabilidade leva a percepções como as seguintes: Sou responsável por minhas escolhas e atos. Sou responsável pela maneira como estruturo o meu tempo. Sou responsável pelo cuidado, ou pela falta de cuidado, com que trato meu corpo. Sou responsável pelas relações

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DOR

“Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.” (W. Shakespeare) A busca por um alívio para esse fenômeno é uma das causas do desenvolvimento da Medicina. Da prática dos curandeiros aos sacerdotes, nos primórdios da civilização, passando pela medicina grega, romana, medieval e moderna, verificamos as tentativas que retratam a constante procura do homem por soluções que diminuíssem a dor emorações, chás, emplastros, massagens, cirurgias em odernos analgésicos. O conceito de dor sugere,atualmente, uma“sensação desagradável, variável em intensidade e extensão de localização, produzida pela estimulação de terminações nervosas especializadas em sua recepção”. É uma experiência que,em sua forma funcional,integra os conceitos definidos pornocicepção, sofrimento e conduta dolorosa. Pornocicepção entende-se o processo neurofisiológico de detecção e sinalização de um estímulo nocivo.Sofrimento seria o conjunto de reações afetivas que surgem como resposta ao estímulo nociceptivo e aconduta dolorosa é definida como o grupo de atividades que realiza um paciente como resposta à presença de dor. A conduta dolorosa constitui o únicoíndice clínico observável da dor. Manifesta-se pormeiodas alterações fisiológicas (suores, batimentoscardíacos, alteração da respiração) e na expressãofacial do indivíduo.A dor pode ser classificada em dois grupos: Dor aguda: este tipo é uma respostaimediata ao dano no tecido. Tem umcomponente imediato, que faz, porexemplo, uma pessoa retirar a mão daponta de uma agulha que a fere; Dor crônica: é mais difusa, persiste pelo menos seis meses e inclui um comportamentoaprendido por experiências passadas. Diferentemente da dor aguda, que é autolimitada, controlável por analgésicos, tem sua origem patogênica e pode servir como um sistemade alarme avisando que algo nele está em desarmonia; a dor crônica é autoperpetuada e raramente controlada por analgésicos. A percepção da dorcrônica seria efeito da perpetuação da “memóriade dor”. Estímulos, lembranças e associações, relacionando ao estímulo patológico qualquer fator social ou ambiental. Nessa linha de raciocínio, na dor crônica,haveria uma forte evidência de ter sido aprendidauma característica importante de sua manifestaçãoseja a pobre correlação entre os fatores patológicose a percepção da dor pelo indivíduo. Frequentemente, os processos patológicos têm uma remissão e a pessoa ainda apresenta uma disfunçãopsicossomática progressiva. A isto se chamasíndrome da dor aprendida. Compreensão psicológica da dor.A dor é umsintoma e, como tal, permite identificar uma doença ou lesão no corpo a fim de que sejam tomadas as devidas providências para o tratamento.Sempre que os indivíduos contêm raiva,angústia e toda sorte de sentimentos negativos,estão aumentando as possibilidades de sofrer dores,principalmente musculares. Tal contenção pode serconsequência de regras ou convenções sociais.Quando essas dores ocorrem, torna-se necessárioque as pessoas compreendam que são sinais de umcorpo que precisa ser “ouvido”; um corpo queultrapassou sua capacidade de adaptação diantedas tensões a que foi diariamente exposto (estresse). Os problemas surgem quando as demandasexternas e internas são maiores que esta capacidadea qual varia de pessoa para pessoa.Se esta é uma forma da pessoa ignorar afragilidade de seu organismo, no extremo oposto,observa-se uma ingênua idolatria do corpo, tãoprejudicial quanto a sua negação. Assim, práticasesportivas, quando mal orientadas, torna opostulado “sem sofrimento não há prêmio” oretrato daqueles frequentadores de academia embusca de um modelo de beleza plástica a todo custo.Percebemos, assim, que a dor é, às vezes, procurada. Por outro lado, tornar-se doente pode ounão ser uma escolha consciente, mas em nenhummomento se afirma que as dores não sejam reais.Oadoecer pode refletir a dificuldade de umapessoa de manifestar, de forma livre, seus descontentamentos; porém, somente evitando ouaprendendo a lidar com as situações que desencadeiam o desequilíbrio do organismo é que opaciente procurará o bem-estar, algo que nemsempre se torna uma tarefa fácil. Este fenômeno chama-se disfunção psicossomática. Segundo J. McDougall apud Souza (2000), é umsintoma no qual o psiquismo se utiliza de recursosprimitivos e intraverbais que busca enviar mensagens que serão interpretadas somaticamente. Éuma resposta a conflitos de vários tipos que sãopercebidos como ameaçadores ao funcionamentodo psiquismo. Tais alterações, ainda que possamcolocar a vida das pessoas em perigo, se destinama protegê-las de um dano que poderia ser bastantegrave, caso chegasse à consciência. É como se ocorpo reagisse de modo imediato a substânciastóxicas. Ansiedade é a reação ao perigo ou à ameaça. Cientificamente, ansiedades imediatas ou de curto período são definidas como reações de luta-e-fuga. São assim denominadas porque todos os seus efeitos estão diretamente voltados para lutar ou fugir de um perigo. Assim, o objetivo número um da ansiedade é o de proteger o organismo. Quando nossos ancestrais viviam em cavernas, era-lhes vital uma reação automática para que, quando estivessem defrontados com um perigo, fossem capazes de uma ação imediata (atacar ou fugir). Mas mesmo nos dias agitados de hoje, este é um mecanismo necessário. A função da ansiedade é proteger o organismo, não prejudicá-lo. Seria totalmente ridículo da parte da natureza desenvolver um mecanismo cuja função primordial fosse a de proteger o organismo e, por assim fazer, o prejudicar. A melhor forma de pensar sobre todos os sistemas de resposta de luta-e-fuga (ansiedade) é lembrar que todos estão voltados para deixar o organismo preparado para uma ação imediata e que seu objetivo primordial é protegê-lo.     Quando alguma forma de perigo é percebida ou antecipada, o cérebro envia mensagens à uma seção de nervos chamados de sistema nervoso autônomo. Este sistema possui duas subsecções ou ramos: o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático.  São exatamente estas duas subsecções que estão diretamente relacionadas no controle dos níveis de energia do corpo e de sua preparação para a ação. Colocado de uma forma mais simples, o sistema nervoso simpático é o sistema da reação de luta-e-fuga que libera energia e coloca o corpo pronto para ação; enquanto que o parassimpático, é o sistema de restauração que traz o corpo a seu estado normal. É importante perceber que, em algum momento, o corpo cansará da reação de luta-ou-fuga e ele próprio ativará o sistema nervoso parassimpático para restaurar um estado de relaxamento. Em outras palavras, a ansiedade não pode continuar sempre aumentando e entrar numa espiral sempre crescente que conduza a níveis possivelmente prejudiciais. O sistema nervoso parassimpático é um protetor “embutido” que impede o sistema nervoso simpático de

Educação, EMDR, Prevenção, SaudeMental, Sem categoria, Transtorno

MITOMANIA

#janeirobranco “ Saiba os prejuízos do mentiroso compulsivo!” A Mitomania ou mentira compulsiva é uma tendência patológica pela mentira. Um mentiroso compulsivo ou mitômano é definido como alguém que mente como um hábito, desde a infância. Os termos mentiroso patológico, mitômano e mentiroso crônico são frequentemente usados para se referir a um mentiroso compulsivo. Qual a diferença entre um o indivíduo que fala uma mentira esporádica e o mentiroso compulsivo? Uma das grandes diferenças do mentiroso esporádico para o mitômano, é que no primeiro caso, o indivíduo não tem resistência em admitir a verdade, enquanto o portador da compulsão por mentir usa a mentira em proveito próprio ou prejuízo de outro sem sentir necessidade de desfazer o engano. Na mitomania o paciente usa a mentira de forma consciente para enganar pessoas e tirar vantagens, ele nunca admite suas mentiras, embora tenha plena consciência de que são histórias imaginárias, e também não se constrange quando suas mentiras são descobertas. A mentira compulsiva interfere no julgamento racional, no relacionamento familiar e especialmente social. A tendência à mentira parece ser perseverante, não é provocada pela situação imediata ou pressão social, mas representa uma característica inata da personalidade. A maior parte dos mentirosos compulsivos não são necessariamente manipuladores, eles sofrem com seu hábito de mentir, tendo as relações sociais sempre sob risco de serem prejudicadas. A literatura aponta que não existe uma causa da mitomania, mas um conjunto de fatores associados: histórico de vida, relacionamentos, padrão de relação parental, genética e experiências. Acredita-se que a baixa autoestima, necessidade de apreço ou atenção e a tentativa de se proteger de situações constrangedoras marquem o início da mitomania. Quais os riscos para o mitômano que não busca tratamento? Há muitas consequências de ser um mentiroso patológico. Devido à falta de confiança, relacionamentos e amizades tendem a ser destruídos. Se a doença continua a progredir, a mentira pode se tornar tão grave que eventualmente pode causar problemas de ordem social, psicológica e até legal. A pessoa geralmente é excluída do grupo que frequenta por vivenciar situações constrangedoras, passar por situações embaraçosas e perder a confiança de todos ao seu redor. Os mitômanos veem que estão sofrendo de um mal e desejam curar-se, mas raramente procuram ajuda por vontade própria. A compreensão dos companheiros ou familiares é muito importante. É preciso fazer uma reinserção social da melhor maneira possível, trazendo o indivíduo positivamente à realidade, nesse contexto, o treino de habilidades sociais é recomendado. Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico da mitomania pode ser feito pelo médico psiquiatra ou psicoterapeuta, após uma avaliação. Trabalha-se a extinção deste hábito disfuncional, através do foco na visão distorcida de si mesmo. O mais importante é que o indivíduo consiga reconhecer os prejuízos que seu comportamento pode trazer para si e para terceiros e que queira mudá-lo. O tratamento geralmente envolve acompanhamento psicológico e, no caso de pessoas que também apresentem outros quadros psiquiátricos (como depressão e ansiedade), tratamento medicamentoso pode ser recomendado. Na psicoterapia cognitivo comportamental é feita uma análise seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para compreender melhor as dificuldades. A Supere Psicologia estará sempre do seu lado! Profa Dra Ana Paula Ferreira Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Mestre e Doutora em Psicologia Cognitiva Email: psianapaulaferreira@gmail.com   Dike CC, Baranoski M, Griffith EE (2005). “Pathological lying revisited”. The Journal of the American Academy of Psychiatry and the Law 33 (3): 342?9. Dike, Charles C. (June 1, 2008). Pathological Lying: Symptom or Disease? http://bjp.rcpsych.org/content/189/1/86.1.long http://www.einstein.br/blog/paginas/post.aspx?post=1171 https://www.achievesolutions.net/achievesolutions/en/Content.do?contentId=9704 Yang Y, Raine A, Narr KL, Lencz T, LaCasse L, Colletti P, Toga AW. Localisation of increased prefrontal white matter in pathological liars. Br J Psychiatry. 2007 Feb;190:174-5. CP Fischer, MA Fontes – pdfs.semanticscholar.org

Depressão, Neurociência, SaudeMental, Terapia Cognitiva

CIÚME

CIÚME EXCESSIVO #janeirobranco “Você deixou de fazer coisas que gostava por conta de seu relacionamento amoroso?” O ciúme excessivo é uma característica comportamental de cuidar e prestar atenção ao parceiro amado de forma repetitiva e controladora além do esperado em uma relação amorosa, diferente do ciúme “normal”, que é aquele baseado em fatos (SOPHIA; TAVARES; ZILBERMAN, 2007). O ciúme “normal” ocorre em função de uma ameaça real que possa surgir no relacionamento, já o ciúme excessivo/patológico, persiste devido ausência de qualquer ameaça real (Pines, 1992). O ciúme excessivo é um sintoma muitas vezes herdado de outros transtornos, como o transtorno obsessivo convulsivo (TOC) onde o sujeito possui pensamentos obsessivos ou compulsões. Como também pode ser herdado devido o transtorno de personalidade delirante, onde a pessoa possui a idéia fixa de que o outro está fazendo algo de ruim contra ele(a). Geralmente se caracteriza em ver coisas com recorrência na relação amorosa achando que o parceiro(a) esteja traindo. Esses comportamentos podem ser aprendidos de acordo com identificação dos pais, como também pode ser de herança genética ou até mesmo experiências dolorosas de outros relacionamentos. A pessoa que tem o ciúme excessivo possui um medo de perder a pessoa amada e tem uma ligação ao campo afetivo e emocional na relação. Ocorre de acordo com a intensidade de emoções alteradas podendo ter idéias fixas e delirantes de forma fantasiosa. Algumas características no ciúme excessivo são bastante importantes a serem identificados e geralmente quando o parceiro(a) se distancia ou quando estão brigados, o sujeito que possui o ciúme excessivo costuma sentir sensação de abstinência, angustia, taquicardia ou grande quantidade de suor sempre que surge a mesma situação ou evento. Existe também um padrão de preocupação de maneira excessiva sem conseguir diminuir a atenção e o cuidado que presta ao seu(sua) parceiro(a). Tira a vítima do convívio de familiares e amigos, controla a forma de seu(sua) parceiro(a) se vestir, regula o horário quando ele(a) sai, e chega até gastar muito tempo para controlar/monitorar as atividades mantendo a senha das redes sociais do facebook ewhatsApp, como também chega até fazer ligações para o telefone para ver onde ele(a) está. Muitas vezes ele(a) deixa de fazer as coisas de que gostava de fazer devido o tempo que gasta com o controle excessivo do relacionamento e trazendo problemas para sua vida pessoal, do parceiro e familiar (ABREU; TAVARES; ATHANÁSSIOS, 2008). Fatores familiares podem ser associados a esse comportamento, como abuso de substâncias de álcool e outras drogas. Embora o ciúme excessivo venha crescendo cada dia na sociedade, ainda não existe dados confiáveis sobre a freqüência na população no âmbito do controle estatísticos dos eventos relacionados com saúde (SOPHIA; TAVARES; ZILBERMAN, 2007). Os fatores cognitivos, comportamentais e afetivos na relação amorosa entre o casal estão relacionados aos vínculos quando na infância, se caracterizam de forma singular através das experiências emocionais registradas quando criança. Essas experiências iniciais são: Necessidades de ser amada e querida Apego ansioso/ambivalente Medo de rejeição, abandono, perda, frustração (angustia) Internalização dos vínculos (mãe bebê) Ausência de instabilidade ou amor Situações estressantes De acordo com a literatura, é na fase da adolescência onde surge o ciúme excessivo e ele se desenvolve como um padrão no relacionamento proporcionando alívio da sensação de angustia movida pela ausência ou carência afetiva. Estudo da neurobiologia vem crescendo após os avanços da neurociência onde o sistema dopaminérgico cortiço-estrial apontam as regiões específicas do cérebro na sensação de estar apaixonado (ROBINSON, 1993). Atualmente, a terapia cognitiva comportamental (TCC) é a mais indicada para o tratamento, pois existem evidências científicas com resultados satisfatórios com foco na relação terapêutica voltada para acolher o paciente em sua singularidade e ajudando a identificar suas emoções e sentimentos dolorosos com a reparação de padrões de pensamento disfuncional através da psicoeducação, pois muitas vezes o sintoma costuma evoluir e o paciente pode chegar ao desespero ao rompimento do relacionamento. Os antidepressivos e os estabilizadores de humor também é uma forma de conter o ciúme quando passado pelo psiquiatra. Para esse caso, a vítima do ciúme também precisará ter o acompanhamento do profissional de saúde para melhoria do processo. Na análise do Comportamento, os eventos de privação e controle na relação amorosa no ciúme excessivo, estão relacionados ao condicionamento reflexo e operante descrito por Skinner, (1989/1991). O condicionamento reflexo é capaz de provocar respostas que podem ter reações fisiológicas quando o indivíduo descreve quando estiver com ciúme, como sudorese, taquicardia, aperto no peito e na garganta ou perda de controle. Já o condicionamento operante contribui para o entendimento de forma como se estabelece/ocorre essa fisiologia e o que esse sujeito faz diante dessa sensação e porque faz. Sendo assim, sempre que houver privação e controle na relação sem que o parceiro(a) sinta-se à-vontade, a relação passa a fazer parte de uma dependência entre os eventos de acordo com as contingências. Existe uma grande diferença na comunicação entre cônjuges que fere os sentimentos um do outro durante uma conversação (Gottman, et al., 1976). E é na interação/comunicação do casal que existem alguns comportamentos que causam conflitos que servem de gatilhos emocionais causando desavenças e exigências injustas (Christensen; Jacobson, 2000). O treinamento em resolução de problemas ensina aos casais estratégias concretas para lidar com esses problemas, que invariavelmente afloram durante o relacionamento do casal (VANDENBERGHE, 2008). Segundo Falcone (2001 a, p. 202), “As habilidades sociais têm sido relacionadas à melhor qualidade de vida, a relações interpessoais mais gratificantes, à maior realização pessoal e ao sucesso profissional”. Sendo assim, o papel do THS, como uma estratégia de intervenção complementar, também pode auxiliar nos casos de ciúme excessivo como também na dinâmica interpessoal de cada indivíduo em seu sofrimento. A Equipe da Supere Psicologia está sempre ao seu lado! Flávio Minervino flaviosilva2403@hotmail.com Estudante de Psicologia FAFIRE Referências ROBINSON, T. The neural basis of drug craving: An incentive-sensitization theory of addiction. Brain Research Reviews, v. 18, n. 3, p. 247–291, dez. 1993.  SOPHIA, E. C.; TAVARES, H.; ZILBERMAN, M. L. [Pathological love: is it a new psychiatric disorder?]. Revista brasileira de psiquiatria (Sao Paulo,

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Renata Patrícia

CRP-xx/xxxxx

Psicóloga clínica cognitivo comportamental e organizacional

Pós graduação em gestão da capacidade Humana nas Organizações

Curso de formação em Psicoterapia Cognitivo comportamental

Associada da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas

Associada da Associação de Terapias Cognitivas em Pernambuco

Terapia infantil (a partir de 7 anos), adulto, idoso e familiar

Luiz Santos

CRP–02/22001

Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Nadja Lúcia Guimarães

CRP-02/12491

Psicóloga Clínica ( atendo crianças, adolescentes,adultos e idosos)

Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Especialista em Psicopedagogia Clínica. Formação em Desenvolvimento e Aprendizagem.

Formação em Hipnose Ericksoniana.

Cleóbia Maria

CRP–02/22534

Psicóloga Clínica com Pós-Graduação em Neurociência Clínica.

Atendimentos para adolescentes e adultos.

Treinadora Cerebral (Neurofeedback) Certificada pela Brain-Trainer International.

Alessandro Rocha

CRP-02/11894

Psicólogo Clínico e Organizacional – FAFIRE/PE

CEO do Instituto Supere Conexão e Desenvolvimento Humano

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta EMDR

Mestre em Educação para o Ensino em Saúde - FPS/IMIP

Consultor em Gestão de Pessoas, Aprendizagem Organizacional, Mediação da Aprendizagem e Dinâmica de Grupo.

Formação em Treino de Habilidades da Terapia Comportamental Dialética (DBT) e na Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute

Experiência de 16 anos em atendimento psicológico e 18 anos como professor universitário em graduação e pós graduação.

Coordenador e professor de cursos do Instituto Supere.